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Homeschooling - Agora vai?

sebastiao coelho neto

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Projeto do homeschooling prevê currículo nacional e barra pais criminosos
VEJA teve acesso ao texto da deputada Luísa Canziani, que ainda não decidiu se incorpora ou não a ideia de o aluno ter um preceptor em substituição aos pais

Considerada a principal pauta governista de cunho ideológico com chances reais de sair do papel e ser votada ainda este semestre pela Câmara dos Deputados, o homeschooling é tratado pelo Executivo como um importante elemento de fidelização do segmento evangélico, base eleitoral com que o presidente Jair Bolsonaro conta para disputar a reeleição em 2022. A redação final do projeto que regulamenta o ensino domiciliar foi incumbida à deputada de primeiro mandato Luísa Canziani (PTB-PR), aliada do presidente da Casa Arthur Lira (Progresistas-AL), e está prestes a ser apresentada aos parlamentares. VEJA teve acesso com exclusividade ao texto que deve ser votado, em regime de urgência, no Plenário da Câmara.

Ajustes pontuais ainda poderão ser feitos pela deputada, mas pela primeira vez o projeto fixa de forma clara que os pais que adotarem a modalidade de homeschooling para os filhos precisam necessariamente cumprir o currículo estabelecido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que dá as diretrizes do que os alunos dos ensinos Infantil e Fundamental precisam aprender em cada série. Pela proposta, os pais, se desejarem, também podem aplicar “conteúdos adicionais pertinentes”, como disciplinas de línguas estrangeiras. Em todos os casos, os estudantes precisarão estar matriculados em uma escola. “O homeschooling é uma pauta polêmica, mas é importante aprovarmos uma regulamentação para que o Estado possa dar diretrizes à educação de crianças que hoje não sabemos como estão sendo cuidadas. Precisamos assegurar o direito das crianças e regulamentar o dever das famílias, embora os adeptos desta modalidade de ensino sejam, no máximo, 15.000 famílias”, afirmou Luísa Canziani a VEJA.

O texto a ser votado na Câmara exige que o pai ou responsável legal pelo estudante que for incluído na educação domiciliar tenha diploma de nível superior para estar apto a gerir a educação do filho. De acordo com a proposta, o responsável direto pelo ensino em homeschooling precisa apresentar certidões criminais e não pode ter sido condenado ou estar cumprindo pena por crimes hediondos, delitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Lei Maria da Penha de violência contra a mulher ou sentenciado por estupro, assédio sexual ou tráfico de drogas.

Estudantes submetidos a esta modalidade de ensino serão alvo de avaliações periódicas de aprendizagem – parlamentares ainda discutem se mensais ou bimensais – conforme diretrizes a serem estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação e de inspeções educacionais e de fiscalização do Conselho Tutelar. No mínimo a cada bimestre, pais ou responsáveis serão obrigados a enviar relatórios das atividades pedagógicas aplicadas aos alunos em homeschooling, que terão isonomia de direitos em relação a estudantes matriculados em regime educacional comum. Aos adeptos do ensino domiciliar será garantida a participação em exames nacionais, feiras científicas e práticas esportivas, por exemplo.

Um importante tema ainda em aberto é a possibilidade de se exigir um relatório para que se avalie se há déficit de socialização para estudantes inseridos nesta modalidade educacional. Segundo Luísa Canziani, as negociações sobre o tema envolvem obrigar pais a encaminharem registros fotográficos ou em vídeo ou submeterem os filhos a acompanhamento, durante determinado tempo, de um profissional especializado para detectar eventuais efeitos deletérios em alunos com convívio social reduzido.

