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Tópico oficial [KURO CUT] Como ganhar experiência em Desenvolvimento de Jogos (Programação, Modelagem, Arwork, etc...)

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JFR City

Bam-bam-bam
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Por MP perguntei ao @Kuro como ele fez para entrar na industria de jogos. Acredito que alguns users tanto dentro quanto fora dessa pasta tem interesse em mexer diretamente com isso ou como renda extra, como é o caso do @bugatorio. Acredito que com um tópico desses podemos ter mais acesso a informações em vez de ficar refem de golpistas e fake news que são espalhados ad infinitum nesse país.

Perguntei ao @Kuro pois temos quase a mesma idade e ele se graduou na área e com muita sorte não precisou de estágio para pegar o diploma. Diferente de mim onde o Curso Técnico obrigava a gente a fazer estágio para obter o canudo. Aprendi de tudo um pouco lá pois a ideia do curso era ser generalista (o que acho errado, pois como o @dk120 disse uma vez: "O cara que tenta fazer tudo acaba não sendo bom em praticamente nada.").
No entanto, acabei me saindo muito melhor como artwork do que como dev, especialmente por eu ser bem ruim em matemática (e engana-se que não é necessário saber matemática para ser programador, a não ser que você queira desenvolver sistemas de padaria e sitezinho fileiro pelo resto da vida)
Relatei a ele também que não me formei pela falta de estágio na região e pelo fato de que no meu antigo emprego (drogaria) fui motivo de chacota por conta do curso tecnico e me demitiram por não ter ido a faculdade de farmácia/biologia. Ah sim, isso sem contar que houve desentendimentos familiares e com minha médica.

Enfim, a ideia do tópico é trocar experiências de como montar um portfolio e conseguir um emprego. Principalmente pra quem não tem acesso a estágios e empresas por morar fora da Grande SP, Grande Campinas, Grande BH e partes de SC.

Dando exemplo do meu caso: Moro em uma cidade média, mas muitas empresas de tecnologia no fim dos anos 2000 e inicio dos anos 2010 fecharam ou voltaram/emigraram pra SP e Campinas. O foco hoje da região depois das ciências biologicas (Medicina, Farmácia Comercial, Botânica, etc...) são o ramo burocrático (Economia, Direito, Jornalismo, RH, Contabilidade, etc...) e "at most" serviços manuais (Mecânica, Elétrica, Pintura, etc...)
Devido a problemas profissionais e pessoais (preconceito, discriminação no meu antigo emprego, atrasado demais na vida, etc...), por momento, não poderei focar nesse ramo em tempo integral, seja atuando ou estudando, portanto irei pegar para aprender Blender uma ou duas vezes na semana para não atrapalhar o fluxo profissional e pessoal de novo e mais tarde fazer isso como uma renda extra até eu poder me mudar para um lugar com uma cultura mais flexivel (ou pelo menos um pouco menos coletivista) e TENTATIVAMENTE atuar diretamente nesse ramo (seja com jogos, com maquete virtual, animação, etc...).

O foco aqui é exclusivamente para falar sobre mercado de trabalho, oportunidades para atuar diretamente no ramo no Brasil ou para mudar de país (seja por conta própria ou por acordo), retorno financeiro, analise e tentativas de analisar o possivel futuro da área no Brasil (sem ideações utópicas) seja trabalhando internamente ou para uma empresa gringa.
Porém também será aceito (a não ser que a moderação não aceite) falar sobre ganhar experiencia e oportunidades de emprego em Modelagem/Arte para Animações, Maquetes Virtuais, Fins Industriais, etc...
Enfim, tudo que envolva uma engine ou seja baseado em conteudo audiovisual 2D/3D.
 
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JFR City

Bam-bam-bam
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O QUE ESSE TÓPICO NÃO É:

01. Tópico de Fake News.
Quem vive de promessas é político. Aqui queremos conteudo realista e coerente sobre a industria nacional de jogos e cia.
Eu e provavelmente alguns users já estamos de saco cheio de ver promessas que nunca acontecem.
02. Disneylândia.
Aqui não é um tópico de sonhos e utopias. Pé no chão e adaptação não são opcionais nesse tópico.
03. Tópico de Solo Dev.
Você até pode vir aqui e dar sua opinião e ideias, mas aqui estamos falando de mercado de trabalho, nem todo mundo pode desenvolver um jogo por conta própria, especialmente se essas tem compromissos fundamentais.
04. Apologia ao almoço grátis.
Esse tópico é voltado para pessoas que tem que pagar contas, não tem papai e mamãe ajudando nem um conjuge super tolerante carregando fardos. Eu e muitas pessoas precisamos de dinheiro caindo todo mês na conta e não podemos abrir mão de salário minimo.
05. Tópico anti-faculdade.
Ensino Superior no Brasil está deixando de ser opcional e muita gente faz para reduzir as chances de ficar/continuar desempregado (independente de curso ou área de atuação). Nem todo mundo mora na terra das oportunidades ou tem condições de se mudar. Cidades onde o desemprego é alto irão exigir faculdade.
06. Pasta PR e Cantinho.
Esse tópico não é pra falar de política e religião, não é um tópico pra falar de cornice ou coisa do tipo e muito menos é um tópico de discriminação, antissemitismo e qualquer coisa similar. Aqui não é a pasta PR/Cantinho e você não é o PT Porqueira nem o Sacha Baron Cohen e você será denunciado pra moderação. Lembre-se da T0 antes de vir bostejar pelos dedos nesse tópico.
07. Tópico de previsões de futuro apocaliptico chapéu de aluminio teologo de bar deus vult.
Aqui não é mais um daqueles tópicos sem pé nem cabeça que acham que daqui 6 meses-4 anos os robôs irão dominar o mundo, quem falar que a terra é plana será executada, que a Vacina tem chips para nos espionar sem precisar do celular ou PC, a Medicina irá pagar menos de um salário minimo, o Jornalismo será totalmente substituido por IA e Contabilidade vai virar coisa de museu.
08. Tópico de apologia ou passação de pano a pirataria.
Se você for daquelas pessoas que acha que a Pirataria não é um problema ou fala pra pessoa usar software pirata não venha fazer isso aqui. Se eu ver a pessoa falar pra contornar usando crack ou o que for ou vir passar pano nesse tópico, você terá sua postagem denunciada a moderação sem dó nem piedade.
 
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Kuro

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Vou começar abrindo o tópico então falando mais ou menos as mesmas coisas que falei pra você por MP. Lembrando que meu background principal é de programação, então o que vou dizer abaixo talvez não se encaixe pra outras áreas (embora creio que sirva p/ tech-art e game design também).

