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Humans of Apropriação Cultural

Goris

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Um colega do fórum disse que aprendeu na escola que os negros foram escravizados porque eles queriam.

Achei tão absurda essa idéia (não aprendi isso na escola) e fui fazer uma busca no google, sem sucesso.

Mas acabei caindo nessa página que discute a diverdidade e me peguei entre rindo e chorando e achei legal compartilhar:

=-=-=-=-=-=

Os Entendidos
Debater a diversidade com bom humor.

HOME ENEGRECENDO
09 DE JUNHO DE 2016, 00H05Africanos NÃO venderam seu próprio povo para escravidão
Texto original em inglês publicado no Africaw e traduzido pelo Lucas Casagrande. Mesmo neste mundo moderno, existem guerras e rumores de guerras não importa aonde você vá. Havia guerra na Europa naqueles dias e o mesmo no continente americano. Tivemos guerras em quase todos os lugares do mundo. Tivemos guerras tribais também na África. A diferença […]

Por Os Entendidos
Texto original em inglês publicado no Africaw e traduzido pelo Lucas Casagrande.

Mesmo neste mundo moderno, existem guerras e rumores de guerras não importa aonde você vá. Havia guerra na Europa naqueles dias e o mesmo no continente americano. Tivemos guerras em quase todos os lugares do mundo. Tivemos guerras tribais também na África. A diferença entre as guerras tribais na África e as que ocorriam no resto do mundo é que enquanto lá fora, no mundo, os povos conquistados eram frequentemente exterminados, os povos conquistados na África (exceto árabes e muçulmanos do norte) se tornavam propriedade do conquistador. Em outras palavras enquanto o inimigo era dizimado no resto do mundo, na África eram deixados vivos para servirem a seu conquistador.

Então, sim é verdade que havia “escravos” na África naqueles dias — antes do homem branco chegar. No entanto, esses escravos não eram tirados a força de seus reinos para se tornarem escravos de outros reinos ou impérios. Eram somente vítimas de guerras tribais e isso era melhor do que acontecia mundo afora, aonde a nenhum inimigo era permitido continuar vivo.

Eu li um artigo hoje na internet e fiquei surpreso em ver tanta gente acreditando que africanos vendiam seu próprio povo pra escravidão assim como os europeus fizeram depois. Meus professores e fontes me ensinaram algo bem diferente, eu queria comentar no fórum da página onde li, mas a seção de comentários havia sido desabilitada então, por causa disso, resolvi escrever esse texto para mostrar que nós africanos não fomos estúpidos em vender nossos irmãos e irmãs como querem fazer parecer. Nós fomos estúpidos em permitir que nós mesmos fôssemos manipulados pelos estrangeiros (meu povo costuma se referir ao homem branco como estranhos brancos, então me desculpe se você ler esse termo ao longo do artigo). Nós fomos estúpidos em confiar no homem branco em primeiro lugar e depois deixar o homem branco pisar em nossas terras. Meu povo deixou o homem branco entrar em nossas terras porque disseram que estavam vindo em paz.

Antes de eu continuar gostaria que você notasse que houveram 2 tipos de escravidão na África, a primeira introduzida com a chegada do Islã através dos árabes no norte da África e aquela introduzida pelos europeus (justamente a que estou comentando nesse artigo). A escravidão do Trans-Sahara era profundamente enraizada na cultura islâmica e ainda é praticada nos dias de hoje em países como a Mauritânia por exemplo.

De acordo com meu avô nos dias, nos dias que não existiam o cristianismo e nem os sistemas modernos de governo, na África reis, rainhas e outros líderes comandavam seus impérios como chefes de estado e julgavam casos de acordo com as regras e regulamentações de seus reinos. Aqueles que desobedeciam as leis eram punidos e os que as obedeciam e se sacrificavam pela terra eram generosamente recompensados. No entanto cada terra tinha sua prisão que não eram feitas para abrigar um grande número de criminosos, sendo assim aqueles que matavam eram mortos, os que roubavam tinham que pagar pelo que roubaram, os que dormiam com outras mulheres eram banidos por isso e crianças que desobedeciam os mais velhos também sofriam punições. Meu país Gana, localizado na África Ocidental foi no passado praticamente um quartel general de negócios relacionados a escravidão aonde escravos de diferentes partes do continente eram trazidos e então negociados para embarcarem em caravelas mundo afora.

Quando os estranhos brancos chegaram pela primeira vez, nossos ancestrais não estavam certos de suas reais intenções, então a maioria das comunidades se moveram para bem longe de sua terra natal, mas os homens brancos conseguiram convencer alguns líderes que não chegaram aqui para trazer o mal e sim para trazer boas noticias (Cristianismo e a Bíblia) e também para negociar com o povo local. Alguns chefes ao longo do tempo foram aceitando que os estranhos se alocassem em suas terras, os viajantes brancos então começaram a construir centros missionários usados para rezar e negociar com os nativos. Porém o homem branco posteriormente aumentou o número de centros missionários que foram crescendo até se tornarem igrejas e catedrais, virando assim fortes e castelos que eram usados para abrigar os primeiros escravos que seriam enviados pra fora da África.

Os estranhos brancos inicialmente não perceberam que os nativos não entendiam uma palavra sequer da língua deles, o que tornava a comunicação bem difícil. Para ajudar a quebrar essa barreira o homem branco sugeriu aos líderes tribais cederem algumas pessoas de suas tribos para ensinarem sua língua para facilitar assim a conversa, mas nenhum dos líderes estavam confortáveis e preparados o suficiente para permitir que pessoas do seu povo fossem conviver com os estranhos brancos. Mais tarde alguns líderes tiveram a ideia de ao invés de mandar pessoas da tribo irem conviver com os brancos para aprenderem sua língua, os brancos poderiam levar alguns dos criminosos para escutarem os sermões cristãos e aprenderem a língua deles, visando que era melhor adicionar uma função aos criminosos ao invés de matar todos. Então os líderes tribais negociaram seus prisioneiros em troca de espelhos, garrafas de vinho entre outras coisas trazidas pelos europeus. Foi assim que o homem branco conseguiu seus primeiros escravos. Aqueles nativos (os criminosos) que foram morar e servir os homens brancos em suas fortalezas e castelos e que também aprenderam a língua do brancos se tornaram mediadores de negócios entre os brancos e os africanos pois podiam agora falar as duas línguas, isso ajudou muito a comunicação entre eles.