Embora a priorização do homeschooling receba críticas por ser levada adiante em um momento de pandemia em que escolas passaram boa parte dos últimos meses fechadas, a ideia de Canziani é tentar neutralizar ofensivas de bolsonaristas que reflitam ainda mais a pauta conservadora de costumes patrocinada pelo chefe do Executivo. Recentemente o presidente da Câmara abortou, por exemplo, uma tentativa da deputada governista e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Bia Kicis (PSL-DF) de derrubar a urgência de discussão do ensino domiciliar e levar o tema para debate em comissões da Casa. A iniciativa de Kicis foi interpretada pela cúpula da Câmara como uma forma de inflar o projeto com pontos controversos, como o que prevê alteração do Código Penal para impedir que pais sejam penalizados por “abandono intelectual do menor” caso não matriculem seus filhos em escolas a partir dos quatro anos de idade.

Um importante flanco para a atuação ideológica de adeptos do homeschooling ainda paira sobre as discussões na Câmara. Trata-se da hipótese, ainda não descartada por Canziani, de que uma espécie de preceptor possa assumir a linha de frente do ensino domiciliar em substituição aos pais ou responsáveis legais do aluno. Por esta ideia, ainda não incorporada à versão final do texto mas tampouco completamente descartada, professores particulares ou tutores poderiam ser contratados e se responsabilizar pelo conteúdo ensinado a crianças e adolescentes.


Sobre o tema, acho os dois principais argumentos, um contra e o outro a favor, pífios. Eu gostei do projeto (com algumas ressalvas) e acho que seria bom ser implementado.
 

sebastiao coelho neto

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Os pedófilos aprovam
Mas estes pedófilos já não teriam contato com as crianças mesmo que não fossem ensiná-las em casa? Além disso, no projeto já proíbe que o responsável pelo HS não possa ser criminoso, como fala na matéria:

"... o responsável direto pelo ensino em homeschooling precisa apresentar certidões criminais e não pode ter sido condenado ou estar cumprindo pena por crimes hediondos, delitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Lei Maria da Penha de violência contra a mulher ou sentenciado por estupro, assédio sexual ou tráfico de drogas. ..."

Me parece que você nem leu o post.
 
Ultima Edição:

Baralho

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E nem é um tema tão polêmico, embora seja, ao lado do Escola sem Partido, um assunto necessário pra ser resolvido no país.
Precisou de 2 anos e meio de mandato, trocar-se de ministro 3 vezes no MdE e se eleger outra presidência na câmara para enfim, finalmente, o homeschooling avançar pra ser apresentado como PL.
O Brasil não é pra amadores mesmo.
 

redfield jr.

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É opcional e há uma série de requisitos rigorosos para que familiares sejam habilitados a educar os filhos mediante o homeschooling. Então não vejo problemas nisso.
Não é como se houvesse uma procura considerável e brutal por essa modalidade de educar, algo que fosse colocar em risco a existência da escola pública e privada.
Trata-se apenas de uma parcela que terá suas reivindicações atendidas. Normal.
 

Resu Anera

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Essa pandemia evidenciou outro lado do homeschooling que não estava sob os holofotes. Minha filha estuda em escola particular, e, recentemente, com a volta das aulas presenciais, fiquei diante de duas opções:

A) Deixá-la voltar pras aulas presenciais
B) Matricular na rede pública (onde as aulas ainda são EAD)

Acontece que a opção B significa que ela terá um ano letivo muito fraco, tanto por ser EAD quanto por ser público.

Simplesmente não existe a opção dela ficar em casa nesse período, que era minha vontade. Pra quem não sabe, os pais têm obrigação de matricular os filhos na escola a partir dos quatro anos de idade, e podem responder até criminalmente se não o fizerem.

Se a opção do homeschooling existisse, esse problema estaria resolvido.
 


DanielMF

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Um importante tema ainda em aberto é a possibilidade de se exigir um relatório para que se avalie se há déficit de socialização para estudantes inseridos nesta modalidade educacional. Segundo Luísa Canziani, as negociações sobre o tema envolvem obrigar pais a encaminharem registros fotográficos ou em vídeo ou submeterem os filhos a acompanhamento, durante determinado tempo, de um profissional especializado para detectar eventuais efeitos deletérios em alunos com convívio social reduzido.
Esse aqui é o ponto delicado.

