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Mas a "coisa" não é "levada" a partir num ponto de vista objetivo. Ser mulher e se sentir assediada por um homem é algo claramente subjetivo, mas da subjetividade alheia, no caso a feminina. Ficar batalhando por versões - "aqui foi assédio, lá não foi" - não faz sentido. Quem se sente assediada tem todo o direito de se manifestar, interditar o assediador, prestar queixa, você não é o fiel dessa balança, entende? Eu entendo que pareça injusto, mas é algo que a você só resta aceitar e respeitar.
Obviamente você dá "bom dia" sem intenção de flertar com ela, e ela tem plena consciência disso. É por isso que ela nunca se queixou contra você. É simples de entender, não?
Ou você acha que ela é um ser diabólico, apenas esperando para te encurralar com denúncias falsas de assédio?
Existe falsa denúncia? Claro que existe. Mas obviamente não é a regra. Obviamente não acontece o tempo todo. E, o mais importante, com certeza tem CONTEXTO e eu não estou dizendo isso para inocentar quem faz falsa denúncia. Quem faz tem que arcar com as consequências legais.
Esse é o problema de ficar caçando e compartilhando casos de falsas denúncias aqui no fórum (ou na internet) de maneira displicente, sem entender cada história, fazendo alarmismo sobre uma coisa que não tem padrão e é estatisticamente bem menor do que vocês gostam de pintar: acabam enganados pela própria neurose e começam a ver toda e qualquer mulher como potencial ameaça, desconfiar de todas as histórias a priori. Na prática, ficam numa defensiva infantil, transferindo responsabilidade, não olham para si mesmos, para as próprias atitudes, para as atitudes de outros homens...
Não, eu não acho que seja um ser diabólico e sim que é um ser humano, subjetivo.
Da mesma forma que a recepcionista nunca fez nada, em um outro caso que já contei aqui, fui escrotizado por uma colega de faculdade da minha prima por simplesmente segurar a porta do carro da minha prima. São coisas inerentes, acontece.
Por isso não considero como um "manual de boas práticas de como lidar com mulher" porque é completamente subjetivo. Eu não vou deixar de segurar a porta para qualquer pessoa como sempre fiz porque um dia uma pessoa se ofendeu. E as pessoas que agradecem quando eu seguro a porta não são "coniventes com o abuso", elas só interpretam como gentileza. Porém, não seguro a porta para essa pessoa que achou ruim pois é uma decisão dela. Não vou ficar fazendo algo que eu sei que ela não gosta, por insistência.
E assim tocamos a vida.
Mas de boas, na paz ae.