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[Ideologia] A Pedagogia do Oprimido

Goris

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Um amigo postou no facebook e achei aterrorizante:

"Como poderiam os oprimidos dar inicio à violência, se eles são o resultado de uma violência?
Como poderiam ser os promotores de algo que, ao instaurar-se objetivamente, os constitui?
Não haveria oprimidos se não houvesse uma relação de violência que os conforma como violentados, numa situação objetiva de opressão.
Inauguram a violência os que oprimem, os que exploram, os que não se reconhecem nos outros; não os oprimidos, os explorados, os que não são reconhecidos pelos que os oprimem como outro.
Inauguram o desamor, não os desamados, mas os que não amam, porque apenas se amam.
Os que inauguram o terror não são os débeis, que a ele são submetidos, mas os violentos que, com seu poder, criam a situação concreta em que se geram os “demitidos da vida”, os esfarrapados do mundo.
Quem inaugura a tirania não são os tiranizados, mas os tiranos.
Quem inaugura o ódio não são os odiados, mas os que primeiro odiaram.
Quem inaugura a negação dos homens não são os que tiveram a sua humanidade negada, mas os que a negaram, negando também a sua.
Quem inaugura a força não são os que se tornaram fracos sob a robustez dos fortes, mas os fortes que os debilitaram.
Para os opressores, porém, na hipocrisia de sua “generosidade”, são sempre os oprimidos, que eles jamais obviamente chamam de oprimidos, mas, conforme me situem, interna ou externamente, de “essa gente” ou de “essa massa cega e invejosa”, ou de “selvagens”, ou de “nativos”, ou de “subversivos”, são sempre os oprimidos os que desamam. São sempre eles os “violentos”, os "bárbaros” os “malvados”, os “ferozes”, quando reagem à violência dos opressores."
(Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire).
Agora sei de onde tiraram que assassino, ladrão e estuprador tem que ser defendido, já que ele não tem culpa de roubar, matar e assassinar.
 

antonioli

O Exterminador de confusões
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Infelizmente isso é usado como muleta para justificar tudo e mais um pouco. O ser humano é isso, ele se finge de "oprimido" para obter benefícios, destaca que o outro é "opressor" porque tem determinada característica e no fim é como sabemos, temos vários donos da razão.
 

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g1334857569711901422.jpg
 

yugi moto

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Só não dizem que voce é um "oprimido" se quiser ser um , se aceitar ser um por conveniência ou não é voce que escolhe o seu próprio caminho
 

PC2

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Paulo Freire, o maior exemplo dentro da pedagogia no país. Daí se tira por que o país está assim(um dos motivos, claro).

No mais, sobre o texto: É engraçado como, basicamente, ele tenta justificar a violência dos "oprimidos". Quer dizer, "f**a-se, quem começou foram os outros. Então eu posso, a culpa não é minha. Não fui eu que comecei".

E o engraçado é que se for pegar esse mesmo raciocínio dele, então o racismo contra negros, por exemplo, seria totalmente justificado, uma vez que quem começou com a escravidão de negros foram os próprios.
 


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a educação brasileira reflete bem a cultura do nosso país.

Brasileiro não sabe planejar a longo prazo e não tem paciência de esperar por resultados, quer tudo imediato.

outra coisa que me irrita muito é que brasileiro pensa mais em supérfluos antes de construir uma base, é tipo
mobiliar uma casa antes de construir as paredes.

Então você vê o ministério da educação querendo colocar francês, mandarim e etc na grade curricular
quando nem português eles conseguem ensinar direito pros alunos.

Um outro grande problema é que os professores não tem liberdade alguma pra punir alunos e isso gera desrespeito.

E por fim a mentalidade socialista e politicamente correta do nosso país impede as escolas de criarem classes de acordo com a capacidade dos alunos, logo alunos bons são prejudicados por alunos ruins e bagunceiros.
 

