Caco Antibes
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Ex-jornalista e apresentadora de televisão e também ativista pelos direitos das mulheres, a afegã Mina Mangal foi morta a tiro no sábado de manhã, pouco depois de sair de sua casa, em Cabul. Eram 7.20 e Mangal ia para o trabalho - atualmente era conselheira da comissão de assuntos culturais do Parlamento do Afeganistão - quando foi alvejada nove vezes. A polícia está a investigar o caso. A advogada e ativista Wazhma Frogh lembrou que no dia 2 de maio Mangal tinha publicado nas redes sociais um post em que revelava que tinha recebido várias ameaças e sentia que a sua vida poderia estar em perigo. "Não consigo conter as lágrimas perante a perda desta bela alma", escreveu Wazhma Frogh. "Ela tinha uma voz alta e estava ativamente levantando a voz pelo seu povo. Neste status no Facebook, ela diz que está a ser ameaçada e que confia em Allah e que uma mulher forte não tem medo da morte." "Porque é que é tão fácil para os homens na nossa sociedade continuar a matar as mulheres com quem não concordam?", pergunta Frogh.
Uma das suas colegas no parlamento, Shagufa Noorzai, afirmou também que a morte de Mina Mangal é mais um entre os muitos ataques às mulheres nas ruas de Cabul. E lembrou outras mulheres que foram raptafas, violentadas, queimadas.
Potencialmente NSFW:
Ainda não se sabe quem matou Mangal nem porquê, mas além da questão política a polícia está a investigar questões familiares. Mina Mangal casou há dois anos mas acabou por se separar pouco depois devido a violência doméstica. "Ela sofreu opressão desde o dia em que ficou noiva até ao casamento", disse um dos familiares ao canal Tolo News. Após uma batalha judicial, o tribunal reconheceu o divórcio. Depois disso, ela foi raptada por um grupo de homens que conseguiu, através de subornos, escapar da prisão. Os pais acreditam que estes eventos podem estar relacionados com a morte.
Mangal cresceu na província de Paktia e estudou jornalismo em Cabul. Trabalhou durante dez anos como jornalista em vários canais de televisão. Quer no jornalismo quer na polícia, Mangal era uma defensora dos direitos das mulheres, defendendo o seu direito à educação e opondo-se aos casamentos forçados.
Um relatório dos Repórteres Sem Fronteiras, de abril, mostra que 2018 foi o ano mais mortal para os jornalistas no Afeganistão desde a queda do regime Talibã, em 2001: foram 15 os jornalistas que morreram devido a bombardeamentos.
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Uma das suas colegas no parlamento, Shagufa Noorzai, afirmou também que a morte de Mina Mangal é mais um entre os muitos ataques às mulheres nas ruas de Cabul. E lembrou outras mulheres que foram raptafas, violentadas, queimadas.
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Ainda não se sabe quem matou Mangal nem porquê, mas além da questão política a polícia está a investigar questões familiares. Mina Mangal casou há dois anos mas acabou por se separar pouco depois devido a violência doméstica. "Ela sofreu opressão desde o dia em que ficou noiva até ao casamento", disse um dos familiares ao canal Tolo News. Após uma batalha judicial, o tribunal reconheceu o divórcio. Depois disso, ela foi raptada por um grupo de homens que conseguiu, através de subornos, escapar da prisão. Os pais acreditam que estes eventos podem estar relacionados com a morte.
Mangal cresceu na província de Paktia e estudou jornalismo em Cabul. Trabalhou durante dez anos como jornalista em vários canais de televisão. Quer no jornalismo quer na polícia, Mangal era uma defensora dos direitos das mulheres, defendendo o seu direito à educação e opondo-se aos casamentos forçados.
Um relatório dos Repórteres Sem Fronteiras, de abril, mostra que 2018 foi o ano mais mortal para os jornalistas no Afeganistão desde a queda do regime Talibã, em 2001: foram 15 os jornalistas que morreram devido a bombardeamentos.
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