Como já mencionado antes, os nativos que foram viver com os brancos eram criminosos sentenciados, sendo assim, com a proximidade e ganho de confiança do homem branco, até mesmo como forma de vingança, esses criminosos fizeram a vida dos outros africanos e suas tribos um verdadeiro inferno. Por exemplo, enquanto os brancos os enviavam para cobrarem 5 peças de ouro como taxa, os ex-criminosos agora mediadores cobravam 8 peças, cobrando assim sua própria taxa. Com o tempo esses mediadores foram se tornando tão e até mais poderosos que alguns líderes tribais, em outras palavras, a pregação cristã feita pelo homem branco transformou os criminosos locais em pessoas ainda piores do que eram antes da chegada deles. Como os homens brancos eram os únicos a terem armas de fogo, atiravam em qualquer um que esses ex-criminosos mandassem atirar. Foram eles quem ajudaram o homem branco a ter mais escravos. Os mesmos criminosos condenados a morte em suas sociedades por se comportarem de forma não-africana (desleal e indignamente com membros de suas comunidades).

Os nativos que viviam com os homens brancos os serviam tão bem que os brancos se sentiram a vontade para pedir por mais escravos. E por conta das benesses adquiridas através desses servidores locais, muitos homens brancos levavam alguns deles na volta pra casa. No exterior os estranhos brancos descobriam que seus servidores eram bastante úteis e decidiram voltar para trazer mais deles. Assim o homem branco notou que os poderia usar para trabalharem em suas fazendas e plantations como mão de obra barata e produzindo um lucro maior e voltou decidido a trazer mais servidores locais entre os comerciantes de escravos.

Com esse propósito retornaram e pediram por mais nativos, porém os líderes locais não estavam preparados para ceder pessoas livres para os europeus exceto os criminosos. Em Gana nenhum Ashanti ou povo que vivia no interior da região não queriam ter qualquer tipo de proximidade com os brancos. Na verdade os primeiros brancos a terem contato com o império Ashanti jamais retornaram. No entanto os brancos precisavam de cada vez mais escravos para poderem manter seus lucros, mas não encontravam caminho fácil para isso. Sendo assim começaram a criar inimizades entre as tribos, fazendo acontecer mais guerras tribais e consequentemente produzindo mais prisioneiros de guerras que futuramente se tornariam escravos. E foi exatamente isso que fizeram.

Ao longo do tempo os brancos começaram a armar alguns desses prisioneiros de guerra (e criminosos) para facilitar a captura de mais escravos. Tudo em troca de mais benefícios. Favor note que meu povo nunca esteve pronto pra lhes dar pessoas do nosso próprio povo para serem escravos, mas sim que foram os estranhos brancos que manipularam as pessoas criando confusão entre diversas tribos para gerar diversas guerras tribais com o objetivo de conquistarem mais escravos. Quanto mais conflitos tribais os brancos criavam, mais escravos levavam. Em Gana, por exemplo, porque o império Ashanti era tão poderoso para ser derrotado, os brancos criaram inúmeras divergências entre os Ashanti e suas tribos vizinhas. Chegando a muní-las com armas de fogo afim de facilitar a derrota dos Ashanti. Desse jeito acabaram tirando do trono o Rei Nana Prempeh I e a Rainha Mãe Nana Yaa Asantewaa para poderem controlar e colonizar o ouro e o povo Ashanti.

Por fim, quero retificar que nós africanos não simplesmente vendemos nossos irmãos e irmãs para a escravidão. Fomos ludibriados e manipulados pelos brancos que um dia chegaram a nossas terras e a parte mais dolorosa disso é que alguns de nossos irmãos africanos foram cegos demais para enxergarem o perigo e isso ainda é motivo de muita tristeza.

Fonte: Revista Fórum, onde mais?

=-=-=-=-=-=-=-=

Me parece legítimo.
 

Goris

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Na mesma busca acabei encontrando essa outra matéria, que achei bem legal. Ela não explica nada, mas achei bem humana.

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Na África, indaguei rei da minha etnia por que nos venderam como escravos'
João Fellet - @joaofelletDa BBC Brasil em Washington

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Direito de imagemDIVULGACAOImage captionA convite de produtora, arquiteto fez exame genético e foi até Camarões para conhecer seus ancestrais
"Somos o único grupo populacional no Brasil que não sabe de onde vem", queixa-se o arquiteto baiano Zulu Araújo, de 63 anos, em referência à população negra descendente dos 4,8 milhões de africanos escravizados recebidos pelo país entre os séculos 16 e 19.
Araújo foi um dos 150 brasileiros convidados pela produtora Cine Group para fazer um exame de DNA e identificar suas origens africanas.
Ele descobriu ser descendente do povo tikar, de Camarões, e, como parte da série televisiva Brasil: DNA África, visitou o local para conhecer a terra de seus antepassados.
"A viagem me completou enquanto cidadão", diz Araújo. Leia, abaixo, seu depoimento à BBC Brasil:

