Giant Enemy Crab
Wyrd biõ ful ãræd
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Estava aqui a pensar sobre como o passatempo de jogar acabou influenciando várias partes da minha vida.
Um usuario "padrão" provalmente vai dizer "isso acontece com qualquer hobby", sim, concordo, mas essa pasta é sobre jogos. Então falarei sobre eles.
Jogo videogame desde 1991 (talvez em 1990 eu ja jogasse, mas só tenho memórias de 1991). Começei em um CCE, tive Mega Drive, jogo no PC desde o DOS no saudoso 486, PS2, PS3, PSP, PSVita, 3DS, além de diversos emuladores de outros consoles. E principalmente os fliperamas em bares capengas e as "locadoras" (1 real 1h no psOne).
Mas não estou aqui para pagar de "retrogamer tudo antigamente era melhor", longe disse. Mas por eu ter crescido tendo com um dos principais passatempos, jogos eletronicos. Vários aspectos do que sou hoje provavelmente se iniciaram enquanto eu jogava video game.
O exemplo que mais me segue até os dias atuais, que é a música, coisa que eu amo de S2 (sou do tipo que as vezes passa horas apenas ouvindo musicas e nada mais).
Eu tenho um peculiar gosto para musica clássica, mesmo que visualmente eu pareça mais uma "hannin" (bandido de qualquer espécie). Eu lembro que o primeiro contato com música classica, ou que pelo menos me fizesse prestar atenção na musica, foi EarthWorm Jim.
Lembro que eu jogava esse jogo, as vezes apenas pra ouvir musicas como essa: (moonlight sonata)
Embora Earthworm Jim seja extremamente divertido, até para os dias atuais.
Ou essa (The Night on Bald Mountain):
Lembro-me que assim que eu passei a ter mais recursos pra tentar descobrir as coisas (era pré-internerds a coisa era bastante tensa de pesquisar).
Hoje em dia minhas playlists costumam sempre ter músicas clássicas no meio dos metais, rocks e músicas folks.
Poderia até pensar que não fez diferença, porém, pessoas tendem a gostar mais de músicas que são sonoramente semelhantes as que ja estão acostumadas.
Além de ter me feito ter interesses a músicas mais "pesadas", principalmente com Sonic.
(diga-se de passagem o Sonic 3 foi minha primeira decepção com OST de jogo)
Ou Thunder Force IV
ou o mitico Doom
Mas não só de música os jogos influenciaram minha vida.
Hoje em dia leio livros em inglês (que não seja muito cultos e seja de assuntos que eu ja tenha familiaridade), eu nunca fui em aula de ingles além dos eu era obrigado na escola (e olhe lá, no ensino médio eu costumava fugir da escola nas aulas de ingles e portugues, e fisica, e biologia.... alias, era raro eu ficar até o final das aulas, caso ficasse era dormindo).
Direto pessoas por aqui me chamam de "genio" por falar 2 linguas (pt-br e jp), conseguir se comunicar em espanhol (isso tem mais a ver com sobrevivencia do que com jogo) e direto estar com algum livro em ingles nas mãos. Eu sempre falo que o ingles e o japones eu aprendi pra sobreviver, a parte do japones é verdade. Mas do ingles, em boa parte eu tive muita influencia em jogos, mesmo meus consoles sempre terem sidos japoneses, eu ainda jogava em pc aonde eu também jogava (The Secret of Monkey Island, Myst e por ai vai). Não sou arrogante ao ponto de falar que isso bastou para meu conhecimento atual de ingles, que é pifio se comparado a algum nativo da lingua. Porém, por toda via, somando meu gosto adquirido por rock/metal, e a necessidade de entender frases e objetivos em point'n'clicks antigos acabei adquirindo mais skills que uma pessoa que nunca teria contato com a lingua.
Outra coisa que eu percebo que os jogos me influenciaram positivamente foi meu conhecimento sobre história.
Nas escolas que eu estudei, nenhuma se aprofundava em mitologias antigas, apenas na mitologia cristã.
Por conta de jogos como Age of Mythology, vários anos depois Gódófó. Me faziam entrar em uma biblioteca municipal e ficar lendo sobre as coisas que eu via nos jogos. Que acabaram em várias partes me levando a descobrir Platão, Socrates, Pilates, Esparta (e por tabela seus heróis), a história das olimpiadas (e da guerra medicas).