Diógenes Laércio

Bam-bam-bam
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Ninguém negaria que existe injustiça nesse mundo. Oh como existe!
Mas paremos para pensar um instante.
Como seria uma possível reconstrução da origem das sociedades de acordo com esse tipo de pensamento?
Há um grande grupo de pessoas num local.
Desse grupo, emerge uma pequena casta de pessoas com possibilidade de oprimir outras.
O resto é todo hipossuficiente.
Esse pequeno grupo é maldoso e autoritário enquanto que o outro é bondoso e ingênuo.
O grupo autoritário chega à conclusão que sua vida seria mais aprazível se ele viesse a sobrepujar o grupo dos hipossuficientes e assim procede.
O grupo hipossuficiente acede a essa operação por absoluta incapacidade de reagir a ela.
Caso se chegue à conclusão de que essa reconstrução é aceitável, seria plausível tal forma de pensar?
 

Sgt. Kowalski

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No meu estágio na faculdade eu trabalhei em um projeto da pedagogia da UNESP, um programa chamado Pedagogia Cidadã, que buscava capacitar professoras da rede municipal através de tele-aulas e videoconferências. Eu só cuidava da parte de equipamentos e fazia tudo funcionar, mas do que eu podia ouvir das aulas, Paulo Freire era tratado como uma divindade.

Pois é.
 

Goris

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Ninguém negaria que existe injustiça nesse mundo. Oh como existe!
Mas paremos para pensar um instante.
Como seria uma possível reconstrução da origem das sociedades de acordo com esse tipo de pensamento?
Mas aí que tá, não é possível, Laércio.
É como se vc escolhesse um time e dissesse "tudo de errado que esse lado cometer, a culpa é do outro lado", é o discurso do ódio, o discurso de Hitler "tudo que nos fizermos é culpa dos judeus", é o discurso israelense "tudo o que fizermos é culpa dos palestinos", é o discurso dos palestinos "tudo que fizermos é culpa dos israelenses" e não tem fim.
Vc até constrói uma sociedade através do ódio, mas ou ela se autodestroi logo apos eliminar os inimigos ou percebe a burrice que fez e vive se sentindo mal, como os alemães.

Há um grande grupo de pessoas num local.
Desse grupo, emerge uma pequena casta de pessoas com possibilidade de oprimir outras.
O resto é todo hipossuficiente.
Esse pequeno grupo é maldoso e autoritário enquanto que o outro é bondoso e ingênuo.
O grupo autoritário chega à conclusão que sua vida seria mais aprazível se ele viesse a sobrepujar o grupo dos hipossuficientes e assim procede.
O grupo hipossuficiente acede a essa operação por absoluta incapacidade de reagir a ela.
Caso se chegue à conclusão de que essa reconstrução é aceitável, seria plausível tal forma de pensar?
Talvez eu não tenha entendido bem, mas vc está usando o mesmo discurso reducionista do Freire, apenas sem o ódio.

Uma classe surge e só pode se manter através da violência? Tipo, uma classe não pode surgir e se manter através da inteligência, ou de acordos vantajosos a todos, ou através do trabalho?

Se pra alguém subir, esse alguém tiver sempre que puxar outra pessoa pra baixo, sua pergunta teria lógica, mas está não é a realidade, é uma visão ideologicamente construído.
 

Goris

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Corrigi pra vc.
Nope.
Quando ele não está envolvido com ideologias lobotomizadoras, ele é uma pessoa excelente.
Curto muito o material não-ideológico que ele publica - excelente na verdade - e vc percebe que o cara tem boa intenção, apenas, não aceita que o time pelo qual ele torce é o pior que poderia escolher. Honestamente, acredito que metade do pessoal que defende loucuras como essa aí de cima, quer um mundo melhor, mas está tão lobotomizado que não consegue enxergar que justamente a luta deles é que ajuda a tornar este mundo pior.

Se todo o problema da educação brasileira pudesse ser resumido a isso...
Meu pai foi pedreiro.

E ele disse mais de uma vez que o alicerce (aquela parte que fica enterrada debaixo da terra e poucos vêem ou sequer notam que ele está ali) é a parte mais importante da casa.

E Freire e essas loucuras são o alicerce de nossa educação. É com idéias como esta que temos professores sendo formados todos os anos (eu sei, pois sou um deles), pessoas que odeiam esse mundo injusto e querem, com todas as forças, criar um mundo melhor e mais justo, mas que seguindo esses ideais aí, só ajudam o mundo a se tornar ainda pior.

Eles pensam estar compensando a maldade "das elites" dando munição ideológica para os pobres odiarem tal elite. Na verdade, a elite está em suas mansões e arranha-céus e quando uma mulher é estuprada por um pobre, essa mulher na maioria das vezes é uma pobre também. Quando vemos um pobre assaltando (socializando, olha que lindo este termo, bem melhor que assaltando ou roubando) alguém, é gente pobre também.