"Sempre tive a consciência de que um dos maiores crimes contra a população negra não foi nem a tortura, nem a violência: foi retirar a possibilidade de que conhecêssemos nossas origens. Somos o único grupo populacional no Brasil que não sabe de onde vem.
Meu sobrenome, Mendes de Araújo, é português. Carrego o nome da família que escravizou meus ancestrais, pois o 'de' indica posse. Também carrego o nome de um povo africano, Zulu.
Leia também: 'Negros não puderam viver luto pela escravidão'
Leia também: EUA caminham para modelo brasileiro de identificação racial, diz sociólogo americano
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Direito de imagemDIVULGACAOImage captionMomento em que o Zulu confronta o rei tikar sobre a venda de seus antepassados
Ganhei o apelido porque meus amigos me acharam parecido com um rei zulu retratado num documentário. Virou meu nome.
Nasci no Solar do Unhão, uma colônia de pescadores no centro de Salvador, local de desembarque e leilão de escravos até o final do século 19. Comecei a trabalhar clandestinamente aos 9 anos numa gráfica da Igreja Católica. Trabalhava de forma profana para produzir livros sagrados.
Bom aluno, consegui passar no vestibular para arquitetura. Éramos dois negros numa turma de 600 estudantes – isso numa cidade onde 85% da população tem origem africana. Salvador é uma das cidades mais racistas que eu conheço no mundo.
Ao participar do projeto Brasil: DNA África e descobrir que era do grupo étnico tikar, fiquei surpreso. Na Bahia, todos nós especulamos que temos ou origem angolana ou iorubá. Eu imaginava que era iorubano. Mas os exames de DNA mostram que vieram ao Brasil muito mais etnias do que sabemos.
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Direito de imagemDIVULGACAOImage caption"Era como se eu estivesse no meu bairro, na Bahia, e ao mesmo tempo tivesse voltado 500 anos no tempo", diz Zulu sobre chegada a Camarões
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Direito de imagemDIVULGACAOImage captionPergunta sobre escravidão a rei camaronense foi tratada como "assunto delicado" e foi respondida apenas no dia seguinte
Leia também: Mãe de adolescentes com microcefalia ajuda nova geração a desafiar limites
Quando cheguei ao centro do reino tikar, a eletricidade tinha caído, e o pessoal usava candeeiros e faróis dos carros para a iluminação. Mais de 2 mil pessoas me aguardavam. O que senti naquele momento não dá para descrever, de tão chocante e singular.
As pessoas gritavam. Eu não entendia uma palavra do que diziam, mas entendia tudo. Era como se eu estivesse no meu bairro, na Bahia, e ao mesmo tempo tivesse voltado 500 anos no tempo.
O povão me encarava como uma novidade: eu era o primeiro brasileiro de origem tikar a pisar ali. Mas também fiquei chocado com a pobreza. As pessoas me faziam inúmeros pedidos nas ruas, de camisetas de futebol a ajuda para gravar um disco. Não por acaso, ali perto o grupo fundamentalista Boko Haram (originário da vizinha Nigéria) tem uma de suas bases e conta com grande apoio popular.
De manhã, fui me encontrar com o rei, um homem alto e forte de 56 anos, casado com 20 mulheres e pai de mais de 40 filhos. Ele se vestia como um muçulmano do deserto, com uma túnica com estamparias e tecidos belíssimos.
Depois do café da manhã, tive uma audiência com ele numa das salas do palácio. Ele estava emocionado e curioso, pois sabia que muitos do povo Tikar haviam ido para as Américas, mas não para o Brasil.
Fiz uma pergunta que me angustiava: perguntei por que eles tinham permitido ou participado da venda dos meus ancestrais para o Brasil. O tradutor conferiu duas vezes se eu queria mesmo fazer aquela pergunta e disse que o assunto era muito sensível. Eu insisti.
Ficou um silêncio total na sala. Então o rei cochichou no ouvido de um conselheiro, que me disse que ele pedia desculpas, mas que o assunto era muito delicado e só poderia me responder no dia seguinte. O tema da escravidão é um tabu no continente africano, porque é evidente que houve um conluio da elite africana com a europeia para que o processo durasse tanto tempo e alcançasse tanta gente.
No dia seguinte, o rei finalmente me respondeu. Ele pediu desculpas e disse que foi melhor terem nos vendido, caso contrário todos teríamos sido mortos. E disse que, por termos sobrevivido, nós, da diáspora, agora poderíamos ajudá-los. Disse ainda que me adotaria como seu primeiro filho, o que me daria o direito a regalias e o acesso a bens materiais.
Foi uma resposta política, mas acho que foi sincera. Sei que eles não imaginavam que a escravidão ganharia a dimensão que ganhou, nem que a Europa a transformaria no maior negócio de todos os tempos. Houve um momento em que os africanos perderam o controle.
Leia também: Casal transforma câncer de filho em videogame para 'exorcizar' dor da perda
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Direito de imagemDIVULGACAOImage caption

"Se qualquer pessoa me perguntar de onde sou, agora já sei responder. Só quem é negro pode entender a dimensão que isso possui."

Um intelectual senegalês me disse que, enquanto não superarmos a escravidão, não teremos paz – nem os escravizados, nem os escravizadores. É a pura verdade. Não dá para tratar uma questão de 500 anos com um sentimento de ódio ou vingança.

A viagem me completou enquanto cidadão. Se qualquer pessoa me perguntar de onde sou, agora já sei responder. Só quem é negro pode entender a dimensão que isso possui.
Acho que os exames de DNA deveriam ser reconhecidos pelo governo, pelas instituições acadêmicas brasileiras como um caminho para que possamos refazer e recontar a história dos 52% dos brasileiros que têm raízes africanas. Só conhecendo nossas origens poderemos entender quem somos de verdade."

Fonte: BBC, para minha surpresa, ainda que nem tanto

=-=-=-=-=-=-=-=-=​
 

tiagobronson

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Pra variar mais um ótimo texto postado pelo @Goris, parabens meu caro!

O primeiro texto até tava numa preguiça de ler mas engatei e fui embora até o final, mostra um ponto interessante:

O negro foi ludibriado pelo homem branco, ok.
Já parou para pensar que se não fosse isso os povos tribais da africa teriam o mesmo destino dos indios das Americas?

Pois os europeus chegaram ao novo mundo e queriam usar os indios como escravos da mesma forma que fizeram com os negros, os indios tacaram um f**a-se e foram dizimados. Talvez seja o ponto que o Rei tikar tenha defendido ao responder o simpático Zulu de Salvador.
 

Goris

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Pra variar mais um ótimo texto postado pelo @Goris, parabens meu caro!

O primeiro texto até tava numa preguiça de ler mas engatei e fui embora até o final, mostra um ponto interessante:

O negro foi ludibriado pelo homem branco, ok.
Já parou para pensar que se não fosse isso os povos tribais da africa teriam o mesmo destino dos indios das Americas?

Pois os europeus chegaram ao novo mundo e queriam usar os indios como escravos da mesma forma que fizeram com os negros, os indios tacaram um f**a-se e foram dizimados. Talvez seja o ponto que o Rei tikar tenha defendido ao responder o simpático Zulu de Salvador.
Valeu!

Mas sempre vale pensar que nossa noção de África medieval é muito errada, muito errada mesmo.

Havia reinos tão poderosos na Africa quanto na Europa, até mesmo armas de fogo havia no continente (as armas de fogo estrearam na Somália menos de 150 anos depois de estrearem na Europa - em termos de História, é quase simultâneo) e, com acesso à Àsia, pelo Oriente Médio, as chances de os europeus fazerem o mesmo que fizeram nas Américas eram bem menores.

Tem algum tópico meu sobre a Rainha Nzinga, de Ngola. Exceto pelas armas de fogo, os europeus não tinham vantagem nenhuma sobre os ngolas e ficaram decadas batendo e tomando pau, batendo e tomando pau. A rainha Nzinga deu um pau tão ferrado nos portugueses que eles só voltaram a por os pés em Ngola depois que ela morreu - e isso porque o irmão dela achou mais lucrativo vender cativos dos povos vizinhos que continuar em guerra.

