Midgar
Habitué da casa
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Fala galera, como vão vossas senhorias ? Espero que bem, pensei em compartilhar uma história com vocês, se tiver um tópico sobre histórias por favor me avisem, e se gostarem do conteúdo eu continuo publicando histórias, se não gostaram já avisem.
Então vou passar rapidinho para contar uma história de algo que aconteceu a muito tempo atrás.
Vou tentar escrever da forma mais detalhada e engraçada possível (se não achar graça, coloque a culpa no seu senso de humor ! Seu(ua) facísta/feminista/altruísta/racista/homofóbico(a)) deixando o rage de lado vamos começar.
Continuando a história ela se passa na minha infância, e como vocês devem saber... Toda criança é obra do cão, especialmente os meninos; eu sei o que devem estar se perguntando “como ele sabe disso?” Acreditem em mim, basta olhar ao seu redor, de um lápis de cor a uma criança e deixe-a sozinha em seu apartamento no duplex, com as paredes mais brancas que as frias montanhas gélidas do Alaska, e se o malfeitorzinho obra do tinhoso não se manifestar tocando o puteiro (*as paredes) com o lápis esse ser não é uma criança e sim um anão disfarçado; igual os filmes de Hollywood que por incrível que pareça agrada o publico “A Orfã” e o do outro maluquinho que eu não lembro o nome (aquele que tentava roubar um bangue).
Na época em questão estava a dois anos morando em outro país. Fui morar no exterior, mais precisamente na terra do sol nascente; nosso admirado e querido Japão... E foi uma jornada longa até me adaptar, eu odiava as comidas que lá habitavam e as malditas bebidas que pareciam tudo variações de chás; então em um belo dia na escola quando vi aquela caixa atraente de leite branco eu resolvi quebrar meu pseudo jejum e cair na cachaça do leite em caixinha “ajhsdkjahskjdhakjsd” (risos).
Mas como eu conseguiria esse feito ? Nunca fui bom em matemática, mas sabia que com uma caixinha de uns 200ml não daria para se embriagar com leite. O menu das escolas era bem balanceado e eis a foto mais fiel que eu consegui, e se vocês estão questionando,”por que diabos você não tirou fotos no dia ?” Cara era 2008 as crianças não usavam smartphones, ter uma câmera não era tão fácil assim, ainda mais leva-la a uma escola japonesa. Mas seguindo a explicação, o menu da escola era de boas, só fiquei de frescurite no primeiro ano mesmo, no segundo já estava relativamente engordando, como eu engordava com uma refeição balanceada ?
(Refeição distribuída nas escolas do ensino fundamental da província de Mito, Japão)
http://www.magokoro.ed.jp/sannomaru...&D_BlogMonth=05&T_GenreId=&T_ScrollTop=0&id=0
Simples !!! Quando alguém faltava na aula, sobrava alimentos, e nisso gerava uma espécie de batalha colossal na classe, onde os mais destemidos e bravos guerreiros (gordos) brigavam no "jonkenpo" para ver quem ficaria com as sobras. E eu comecei a frequentar esses duelos com recompensas extravagantes, as vezes ganhando e as vezes perdendo... Dependendo do ponto de vista, poderia estar sempre perdendo !
Composição do menuzinho suave da escola japonesa, um arroz tipo de carnaval, que saia em blocos (mas era bom pra cacete !) as vezes alterava muito para pão e etc; um misoshiro no grau (parecendo água usada em roupa suja, esse eu não curtia tanto) e alguma “mistura” uns peixe ou frango, espetinho de camarão e etc.... Estou esquecendo de algo ? Clarooo!!! Como esquecer nosso leite em caixinha, sim a história é sobre ele não é mesmo.
Então era uma bela manhã de almoço e descobrimos que várias classes não viam a escola por motivo de uma doença “kafuncho” ou “influenza” ou algo do tipo, então os gordinhos da minha classe e eu (não sou gordinho só tenho os ossos grandes), ficamos muito animados. Dava para ver o sorriso do pessoal de longe, de orelha a orelha ! Até de costas via-se o “brilho” dos dentes dos japoneses, coloquei entre aspas pois, dentes de japonês é feio pakas, se não acredita em mim, da uma googleada ae !