É preciso garantir que a criança tenha outros ambientes para se socializar, já que não estará na escola.

De qualquer forma, gastar capital político para uma medida que afeta 15 mil famílias é uma completa falta de senso de prioridades.
 

redfield jr.

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Esse aqui é o ponto delicado.

É preciso garantir que a criança tenha outros ambientes para se socializar, já que não estará na escola.

De qualquer forma, gastar capital político para uma medida que afeta 15 mil famílias é uma completa falta de senso de prioridades.

Provavelmente os pais dessas crianças irão colocá-las em cursos livres como de música e esportes. Neste caso, elas terão a dita interação social, ainda que não seja parecida com a que é proporcionada pela escola de ensino regular.
 

sebastiao coelho neto

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Esse aqui é o ponto delicado.

É preciso garantir que a criança tenha outros ambientes para se socializar, já que não estará na escola.

De qualquer forma, gastar capital político para uma medida que afeta 15 mil famílias é uma completa falta de senso de prioridades.
A não ser que a criança seja uma prisioneira na própria casa (e há um caso mais ou menos recente aqui em Fortaleza que a obrigatoriedade da escola não evitou) há vários outros ambientes em que elas podem socializar. Acho que uma declaração somada a fiscalização do conselho tutelar pode resolver este problema.

E quanto a afetar poucas famílias, pouco importa. Leis são feitas também para minorias. Há outras prioridades? Há. Só que sempre há prioridades. Este argumento é só uma manobra de quem não quer aprovação pra sempre adiar o debate da matéria.
 

geist

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Há tantas regras e condições que descaracterizaram a proposta original. Só de seguir um "currículo" governamental, já significa ser algo viciado. Para a criança fugir das garras de um sistema falido, teria que fazer dupla jornada. Uma para atender ao lixo ideológico e outra para aprender algo útil para a vida. Pobre criança...
 

redfield jr.

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Há tantas regras e condições que descaracterizaram a proposta original. Só de seguir um "currículo" governamental, já significa ser algo viciado. Para a criança fugir das garras de um sistema falido, teria que fazer dupla jornada. Uma para atender ao lixo ideológico e outra para aprender algo útil para a vida. Pobre criança...

Nada a ver. A BNCC é muito boa. Ainda que não seja o ideal, houve muitos avanços.
Se existem professores irresponsáveis que esquecem de segui-la para militar, o problema não é do currículo.
 

DanielMF

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A não ser que a criança seja uma prisioneira na própria casa (e há um caso mais ou menos recente aqui em Fortaleza que a obrigatoriedade da escola não evitou) há vários outros ambientes em que elas podem socializar. Acho que uma declaração somada a fiscalização do conselho tutelar pode resolver este problema.

E quanto a afetar poucas famílias, pouco importa. Leis são feitas também para minorias. Há outras prioridades? Há. Só que sempre há prioridades. Este argumento é só uma manobra de quem não quer aprovação pra sempre adiar o debate da matéria.
Não é tão simples, você apenas pegou um caso extremo de uma verdadeira prisão em casa como exemplo. Mas a realidade possui diversos graus de socialização.

A infância é uma fase em que é necessário uma alta socialização, já que é uma época de formação do indivíduo. A sua formação psicológica nesse período será carregada por ela praticamente a vida toda. Cursos de música e esportes citados pelo colega acima, não estão nem perto do suficiente para a criança.

Eu digo isso com segurança, porque eu mesmo apesar de ter tido toda liberdade do mundo, era uma pessoa que tendia a ser isolada. Fiz escolinha de futebol, mas não fiz amigos lá a ponto de se ver fora da escolinha, e foi assim em várias situações da minha vida. Mas eu sempre tive amigos em um lugar, na escola. Lá sim, eu conseguia ter um ambiente favorável a ter amizades mais sólidas, de se ver fora da escola.