O que levou os europeus a dizimarem os nativos foi principalmente as doenças às quais os nativos não tinham imunidade e o fato de mesmo os reinos mais poderosos das américas serem conquistas recentes, de poucos séculos.

Acredito que se a escravidão não fosse um negócio tão lucrativo, não teria havia o mesmo destino dos americanos na África. Aliás, sem escravos africanos, provavelmente nem colonização extensiva teria aqui. Acho.
 


Cafetão Chinês

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Mais alguém percebeu que a esquerda se apropriou do termo fake news e agora está usando o mesmo levianamente para qualquer coisa que não lhes sejam de seus agrados?
A própria globo já está usando esse termo de maneira gratuita e leviana.
Eu tenho percebido isso a algum tempo também.
O interessante é que é um termo que surgiu justamente para desqualificar as fontes desonestas da esquerda.
 

Goris

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Caí sem querer nesta matéria e, como negro, fiquei meio assim, achando meio exagerado.

How do you react to racist remarks - Como você reage a comentários racistas

O primeiro caso, de todos os mais raso, é uma guria que foi na casa de uma amigo - branco - e a mãe dele, apesar de a tratar bem, usou a palavra com N (negro ou, talvez, nigger) e ela ficou sem saber como reagir.

Oras, se ela usou a palavra nigger ou negro para se referir a uma pessoa negra, você reagen entendendo que ela está se referindo a um negro, assim como vc fala alto pra alguém alto, baixo pra alguém baixo, loiro pra alguém loiro ou fortinho pra alguém gordo.

Já vi, aqui no Brasil, neguinho reclamando que não pode usar preto pra se referir a negros... Assim como já ouvi outras pessoas de outros locais falando que não se pode usar negro para se referir a negros... Enfim...

Só achei idiota.
 

Trendkill

Die Hard
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Caí sem querer nesta matéria e, como negro, fiquei meio assim, achando meio exagerado.

How do you react to racist remarks - Como você reage a comentários racistas

O primeiro caso, de todos os mais raso, é uma guria que foi na casa de uma amigo - branco - e a mãe dele, apesar de a tratar bem, usou a palavra com N (negro ou, talvez, nigger) e ela ficou sem saber como reagir.

Oras, se ela usou a palavra nigger ou negro para se referir a uma pessoa negra, você reagen entendendo que ela está se referindo a um negro, assim como vc fala alto pra alguém alto, baixo pra alguém baixo, loiro pra alguém loiro ou fortinho pra alguém gordo.

Já vi, aqui no Brasil, neguinho reclamando que não pode usar preto pra se referir a negros... Assim como já ouvi outras pessoas de outros locais falando que não se pode usar negro para se referir a negros... Enfim...

Só achei idiota.

Eu acho que nesse caso seria porque o nigger representa "crioulo". Seria um chamamento mais pejorativo.

Eu sou moreno/negro/pardo sei lá. Quando fui lá se já se referiram a mim como "brown skin".. acho que também é comum usar isso pros mexicanos.. Não sei se o negro seria "black skin", mas nigger é pejorativo.
 

Goris

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Eu acho que nesse caso seria porque o nigger representa "crioulo". Seria um chamamento mais pejorativo.

Eu sou moreno/negro/pardo sei lá. Quando fui lá se já se referiram a mim como "brown skin".. acho que também é comum usar isso pros mexicanos.. Não sei se o negro seria "black skin", mas nigger é pejorativo.
Aí que tá, era pejorativo pra dona que chamou a guria de nigger?

Tem esse lance.

Como eu disse, já disseram que negro é ok e preto é ofensivo (pra mim, que sou negro) e também já disseram que preto é Ok e negro é ofensivo.

Imagina um branco que esteja com dois negros numa sala e vá falar de uma atriz negra e diga "Atriz preta", um dos caras acharia ofensivo e outro de boas. Ele ia corrigir pra atriz negra e o outro acharia ofensivo e o outro de boas, mas no fim, os dois negros achariam ele um fdp racista, sendo que a intenção do cara não era essa.

De novo, se ela tava na casa de um amigo e a mãe dele a tratou bem até usar a palavra com N, será que ela foi ofensiva ou que a menina achou ofensivo?

Dá uma conferida no tópico do Dado Dollabella nos EUA, você começa a perceber como americanos podem ser incrivelmente legais, incrivelmente escrotos e incrivelmente hipócritas, de qualquer raça.
 

Baralho

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Excelente post, bem relembrado. Passou no Fantástico faz um tempo.

Na mesma busca acabei encontrando essa outra matéria, que achei bem legal. Ela não explica nada, mas achei bem humana.
=-=-=-=-=-=-=-=
> Comecei a trabalhar clandestinamente aos 9 anos numa gráfica da Igreja Católica. Trabalhava de forma profana para produzir livros sagrados.


Por isso, pobre criança, aí se tornou "vítima da sociedade" e caiu no mundo da "marginalidade". E com ajuda da ICAR pra completar, esses "nazi-fascistas" que ensinam um moleque pobre a trabalhar desde cedo.

> Bom aluno, consegui passar no vestibular para arquitetura.

"Sertamente" que foram as cotas, o governo tá correto na sua política para as universidades.

> Mas também fiquei chocado com a pobreza. As pessoas me faziam inúmeros pedidos nas ruas, de camisetas de futebol a ajuda para gravar um disco. Não por acaso, ali perto o grupo fundamentalista Boko Haram (originário da vizinha Nigéria) tem uma de suas bases e conta com grande apoio popular.

"Religiaum da pas, qui nunca iscravizou ninguen."

> De manhã, fui me encontrar com o rei, {...} casado com 20 mulheres e pai de mais de 40 filhos. Ele se vestia como um muçulmano do deserto, com uma túnica com estamparias e tecidos belíssimos.

É, não tá fácil pra ninguém.

Pense nos caras "honrados" que essa filharada vai se tornar, pra contribuir pra construção de um país desenvolvido. Pode confiar.

> Fiz uma pergunta que me angustiava: perguntei por que eles tinham permitido ou participado da venda dos meus ancestrais para o Brasil. { ... } O tema da escravidão é um tabu no continente africano, porque
é evidente que houve um conluio da elite africana com a europeia para que o processo durasse tanto tempo e alcançasse tanta gente.
No dia seguinte, o rei finalmente me respondeu. Ele pediu desculpas e disse que foi melhor terem nos vendido, caso contrário todos teríamos sido mortos. E disse que, por termos sobrevivido, nós, da diáspora, agora poderíamos ajudá-los. Disse ainda que me adotaria como seu primeiro filho, o que me daria o direito a regalias e o acesso a bens materiais.