Então, começando, a indústria de jogos é um área que quando contrata busca muito por experiência. Tirando quem quer seguir carreira acadêmica, ouso dizer essa experiência pesa consideravelmente mais que diplomas e certificações. Tenho casos de conhecidos que tem doutorado e afins na área da computação, e por conta da falta de experiência em desenvolvimento de jogos não conseguiram vagas. Isso ao meu ver se deve por alguns motivos os quais não me aprofundarei muito aqui, mas no geral o desenvolvimento de jogos (não só na programação, mas no processo como um todo) apresenta diversas peculiaridades que em conjunto não são encontradas em áreas paralelas.

Sendo assim, o maior conselho que posso dar pra alguém que quer entrar nesse mercado é fazer jogos. Parece óbvio, mas o que quero dizer com isso é um pouco mais complexo e menos obvio do que parece. A minha sugestão é fazer jogos completos que sejam uma experiência completa, que tenham como objetivo serem lançados em uma store como App Store e Google Play caso o projeto seja mobile ou Steam caso seja p/ Desktop (esqueça consoles por enquanto). O objetivo disso é passar por todo o processo de desenvolvimento de um ou mais jogos, iterar e identificar falhas no seu próprio processo de desenvolvimento, gerenciar projeto, entrar em contato com ferramentas e métodos de desenvolvimento que você não entraria normalmente. É uma experiência completamente diferente do que fazer um jogo em uma Game Jam ou implementar um protótipo de alguma mecânica bacana.

Essa investida não precisa necessariamente ser feita sozinha, da pra juntar um ou dois integrantes que queiram passar por essa experiência e que tenham interesse em montar portfolio para integrar uma pequena equipe. Além disso, é essencial ser sensato com prazos e duração do projeto, mantendo um escopo realista, como projetos que levem em torno de alguns meses para serem completados e lançados, já levando em consideração tempo de aprendizado, polimento, etc. No inicio vai ser dificil acertar na estimativa de tempo, mas a partir do momento que se começa a desenvolver mais ativamente você passa a ter melhor controle dos seus prazos. O importante é que o jogo seja redondinho, com inicio meio e fim.

Ainda na parte de recomendações, sugiro começar com jogos pra celular ao invés de PC. Primeiro porque o publico mobile normalmente tem mais facilidade em receber jogos com escopos menores e mais simples. Além disso, e talvez o mais importante, porque essas plataformas impõe certas limitações técnicas (processamento, memoria, etc) que nos obrigam a aprender a lidar com elas da forma correta, e aí quando (e se) formos desenvolver pra maquinas de maior performance esses cuidados e experiência vão servir como uma base sólida de boas práticas de desenvolvimento.

Por fim, com uma experiência dessas comprovada pelos jogos publicados, fica mais fácil você concorrer à vagas abertas na indústria local, até mesmo se você não tem curso de graduação. No mais, sintam-se livre pra discordar de algo que falei acima, e qualquer coisa estou à disposição para sanar possíveis duvidas. Valeu :)
 

JFR City

Bam-bam-bam
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Bom, vou dar minha opinião.


01. Diplomas
Em relação a Diplomas e Certificações eu tenho uma certa neutralidade.
Acredito que essa isenção de necessidade de diploma na Industria de Jogos é uma coisa momentanea e não é para a maioria dos casos.
Se você quiser trabalhar numa empresa média (não existem grandes no Brasil) como uma Diorama da vida (especialmente se você precisa de dinheiro caindo todo mês na conta), um Diploma (mesmo que seja de uma área muito tradicional) vai pesar muito (mas não necessariamente vai ser obrigatório) na hora de contratar mesmo que você já tenha experiencia.
Mas claro, experiencia sempre conta.
Porém na minha visão e na visão da maioria dos empregadores do Brasil existe um meio termo.
Você vai em uma cidade média se candidatar a vaga de operador de caixa de supermercado e geralmente quem leva a vaga é uma pessoa formada em Humanas ou em Engenharia da Produção.
Se você quer trabalhar numa EMBRAER da Vida ou uma Volkswagen, você só vai ter chances com uma pós-graduação.

Eu sempre digo que ter um diploma universitário é como usar um colete a prova de balas quando um monte de gente está tentando te matar.
Ele não vai salvar sua vida, mas vai reduzir as chances de você ser morto por um tiro no peito, costas ou barriga.

E eu mesmo posso dizer que se eu pudesse, teria um diploma de Jornalista, Economista, Contador ou qualquer outra coisa no meio burocrático.
E teria um colete também.

Outro fator para se ter um diploma de ensino superior é aumentar suas chances de mudar de país.
Eu serei bem sincero, mas a Industria de Jogos no Brasil não vai vingar.
Quem está pensando em estudar nessa área justamente para se mudar para os EUA, Canadá, Japão e Austrália e tem como fazer um pé de meia para isso, está muito mais do que certo.

Vai ter uma empresa ou outra que vai se manter (e ainda com muita dificuldade e com muitas limitações), mas a maioria vai fechar ou vai se focar em dev web, dev industrial, software para médicos ou até mesmo em maquetes virtuais e coisa do tipo pelo rumo que o país está tomando, a economia quebrada, e outros fatores...

E lembrem-se: Brasil não é EUA, Canadá ou coisa do tipo.
A industria aqui é extremamente limitada, o mercado é muito isolado, oportunidades limitadissimas, etc...

02. Portfolio (desenvolver jogos, criar objetos 3D, arte 2D, sons, etc...)

Outro fator que precisaremos observar e muito é que é preciso montar seu portfolio com seus projetos.

Se você é programador, crie um jogo bem simples para PC e bote no itch.io.
Se você é artista, crie algo e poste em Artstation, Deviantart e outras plataformas similares.
Se você é músico, bote suas músicas no Soundcloud.

Após isso, junte-se com mais uma ou duas pessoas e crie um jogo mais completo.
Não precisa ser algo de 7 horas pra terminar ou coisa do tipo, mas crie algo pra ser vendido na Steam, para que, como o Kuro disse, "passar por todo o processo de desenvolvimento de um ou mais jogos, iterar e identificar falhas no seu próprio processo de desenvolvimento, gerenciar projeto, entrar em contato com ferramentas e métodos de desenvolvimento que você não entraria normalmente. É uma experiência completamente diferente do que fazer um jogo em uma Game Jam ou implementar um protótipo de alguma mecânica bacana."

Se tiver condições, desenvolva pra iOS/iPadOS e macOS também.
Esqueça Android pois a pirataria lá está estourando e matando a plataforma para jogos.
Se a Situação fosse boa mesmo a Rockstar e a CAPCOM não teriam abandonado o Android.
Além do mais, iOS/iPadOS são muito mais usados para fins de trabalho (médico, comercio, industria, representações, etc...) do que um Celular/Tablet Android.

03. Considerações Finais

Outra coisa que é sempre bom fixar na cabeça de todos: A pirataria impede a área de jogos de Existir no Brasil.
Enquanto não houver leis que dificultem e muito o consumo de conteudo pirata, a área irá continuar nanica a ponto de morrer.