Acha que a filha do Lula, do Odebrecht ou de sei lá quem vai ser assaltada na rua por um pivete? Não, ela tá de carro com seguranças o tempo todo. Quem é assaltada é a filha do dono da padaria (e chamar esse cara de elite é sacanagem que só quem é lobotomizado enxerga), é a amiga de cursinho que tava com ela, ambas tendo que ir de ônibus pra escola. Quem tem o carro roubado não é o dono da ferrari, é o cara que comprou um gol em 36 prestações, pagou 18 e agora vai pagar mais 18 sem ter o carro.

Quem é morto pelo passageiro é o taxista que trabalha 12 horas por dia para sustentar a família. Não o milionário que tem iates pra nagevar o mundo todo.

Essa base, que dá apoio ideológico pros professores e alunos apoiarem criminosos, não prejudica a elite, prejudica justamente as pessoas humildes. Curiosamente, as mesmas que querem leis mais severas não porque foram enganadas pela Globo, mas porque sabem que são vítimas potenciais de criminosos.

Enfim, esta é a base pela qual se constrói a 88ª educação do mundo.
 
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PC2

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No meu estágio na faculdade eu trabalhei em um projeto da pedagogia da UNESP, um programa chamado Pedagogia Cidadã, que buscava capacitar professoras da rede municipal através de tele-aulas e videoconferências. Eu só cuidava da parte de equipamentos e fazia tudo funcionar, mas do que eu podia ouvir das aulas, Paulo Freire era tratado como uma divindade.

Pois é.

Eu conheço umas e outras pessoas da pedagogia e é assim mesmo. E não são pessoas abestadas, não. São esclarecidas. Ainda assim caem nessa conversa, tamanha é a lavagem cerebral.
Experimenta falar mal do Paulo Freire na frente de um deles e tu vai ver. Se bobear até te bater vão querer. :klol
 

thiago_rariz

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Meu pai foi pedreiro.

E ele disse mais de uma vez que o alicerce (aquela parte que fica enterrada debaixo da terra e poucos vêem ou sequer notam que ele está ali) é a parte mais importante da casa.

E Freire e essas loucuras são o alicerce de nossa educação. É com idéias como esta que temos professores sendo formados todos os anos (eu sei, pois sou um deles), pessoas que odeiam esse mundo injusto e querem, com todas as forças, criar um mundo melhor e mais justo, mas que seguindo esses ideais aí, só ajudam o mundo a se tornar ainda pior.

Eles pensam estar compensando a maldade "das elites" dando munição ideológica para os pobres odiarem tal elite. Na verdade, a elite está em suas mansões e arranha-céus e quando uma mulher é estuprada por um pobre, essa mulher na maioria das vezes é uma pobre também. Quando vemos um pobre assaltando (socializando, olha que lindo este termo, bem melhor que assaltando ou roubando) alguém, é gente pobre também.

Acha que a filha do Lula, do Odebrecht ou de sei lá quem vai ser assaltada na rua por um pivete? Não, ela tá de carro com seguranças o tempo todo. Quem é assaltada é a filha do dono da padaria (e chamar esse cara de elite é sacanagem que só quem é lobotomizado enxerga), é a amiga de cursinho que tava com ela, ambas tendo que ir de ônibus pra escola. Quem tem o carro roubado não é o dono da ferrari, é o cara que comprou um gol em 36 prestações, pagou 18 e agora vai pagar mais 18 sem ter o carro.

Quem é morto pelo passageiro é o taxista que trabalha 12 horas por dia para sustentar a família. Não o milionário que tem iates pra nagevar o mundo todo.

Essa base, que dá apoio ideológico pros professores e alunos apoiarem criminosos, não prejudica a elite, prejudica justamente as pessoas humildes. Curiosamente, as mesmas que querem leis mais severas não porque foram enganadas pela Globo, mas porque sabem que são vítimas potenciais de criminosos.

Enfim, esta é a base pela qual se constrói a 88ª educação do mundo.