E mesmo assim, certamente foi pouco. Eu deveria ter tido muito mais amizades, em vários ambientes diferentes, do que acabei tendo mesmo com toda liberdade por parte de meus pais. Os pais sempre terão a melhor intenção do mundo, podem achar que fornecendo tudo o que o filho precisa, mas a cabeça de uma criança é um mundo a parte e pode ser pouco acessível mesmo para os mais próximos.

Quem aqui, sabendo tudo o que viveu na infância e todo período da escola, sendo completamente honesto consigo mesmo, realmente queria ter estudado em casa ao invés da escola? Mesmo tendo estudado em escola pública de baixa qualidade...

São experiências de vida muito importante.
 

redfield jr.

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A implementação da BNCC, na prática, é posterior à última avaliação do PISA trazida no link.

Somente na próxima avaliação do PISA nós poderemos ver um pouco dos reflexos das mudanças no currículo nacional.
A próxima seria neste ano, mas devido à pandemia, foi adiada para 2022.
O currículo pode até não ser maravilhoso, mas ele é o menor dos problemas quando temos investimentos ridículos em Educação Básica comparados aos investimentos em Ensino Superior.
 

sebastiao coelho neto

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Não é tão simples, você apenas pegou um caso extremo de uma verdadeira prisão em casa como exemplo. Mas a realidade possui diversos graus de socialização.

A infância é uma fase em que é necessário uma alta socialização, já que é uma época de formação do indivíduo. A sua formação psicológica nesse período será carregada por ela praticamente a vida toda. Cursos de música e esportes citados pelo colega acima, não estão nem perto do suficiente para a criança.

Eu digo isso com segurança, porque eu mesmo apesar de ter tido toda liberdade do mundo, era uma pessoa que tendia a ser isolada. Fiz escolinha de futebol, mas não fiz amigos lá a ponto de se ver fora da escolinha, e foi assim em várias situações da minha vida. Mas eu sempre tive amigos em um lugar, na escola. Lá sim, eu conseguia ter um ambiente favorável a ter amizades mais sólidas, de se ver fora da escola.

E mesmo assim, certamente foi pouco. Eu deveria ter tido muito mais amizades, em vários ambientes diferentes, do que acabei tendo mesmo com toda liberdade por parte de meus pais. Os pais sempre terão a melhor intenção do mundo, podem achar que fornecendo tudo o que o filho precisa, mas a cabeça de uma criança é um mundo a parte e pode ser pouco acessível mesmo para os mais próximos.

Quem aqui, sabendo tudo o que viveu na infância e todo período da escola, sendo completamente honesto consigo mesmo, realmente queria ter estudado em casa ao invés da escola? Mesmo tendo estudado em escola pública de baixa qualidade...

São experiências de vida muito importante.
Olha, eu não discordo do seu post. Porém não concordo com o argumento de que o ambiente escolar seria o principal para socialização de uma criança. Você mesmo falou da escolinha de futebol que não funcionou pra você. Mas pode funcionar para outros. Ainda há a vizinhança, grandes condomínios, escolas de línguas ou artes, congregações religiosas... E ainda tem os casos em que o ambiente escolar pode mesmo ser maléfico por causa do bullying. Ou seja, cada caso é um caso Além disso, com o acompanhamento adequado, se o HS seja prejudicial para o desenvolvimento de uma criança a justiça pode muito bem reverter o ensino para uma escola tradicional.

A questão é que atualmente não existe opção. Não há alternativa para os pais em escolher qual o melhor ambiente para que os próprios filhos se socializem.
 

DanielMF

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Olha, eu não discordo do seu post. Porém não concordo com o argumento de que o ambiente escolar seria o principal para socialização de uma criança. Você mesmo falou da escolinha de futebol que não funcionou pra você. Mas pode funcionar para outros. Ainda há a vizinhança, grandes condomínios, escolas de línguas ou artes, congregações religiosas... E ainda tem os casos em que o ambiente escolar pode mesmo ser maléfico por causa do bullying. Ou seja, cada caso é um caso Além disso, com o acompanhamento adequado, se o HS seja prejudicial para o desenvolvimento de uma criança a justiça pode muito bem reverter o ensino para uma escola tradicional.