Avançando mais no tempo, MGS3 me fez aprender sobre a crise dos misseis de Cuba, mesmo que a precisão histórica nos jogos tenham sido levemente deturpadas para entrar no enredo dos jogos, acabou me fazendo se aprofundar no assunto. Que me levou a aprender bem mais sobre a guerra fria do que é ensinado nas escolas.
Alguns pontos aleatórios que os jogos influenciaram minha maneira de pensar/decisões:
- Eu era acostumado a fugir da escola pra jogar CS com a galera, parte da "galere" que eu andava no ensino médio era por conta do mesmo hobby de fugir e ir na Lan jogar CS ou WWP (Worms World Party).
- Quando meu MGS2 chegou no correio eu larguei meu trabalho e sai correndo de volta pra casa quando recebi a noticia que o carteiro passou em casa, só não perdi o emprego pois ele também jogava videogame e entendeu.
- Em MGS3, eu ja não tinha mais PS2 (tinha sido socializado), e no dilema de como jogar, resolvi atravessar o Brasil apenas porque o console de meu primo, que morava em SP (eu em MT na época), era japones bloqueado. Foi ai que percebi a "graça de viajar sozinho sem planos de ida e volta" (e quase ter sido abusado por um travesti de madrugada em Goias
).
- Por conta de MGS3 eu perdi uma "ficante", depois de ter terminado o jogo no console de meu primo e ter voltado pro MT, começei a epopéia de terminar o jogo no European Extreme em uma locadora que tinha sido aberta a pouco tempo, e por isso poucos clientes. nessa época eu tava "de rolo" com uma moça mais velha. Num certo dia marcado "para trocar o óleo", eu fiquei jogando e esqueci do horario. Quando lembrei ja era tarde, troquei uma ppk por uma cobra pelada involuntariamente
- Certa vez, com 16 anos, virei "ricardão" de uma atendente de uma videolocadora de filmes. (adolescente não ta lá muito pensando em ética quando uma ppk cai no colo sem esforço). Em certo dia eu precisei fazer uma evasão ao recinto em "modo European Extreme mode". Lembro que a unica coisa que eu pensava era se inspirar em Cobra Pelada (perdão pelo trocadilho). E inspirado no mesmo, consegui manter a calma e ser efetivo na arte de fugir de um apartamento aonde a unica saida tinha "guarda".
- Perto do lançamento de MGS4 eu apostei meu emprego (se pá o melhor que tive até hoje,excetuando, com resalvas, o atual), pra jogar essa joça no lançamento. Desde o anuncio da data de lançamento, todo mês eu pedia pra "marcar meus yuukyus" (folga remunerada) em volta do lançamento do jogo. Todo mês o tantousha alegava que era pra eu avisar mais perto do dia que eu queria. Quando chegou 1 mês antes, eles negaram alegando que a quantidade de dias que eu tava pedido (2 dias) era incompativel com a prévia que eu tava pedindo. Puto da vida aumentei pra 4 dias e joguei no ar meio que "Não interessa então, vou faltar 2 dias a mais e um deles vou na Hello Work perguntar se essa suas putarias ai tão corretas". Felizmente no fim fui um dos dois brasileiros que mais durou quando a crise veio, mas na época eu não sabia que era tão bem visto pelos japoneses (não falava porra nenhuma de japones na época).
- Ja conversei com uma atriz porno apenas por causa da PC Gamer (peças, etc). nerdice foi mais de 8000 aqui,.
- O atual emprego mesmo, na ultima entrevista, o fato de eu alegar "jogar video game" foi um dos pontos que foram levados em consideração na hora de aceitarem eu la (o que não foi facil por diversos fatores que eu mesmo não tava la muito esperançoso de passar pela rigidez). Palavras de um dos avaliadores após eu ter sido contratado.
Dentro vários outros causos aonde o pivô/elemento protagonista era relacionado a jogos.
Enfim,
Direto vejo gente falando sobre as influencias, ou falta de, dos jogos na vida da pessoa.
Os jogos influenciaram minha vida desde que eu tenho conhecimento (desde eu aprender a pedir dinheiro pros meus pais a mando do irmão mais velho até aprender história, ou praticar Wushu).
Mas em poucos pontos foram negativos e nenhum desses pontos negativos afetou negativamente terceiros de maneiras irremediaveis.
Fica ai minha reflexão inutil.