Voltando... Com o pessoal fora do nosso caminho todas as caixas de leite seriam nossas, e eis que começou a saga do pedra, papel e tesoura, e depois de ganhar três vezes dos GGponeses, eu fiquei com todo o leite, fazendo uma conta rápida na minha breve memória eram 43 caixinhas de leites de 200ml mais ou menos (duas classes que faltaram), então como premio todos os leites eram meus, mas ai que está a questão ! Por mais que você seja ruim em matemática e biologia, deve saber que não cabe mais de 8L de leite dentro de uma criança, então eu comecei a tomar, tomei um total de 11 ou 12 caixas de leite e parecia que eu morreria ali, literalmente seria um “P.T” (perca total) de leite.
Quando vi que não seria vantajoso (que eu não ia conseguir mesmo e f**a-se), eu resolvi elaborar um plano “B”. Minha professora sacou rápido e disse, se você não tomar todos os leites nunca mais vai poder digladiar por comida extra de novo !
Eu como jovem e inocente disse, “Okay !” claro em japonês (Ossu!!!), e então comecei a pensar como nunca havia pensado em minha vida, não pensei desse jeito nem nas teorias de Caverna do Dragão (porque os malditos não saíram só por causa de um unicórnio? WTF?!?). E eis que cheguei a um resultado, vou “armazenar” esses leites na livraria e depois estoca-los em algum canto, porém precisaria de cúmplices nesse crime perfeito, então surge do nada voluntários (meus amigos) tão nobres e fies que chega a lacrimejar meu olho direito, dizendo querer participar do arrastão do leite.
Lembro minhas palavras até hoje !
“Será um trabalho difícil, mas juntos conseguiremos... Lá família“
Então colocamos todos os livros na livraria, sem ninguém ver e no intervalo chegamos para bater retirada, colocamos na blusa e levamos para o pátio da escola, ficamos sem ideia de onde estocar, e eis que surge a ideia de arremessar todos os leites em uma “floresta” que tinha logo ao lado (mais tarde descobrimos que a “floresta” nada mais era que um jardim do vizinho da escola). Então ficamos por anos tacando leites na nossa central do trafico, desviando leites da escola e armazenando no covil do mal.
Porém como crianças não tínhamos discernimento e não sabíamos que os leites podiam vir a ficar pútridos, e nisso descobrimos que existia uma coisa chamada “data de validade” e isso acabou com Lá família (a gente), todos aqueles leites armazenados para nada. Toda essa história que vocês leram para nada, isso destruiu famílias, arruinou instituições e quebrou vários corações !
Para dar um desfecho á história vou contar que depois de um tempo paramos de estocar leites, e começamos a comer apenas o que aguentávamos (nada de olho maior que a barriga) pegando mais de 43 caixas de leites.
Conforme o tempo foi passando, descobrimos a bobeira que havíamos feito, e sempre que lembrávamos da história começávamos a rir ! A devem estar se perguntando o que houve com as caixinhas de leite. Então no Japão na época de inverno costumávamos fazer guerras de bola de neve, e como no verão não tem como fazer guerra de bola de neve, fizemos guerra de caixinhas de leites, não diga “nossa tantas crianças passando fome na Nigéria e o maldito egoísta jogando fora todo esse leite”. Na época éramos crianças e crianças são idiotas, e outra, você daria leite vencido para as crianças, o único sem coração aqui é você, por fazer elas cagarem barro com leite vencido.
Retomando, começamos a arremessar as caixinhas uns nos outros, com esperança de acertar alguém... E quando acertamos o olho do nosso amigo, resolvemos parar e ir para a enfermaria, quase que o maluco ficou cego, estávamos até cantando a “introdução” que aparece na maioria dos jogos de mega drive (Seeeeeeeegaaa !!!). Você poderá encontrar a história do caolho do mar de leite aqui futuramente, talvez sim, ou talvez não (Se o pessoal gostar da iniciativa).