Eu não disse que esse problema não existe. Mas ele é um problema menor face aos outros:
-Falta de atrativo financeiro ao magistério, o que faz com que apenas os piores profissionais procurem a carreira docente. Ou aqueles que efetivamente escolhem por vocação, que são poucos.
-péssima formação, geralmente realizada em faculdades PRIVADAS de baixa qualidade. (a porcentagem de docentes que se formaram nas publicas é baixa, em relação ao todo do magistério)
-péssimas condições de trabalho, as vezes o mesmo professor leciona para 2 ou 3 series do mesmo ciclo, na mesma sala e ao mesmo tempo. Fora a falta de materiais e até de condições sanitárias.
-Classes lotadas, com muito mais de 40 alunos (os tops do pisa trabalham entre 15 a 25 alunos por sala)
-progressão continuada, uma medida do pensamento neoliberal para reduzir custos.
-sistemas de avaliação de desempenho mentirosos, que incentivam a maquiagem estatística colocando o fator aprovação de alunos como o mais importante.
Falta financiamento e, principalmente, gestão. Uma nova versão do pacto federativo e a eliminação do ente politico e de seus comissionados na elaboração do projeto educacional do pais são fundamentais para a melhora da qualidade. E devem corrigir esse problema do qual você reclama.
 

Diógenes Laércio

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Mas aí que tá, não é possível, Laércio.
É como se vc escolhesse um time e dissesse "tudo de errado que esse lado cometer, a culpa é do outro lado", é o discurso do ódio, o discurso de Hitler "tudo que nos fizermos é culpa dos judeus", é o discurso israelense "tudo o que fizermos é culpa dos palestinos", é o discurso dos palestinos "tudo que fizermos é culpa dos israelenses" e não tem fim.
Vc até constrói uma sociedade através do ódio, mas ou ela se autodestroi logo apos eliminar os inimigos ou percebe a burrice que fez e vive se sentindo mal, como os alemães.


Talvez eu não tenha entendido bem, mas vc está usando o mesmo discurso reducionista do Freire, apenas sem o ódio.

Uma classe surge e só pode se manter através da violência? Tipo, uma classe não pode surgir e se manter através da inteligência, ou de acordos vantajosos a todos, ou através do trabalho?

Se pra alguém subir, esse alguém tiver sempre que puxar outra pessoa pra baixo, sua pergunta teria lógica, mas está não é a realidade, é uma visão ideologicamente construído.

Eu não fiz afirmações.
E pretendi extrair consequências das afirmações do autor em questão.
Mas é claro que num determinado plano isso não deixa de ser uma afirmação de algo. Isso, porém, é outro assunto.
Com esse procedimento, pretendi chegar a uma possibilidade de contestação dessas afirmações ressaltando possíveis absurdidades escondidas em camadas dessas afirmações.
Esse é um procedimento muto comum em refutações.
 

matroska

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Mas aí que tá, não é possível, Laércio.
É como se vc escolhesse um time e dissesse "tudo de errado que esse lado cometer, a culpa é do outro lado", é o discurso do ódio, o discurso de Hitler "tudo que nos fizermos é culpa dos judeus", é o discurso israelense "tudo o que fizermos é culpa dos palestinos", é o discurso dos palestinos "tudo que fizermos é culpa dos israelenses" e não tem fim.
Vc até constrói uma sociedade através do ódio, mas ou ela se autodestroi logo apos eliminar os inimigos ou percebe a burrice que fez e vive se sentindo mal, como os alemães.


Talvez eu não tenha entendido bem, mas vc está usando o mesmo discurso reducionista do Freire, apenas sem o ódio.

Uma classe surge e só pode se manter através da violência? Tipo, uma classe não pode surgir e se manter através da inteligência, ou de acordos vantajosos a todos, ou através do trabalho?

Se pra alguém subir, esse alguém tiver sempre que puxar outra pessoa pra baixo, sua pergunta teria lógica, mas está não é a realidade, é uma visão ideologicamente construído.


Uma observação sobre história: quando Hitler subiu ao poder ele tomou uma série de medidas que tiraram a Alemanha da lama e impulsionaram a economia alemã. Antes de começar as invasões a Alemanha já tinha ser reerguido economicamente.
Para montar aquele exercito ele precisou de muito dinheiro e sem o ressurgimento econômico alemão isso não sera possível.
Ele não ficou odiando os judeus. Ele tomou uma série de medidas.
Caso ele não tivesse começado as invasões ele poderia exterminar os judeus da Alemanha com total tranquilidade.