Eu não diria que é o principal motivo da área não vingar, mas eu diria sim que é o segundo fator.
O primeiro é a cultura, pois vivemos em um país com uma mentalidade medievalesca.

Perceba que fora das grandes capitais, alega-se que quem faz isso não tem futuro.
E isso é uma meia verdade considerando que a maior parte da população tem um preconceito incondicional não só com jogos eletronicos, mas com a ciência em geral e áreas tradicionais são muito mais dignas e possuem um retorno financeiro maior a médio e longo prazo.

Outra coisa que atrapalha o desenvolvimento da área no Brasil é a quantia de golpistas que existem nesse ramo.
Perceba que muitos canais que falam sobre isso (como o do Tito Petri, o Raphael Dias e outros) praticamente fazem uma propaganda enganosa sobre o mercado no Brasil e sugerindo soluções que praticamente não existem.
Vamos lembrar também que a maioria dos cursos de jogos no Brasil (em especial os da Danki Code) são extremamente sem base e extremamente fantasiosos, não possuem fundamento nenhum e nenhum tipo de valor. São feitos de uma forma muito porca e sem contexto.

Se você tiver condições de sair do país para trabalhar com isso (especialmente se for os EUA), saia sem pensar duas vezes.
Mas lembre-se de aprender a cultura do país e da região que você vai residir, faça especializações, etc...

Outra coisa: NUNCA TRABALHE DE GRAÇA!
A área de jogos no Brasil está sobrecarregada de defensores do almoço grátis que está ajudando o ramo a ficar muito prostituido.
NUNCA, JAMAIS abra mão de ganhar 1000/mês ou mais a não ser que você tenha menos de um ano de experiencia.

Enfim, volto mais tarde para falar especificamente sobre tudo isso que botei nessa parte 3.
 
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Kuro

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Vou só acrescentar uns dados aqui que acho interessante pra fazer um contraponto à certas coisas que vc disse.


Não to dizendo que fazer um curso pra area é inutil, apenas que o peso de ter isso no curriculo é menor do que quando comparado pra outras profissoes que vc citou. Por exemplo, tenho um amigo que trabalha na area faz um tempo, em um estudio grande aqui no BR (desses que mencionarei abaixo) e não tem diploma. Outro amigo trabalhou nesse mesmo estudio e acabou sendo contratado pra trabalhar fora do país, hoje em dia ele trabalha na Espanha, e também não tem diploma. Além disso, conheço pessoas que foram trabalhar em estudios super conhecidos como Ubisoft e Crytek e os caras “só” são graduados, sem mestrado nem nada do gênero

Se você quiser trabalhar numa empresa média (não existem grandes no Brasil) como uma Diorama da vida...

Concordo que Diorama é um estudio de medio porte, tem em torno de 50 funcionarios. Entretanto essa sua informação de que não existem estudios grandes no Brasil está um pouco equivocada. Não sei o que você considera como grande. mas temos estudios como:

Tapps, com quase 200 funcionários
Aquiris, com 150 funcionarios, desenvolvendo jogo com a Scopely com investimento de fora de milhões de dolares
WildLife, com aproximadamente 700 funcionarios, e que recentemente abriu uma filial do estudio nos EUA
Fanatee, com 100~150 funcionarios.

Enfim, pra você ter uma ideia, a Next Level Games (recentemente fez Luigi's Mansion 3 pra Switch) tem 119 funcionarios segundo Google, Guerrilla (Horizon Zero Dawn) tem 400.


Esqueça Android pois a pirataria lá está estourando e matando a plataforma para jogos.

O objetivo de fazer esses jogos de escopo pequeno é portfolio, e não fazer dinheiro. Nesse sentido, recomendo Android pq é de mais facil acesso (não depende ter MAC pra fazer builds como no caso do iOS), é mais facil/barato de se conseguir um pra testar seu jogo, e se não me engano a taxa e o processo de publicação da Google Play é mais barato e rapido que o da Apple Store.

Além disso, sim, a pirataria rola solta lá, entretando se você opta por um modelo free to play, com ads e/ou microtransactions, isso não é tão problematico assim. Essas empresas que você citou largaram o Android em sua maioria porque são empresas que seguem o modelo premium normalmente. Esse sim posso concordar que não se encaixa em Android.


Vamos lembrar também que a maioria dos cursos de jogos no Brasil (em especial os da Danki Code) são extremamente sem base e extremamente fantasiosos, não possuem fundamento nenhum e nenhum tipo de valor. São feitos de uma forma muito porca e sem contexto.

SIM!
 
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Forbidden Memories

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Perguntei ao @Kuro pois temos quase a mesma idade e ele se graduou na área e com muita sorte não precisou de estágio para pegar o diploma. Diferente de mim onde o Curso Técnico obrigava a gente a fazer estágio para obter o canudo.

É AÍ QUE É A TUA PORTA DE ENTRADA E TEU GRIND DE XP CURRICULAR.

Sem estágio só dificulta as coisas, estágio ajuda MUITO. Ainda mais considerando que estágio adjacente na área já é argumento pra contratação como trainee/junior. Só combar isso com a dica do Kurão dos brothers que dá boa, FAÇA VIDEOJOGOS.

Não tem segredo, não tem pra que ficar teorizando... tome a iniciativa e se der deu, se não der não deu, o mercado de empresas com CNPJ de juegos aqui é minúsculo. Mais vale criar um diretório de empresas BR e quem estiver dentro, ou tentando entrar, contar suas experiências. Tá aí o realismo do tópico, todo o resto é ruido branco.
 


JFR City

Bam-bam-bam
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É AÍ QUE É A TUA PORTA DE ENTRADA E TEU GRIND DE XP CURRICULAR.

Sem estágio só dificulta as coisas, estágio ajuda MUITO. Ainda mais considerando que estágio adjacente na área já é argumento pra contratação como trainee/junior.

Só que é como falei várias postagens atras: Na minha região não existem oportunidades na área.
Por isso não peguei diploma.

De resto concordo em gênero, número e grau.
Tanto que a maioria das vagas na área são justamente pra estagiário.
Quase não existem vagas efetivas.
 

JFR City

Bam-bam-bam
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Bom, ontem tive dialogando com duas pessoas, um programador (ele não atua na área, mas conhece um Brasileiro que atua no ramo de jogos lá na Austrália) e um modelador (esse atuou na parte de jogos, mas depois que ele casou está mexendo com maquete virtual junto com a esposa) e vou adicionar uns pontos (estes valem principalmente para o @Mutolopitico e para o @BAKADESU) a tudo que mencionei anteriormente:

*Saber matemática para programar é necessário sim, especialmente no ramo de jogos (novamente falo, se você é ruim em matemática, só vai conseguir desenvolver sistemas de padaria e sites).