Então vou passar rapidinho para contar uma história de algo que aconteceu a muito tempo atrás.
Vou tentar escrever da forma mais detalhada e engraçada possível (se não achar graça, coloque a culpa no seu senso de humor ! Seu(ua) facísta/feminista/altruísta/racista/homofóbico(a)) deixando o rage de lado vamos começar.
Continuando a história ela se passa na minha infância, e como vocês devem saber... Toda criança é obra do cão, especialmente os meninos; eu sei o que devem estar se perguntando “como ele sabe disso?” Acreditem em mim, basta olhar ao seu redor, de um lápis de cor a uma criança e deixe-a sozinha em seu apartamento no duplex, com as paredes mais brancas que as frias montanhas gélidas do Alaska, e se o malfeitorzinho obra do tinhoso não se manifestar tocando o puteiro (*as paredes) com o lápis esse ser não é uma criança e sim um anão disfarçado; igual os filmes de Hollywood que por incrível que pareça agrada o publico “A Orfã” e o do outro maluquinho que eu não lembro o nome (aquele que tentava roubar um bangue).
Na época em questão estava a dois anos morando em outro país. Fui morar no exterior, mais precisamente na terra do sol nascente; nosso admirado e querido Japão... E foi uma jornada longa até me adaptar, eu odiava as comidas que lá habitavam e as malditas bebidas que pareciam tudo variações de chás; então em um belo dia na escola quando vi aquela caixa atraente de leite branco eu resolvi quebrar meu pseudo jejum e cair na cachaça do leite em caixinha “ajhsdkjahskjdhakjsd” (risos).
Mas como eu conseguiria esse feito ? Nunca fui bom em matemática, mas sabia que com uma caixinha de uns 200ml não daria para se embriagar com leite. O menu das escolas era bem balanceado e eis a foto mais fiel que eu consegui, e se vocês estão questionando,”por que diabos você não tirou fotos no dia ?” Cara era 2008 as crianças não usavam smartphones, ter uma câmera não era tão fácil assim, ainda mais leva-la a uma escola japonesa. Mas seguindo a explicação, o menu da escola era de boas, só fiquei de frescurite no primeiro ano mesmo, no segundo já estava relativamente engordando, como eu engordava com uma refeição balanceada ?
(Refeição distribuída nas escolas do ensino fundamental da província de Mito, Japão)
http://www.magokoro.ed.jp/sannomaru...&D_BlogMonth=05&T_GenreId=&T_ScrollTop=0&id=0
Simples !!! Quando alguém faltava na aula, sobrava alimentos, e nisso gerava uma espécie de batalha colossal na classe, onde os mais destemidos e bravos guerreiros (gordos) brigavam no "jonkenpo" para ver quem ficaria com as sobras. E eu comecei a frequentar esses duelos com recompensas extravagantes, as vezes ganhando e as vezes perdendo... Dependendo do ponto de vista, poderia estar sempre perdendo !
Composição do menuzinho suave da escola japonesa, um arroz tipo de carnaval, que saia em blocos (mas era bom pra cacete !) as vezes alterava muito para pão e etc; um misoshiro no grau (parecendo água usada em roupa suja, esse eu não curtia tanto) e alguma “mistura” uns peixe ou frango, espetinho de camarão e etc.... Estou esquecendo de algo ? Clarooo!!! Como esquecer nosso leite em caixinha, sim a história é sobre ele não é mesmo.
Então era uma bela manhã de almoço e descobrimos que várias classes não viam a escola por motivo de uma doença “kafuncho” ou “influenza” ou algo do tipo, então os gordinhos da minha classe e eu (não sou gordinho só tenho os ossos grandes), ficamos muito animados. Dava para ver o sorriso do pessoal de longe, de orelha a orelha ! Até de costas via-se o “brilho” dos dentes dos japoneses, coloquei entre aspas pois, dentes de japonês é feio pakas, se não acredita em mim, da uma googleada ae !