A questão da guerra ele perdeu por uma série de erros estratégicos especialmente ao querer invadir a URSS. O maior responsável pela derrota dos alemães foram os russos. Se Hitler mantivesse o pacto de não agressão com os russos muita coisa mudaria.

Vários historiadores afirmam que se Hitler tivesse se aliado aos Russos eles arrasariam a Europa tranquilamente. Poderiam atacar exclusivamente rumo a oeste numa frente única. Se mesmo dividindo as forças para leste para invadir os russos eles fizeram um estrago imenso se pudessem investir com tudo apenas numa frente e ainda tendo apoio dos russos....mas isso é para outro tópico.
 

BurnsCT

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Vão dizer que fui lobotomizado rsrsrs mas eu vejo Paulo Freire de outra perspectiva.
Apontar o dedo e dizer que ele aprova passar mão na cabeça de marginal ou pior apoia atitudes violentas é ser desonesto com a proposta de sua visão.
Na verdade creio que ele tenta colocar o dedo na ferida da sociedade e mostrar que o marginal que te assalto hoje no farol, ao contrário do que diz essa frase idiota "vitima da sociedade", na verdade é um produto da sociedade. Assim como 2 e 2 são quatro.
A conta é simples, numa sociedade cada vez mais desigual, a violência acompanha esse crescimento.
Acredito que ele não tente aliviar a barra desse produto da sociedade, mas sim tentar entender a engrenagem que fez com se formasse esse resultado, e talvez consertando ou ajustando essa engrenagem, possamos enfim buscar uma sociedade cada vez mais igualitária.
 

Goris

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Vão dizer que fui lobotomizado rsrsrs mas eu vejo Paulo Freire de outra perspectiva.
Por discordar da gente? Não, não iremos.
Pessoas diferentes podem ter opiniões diferentes.

Apontar o dedo e dizer que ele aprova passar mão na cabeça de marginal ou pior apoia atitudes violentas é ser desonesto com a proposta de sua visão.
Agora, sim, podemos dizer que vc foi lobotomizado.
O discurso dele é claríssimo.
"Quem inaugura o ódio não são os odiados, mas os que primeiro odiaram."
Ele justifica o ódio de uns, colocando a culpa nos outros. De novo cito Hitler e os Judeus "a culpa de nosso ódio é deles, que nos venderam, nos compraram, nos bla bla bla... A culpa de nossas ações contra os judeus é dos judeus". Veja que é algo tão idiota quanto o que Freire disse e havia quem, ouvindo Hitler, achasse que fazia sentido.



Na verdade creio que ele tenta colocar o dedo na ferida da sociedade e mostrar que o marginal que te assalto hoje no farol, ao contrário do que diz essa frase idiota "vitima da sociedade", na verdade é um produto da sociedade. Assim como 2 e 2 são quatro.
Deixe-me entender então.
O estudante que fala pro pai e pra mãe que vai pra escola, mas ao invés disso vai pra um ônibus com uma arma, e estupra uma estudante de 12 anos é um produto dessa menina de 12 anos, dos pais dela e dos próprios pais do menino? Não, não, quem o produziu fui eu, que sou contra estupro, contra crimes, contra o escambau?

A conta é simples, numa sociedade cada vez mais desigual, a violência acompanha esse crescimento.
Mas, tipo, eu não mataria pra ter uma TV ou um celular novo. Eu não justificaria outra pessoa fazer isso com a vontade de ter celular, tanto que basta estudar e arrumar emprego que vc pode comprar. Justificar o cara roubar porque ele tem pressa é o que tornou essa sociedade mais desigual e injusta.


Acredito que ele não tente aliviar a barra desse produto da sociedade, mas sim tentar entender a engrenagem que fez com se formasse esse resultado, e talvez consertando ou ajustando essa engrenagem, possamos enfim buscar uma sociedade cada vez mais igualitária.
Então, por exemplo, numa favela em que todos tivessem mais ou menos a mesma renda, não haveria crimes? Ou num condominio fechado de gente rica, tbm não haveria crimes?
Se os ricos se separassem dos pobres, os crimes acabariam?
 

Dathilot

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Pra esquerda estatista o que torna a pessoa má é não ser de esquerda agravado por ter dinheiro.
 