A questão é que atualmente não existe opção. Não há alternativa para os pais em escolher qual o melhor ambiente para que os próprios filhos se socializem.
Por isso não me coloquei contrário em relação a ideia do homeschooling em si (a questão da prioridade é outro assunto), e apenas frisei que esse ponto da socialização é de muita importância e delicado.

Se é feito de uma maneira que a socialização da criança seja consideravelmente satisfeita, por mim tudo bem.

Obs: também tem que tomar cuidado em "proteger demais" a criança. Já estamos criando uma verdadeira geração de flocos de neve.
 

ptsousa

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Há tantas regras e condições que descaracterizaram a proposta original. Só de seguir um "currículo" governamental, já significa ser algo viciado. Para a criança fugir das garras de um sistema falido, teria que fazer dupla jornada. Uma para atender ao lixo ideológico e outra para aprender algo útil para a vida. Pobre criança...

Eu concordo com o que o @geist disse mais acima. A BNCC é longe de ser perfeita mas o mais danoso é a falta de investimento na ED. Básica junto com a forma como a matéria é ensinada.

Por exemplo, só dos pais terem a liberdade de disponibilizar livros diferentes do MEC para as mesmas matérias já faz uma boa diferença.
 

Ghim

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melhor que nada, mas é impressionante que o Estado se pudesse colocava um agente pra dormir na sua casa e te vigiar 24h. os caras devem ler 1984 do George Orwell e se masturbar lendo as descrições do autor sobre os meios que o Estado têm de controlar e vigiar o cidadão

eu até entendo quererem fazer alguma avaliação periódica para garantir que está de fato ocorrendo educação e que não está havendo abusos, mas se todo o mês tiver que fazer prova, fiscalização do Conselho tutelar, relatório de atividade pedagógica, relatório de socialização e sei lá mais o que vão inventar, vai ser mais tempo provando que se está ensinando do que ensinando em si (assim como aqui no BR quase que se passa mais tempo calculando imposto que trabalhando para pagá-lo)

sem falar que logo mais chega um governo de esquerda que é contra HS, coloca umas provas do tipo
"prova de matemática de equivalente Homeschooling à terceira série

questão 1) Três números formam uma progressão geométrica de razão 3. Subtraindo 8 unidades do terceiro número, obteremos uma progressão aritmética cuja soma dos termos é de quanto? Responda utilizando algarismos romanos"

aí nego vai mal e já começa o "viu como Homeschooling não funciona"


pro Estado, se você estiver fumando maconha no pátio da escola pública tá tudo bem, mas se o seu pai te leva para o museu aí é abadono intelectual e déficit de socialização
 

f0rg0tten

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A não ser que a criança seja uma prisioneira na própria casa (e há um caso mais ou menos recente aqui em Fortaleza que a obrigatoriedade da escola não evitou) há vários outros ambientes em que elas podem socializar. Acho que uma declaração somada a fiscalização do conselho tutelar pode resolver este problema.

E quanto a afetar poucas famílias, pouco importa. Leis são feitas também para minorias. Há outras prioridades? Há. Só que sempre há prioridades. Este argumento é só uma manobra de quem não quer aprovação pra sempre adiar o debate da matéria.

Acho que você levantou o ponto mais importante dessa discussão no trecho que negritei. :klingua

O que está sendo proposto é a possibilidade de optar pelo homeschooling e não sua obrigatoriedade. Ou seja, não é uma questão sobre qual forma de ensino é melhor, mas uma discussão sobre se o homeschooling é (objetivamente, com dados) completamente prejudicial ou pode ser considerado como alternativa. E usando nosso ensino público como objetivo mínimo.

Sobre a parte de socialização, vou colocar um video que resume meu ponto, mas depois posso elaborar mais:

 

RoLukeSky

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O Estado assumindo que os pais são vilões que não buscam sempre o melhor para seus filhos.