Voltando... Com o pessoal fora do nosso caminho todas as caixas de leite seriam nossas, e eis que começou a saga do pedra, papel e tesoura, e depois de ganhar três vezes dos GGponeses, eu fiquei com todo o leite, fazendo uma conta rápida na minha breve memória eram 43 caixinhas de leites de 200ml mais ou menos (duas classes que faltaram), então como premio todos os leites eram meus, mas ai que está a questão ! Por mais que você seja ruim em matemática e biologia, deve saber que não cabe mais de 8L de leite dentro de uma criança, então eu comecei a tomar, tomei um total de 11 ou 12 caixas de leite e parecia que eu morreria ali, literalmente seria um “P.T” (perca total) de leite.
Quando vi que não seria vantajoso (que eu não ia conseguir mesmo e f**a-se), eu resolvi elaborar um plano “B”. Minha professora sacou rápido e disse, se você não tomar todos os leites nunca mais vai poder digladiar por comida extra de novo !
Eu como jovem e inocente disse, “Okay !” claro em japonês (Ossu!!!), e então comecei a pensar como nunca havia pensado em minha vida, não pensei desse jeito nem nas teorias de Caverna do Dragão (porque os malditos não saíram só por causa de um unicórnio? WTF?!?). E eis que cheguei a um resultado, vou “armazenar” esses leites na livraria e depois estoca-los em algum canto, porém precisaria de cúmplices nesse crime perfeito, então surge do nada voluntários (meus amigos) tão nobres e fies que chega a lacrimejar meu olho direito, dizendo querer participar do arrastão do leite.
Lembro minhas palavras até hoje !
“Será um trabalho difícil, mas juntos conseguiremos... Lá família“
Então colocamos todos os livros na livraria, sem ninguém ver e no intervalo chegamos para bater retirada, colocamos na blusa e levamos para o pátio da escola, ficamos sem ideia de onde estocar, e eis que surge a ideia de arremessar todos os leites em uma “floresta” que tinha logo ao lado (mais tarde descobrimos que a “floresta” nada mais era que um jardim do vizinho da escola). Então ficamos por anos tacando leites na nossa central do trafico, desviando leites da escola e armazenando no covil do mal.
Porém como crianças não tínhamos discernimento e não sabíamos que os leites podiam vir a ficar pútridos, e nisso descobrimos que existia uma coisa chamada “data de validade” e isso acabou com Lá família (a gente), todos aqueles leites armazenados para nada. Toda essa história que vocês leram para nada, isso destruiu famílias, arruinou instituições e quebrou vários corações !
Para dar um desfecho á história vou contar que depois de um tempo paramos de estocar leites, e começamos a comer apenas o que aguentávamos (nada de olho maior que a barriga) pegando mais de 43 caixas de leites.
Conforme o tempo foi passando, descobrimos a bobeira que havíamos feito, e sempre que lembrávamos da história começávamos a rir ! A devem estar se perguntando o que houve com as caixinhas de leite. Então no Japão na época de inverno costumávamos fazer guerras de bola de neve, e como no verão não tem como fazer guerra de bola de neve, fizemos guerra de caixinhas de leites, não diga “nossa tantas crianças passando fome na Nigéria e o maldito egoísta jogando fora todo esse leite”. Na época éramos crianças e crianças são idiotas, e outra, você daria leite vencido para as crianças, o único sem coração aqui é você, por fazer elas cagarem barro com leite vencido.
Retomando, começamos a arremessar as caixinhas uns nos outros, com esperança de acertar alguém... E quando acertamos o olho do nosso amigo, resolvemos parar e ir para a enfermaria, quase que o maluco ficou cego, estávamos até cantando a “introdução” que aparece na maioria dos jogos de mega drive (Seeeeeeeegaaa !!!). Você poderá encontrar a história do caolho do mar de leite aqui futuramente, talvez sim, ou talvez não (Se o pessoal gostar da iniciativa).