LHand

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O estudante que fala pro pai e pra mãe que vai pra escola, mas ao invés disso vai pra um ônibus com uma arma, e estupra uma estudante de 12 anos é um produto dessa menina de 12 anos, dos pais dela e dos próprios pais do menino? Não, não, quem o produziu fui eu, que sou contra estupro, contra crimes, contra o escambau?
Você parte do pressuposto que o tal menino hipotético que é capaz de levar uma arma à escola e estuprar uma criança é simplesmente um indivíduo que nasceu ruim, um psicopata ou algo do tipo. Existem psicopatas, mas praticamente toda estatística sobre violência no Brasil vai mostrar que os pobres e os negros são a esmagadora maioria dos criminosos e vítimas também.

Por exemplo, a respeito da população carcerária brasileira:

Raça e escolaridade
O relatório divulgado pelo Ministério da Justiça também faz uma análise sobre a raça e cor dos presos brasileiros. De acordo com o Infopen, 67,1% dos presos são negros e 31,3% são brancos.

Em relação à escolarização, os dados indicam que oito em cada 10 presos estudaram, no máximo, até o ensino fundamental.
http://noticias.uol.com.br/cotidian...tem-4-maior-populacao-carceraria-do-mundo.htm

A não ser que acreditemos na ideia simplista (e eugenista) que todo pobre e negro nasce mal-caráter ou mais pré-disposto a se tornar um, fica difícil ignorar a influência decisiva do ambiente e que somos um produto de nossa sociedade. Por exemplo, quem você acha que tem mais chances de se tornar o tal menino hipotético que você descreveu:

Eu, nascido numa família de classe média "baixa", que estudei a vida inteira em escola pública e sempre tive apoio dos meus familiares.

Ou o Joãozinho, que nasceu num bairro de periferia, com uma mãe que precisa trabalhar o dia todo pra sustentá-lo porque o pai é um alcoólatra e ex-presidiário que não arruma emprego mesmo que quisesse e abandonou a família ao Deus dará. Ele estuda na mesma escola pública que eu.

enquanto eu estava em casa jogando meu Mega Drive e fazendo o dever de casa, o Joãozinho tava na rua junto dos bandidos do bairro dele, experimentando drogas, fazendo pequenos furtos e convivendo diariamente com a violência e o abandono. A mãe dele é uma pessoa de boa índole e tenta lhe dar um jeito, mas como passa o dia todo trabalhando (eu não falei? Ela precisa de dois empregos pra conseguir pagar o aluguel, as demais contas e dar de comer pro Joãozinho e seus outros 3 irmãos) sua palavra é voto vencido pro adolescente rebelde, que tem como ídolo os traficantes do bairro.

Enquanto a coisa mais violenta que eu vi na minha infância foram os fatalities do Mortal Kombat (que no meu Mega Drive tinham sangue, ao contrário do SNES do meu vizinho), o Joãozinho corriqueiramente via in loco nego amanhecer com a boca cheia de formiga porque ficou devendo dinheiro pro traficante do bairro.

Claro, no próprio bairro o Joãozinho era visto por boa parte das pessoas como um tranqueira e um drogadinho. A maioria lá não seguiu esse caminho tortuoso, mas mesmo assim ele tinha seus pares na "vida loka" (ele gostava de falar assim), que o incentivavam a largar os estudos. Eu nunca convivi com essa gente... preferia manter distância do próprio Joãozinho na escola, porque minha mãe falou pra não me meter com bandido e me daria uma bronca homérica caso me visse a desobedecendo.

O Joãozinho fez escolhas erradas, isso é inegável. Ele merece ser punido pelos seus erros. Mas ele não escolheu ter pais ausentes. Ele não escolheu um alcoólatra como pai. Será que se sua mãe, uma pessoa de boa índole, tivesse tido alguma oportunidade de estudar na infância e pudesse ter um emprego melhor hoje em dia, ela não teria melhores possibilidades de dar atenção a seu filho e colocar algum juízo nessa cabeça moldada pelos bandidos do bairro que ele mora? Será que se ela tivesse dinheiro pra comprar uma casa num bairro melhor e ele ficasse longe dessas pessoas de má-índole, as escolhas do Joãozinho não teriam sido diferentes em sua vida?