Pois é, vendendo seus irmãos, estavam vendendo seus próprios destinos.

E o destino foi a prisão, porém essa além do uma prisão de ter sua terra como colônia estrangeira ou ter seu país como porão do subdesenvolvimento mundial, é a prisão da mentalidade baixa, pequena, sem perspectivas de evoluir.

P.S. No final parece que o rei tá querendo subornar o cara, como se tivesse sido interrogado por algum tribunal de exceção, tabu da escravidão lá não é pouco mesmo.

> A viagem me completou enquanto cidadão. Se qualquer pessoa me perguntar de onde sou, agora já sei responder. Só quem é negro pode entender a dimensão que isso possui.
É um detalhe importante, embora deva se considerar que as divisas entre países não existiram no continente africano até o fim do séc. 19, enquanto a Europa formava seus Estados nacionais quinhentos anos antes, no mínimo.


Por que, jews controlam a BBC também ?

Momento de suspense com o "selo" SF de qualidade, no OS.
 

Trendkill

Die Hard
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Aí que tá, era pejorativo pra dona que chamou a guria de nigger?

Tem esse lance.

Como eu disse, já disseram que negro é ok e preto é ofensivo (pra mim, que sou negro) e também já disseram que preto é Ok e negro é ofensivo.

Imagina um branco que esteja com dois negros numa sala e vá falar de uma atriz negra e diga "Atriz preta", um dos caras acharia ofensivo e outro de boas. Ele ia corrigir pra atriz negra e o outro acharia ofensivo e o outro de boas, mas no fim, os dois negros achariam ele um fdp racista, sendo que a intenção do cara não era essa.

De novo, se ela tava na casa de um amigo e a mãe dele a tratou bem até usar a palavra com N, será que ela foi ofensiva ou que a menina achou ofensivo?

Dá uma conferida no tópico do Dado Dollabella nos EUA, você começa a perceber como americanos podem ser incrivelmente legais, incrivelmente escrotos e incrivelmente hipócritas, de qualquer raça.

Esse teu exemplo foi foda. Pra mim tanto faz ser referido como preto ou negro. Eu me considero os dois.

Mas cada um recebe de um jeito.
 

End Of The Line

Bam-bam-bam
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Goris

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Excelente post, bem relembrado. Passou no Fantástico faz um tempo.
Valeu.

Por isso, pobre criança, aí se tornou "vítima da sociedade" e caiu no mundo da "marginalidade". E com ajuda da ICAR pra completar, esses "nazi-fascistas" que ensinam um moleque pobre a trabalhar desde cedo.
Sim, por isso eleitores do Bolsonaro são nazistas.
Meu pai mesmo, começou a trabalhar aos 9 anos, porque era isso ou morrer de fome.
Ainda bem que em países não fascistas, crianças morrem de fome mas não trabalham, tipo Venezuela.

"Religiaum da pas, qui nunca iscravizou ninguen."
A escravidão árabe começo quase mil anos antes da escravidão atlântica.
Mas nao é tao ruim, já que os escravos homens eram castrados e, dessa forma, os que sobreviviam não tinham filhos, logo era mais humano.

Em off, em alguma outra postagem eu respondi a um user que disse que a escravidão brasileira era a pior do mundo que os escravos negros levados aos países islâmicos eram castrados, perguntei se isso não era pior, mas parece que não, já que nem resposta tive.

Pois é, vendendo seus irmãos, estavam vendendo seus próprios destinos.

E o destino foi a prisão, porém essa além do uma prisão de ter sua terra como colônia estrangeira ou ter seu país como porão do subdesenvolvimento mundial, é a prisão da mentalidade baixa, pequena, sem perspectivas de evoluir.
Pergunta se eu, como descendente de negros, tenho pena especial dos descendentes dos caras que mandaram meus ancestrais pra cá?
Como seres humanos vivendo no continente mais pobre do mundo, claro que tenho pena deles, mas nao como "negros como eu".

P.S. No final parece que o rei tá querendo subornar o cara, como se tivesse sido interrogado por algum tribunal de exceção, tabu da escravidão lá não é pouco mesmo.
Não sei...
Em muitos países a escravidão durou até 30 ou 40 anos atrás (sim, é mentira que o Brasil foi o último país do mundo a acabar com a escravidão, pra variar) e tem alguns que em 2010 é que a escravidão foi fnalmente tornada fora da lei.

Então os caras agirem como se escravidão fosse tabu não sei se é certo.

É um detalhe importante, embora deva se considerar que as divisas entre países não existiram no continente africano até o fim do séc. 19, enquanto a Europa formava seus Estados nacionais quinhentos anos antes, no mínimo.
Na verdade, toda a história da Africa é muito mal contada aqui, no ocidente.
Não havia fronteiras definidas porque os reinos e países do continente ainda não usavam documentos escritos, mas com certeza havia fronteiras entre os reinos. E, no geral, eram fronteiras etnicas. Então não é que não existissem divisas entre países - é uma mentira - mas as fronteiras não eram como os europeus aceitavam. Era tipo, "Nosso reino vai até o rio tal" ou "Nosso reino vai até a montanha" mas tbm existiam enorme vazios...
Meio que essa informação de que não existiam divisas entre países é falsa. Tem tópico meu sobre Eitópia, Somália, Angola e cia, vc percebe que claramente existiam fronteiras, Angola, por exemplo, era um reino vassalo do Reino do Congo, que se tornou independente... Eles tinham lá suas fronteiras... Por outro lado, entre esses reinos e o centro do continente, parece que as fronteiras eram mais inexatas.

Ou seja, havia fronteiras onde reinos poderosos se encontravam, mas nas partes ermas, terra de ninguém, não existia. Até porque a Africa tem área 3 vezes maior que a Europa (isso não contando que uma boa parte dela é congelada).



Por que, jews controlam a BBC também ?

Momento de suspense com o "selo" SF de qualidade, no OS.
Não, nada tão extremo, a BBC é bem esquerdista nas suas postagens.
É aquele esquerdismo mais discreto, mas não deixa de ser esquerdista.
 