E vocês, aonde os jogos melhoraram suas respectivas vidas?
Um usuario "padrão" provalmente vai dizer "isso acontece com qualquer hobby", sim, concordo, mas essa pasta é sobre jogos. Então falarei sobre eles.
Jogo videogame desde 1991 (talvez em 1990 eu ja jogasse, mas só tenho memórias de 1991). Começei em um CCE, tive Mega Drive, jogo no PC desde o DOS no saudoso 486, PS2, PS3, PSP, PSVita, 3DS, além de diversos emuladores de outros consoles. E principalmente os fliperamas em bares capengas e as "locadoras" (1 real 1h no psOne).
Mas não estou aqui para pagar de "retrogamer tudo antigamente era melhor", longe disse. Mas por eu ter crescido tendo com um dos principais passatempos, jogos eletronicos. Vários aspectos do que sou hoje provavelmente se iniciaram enquanto eu jogava video game.
O exemplo que mais me segue até os dias atuais, que é a música, coisa que eu amo de S2 (sou do tipo que as vezes passa horas apenas ouvindo musicas e nada mais).
Eu tenho um peculiar gosto para musica clássica, mesmo que visualmente eu pareça mais uma "hannin" (bandido de qualquer espécie). Eu lembro que o primeiro contato com música classica, ou que pelo menos me fizesse prestar atenção na musica, foi EarthWorm Jim.
Lembro que eu jogava esse jogo, as vezes apenas pra ouvir musicas como essa: (moonlight sonata)
Embora Earthworm Jim seja extremamente divertido, até para os dias atuais.
Ou essa (The Night on Bald Mountain):
Lembro-me que assim que eu passei a ter mais recursos pra tentar descobrir as coisas (era pré-internerds a coisa era bastante tensa de pesquisar).
Hoje em dia minhas playlists costumam sempre ter músicas clássicas no meio dos metais, rocks e músicas folks.
Poderia até pensar que não fez diferença, porém, pessoas tendem a gostar mais de músicas que são sonoramente semelhantes as que ja estão acostumadas.
Além de ter me feito ter interesses a músicas mais "pesadas", principalmente com Sonic.
(diga-se de passagem o Sonic 3 foi minha primeira decepção com OST de jogo)
Ou Thunder Force IV
ou o mitico Doom
Mas não só de música os jogos influenciaram minha vida.
Hoje em dia leio livros em inglês (que não seja muito cultos e seja de assuntos que eu ja tenha familiaridade), eu nunca fui em aula de ingles além dos eu era obrigado na escola (e olhe lá, no ensino médio eu costumava fugir da escola nas aulas de ingles e portugues, e fisica, e biologia.... alias, era raro eu ficar até o final das aulas, caso ficasse era dormindo).
Direto pessoas por aqui me chamam de "genio" por falar 2 linguas (pt-br e jp), conseguir se comunicar em espanhol (isso tem mais a ver com sobrevivencia do que com jogo) e direto estar com algum livro em ingles nas mãos. Eu sempre falo que o ingles e o japones eu aprendi pra sobreviver, a parte do japones é verdade. Mas do ingles, em boa parte eu tive muita influencia em jogos, mesmo meus consoles sempre terem sidos japoneses, eu ainda jogava em pc aonde eu também jogava (The Secret of Monkey Island, Myst e por ai vai). Não sou arrogante ao ponto de falar que isso bastou para meu conhecimento atual de ingles, que é pifio se comparado a algum nativo da lingua. Porém, por toda via, somando meu gosto adquirido por rock/metal, e a necessidade de entender frases e objetivos em point'n'clicks antigos acabei adquirindo mais skills que uma pessoa que nunca teria contato com a lingua.
Outra coisa que eu percebo que os jogos me influenciaram positivamente foi meu conhecimento sobre história.
Nas escolas que eu estudei, nenhuma se aprofundava em mitologias antigas, apenas na mitologia cristã.
Por conta de jogos como Age of Mythology, vários anos depois Gódófó. Me faziam entrar em uma biblioteca municipal e ficar lendo sobre as coisas que eu via nos jogos. Que acabaram em várias partes me levando a descobrir Platão, Socrates, Pilates, Esparta (e por tabela seus heróis), a história das olimpiadas (e da guerra medicas).