Segundo as estatísticas, são grandes as possibilidades de eu concluir meus estudos e entrar numa faculdade, enquanto no caso do Joãozinho ocorrerá provavelmente abandono escolar ainda no ensino fundamental - e ele ainda vai se tornar mais um dos 80% de presidiários brasileiros que nem começaram o ensino médio, se não morrer antes num "auto de resistência" da Polícia Militar.

Pra concluir... você, pessoalmente, não tem culpa pelas cagadas da vida do Joãozinho. Não é justo que você seja penalizado por causa das escolhas individuais dele. Mas, pela longa história da vida que eu contei, ficou claro que as escolhas não dependeram exclusivamente dele. Tudo poderia ser diferente se, simplesmente, ele tivesse nascido num bairro melhor... mas a mãe dele não escolheu morar nesse bairro, era o único que ela tinha dinheiro porque nunca pôde concluir seus estudos. E ela também não escolheu largar os estudos, foi uma necessidade pois precisava trabalhar para sobreviver desde jovem.

O único indivíduo que deve ser penalizado por seus erros é o Joãozinho. Isso não há o que discutir. A questão levantada pelo Paulo Freire é outra.

Seria Joãozinho o único culpado pelos seus atos? Será que uma sociedade que não dá as mesmas oportunidades pras pessoas dependendo de sua origem não influencia? Pra mim, só o fato de existirem pessoas que, racionalmente, escolham que arriscar a própria vida e a do próximo atrás de um revolver é uma boa perspectiva (ou melhor do que uma vida honesta e pacata), já prova que falhamos como sociedade.
 
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pavomba

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Uma observação sobre história: quando Hitler subiu ao poder ele tomou uma série de medidas que tiraram a Alemanha da lama e impulsionaram a economia alemã. Antes de começar as invasões a Alemanha já tinha ser reerguido economicamente.
Para montar aquele exercito ele precisou de muito dinheiro e sem o ressurgimento econômico alemão isso não sera possível.
Ele não ficou odiando os judeus. Ele tomou uma série de medidas.
Caso ele não tivesse começado as invasões ele poderia exterminar os judeus da Alemanha com total tranquilidade.

A questão da guerra ele perdeu por uma série de erros estratégicos especialmente ao querer invadir a URSS. O maior responsável pela derrota dos alemães foram os russos. Se Hitler mantivesse o pacto de não agressão com os russos muita coisa mudaria.

Vários historiadores afirmam que se Hitler tivesse se aliado aos Russos eles arrasariam a Europa tranquilamente. Poderiam atacar exclusivamente rumo a oeste numa frente única. Se mesmo dividindo as forças para leste para invadir os russos eles fizeram um estrago imenso se pudessem investir com tudo apenas numa frente e ainda tendo apoio dos russos....mas isso é para outro tópico.

Sei que deveria ficar pra outro tópico mesmo, mas só postando aqui essa vez.

Aparentemente o extermínio não era a primeira opção e sim a exilio deles para a ilha de Madagascar (Com a invasão da França), em tese, criando um estado judaico.

No entanto, a guerra emperrou esses planos e partiram então pro holocausto.

E sobre a URSS, eu li que o erro foi mais nas estratégias de invasões, outra coisa é que os aliados perdiam 4x mais soldados que o Eixo, o Exército Vermelho em parte era composto de pessoas que não tinha nenhum armamento e serviam apenas de distração, inclusive se fossem voltar para trás eram executados pelo exército, mesmo se Hitler tivesse o dobro de homens, era ainda menor que o Exército Vermelho
 

Goris

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LHand, em momento algum eu disse que o rapaz nasceu psicopata. Nascer psicopata é algo que não depende da pessoa. Escolher o crime, o estupro, é uma escolha que mostra quem é a pessoa.

Sobre o exemplo do Left e do João, duas considerações. A primeira é sobre a moral burguesa que deve ser derrubada.
Sabe qual a moral burguesa? O pai não deixa a filha namorar qualquer um. É uma afronta ao direito dela? Não enquanto ela vive debaixo do pai burguês opressor. Resultado? Muitas das vezes a filha não casa ou arruma filho com alcoólico vagabundo. João, nascido sob os valores burgueses, nasceria numa família completa.
Maria, mãe de João, que não seguiu os valores burgueses de escolher com quem ter filhos culpa a sociedade burguesa por ter filhos e não poder cuidar deles. Afinal Freire disse que eles são culpados.