Sim, quem busca o melhor é o Estado e sua rede de ensino nível Suiça.

:obrigue

Ah! Regulação de cu é rola!
 

Asteriques

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Sou a favor, mas quem estará apto a ensinar? Qualquer pai zé-ruela? Professores? Se eu sei matemática mas não tenho bacharel posso ser contratado pra ensinar uma criança?
 

Ghim

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Sou a favor, mas quem estará apto a ensinar? Qualquer pai zé-ruela? Professores? Se eu sei matemática mas não tenho bacharel posso ser contratado pra ensinar uma criança?

eu tomo eu e minha mulher como exemplos. ambos estudamos em ótimas escolas e temos ensino superior completo, sendo que minha esposa tem doutorado em química.
só que os valores de uma escola particular, do mesmo nível com que eu e ela estudamos, subiu absurdos. a mensalidade da escola onde estudei custa hoje praticamente todo o meu salário, então é inviável.
escolas particulares BOAS são muito caras
escolas particulares "baratas" são medíocres pra menos
escola pública eu não preciso nem falar nada

então me parece claro que o ensino que eu e minha esposa podemos dar para algum filho que possamos vir a ter é superior ao que nos é disponibilizado no momento

porque se tu me disser que nao estamos aptos, então está dizendo que escola particular cara e a universidade nao nos dá um bom conhecimento, entao seria um motivo para homeschooling paradoxalmente falando
 

Seu Oscar

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Até parece que isso vai pegar. Os pais tão desesperados pra voltar pro presencial e despejar as crianças longe de casa um pouco.
Pandemia desconverteu muitos adeptos do homeschooling e converteu muitos ao home office...kkk
 

sebastiao coelho neto

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Sou a favor, mas quem estará apto a ensinar? Qualquer pai zé-ruela? Professores? Se eu sei matemática mas não tenho bacharel posso ser contratado pra ensinar uma criança?
De acordo com o projeto qualquer pessoa com ensino superior poderia ensinar os filhos. Já para ser tutor de um aluno sem parentesco não fica claro.
 

Baralho

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De novo, o que está sendo proposto é a adoção OPCIONAL do Homeschooling com base em parâmetros de aprendizagem, avaliações, e não uma imposição dessa prática, há uma diferença gigante nisso.

Por mais que haja um sistema de ensino básico deficiente por parte do Estado, a realidade é que o Brasil ainda é um país pobre, e como tal, a imensa maioria não vai poder adotar o HS.

No entanto, criminalizar o HS como é praxis até hoje, tão pouco ajuda a melhorar o tal ensino básico, pelo contrário, inflaciona a demanda sobre a rede em tempos de crise econômica e subtrai uma alternativa que poderia resolver essa questão pra muitas famílias, simples desse jeito.

Com relação a socialização, desde 2003 que é obrigatório a matrícula de crianças em idade escolar na rede, primeiro a régua era nos 6 anos de idade, hoje está nos 4 (pasmem) e talvez chegue nos 3, com um exército de crianças alienadas de centenas de horas de convivência familiar (mais importante na primeira infância aliás) socando creches e demandando mais ''professoras'' para serem pagas com mais.. e mais impostos.

Como o sistema é historicamente viciado a distribuir recursos ao contrário.. mais para o ensino universitário e menos para o básico.. é uma conta que não vai fechar.
E só aumentar impostos pra bancar isso já deixou - se é que foi - solução, faz tempo.
 