*Ninguém, ninguém começa trabalhando no conforto de casa. Se você quer garantir um emprego e dinheiro todo mês na conta vai ter que começar no presencial. Portanto, tratem de se mudar pras grandes capitais ou peguem um fretado pra lá que é onde estão os empregos e os estágios. Aí depois de 2 anos você pode sim pensar em freela e home office (e ainda assim com concessões) a não ser que você seja um cara muito sortudo ou consiga uma indicação muito mas muito forte (ou seja, a exceção da exceção).
(Novamente falo: Maior parte das vagas para jogos são de estágio!)

*Usem software e materiais originais. SEMPRE!
Se você usa conteúdo pirata para estudo e principalmente trabalho, você nem deveria ser programador/modelador.
Não pode pagar pelo 3DS Max/Maya? Use o Blender e ganhe dinheiro para comprar estes softwares.
Não pode pagar pelo WIndows? Use o Linux! Unity tem versão oficial para linux e Unreal Engine 4 pode ser usada via Proton.
Não pode pagar por um curso de 25 reais?! Não entre nessa área.

*Um computador atual não é opcional.
Claro que você não precisa de um Core i9 com 64GB de RAM e uma GeForce RTX pra desenvolver jogos ou coisa do tipo, mas ficar usando um Athlon X4 com 4GB de RAM e uma Radeon HD pra desenvolver jogos é pedir pra sofrer e perder o PC.
Outra coisa: Lembrem-se que é bom usar uma GPU dedicada, nada de usar GPU "onboard" que dependa muito da RAM e da CPU.

*E por último e ainda assim, o mais importante de tudo: Tenham flexibilidade de pensamento.
A área de jogos no Brasil é extremamente pequena e muito centralizada.
E não, a área não vai ser descentralizada (pelo menos é o que eles falaram pra mim)
Lembrem-se que muito do que vocês aprendem em jogos podem ser aplicados em outras áreas com um leque maior de oportunidades e demanda.
Se você está aprendendo a programar, você também poderá usar isso para desenvolver sites, softwares para fins industriais e cia.
Se você está aprendendo a modelar, pode usar isso para criar maquetes virtuais, projetar objetos para impressora 3D, etc...
Se você mexe com arte, pode usar isso para o Marketing, Publicidade e até mesmo Jornalismo.
Claro, estas áreas também são centralizadas e irão exigir que a maioria se mude para as capitais, mas as chances de conseguir emprego são maiores devido a maior demanda no Brasil, e mesmo que você more no interior ou no sertão e não consiga se mudar, é uma porta aberta para ganhar uma renda extra enquanto está num emprego fixo (que obviamente irá pagar mais, e até muito mais dependendo do foco da sua região)...
 
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BAKADESU

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Bom, ontem tive dialogando com duas pessoas, um programador (ele não atua na área, mas conhece um Brasileiro que atua no ramo de jogos lá na Austrália) e um modelador (esse atuou na parte de jogos, mas depois que ele casou está mexendo com maquete virtual junto com a esposa) e vou adicionar uns pontos (estes valem principalmente para o @Mutolopitico e para o @BAKADESU) a tudo que mencionei anteriormente:

*Saber matemática para programar é necessário sim, especialmente no ramo de jogos (novamente falo, se você é ruim em matemática, só vai conseguir desenvolver sistemas de padaria e sites).

*Ninguém, ninguém começa trabalhando no conforto de casa. Se você quer garantir um emprego e dinheiro todo mês na conta vai ter que começar no presencial. Portanto, tratem de se mudar pras grandes capitais ou peguem um fretado pra lá que é onde estão os empregos e os estágios. Aí depois de 2 anos você pode sim pensar em freela e home office (e ainda assim com concessões) a não ser que você seja um cara muito sortudo ou consiga uma indicação muito mas muito forte (ou seja, a exceção da exceção).
(Novamente falo: Maior parte das vagas para jogos são de estágio!)

*Usem software e materiais originais. SEMPRE!
Se você usa conteúdo pirata para estudo e principalmente trabalho, você nem deveria ser programador/modelador.
Não pode pagar pelo 3DS Max/Maya? Use o Blender e ganhe dinheiro para comprar estes softwares.
Não pode pagar pelo WIndows? Use o Linux! Unity tem versão oficial para linux e Unreal Engine 4 pode ser usada via Proton.
Não pode pagar por um curso de 25 reais?! Não entre nessa área.

*Um computador atual não é opcional.
Claro que você não precisa de um Core i9 com 64GB de RAM e uma GeForce RTX pra desenvolver jogos ou coisa do tipo, mas ficar usando um Athlon X4 com 4GB de RAM e uma Radeon HD pra desenvolver jogos é pedir pra sofrer e perder o PC.
Outra coisa: Lembrem-se que é bom usar uma GPU dedicada, nada de usar GPU "onboard" que dependa muito da RAM e da CPU.

*E por último e ainda assim, o mais importante de tudo: Tenham flexibilidade de pensamento.
A área de jogos no Brasil é extremamente pequena e muito centralizada.
E não, a área não vai ser descentralizada (pelo menos é o que eles falaram pra mim)
Lembrem-se que muito do que vocês aprendem em jogos podem ser aplicados em outras áreas com um leque maior de oportunidades e demanda.
Se você está aprendendo a programar, você também poderá usar isso para desenvolver sites, softwares para fins industriais e cia.
Se você está aprendendo a modelar, pode usar isso para criar maquetes virtuais, projetar objetos para impressora 3D, etc...
Se você mexe com arte, pode usar isso para o Marketing, Publicidade e até mesmo Jornalismo.
Claro, estas áreas também são centralizadas e irão exigir que a maioria se mude para as capitais, mas as chances de conseguir emprego são maiores devido a maior demanda no Brasil, e mesmo que você more no interior ou no sertão e não consiga se mudar, é uma porta aberta para ganhar uma renda extra enquanto está num emprego fixo (que obviamente irá pagar mais, e até muito mais dependendo do foco da sua região)...


Vou ler desde o começo com toda calma do mundo, faculdade mesmo só serve pra pegar canudo, resto vou ter que ralar pra conseguir...

To indo para o 4 semestre e já já vou começar caçar algum estágio na área.
 

JFR City

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Vou ler desde o começo com toda calma do mundo, faculdade mesmo só serve pra pegar canudo, resto vou ter que ralar pra conseguir...

To indo para o 4 semestre e já já vou começar caçar algum estágio na área.

Já deveria ter ido atrás no segundo semestre.
Quanto mais demorar pra caçar estágio, mais dificil fica.
 