Burgueses também são a favor de controle de natalidade. Aliás, eles são tão a favor, que o governo oferece camisinha, oferece anticoncepcional e até oferece laqueadura e vasectomia. Ou seja, Maria, mãe de João, tem outros 3 filhos, mesmo sendo incapaz de cuidar de 1. E a culpa, claro, é da sociedade burguesa contra a qual devemos lutar, não das pessoas que tem mil oportunidades e nao usam, pois é isso que Freire diz.

Aliás se o pai de João é um canalha e Maria sabe disso, se ele não ajuda a cuidar e obriga ela a trabalhar em dobro, que porra de cérebro de avestruz essa mulher tem pra ter outros 3 filhos com ele? Ou ainda, com 3 outros país diferentes?
A culpa, novamente, é dos burgueses. Afinal, se um burguês tivesse dito pra ela que é burrice ter vários filhos de um canalha (ou de vários), ela teria aceito de boa. Aliás, a moral burguesa vê com mais olhos mulheres s que tem vários filhos com vários maridos, a mesma moral que Freire diz que é culpada. Não faz sentido, faz?

Por último, um dos primeiros tópicos que li quando entrei na OS e que me deixou indignado era um que falava de mulheres que gostavam de malandro. Num dos relatos, uma advogada dizia "Se tiver 10 caras honestos numa sala e um marginal, eu fico atraída pelo marginal". Acredita que li gente defendendo a mulher poder escolher essa loucura e dizendo que ela tem o direito? Sim, ela tem. Mas são mulheres como essa, defendida pelos defensores dos direitos dos manos, que muitas vezes produzem não só Joaos como também Maria. De novo, o tipo de pessoa que os burgueses opressores não acham gente boa, mas humanistas sempre defendem. A pessoa tem o direito de fazer suas escolhas, mas tbm tem o dever de arcar com o resultado delas.

Bom, depois de analisar a família na qual João nasceu - de forma vem preconceituosa, sei que vc vai dizer - volto em minutos pra analisar João.
 

Goris

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Ah, o menino hipotético é real.

Continua sendo um exemplo, mas foi um fato real. Tinha pai, mãe, não passava fome, estudava...

No geral meus exemplos hipotéticos são até na minha visão, mas baseados em fatos e eventos reais.
 

Goris

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A não ser que acreditemos na ideia simplista (e eugenista) que todo pobre e negro nasce mal-caráter ou mais pré-disposto a se tornar um, fica difícil ignorar a influência decisiva do ambiente e que somos um produto de nossa sociedade.
 

Monogo

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É mais uma das vertentes do dividir pra conquistar.

Opressor é o cara mais abastado que pode ter o Iphone enquanto o oprimido é o pobre que vive na favela.
Isso reduz drasticamente a relevância do governo na discussão, ao ponto dele ser posto em segundo plano, e o cara bem sucedido se torna o grande Vilão.

O governo quer por a culpa em vc que tem sucesso na vida, pelas condições indignas dos mais pobres, pra tirar o cu dele da reta nessa questão.

Querem sempre que vc se sinta culpado pelas m**** que um governo faz, onde empresário é vilão e se vc se destaca deve se sentir culpado por quem não consegue e vai ser martelado pra se nivelar, como sempre, pra baixo.
 

antonioli

O Exterminador de confusões
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Eu ainda quero entender quem são as figurais reais do oprimido e do opressor. Dependendo de quem se fala é algo como "rico" e "pobre" (o que é o rico e o pobre?) ou o sujeito que nasceu com a bunda virada para lua por ser branco e/ou hétero ou o negro e/ou homossexual, ter nascido mulher ou homem e por aí vai. Nem quanto a ideia central há uma clareza real.
 

Tesla

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Ele tem idéias boas, basta ignorar toda a porcaria ideológica.
 

Ultima Weapon

Lenda da internet
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Vi nada de mais. Somos basicamente produtos do meio, algo que supera o componente genético.

A violência é fruto de uma sociedade corrompida e isso não pode ser ignorado, o oprimido tende a agir de forma agressiva por conta de sua marginalização, quase ninguém em sã consciência escolheria morrer jovem enquanto pratica crimes.
Isso não é passar a mão sobre a cabeça de criminosos, e sim uma mera constatação de consequências e causas.
 
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