Asteriques

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eu tomo eu e minha mulher como exemplos. ambos estudamos em ótimas escolas e temos ensino superior completo, sendo que minha esposa tem doutorado em química.
só que os valores de uma escola particular, do mesmo nível com que eu e ela estudamos, subiu absurdos. a mensalidade da escola onde estudei custa hoje praticamente todo o meu salário, então é inviável.
escolas particulares BOAS são muito caras
escolas particulares "baratas" são medíocres pra menos
escola pública eu não preciso nem falar nada

então me parece claro que o ensino que eu e minha esposa podemos dar para algum filho que possamos vir a ter é superior ao que nos é disponibilizado no momento

porque se tu me disser que nao estamos aptos, então está dizendo que escola particular cara e a universidade nao nos dá um bom conhecimento, entao seria um motivo para homeschooling paradoxalmente falando
Concordo com você. Mas dificilmente os pais terão como lecionar todos os dias se ambos trabalham. Minha dúvida é se isso poderia gerar empregos como professores sem nenhum tipo de diploma, para quem domina as matérias básicas mas está desempregado.
 

ptsousa

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Concordo com você. Mas dificilmente os pais terão como lecionar todos os dias se ambos trabalham. Minha dúvida é se isso poderia gerar empregos como professores sem nenhum tipo de diploma, para quem domina as matérias básicas mas está desempregado.

Não acho que chegue nisso. Tem MUITO professor desempregado com formação, que quando muito vive de contrato temporário.

Um efeito que com certeza vai ocorrer é um aumento expressivo no mercado de professores particulares.
 

Thururuzao

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Vi uma matéria recente a respeito de como o ensino remoto afetou o processo de aprendizagem da fala em diversas crianças. Algumas chegaram chegaram a ter retardo nesse sentido, o que segundo alguns especialistas se devem à ausência de contato e brincadeiras com outros da mesma idade. Nesse sentido aprovo o HS apenas a partir do Ensino Fundamental.

Aliás, mesmo na adolescência é necessário pensar em como seu filho irá se socializar e evitar que se torne reprimido futuramente e tenha dificuldades na vida adulta. A escola é o principal meio para isso, logo é preciso pensar em algumas alternativas(principalmente quem mora em metrópole), um esporte coletivo ou arte marcial ao meu ver são boas medidas.
 

redfield jr.

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Como disseram e é sempre bom reafirmar: a adoção do homeschooling será opcional. E é ótimo que seja assim. E é ótimo que seja com critérios bem fundamentados e rigorosos. Talvez na adolescência esses critérios poderiam ser um pouco suavizados, afinal é uma fase que, caso a pessoa em processo já esteja acostumada com esta modalidade, o próprio aluno adolescente vai aperfeiçoar o seu domínio de pesquisa e reger uma parte considerável de seu próprio aprendizado, cabendo aos pais somente fiscalizar isto. Contudo, na etapa inicial de ensino, é fundamental que existam estes critérios.

E a chance do homeschooling se popularizar é próxima de zero. Como já adiantaram aqui, a maior parte dos pais não vê a hora do retorno da criança para a escola.
Contudo, é importante deixar esta opção para a parcela da população que prefira utilizá-la.
 

DanielMF

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Por que?

E aquele papo de "minoria" que tanto alardeiam? Deixa de valer nesse caso?
Não deixa de valer, mas o contexto é diferente. Está uma m**** para a maioria, e vamos focar primeiro na minoria?
 

Ghim

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Não deixa de valer, mas o contexto é diferente. Está uma m**** para a maioria, e vamos focar primeiro na minoria?

Viu, @The Kong? Depende do contexto. Ou seja, se a minoria é uma minoria que ele aprova, então devemos defender sempre os seus direitos. Agora, se é uma minoria que ele não aprova, então eles podem ir pro fim da fila pq temos coisas mais importantes para ver agora. E adivinha só, parece que sempre vamos ter.

Contexto = essa minoria vota nos meus partidinhos de estimação?
 

DanielMF

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Viu, @The Kong? Depende do contexto. Ou seja, se a minoria é uma minoria que ele aprova, então devemos defender sempre os seus direitos. Agora, se é uma minoria que ele não aprova, então eles podem ir pro fim da fila pq temos coisas mais importantes para ver agora. E adivinha só, parece que sempre vamos ter.

Contexto = essa minoria vota nos meus partidinhos de estimação?
Sem necessidade de lacração.

Não vai encontrar um post meu neste fórum defendendo alguma pauta de minoria.
 
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