Mutolopitico

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Bom, ontem tive dialogando com duas pessoas, um programador (ele não atua na área, mas conhece um Brasileiro que atua no ramo de jogos lá na Austrália) e um modelador (esse atuou na parte de jogos, mas depois que ele casou está mexendo com maquete virtual junto com a esposa) e vou adicionar uns pontos (estes valem principalmente para o @Mutolopitico e para o @BAKADESU) a tudo que mencionei anteriormente:

*Saber matemática para programar é necessário sim, especialmente no ramo de jogos (novamente falo, se você é ruim em matemática, só vai conseguir desenvolver sistemas de padaria e sites).

*Ninguém, ninguém começa trabalhando no conforto de casa. Se você quer garantir um emprego e dinheiro todo mês na conta vai ter que começar no presencial. Portanto, tratem de se mudar pras grandes capitais ou peguem um fretado pra lá que é onde estão os empregos e os estágios. Aí depois de 2 anos você pode sim pensar em freela e home office (e ainda assim com concessões) a não ser que você seja um cara muito sortudo ou consiga uma indicação muito mas muito forte (ou seja, a exceção da exceção).
(Novamente falo: Maior parte das vagas para jogos são de estágio!)

*Usem software e materiais originais. SEMPRE!
Se você usa conteúdo pirata para estudo e principalmente trabalho, você nem deveria ser programador/modelador.
Não pode pagar pelo 3DS Max/Maya? Use o Blender e ganhe dinheiro para comprar estes softwares.
Não pode pagar pelo WIndows? Use o Linux! Unity tem versão oficial para linux e Unreal Engine 4 pode ser usada via Proton.
Não pode pagar por um curso de 25 reais?! Não entre nessa área.

*Um computador atual não é opcional.
Claro que você não precisa de um Core i9 com 64GB de RAM e uma GeForce RTX pra desenvolver jogos ou coisa do tipo, mas ficar usando um Athlon X4 com 4GB de RAM e uma Radeon HD pra desenvolver jogos é pedir pra sofrer e perder o PC.
Outra coisa: Lembrem-se que é bom usar uma GPU dedicada, nada de usar GPU "onboard" que dependa muito da RAM e da CPU.

*E por último e ainda assim, o mais importante de tudo: Tenham flexibilidade de pensamento.
A área de jogos no Brasil é extremamente pequena e muito centralizada.
E não, a área não vai ser descentralizada (pelo menos é o que eles falaram pra mim)
Lembrem-se que muito do que vocês aprendem em jogos podem ser aplicados em outras áreas com um leque maior de oportunidades e demanda.
Se você está aprendendo a programar, você também poderá usar isso para desenvolver sites, softwares para fins industriais e cia.
Se você está aprendendo a modelar, pode usar isso para criar maquetes virtuais, projetar objetos para impressora 3D, etc...
Se você mexe com arte, pode usar isso para o Marketing, Publicidade e até mesmo Jornalismo.
Claro, estas áreas também são centralizadas e irão exigir que a maioria se mude para as capitais, mas as chances de conseguir emprego são maiores devido a maior demanda no Brasil, e mesmo que você more no interior ou no sertão e não consiga se mudar, é uma porta aberta para ganhar uma renda extra enquanto está num emprego fixo (que obviamente irá pagar mais, e até muito mais dependendo do foco da sua região)...

Fui chamado pra trabalhar numa empresa de visualização de arquitetura, depois de semanas soltando currículo pra tudo que é lado ( empresas de jogos, visualização de arquitetura, empresa de virtualização, empresa de impressão 3d ).

A entrevista ta marcada pra essa semana, agora só resta rezar e pra dar tudo certo, não é exatamente com jogos que irei trabalhar, porém será com 3D do mesmo jeito, e como foi dito no post, não precisa ser necessariamente "noque eu quero" se tá dentro da minha área, já ta bom. Irá ser uma bela oportunidade de eu finalmente poder trabalhar com oque gosto e ganhar experiência.

E por incrível que pareça consegui a entrevista na minha cidade aqui mesmo, não precisei ir morar num polo grande (SP/RJ) pra poder trabalhar na área...
 

JFR City

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Fui chamado pra trabalhar numa empresa de visualização de arquitetura, depois de semanas soltando currículo pra tudo que é lado ( empresas de jogos, visualização de arquitetura, empresa de virtualização, empresa de impressão 3d ).

A entrevista ta marcada pra essa semana, agora só resta rezar e pra dar tudo certo, não é exatamente com jogos que irei trabalhar, porém será com 3D do mesmo jeito, e como foi dito no post, não precisa ser necessariamente "noque eu quero" se tá dentro da minha área, já ta bom. Irá ser uma bela oportunidade de eu finalmente poder trabalhar com oque gosto e ganhar experiência.

E por incrível que pareça consegui a entrevista na minha cidade aqui mesmo, não precisei ir morar num polo grande (SP/RJ) pra poder trabalhar na área...

Isso é bom.

Agora tem que ver se nesse estágio vão te efetivar porque não adianta nada ser estagiário e não ser efetivado, ainda mais com a situação que o país se encontra.
E ainda por cima tem que ver se dá pra crescer e o que vão te pagar progressivamente, porque não adianta nada fazer o que gosta e não ganhar dinheiro.

E não podemos esquecer, é bom se mudar pra SP/Campinas/BH assim que possível para aumentar as oportunidades de emprego e salário.
 

gamermaniacow

Togges
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Vou dar meus 2 centavos, mas vai contra uma das regras do @JC Denton sobre "Solo Dev"

Estou como "solo dev" (2 pessoas) fazendo um game de escopo gigantesco. Fiz isso exatamente porque cansei de ficar esperando algo que nunca iria acontecer. Larguei tudo, peguei minhas economias com a do meu irmão, e resolvi fazer um projeto grandioso. Vai dar certo? Não sei, grandes chances de fracassar, mas estou tentando e isso é a principal mentalidade. Mas eu sou eu, minha realidade é diferente da sua que está lendo, e é você que tem que saber disso, antes de aceitar qualquer conselho ou tentar diminuir outro conselho.

Pelo que acompanho o cenário, existem basicamente 3 tipos de pensamento em relação a isso.

  1. Fazer pequenos projetos pra conseguir portfolio e ser contratado (A ideia do tópico)
  2. Fazer jogos pequenos para aos poucos ir ganhando uma reputação/dinheiro, e know-how.
  3. Fazer um jogo ambicioso por anos.
Geralmente cada um tenta apontar para outro e dizer que está errado, mas acho que cada um tem seus prós e contras.

Se fizer só pequenos projetos, tem chances de nunca se especializar em nada e desistir facilmente. Porém você não se compromete financeiramente com nada.
Se fizer só jogos pequenos, nunca vai ter noção de um projeto grandioso. Porém você não perde tempo fazendo algo que vai fracassar e vai aprendendo sobre a área.
Um projeto grandioso tem grande chance de fracassar miseravelmente e te arruinar completamente. Porém o resultado pessoal é sem comparação e você passa pelos processos mais próximos que um estúdio grande passa.

Cada um tem que trabalhar com sua realidade, não importa qual seja.