Charrua

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Mais alguém percebeu que a esquerda se apropriou do termo fake news e agora está usando o mesmo levianamente para qualquer coisa que não lhes sejam de seus agrados?
A própria globo já está usando esse termo de maneira gratuita e leviana.
Fizeram com DH e a reação da galera foi a mesma.
Lamentável.
 

Goris

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Amigos, uma pergunta:

A Veja teve uma matéria de capa recente com o título : Como é ser negro no Brasil

Porra, eu sou negro e adoraria ler a matéria para saber da minha vida.

Alguém que assine a Veja poderia copiar a matéria e colar aqui?

Grato.
 
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Bloodstained

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Daniela Mercury é acusada de “apropriação cultural” por cantoras negras

A lacradora Daniela Mercury foi vítima da própria militância que alimenta.

Durante o Festival Sangue Novo, ocorrido no último sábado (26) em Salvador-BA, as cantoras Larissa Luz, Luedji Luna e Xênia França criticaram a “apropriação cultural” praticada por Daniela Mercury, que recentemente lançou a música “Pantera Negra Deusa”, na qual exalta Wakanda, nação negra fictícia criada pelo universo Marvel.

“A pantera negra, a deusa / A mãe original do mundo / Mãe da única raça / A raça humana / Somos todos filhos da preta”, diz a letra de Daniela Mercury.

Larissa Luz foi a primeira a se posicionar: “Está na hora de parar de usar de um discurso que não é seu para lucrar. Está na hora de parar de usar de um lugar de fala que não é seu para ganhar. Porque preto de alma não existe! O Brasil é um país que mata, é um país que humilha, um país que condena a cor da pele e não a cor da alma! Quem é preto é preto. Quem não é, não é! A música preta é nossa!”, disse a cantora, que em seguida foi muito aplaudida pela plateia. “E Wakanda também, Wakanda também é nossa!”, completou Luedi Luna.

Detalhe: Wakanda – lar do super-herói Pantera Negra – foi criada por dois brancos americanos, o escritor Stan Lee e o desenhista Jack Kirby.

É a segunda lei do lacre: “quem com lacre lacra, com lacre será lacrado”.

Confira o vídeo:




Fonte
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Lacerda Yawara

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Estas prectas safadas querem se apropriar culturalmente das criações do Stan Lee.
Tomem vergonha.
 

Bloodstained

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Estas prectas safadas querem se apropriar culturalmente das criações do Stan Lee.
Tomem vergonha.
Seria capaz de apostar que essas lacradoras não fazem a menor ideia de quem foi Stan Lee. É bem capaz de não saberem sequer que o Pantera Negra é um personagem da Marvel, inclusive. :kclassic
 

Lacerda Yawara

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Seria capaz de apostar que essas lacradoras não fazem a menor ideia de quem foi Stan Lee. É bem capaz de não saberem sequer que o Pantera Negra é um personagem da Marvel, inclusive. :kclassic
Elas provavelmente acham que a Marvel criou o personagem a partir de lendas africanas verídicas.:kkk
 

Qordis

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Polícia classifica ator de 'Empire' como suspeito de planejar ataque racista falso nos EUA

Porta-voz da polícia de Chicago anunciou que Jussie Smollett é suspeito do crime de fazer denúncia falsa. Em janeiro ele disse que foi vítima do ataque de dois homens na cidade.

jussie-smolett.jpg


A polícia de Chicago anunciou nesta quarta-feira (20) que o ator Jussie Smollett foi classificado oficialmente como um suspeito no caso do ataque que o próprio denunciou como vítima em janeiro. Segundo um porta-voz do departamento, ele é investigado pelo crime de fazer uma denúncia falsa.

Segundo o ator, conhecido pela série "Empire", ele saía de um restaurante na madrugada de 29 de janeiro em Chicago quando foi atacado por dois homens brancos, que gritaram xingamentos racistas e homofóbicos, jogaram alvejante e amarraram uma corda em seu pescoço. Ele foi levado ao hospital com uma costela fraturada.

"Os detetives estão neste momento apresentando provas para um grande júri do condado de Cook", afirmou o porta-voz da polícia, Anthony Guglielmi, no Twitter.

Desde o incidente, segundo diversas emissoras americanas, como a CNN, a investigação já apontava que o ator podia na verdade ter planejado o ataque falso. Fontes ligadas à polícia afirmavam que dois suspeitos interrogados disseram que receberam dinheiro de Smollett para encenar o crime.

Essa é a primeira vez, no entanto, que a própria polícia anunciou que Smollett é considerado suspeito. O anúncio acontece no mesmo dia em que seus advogados participaram de uma reunião com os promotores e investigadores.

Veja a linha do tempo do caso:

22 de janeiro: Uma carta com uma ameaça e xingamentos racistas e homofóbicos, destinada a Smollett, chega ao estúdio em Chicago onde é gravada a série "Empire".

29 de janeiro: Polícia abre investigação de possível crime de ódio depois de denúncia feita pelo ator, que afirma ter sido atacado por dois homens brancos com xingamentos racistas e homofóbicos, alvejante e uma forca.

30 de janeiro: Investigadores anunciam que encontraram imagens de câmeras de vigilância com dois possíveis suspeitos.

1º de fevereiro: Smollett divulga primeiro comunicado após episódio, no qual diz que está bem e agradece o apoio recebido de colegas e fãs. Ele também defende sua versão do ataque.

2 de fevereiro: O ator aparece publicamente pela primeira vez, em show em Hollywood.

11 de fevereiro: A polícia reclama que o ator entregou dados incompletos de seu celular.

13 de fevereiro: Os irmãos Osundairo são detidos após chegarem de um vôo da Nigéria. A polícia revista sua casa e encontra roteiros da série.

14 de fevereiro: Smollett dá sua primeira entrevista na TV após o incidente, e afirma estar falando a verdade.

No mesmo dia, a polícia afirma que ao menos um dos homens detidos apareceu como figurante em "Empire", mas que eles ainda não eram suspeitos. Os advogados dos irmãos afirmavam que eles eram inocentes.

15 de fevereiro: A polícia afirma que os irmãos são suspeitos, mas libera os dois sem acusações. Em seguida, investigadores dizem que eles não são mais considerados suspeitos.

16 de fevereiro: Emissoras americanas, como a CNN, afirmam que os irmãos disseram à polícia que foram pagos para participar do falso ataque. Um porta-voz da polícia diz que as informações fornecidas pelos dois mudaram o rumo das investigações.