Avançando mais no tempo, MGS3 me fez aprender sobre a crise dos misseis de Cuba, mesmo que a precisão histórica nos jogos tenham sido levemente deturpadas para entrar no enredo dos jogos, acabou me fazendo se aprofundar no assunto. Que me levou a aprender bem mais sobre a guerra fria do que é ensinado nas escolas.
Alguns pontos aleatórios que os jogos influenciaram minha maneira de pensar/decisões:
- Eu era acostumado a fugir da escola pra jogar CS com a galera, parte da "galere" que eu andava no ensino médio era por conta do mesmo hobby de fugir e ir na Lan jogar CS ou WWP (Worms World Party).
- Quando meu MGS2 chegou no correio eu larguei meu trabalho e sai correndo de volta pra casa quando recebi a noticia que o carteiro passou em casa, só não perdi o emprego pois ele também jogava videogame e entendeu.
- Em MGS3, eu ja não tinha mais PS2 (tinha sido socializado), e no dilema de como jogar, resolvi atravessar o Brasil apenas porque o console de meu primo, que morava em SP (eu em MT na época), era japones bloqueado. Foi ai que percebi a "graça de viajar sozinho sem planos de ida e volta" (e quase ter sido abusado por um travesti de madrugada em Goias
).- Por conta de MGS3 eu perdi uma "ficante", depois de ter terminado o jogo no console de meu primo e ter voltado pro MT, começei a epopéia de terminar o jogo no European Extreme em uma locadora que tinha sido aberta a pouco tempo, e por isso poucos clientes. nessa época eu tava "de rolo" com uma moça mais velha. Num certo dia marcado "para trocar o óleo", eu fiquei jogando e esqueci do horario. Quando lembrei ja era tarde, troquei uma ppk por uma cobra pelada involuntariamente
- Certa vez, com 16 anos, virei "ricardão" de uma atendente de uma videolocadora de filmes. (adolescente não ta lá muito pensando em ética quando uma ppk cai no colo sem esforço). Em certo dia eu precisei fazer uma evasão ao recinto em "modo European Extreme mode". Lembro que a unica coisa que eu pensava era se inspirar em Cobra Pelada (perdão pelo trocadilho). E inspirado no mesmo, consegui manter a calma e ser efetivo na arte de fugir de um apartamento aonde a unica saida tinha "guarda".
- Perto do lançamento de MGS4 eu apostei meu emprego (se pá o melhor que tive até hoje,excetuando, com resalvas, o atual), pra jogar essa joça no lançamento. Desde o anuncio da data de lançamento, todo mês eu pedia pra "marcar meus yuukyus" (folga remunerada) em volta do lançamento do jogo. Todo mês o tantousha alegava que era pra eu avisar mais perto do dia que eu queria. Quando chegou 1 mês antes, eles negaram alegando que a quantidade de dias que eu tava pedido (2 dias) era incompativel com a prévia que eu tava pedindo. Puto da vida aumentei pra 4 dias e joguei no ar meio que "Não interessa então, vou faltar 2 dias a mais e um deles vou na Hello Work perguntar se essa suas putarias ai tão corretas". Felizmente no fim fui um dos dois brasileiros que mais durou quando a crise veio, mas na época eu não sabia que era tão bem visto pelos japoneses (não falava porra nenhuma de japones na época).
- Ja conversei com uma atriz porno apenas por causa da PC Gamer (peças, etc). nerdice foi mais de 8000 aqui,.
- O atual emprego mesmo, na ultima entrevista, o fato de eu alegar "jogar video game" foi um dos pontos que foram levados em consideração na hora de aceitarem eu la (o que não foi facil por diversos fatores que eu mesmo não tava la muito esperançoso de passar pela rigidez). Palavras de um dos avaliadores após eu ter sido contratado.
Dentro vários outros causos aonde o pivô/elemento protagonista era relacionado a jogos.
Enfim,
Direto vejo gente falando sobre as influencias, ou falta de, dos jogos na vida da pessoa.
Os jogos influenciaram minha vida desde que eu tenho conhecimento (desde eu aprender a pedir dinheiro pros meus pais a mando do irmão mais velho até aprender história, ou praticar Wushu).
Mas em poucos pontos foram negativos e nenhum desses pontos negativos afetou negativamente terceiros de maneiras irremediaveis.
Fica ai minha reflexão inutil.
E vocês, aonde os jogos melhoraram suas respectivas vidas?