Como o @Kuro falou, é mais importante experiencia do que diploma. Conversando com gringos eles falam isso também, e não depende apenas da realidade brasileira. A diferença é que lá fora eles tem inúmeros estúdios do lado de casa pra tentar vagas. Um recém formado pode mandar seu projeto de conclusão de curso para a Activision ou qualquer outro estúdio avaliar, no qual possuem inúmeros programas para trainees. Mas quem liga pra isso, não é nossa realidade medíocre, não é mesmo?

Então, se seu objetivo for puramente pra conseguir TRABALHO, a universidade no Brasil não é a melhor opção. Mas existem infinitas outras possibilidades para alguém querer fazer faculdade. Então se você quer fazer faculdade, faça, se não quiser, não faça. Cada um sabe o que é melhor para você, não vou entrar nesse mérito aqui. Eu fiz, e essa é a minha conclusão.

Não existe indústria de jogos no Brasil. Simples assim. Não queira nem se enganar. Os poucos estúdios que tem aqui, mal conseguem se sustentar. Se tiver, deve ser tão concorrido que nem vale a pena. Eu mesmo, não me vejo contratando alguém mesmo num cenário totalmente positivo. Recomendo entender as leis trabalhistas do nosso país para entender melhor como as coisas funcionam, e não se enganar com história da carochinha.

Existem estúdios mobile, que é ainda mais bagunça. Aí a pergunta é, você quer isso? Pois jogos mobiles se aproximam mais de front-end e desenvolvimendo web do que jogos em si.

E pra jogos acaba aí, mas tem áreas que usam matérias similares, mas tudo depende do que você quer. E digo que muitas vezes não vale a pena, pois não é o que esperamos ou o que é propagandeado. Seja sincero com você mesmo.

Mas aí você pode pensar em fazer comissions para o exterior. Como tudo na vida, depende apenas de networking, e esse talvez seja a melhor skill que você possa desenvolver caso queira trabalhar com isso. E é dificil, muito difícil, por se trata de um ato totalmente social e sem nenhum tipo de certeza. Você vai ter que dar a cara e se sujar pra conseguir contatos. Novamente, depende se você quer isso, pois isso é algo que consome tempo suficiente pra fazer apenas isso da vida, e leva muito tempo até que você tem algum networking, coisa de 3-5 anos investindo sem parar nisso.

Mas voltamos pra estaca inicial, de como conseguir experiência. O que estúdios querem, é saber se tu sabe fazer o trabalho. Qual tua área de atuação? Programação - Sabe fazer projetos independentes e trabalhar em cima de codigo zoado? Arte - Sabe fazer um modelo pra game de maneira MUITO rápida? Som - Sabe fazer um efeito sonoro de maneira independente e aos montes? Entenda sua área e entenda como ela funciona no desenvolvimento, e não tente em hipótese alguma levantar como se fosse o aspecto mais importante do desenvolvimento, pois não é. Todas as parte são várias pecinhas e nenhuma sobrepõe a outra.

Eu sou mais da área de design e artistica. Existem trabalhos perfeitos no ramo, mas a pessoa leva meses pra fazer um único boneco. Isso é irrealista. Ninguém vai dar um trabalho pra você. Desenvolvimento de jogo é algo pro momento, pro agora. Tem que acontecer nas próximas horas, e no máximo, nos próximos dias.

Além disso, tenha noção de como funciona o desenvolvimento. Não seja um artista 100% artista. Não seja um programador 100% programador. Não precisa entender detalhadamente, mas saber das necessidades de cada área e como elas funcionam é um GRANDE diferencial, justamente pra se adequar ao processo e entregar os arquivos de maneira correta. Saiba como um boneco é manipulado ingame, saiba como um artista manipula o seu codigo na engine, e assim vai.

Porém, existem outras áreas de atuação também, que são severamente ignoradas. Tradução, Voice Acting, SFX, Legal, marketing... Essas pecam muito de profissionais, e talvez possa ser sua praia. Eu mesmo estava desesperado por um advogado que entenda do universo gamer e simplesmente não achei, então fica a dica.

Para a mentalidade do tópico, diria pra fazer pequenos projetos. Não importa se é falso ou não, desde que tenha um bom resultado e seja realista. Seu objetivo principal é ter um portfolio funcional e abrangente, e principalmente realista. Faça filtros para apps, faça plugins, faça conjunto de assets... Não importa muito, pra dizer a verdade, o principal é saber exatamente o que você quer fazer e o que quer demonstrar, pois alguém que trabalha na área sabe exatamente o que ele precisa, e não tem tempo pra perder.

Por isso acho que a melhor maneira pra alguém que queira MUITO, e que tenha a possibilidade, é simplesmente fazer o teu jogo. Fora isso, as condições acima serão aplicadas.
 
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JFR City

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Vou dar meus 2 centavos, mas vai contra uma das regras do @JC Denton sobre "Solo Dev"

Estou como "solo dev" (2 pessoas) fazendo um game de escopo gigantesco. Fiz isso exatamente porque cansei de ficar esperando algo que nunca iria acontecer. Larguei tudo, peguei minhas economias com a do meu irmão, e resolvi fazer um projeto grandioso. Vai dar certo? Não sei, grandes chances de fracassar, mas estou tentando e isso é a principal mentalidade. Mas eu sou eu, minha realidade é diferente da sua que está lendo, e é você que tem que saber disso, antes de aceitar qualquer conselho ou tentar diminuir outro conselho.

Pelo que acompanho o cenário, existem basicamente 3 tipos de pensamento em relação a isso.

  1. Fazer pequenos projetos pra conseguir portfolio e ser contratado (A ideia do tópico)
  2. Fazer jogos pequenos para aos poucos ir ganhando uma reputação/dinheiro, e know-how.
  3. Fazer um jogo ambicioso por anos.
Geralmente cada um tenta apontar para outro e dizer que está errado, mas acho que cada um tem seus prós e contras.

Se fizer só pequenos projetos, tem chances de nunca se especializar em nada e desistir facilmente. Porém você não se compromete financeiramente com nada.
Se fizer só jogos pequenos, nunca vai ter noção de um projeto grandioso. Porém você não perde tempo fazendo algo que vai fracassar e vai aprendendo sobre a área.
Um projeto grandioso tem grande chance de fracassar miseravelmente e te arruinar completamente. Porém o resultado pessoal é sem comparação e você passa pelos processos mais próximos que um estúdio grande passa.

Cada um tem que trabalhar com sua realidade, não importa qual seja.

Como o @Kuro falou, é mais importante experiencia do que diploma. Conversando com gringos eles falam isso também, e não depende apenas da realidade brasileira. A diferença é que lá fora eles tem inúmeros estúdios do lado de casa pra tentar vagas. Um recém formado pode mandar seu projeto de conclusão de curso para a Activision ou qualquer outro estúdio avaliar, no qual possuem inúmeros programas para trainees. Mas quem liga pra isso, não é nossa realidade medíocre, não é mesmo?