Advogados do ator reafirmam que ele foi vítima de um crime de ódio e que continuará a cooperar. A polícia divulga que quer conversar novamente com ele.

20 de fevereiro: A polícia anuncia que Smollett é considerado oficialmente suspeito de fazer uma denúncia falsa.

https://g1.globo.com/pop-arte/notic...rce=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1
 

Goris

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Enquanto isso, os racistas do bem dizem que o certo é as raças não se misturarem.

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Tenho uma pergunta: se eu criar um "Humans of coxinha" ou "Humans of conserva" vou sofrer represálias?
Desculpe não responder antes, você estava na minha Ignore List.

Cara, tem o Humans of... PSDB por aí, que nem foi longe - felizmente a gente não defendia o PSDB, tampouco o Aécio, a gente defendia tirar a corruptocracia PTista do poder antes da gente virar Venezuela - mas um Humans of... Mitologia, ou Humans of... Talkey tá de boas.

Só que, sendo honesto, a gente tem farto material de feministas, racistas do bem, religiosos do bem e até estudantes do bem (tanto que tivemos que criar uns 4 ou 5 tópicos pra não perder o foco) e isso com notícias reais... que criar um tópico pra falar mentiras sobre O Mito ou os seus bolsominions vai gerar é mais gente simpatizamos com ele.

Tipo eu, que passei a virar Bolsominion não porque sou racista, machista homofóbico ou rico, mas porque vi pessoas - do bem - falando tanta mentira sobre ele que primeiro fiquei contra a mentira, pra só depois ficar a favor dele.

Por alto eu lembro das pichações de suasticas, mulheres maracdas com suástica, petistas jogados na frente de caminhos, museus incendiados... Não tem caso de mentira que não seja desvendado e jogue pro alto o Mito e pro esgoto os esquerdistas.

Do jeito que tá, tá bom.
 
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Goris

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No Vale Tudo, onde não podemos citar política, publiquei o tópico 10 coisas erradas que aprendemos na escola.

Tópico bem interessante, onde se você discordar da versão (mentirosa) ensinada nas escolas, você é revisionista defensor dos racistas.

Numa das brigas, falamos da escravidão africana realizada por africanos e da escravidão árabe-islâmica.

Quando comentei que a escravidão islâmica era pior que a ocidental, me tornei racista defensor da escravidão.

Vale ler esse texto no link para saber como era:

Escravidão árabe-islâmica
 

Goris

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Movimentos negros repetem lógica do racismo científico, diz antropólogo

RESUMO No dia 20 de novembro, na avenida Paulista, manifestantes negros carregaram faixa com os dizeres 'miscigenação é genocídio'. Para antropólogo, trata-se de retorno a noções racistas anacrônicas (utilizadas pelos brancos no século 19) e pregação explícita em favor de um apartheid amoroso-sexual no Brasil.

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O mulato Abdias do Nascimento —que caminhou do fascismo integralista para o racialismo "made in USA"— era um homem preconceituoso. Basta ver a estranha seletividade com que, apesar de sua filiação à mestiçagem tristetropical brasileira, ele usa a própria palavra "mulato".

Quando quer fazer o elogio de algum mestiço de branco e preto, Abdias chama-o "negro". Mas, quando quer execrar o sujeito, trata-o como "mulato" (muito embora, em seu discurso geral, faça de conta que o mulato não existe).

Assim, nos seus textos e palestras, o mulato Luiz Gama, filho de branco baiano de origem portuguesa e da preta Luiza Mahin, era "negro". Já o mulato capitão-do-mato ou feitor, não: era "mulato" mesmo.

Pois bem. Descende diretamente do velho guru Abdias do Nascimento (1914-2011) o slogan racialista exibido em manifestação na avenida Paulista, no dia 20 de novembro, pelos ativistas dos movimentos negros: "Miscigenação também é genocídio" —pregação explícita em favor da implantação de um apartheid amoroso-sexual no país.

Diante da afirmação slogamática, aliás, ficam menores outros debates, como os estéticos, quando, depois que conseguimos atirar fora a praga do "realismo socialista", querem nos aprisionar no cárcere do "realismo racialista". E um filme como "Vazante" (Daniela Thomas) acabou pagando o pato recentemente, nesse "revival" rácico-stalinista.


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Agora, com o combate à miscigenação à frente, o lance é mais grave: passa-se do "lugar de fala" ao "lugar de cama".
/Zanone Fraissat/Folhapress



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Marcha da Consciência Negra irá seguir até o Teatro Municipal, no centro

Mas vamos puxar o fio da meada. Em "O Genocídio do Negro Brasileiro" (1978), bíblia do nosso racialismo essencialmente colonizado, um Abdias confuso e sectário monta duas sequências. Numa, encadeia mestiçagem, branqueamento e alienação da identidade negra. Noutra, amarra miscigenação, branqueamento e aniquilação da raça negra.

Neste segundo caso, Abdias vê a mestiçagem/miscigenação como estratégia de extermínio da população negra: "(...) o mulato prestou serviços importantes à classe dominante; durante a escravidão ele foi capitão-do-mato, feitor (...). Nele se concentraram as esperanças de conjurar a 'ameaça racial' representada pelos africanos. E estabelecendo o tipo mulato como o primeiro degrau na escada da branquificação sistemática do povo brasileiro, ele é o marco que assinala o início da liquidação da raça negra no Brasil".

E ainda, como se nunca tivesse se olhado no espelho: "O processo de miscigenação, fundamentado na exploração sexual da negra, foi erguido como um fenômeno de puro e simples genocídio. (...) Com o crescimento da população mulata, a raça negra iria desaparecendo sob a coação do progressivo clareamento da população do país".

ANACRONISMO
Como argumentei em "A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros" (2007), é uma visão unilateral e anacrônica, para dizer o mínimo. Tanto do ponto de vista histórico, quanto do genético. Por várias razões. Afinal, quem quer que conheça a história de nosso passado escravista sabe que mulatos não foram somente capitães-do-mato ou feitores.

Muito pelo contrário: participaram de rebeliões contra a elite senhorial branca, criaram (e viveram em) quilombos e, entre outras coisas, formaram a liderança da Revolução dos Alfaiates (1798), centrada na luta contra a escravidão e o colonialismo —liderança que foi presa e enforcada em praça pública.

Além disso, não só a miscigenação não é —nem pode ser— um processo unilateralmente embranquecedor, como tal projeto de branquear a população foi coisa datada e exclusiva da classe dirigente —e nossa vida social e cultural aconteceu, em sua maior medida, à revelia do Estado e dessa classe.