Então, se seu objetivo for puramente pra conseguir TRABALHO, a universidade no Brasil não é a melhor opção. Mas existem infinitas outras possibilidades para alguém querer fazer faculdade. Então se você quer fazer faculdade, faça, se não quiser, não faça. Cada um sabe o que é melhor para você, não vou entrar nesse mérito aqui. Eu fiz, e essa é a minha conclusão.

Não existe indústria de jogos no Brasil. Simples assim. Não queira nem se enganar. Os poucos estúdios que tem aqui, mal conseguem se sustentar. Se tiver, deve ser tão concorrido que nem vale a pena. Eu mesmo, não me vejo contratando alguém mesmo num cenário totalmente positivo. Recomendo entender as leis trabalhistas do nosso país para entender melhor como as coisas funcionam, e não se enganar com história da carochinha.

Existem estúdios mobile, que é ainda mais bagunça. Aí a pergunta é, você quer isso? Pois jogos mobiles se aproximam mais de front-end e desenvolvimendo web do que jogos em si.

E pra jogos acaba aí, mas tem áreas que usam matérias similares, mas tudo depende do que você quer. E digo que muitas vezes não vale a pena, pois não é o que esperamos ou o que é propagandeado. Seja sincero com você mesmo.

Mas aí você pode pensar em fazer comissions para o exterior. Como tudo na vida, depende apenas de networking, e esse talvez seja a melhor skill que você possa desenvolver caso queira trabalhar com isso. E é dificil, muito difícil, por se trata de um ato totalmente social e sem nenhum tipo de certeza. Você vai ter que dar a cara e se sujar pra conseguir contatos. Novamente, depende se você quer isso, pois isso é algo que consome tempo suficiente pra fazer apenas isso da vida, e leva muito tempo até que você tem algum networking, coisa de 3-5 anos investindo sem parar nisso.

Mas voltamos pra estaca inicial, de como conseguir experiência. O que estúdios querem, é saber se tu sabe fazer o trabalho. Qual tua área de atuação? Programação - Sabe fazer projetos independentes e trabalhar em cima de codigo zoado? Arte - Sabe fazer um modelo pra game de maneira MUITO rápida? Som - Sabe fazer um efeito sonoro de maneira independente e aos montes? Entenda sua área e entenda como ela funciona no desenvolvimento, e não tente em hipótese alguma levantar como se fosse o aspecto mais importante do desenvolvimento, pois não é. Todas as parte são várias pecinhas e nenhuma sobrepõe a outra.

Eu sou mais da área de design e artistica. Existem trabalhos perfeitos no ramo, mas a pessoa leva meses pra fazer um único boneco. Isso é irrealista. Ninguém vai dar um trabalho pra você. Desenvolvimento de jogo é algo pro momento, pro agora. Tem que acontecer nas próximas horas, e no máximo, nos próximos dias.

Além disso, tenha noção de como funciona o desenvolvimento. Não seja um artista 100% artista. Não seja um programador 100% programador. Não precisa entender detalhadamente, mas saber das necessidades de cada área e como elas funcionam é um GRANDE diferencial, justamente pra se adequar ao processo e entregar os arquivos de maneira correta. Saiba como um boneco é manipulado ingame, saiba como um artista manipula o seu codigo na engine, e assim vai.

Porém, existem outras áreas de atuação também, que são severamente ignoradas. Tradução, Voice Acting, SFX, Legal, marketing... Essas pecam muito de profissionais, e talvez possa ser sua praia. Eu mesmo estava desesperado por um advogado que entenda do universo gamer e simplesmente não achei, então fica a dica.

Para a mentalidade do tópico, diria pra fazer pequenos projetos. Não importa se é falso ou não, desde que tenha um bom resultado e seja realista. Seu objetivo principal é ter um portfolio funcional e abrangente, e principalmente realista. Faça filtros para apps, faça plugins, faça conjunto de assets... Não importa muito, pra dizer a verdade, o principal é saber exatamente o que você quer fazer e o que quer demonstrar, pois alguém que trabalha na área sabe exatamente o que ele precisa, e não tem tempo pra perder.

Por isso acho que a melhor maneira pra alguém que queira MUITO, e que tenha a possibilidade, é simplesmente fazer o teu jogo. Fora isso, as condições acima serão aplicadas.

Achei boa a sua observação, mas ela desvirtua muito do tópico.

Eu diria porém que pra quem mora fora das grandes capitais e Campinas é quase impossível atuar nessa área (seja dentro de uma empresa, seja por conta, seja como comission), por vários motivos: Economia, Cultura, Convivio Social, etc....

Coisas que já falei centenas de milhares de milhões de vezes antes nesse forum.

Um cara que mora em cidade pequena e média nunca será levado a sério se ele decidir mexer com jogos.
Não digo a você que nas capitais a pessoa seria, mas em SP/Campinas/BH existem vagas de emprego na área e existem diversas pessoas.
Como mesmo falei antes: "Quando eu trabalhava como vigilante em uma rede de drogarias, deixei escapar que eu estava fazendo curso técnico em desenvolvimento de jogos e praticamente a diretoria veio "comer meu cu" porque eu deveria estar fazendo uma faculdade de farmácia e biologia"
Claro, tudo bem, isso é normal, a empresa ditar o que devo fazer fora dela e me demitir por não me especializar, mas usar o curso de jogos pra me rotular de vagabundo e destruidor de familias é uma idiotice sem tamanho.
Se eu tivesse fazendo uma faculdade de jornalismo, a conversa definitivamente seria mais leve e não a um nivel agressivo.

E digo que nem adiantou eu ter feito o curso técnico, pois onde moro não existe empresas do ramo.
E eu precisava de estágio pra poder conseguir o diploma.

No fim, até hoje estou desempregado (só consegui 2-3 coisas temporarias) e agora vou correr atrás de uma faculdade em ciências contabeis (que é algo compativel com minha região e dá bem mais dinheiro do que mexer com jogos).
E ao mesmo tempo pretendo aprender Blender para criar assets 3D e maquetes virtuais na Unreal como uma renda extra (porque se eu for ficar acreditando que conseguirei garantir meu sustento em cima disso, ainda mais onde moro que só existem empregos na área médica e na parte burocrática (novamente, economia, contabilidade, direito, jornalismo, RH, etc...), estarei mais do que fodido).
Em relação a faculdade, acredito que a Faculdade feita do jeito certo, permite que a pessoa tenha chances de saír do país, que é uma regra pros Brasileiros que querem viver de jogos e afins.
O que Ciências Contabeis tem a ver com jogos? Nada, claro. Mas pelo menos como contador posso ganhar um dinheiro para me relocar em SP ou BH e fazer uma graduação especifica da área para eu poder me mudar para os EUA/Canadá, Japão ou Austrália.