Por fim, é mais do que anacrônica a suposição de Abdias que sustenta o feminismo negro. A mestiçagem, hoje em dia, não pode mais ser vista como violência contra a mulher negra.
Primeiro, porque temos uniões de homens pretos com mulheres brancas. Segundo, porque a união ou o casamento de um homem branco com uma mulher preta não se dá mais sem seu assentimento, cumplicidade ou mesmo iniciativa. Melhor não falsear a realidade com discursos "historicistas".

Mas é impressionante, paradoxal mesmo, ver como a atual ideologia racialista, que se alastrou pelo país a partir principalmente do ambiente acadêmico, repete ao pé da letra a velha miragem do "racismo científico" do século 19, que acreditava na fantasia de uma desigualdade essencial e insuperável entre as raças.

Naquela época, os teóricos do "racismo científico" defenderam a tese totalmente sem pé nem cabeça (que agora vemos retomada) de que era possível branquear a população brasileira através da imigração e da miscigenação, já que neste processo prevaleceriam sempre os genes da "raça superior" —a branca, naturalmente.
Em "Sur les Métis au Brésil" (sobre os mestiços do Brasil), texto apresentado em 1911 no primeiro Congresso Internacional das Raças, realizado em Londres, o antropólogo Batista de Lacerda, do Museu Nacional, chegou até a fazer suas contas na ponta do lápis. Segundo ele, o branqueamento do povo brasileiro estaria concluído na segunda década do século 21.

E sempre que recordo isso, lembro também uma deliciosa boutade do mestiço brasileiro Chico Buarque de Hollanda, falando da obrigação em que estávamos de promover o casamento do goleiro Taffarel e da apresentadora Xuxa, a fim de tentar evitar a extinção da raça branca no Brasil.


ATAQUES

Agora, como disse, os racialistas repetem o dogma que se revelou um fracasso histórico espetacular. E adiantam outros passos esdrúxulos, desde que a paranoia político-social tem seus próprios desenhos e suas próprias regras.

Com medo de um branqueamento final e total do povo brasileiro, essa turma parte para o ataque pesado. Dispara chumbo grosso contra relações amorosas e sexuais que envolvam pretos e brancos. E não é de hoje. Já na década de 1970 esse discurso tinha aflorado com nitidez.
O próprio Abdias do Nascimento, que nunca olhava para si mesmo nem discutia seu próprio cotidiano, era discreta mas severamente criticado por diversos ativistas político-acadêmicos do movimento negro, em consequência do seu casamento com uma branca americana, Elisa Larkin, autora do livro (bem ruinzinho, por sinal) "Pan-Africanismo na América do Sul: Emergência de uma Rebelião Negra" (1981).

E Abdias, embora defendesse a tese estapafúrdia de que miscigenação era genocídio, nunca se deu ao trabalho de analisar o seu caso pessoal. Sempre fez de conta que não ostentava uma ancestralidade mista —birracial, no mínimo— e que não vivia com a mulher que vivia. Mas vamos deixá-lo de parte por ora.
O que quero salientar é o ponto a que chegaram nossos atuais "neonegros" (vale dizer, mulatos que sempre foram mulatos e hoje se apresentam como pretos retintos). Já faz tempo que, em seu afã de combater a mescla interracial, vêm falando de um tal de "amor afrocentrado", rótulo ideológico que mais não é do que um eufemismo para a segregação erótica.

Tem mais. Uma coisa é o fenômeno objetivo da mistura genética, outra coisa são as ideologias da mestiçagem.

No passado, a mestiçagem brasileira ganhou leituras mistificadoras, senhoriais. Para se contrapor a isso, muitos cometeram um equívoco primário: em vez de rediscutir em profundidade a questão, resolveram eliminá-la, como um sujeito que, ao fechar a janela, acredita que a rua deixou de existir.

Mas continuamos mestiços. E a mestiçagem não é indestacável da fantasia da democracia racial. Recusar-se a usar a noção é como se recusar a falar de raça por causa do uso que os nazistas fizeram do conceito, combatendo ferozmente, aliás, a mestiçagem. Se não entendermos nossas misturas, nunca entenderemos a nós mesmos.

E é bom sublinhar que mestiçagem não é sinônimo de harmonia. Não exclui o conflito, nem a discriminação. A melhor prova disso é o Brasil. Aqui, uma coisa é certa. Não pode existir delírio ideológico maior, entre nós, do que fantasiar a inexistência de mestiços. Mestiços nascem diariamente de uma ponta a outra do país.
Mas vamos finalizar. Se a mestiçagem diminui a população negra, também diminui a população branca. É curioso que "racistas científicos" e racialistas atuais acreditem no contrário, que a miscigenação branqueia, mas não escurece. A verdade é que o processo biológico não é (nem poderia ser) de mão única, privilegiando magicamente os brancos.

Um estudioso negroafricano menos delirante, Kabengele Munanga, em "Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil" (1999), vai ao ponto: "(...) a realidade empírica, crua, observada por todos, é a de que o Brasil constitui o país mais colorido do mundo racialmente (...). Fica insustentável a crença no aniquilamento do contingente negro, por um lado, e no branqueamento completo de toda a população brasileira, por outro (...). O colorido da população desmente as previsões do modelo".

Claro. A verdade é que, se um dia não houver nenhum negro no Brasil, também não haverá nenhum branco. E assim me vejo na obrigação de repetir aqui uma observação (óbvia) que já fiz inúmeras vezes: se for pelo caminho da miscigenação, o genocídio do negro será inseparável do suicídio do branco.
*
ANTONIO RISÉRIO, 64, antropólogo, poeta e ensaísta, é autor de "A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros" e "Mulher, Casa e Cidade" (Ed. 34).[/CENTER]

Fonte
A matéria é antiga, mas estou dando um UP nela, já que no facebook uma familiar (mestiça) soltou uma pérola nessa de "Genocídio negro" depois que entrou pra universidade no Rio.
 
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Goris

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Off, mas eu não sabia onde postar:


Sempre pensei "Como esses mimimistas recebem tanta atenção", até me lembrar do ResetEra, que inclusive é comentado no "Quem lacra não lucra".

Simplesmente milhares de mimimistas americanos com ideais de mundo justo, que atacam e censuram qualquer um que pensa diferente.

Basta um tópico e essas centenas de milhares de pessoas malucas saem (com seus 100 clones cada um) e se fazem passar por 10.000.000 de pessoas.
 
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