Até hoje eu tento entender como muito desses estudios se mantem vivos no nosso país (especialmente os Mobile), se a pirataria tem comido muito solta nos últimos anos.

A proposito, se você tá desenvolvendo algo com outra pessoa, não é solo dev.
 

JFR City

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OBS: Não to dizendo que eu tenho que ganhar $8K todo mês pra mexer com jogos, mas sendo sincero mas muito sincero, pelo menos como iniciante preciso de pelo menos $900/mês pra trabalhar com isso.

E vejo muita gente nesse ramo ganhar menos da metade do que isso fora de empresa (ainda mais os sobrinhos e a galera que tá com a vida feita, que tem de monte na área).

Não dá pra abrir mão de ganhar salário minimo ou quase isso.

Eu diria que nem um jornalista freelancer ganha tão mal assim.
 
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Nolifeking

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Bom tópico.

Vou falar um pouco da minha experiência. Fiz curso técnico de Jogos digitais e não concluí a faculdade de Jogos digitais. A minha decisão de não concluir a faculdade foi a seguinte: com o conhecimento que absorvi nos cursos e também maior conhecimento do mercado de jogos indies, o diploma de graduação não é necessário para o meu objetivo.

O meu objetivo é trabalhar com jogos indies de pequeno escopo dentro do meu próprio estúdio. Não tenho intenção de me candidatar para uma vaga em um grande estúdio.

Hoje, ainda não trabalho com jogos full time, estou trabalhando em um projeto com um grupo de 4 pessoas no total, sendo um programador, um desenhista e dois roteiristas. Quando iniciei o projeto, deixei claro que o objetivo é criar os jogos para expor nossas ideias da forma que nós quisermos. Se, por alguma sorte do destino, alguma empresa queira o nosso estúdio, beleza. Senão, continuamos os nossos trabalhos normais e fazendo jogos em paralelo. O que mais me motivou a fazer jogos por diversão, foi ver uma entrevista de uns designers de games brasileiros, não lembro quais desculpe, em que falaram que faziam jogos para se divertir e um dia um estúdio maior entrou em contato querendo contratá-los.

Acho que o maior ponto seria esse: definir o seu objetivo. Quero ser full time na minha própria empresa, fazer jogos por diversão ou me candidatar a uma vaga em um outro estúdio?
 

JFR City

Bam-bam-bam
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Bom tópico.

Vou falar um pouco da minha experiência. Fiz curso técnico de Jogos digitais e não concluí a faculdade de Jogos digitais. A minha decisão de não concluir a faculdade foi a seguinte: com o conhecimento que absorvi nos cursos e também maior conhecimento do mercado de jogos indies, o diploma de graduação não é necessário para o meu objetivo.

Achei interessante seu ponto de vista, mas eu tenho uma mentalidade mais flexivel em relação a isso.
Talvez uma graduação especificamente em CC/ADS ou em Arte valha mais a pena do que uma faculdade de jogos em geral.

O meu objetivo é trabalhar com jogos indies de pequeno escopo dentro do meu próprio estúdio. Não tenho intenção de me candidatar para uma vaga em um grande estúdio.

Eu fiz um curso técnico com a intenção de arranjar um emprego mediano na industria, por ser pobre mesmo.
Mas por eu morar em uma região onde não existem oportunidades nem estágio, não consegui me formar.
Só teve uma pessoa que se formou no curso que fiz pois ela ia e voltava de carro pra São Paulo para fazer estágio e até efetivada essa pessoa foi.
Se eu tivesse carta e carro na época, eu não me preocuparia tanto com isso.

Hoje, ainda não trabalho com jogos full time, estou trabalhando em um projeto com um grupo de 4 pessoas no total, sendo um programador, um desenhista e dois roteiristas. Quando iniciei o projeto, deixei claro que o objetivo é criar os jogos para expor nossas ideias da forma que nós quisermos. Se, por alguma sorte do destino, alguma empresa queira o nosso estúdio, beleza. Senão, continuamos os nossos trabalhos normais e fazendo jogos em paralelo. O que mais me motivou a fazer jogos por diversão, foi ver uma entrevista de uns designers de games brasileiros, não lembro quais desculpe, em que falaram que faziam jogos para se divertir e um dia um estúdio maior entrou em contato querendo contratá-los.

Acho legal sua visão, mas infelizmente acho que ela não se aplica a mim que sou de condição financeira desfavoravel e moro em uma região mais conservadora e trabalhei em uma empresa que ou era 8 ou 80.
Acredito que pessoas que estão com a vida feita, morem nos grandes centros urbanos ou trabalhem em empresas menos rigidas e tradicionalistas, podem fazer jogos sem compromisso, como você e esses designers.

Acho que o maior ponto seria esse: definir o seu objetivo. Quero ser full time na minha própria empresa, fazer jogos por diversão ou me candidatar a uma vaga em um outro estúdio?

Para quem está em condições financeiras e sociais desfavoraveis, como eu, só existe a terceira opção.
 

Axor

Ei mãe, 500 pontos!
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Boa noite amigos. Primeiramente sou muito fã de vocês que conseguem desenvolver um game,mas esse pequeno gafanhoto quer fazer um projeto também. Pois bem... Quero fazer um visual novel mas sem intuito de vender ou algo super profissional. Sabem onde posso obter backgrounds e modelos de personagens ?
 

Kuro

Ei mãe, 500 pontos!
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Boa noite amigos. Primeiramente sou muito fã de vocês que conseguem desenvolver um game,mas esse pequeno gafanhoto quer fazer um projeto também. Pois bem... Quero fazer um visual novel mas sem intuito de vender ou algo super profissional. Sabem onde posso obter backgrounds e modelos de personagens ?

Cara, da pra voce procurar no opengameart.org, ou ainda no próprio itch.io, que se não me engano tem uma seção de assets também. Vc vai ter que fuçar pra achar o que vc precisa, e as vezes não vai ser exatamente o que vc quer, mas dependendo da licença da pra alterar os assets e tal.
 

JFR City

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Intencionalmente citei sua postagem de um tópico e trouxe pra cá.


Realmente, Android esta super saturado e pra ganhar visibilidade e ter lucro com jogos por lá, tem gastar muito com marketing e não vale a pena...Quem já é da area, consegue se manter com games para Smartphone, desde que sejam grátis com anúncios, ou grátis com compras dentro do jogo...e tem que lançar uma tonelada de versões, e fazer marketing

Isso ainda nem a pior parte.
A questão é: Quem paga por alguma coisa na Play Store hoje em dia? Quase Ninguém.

Só quem desenvolve jogo pra mobile hoje são os sobrinhos.
Sim, os sobrinhos.
Aquele pessoal que no passado formatava o PC, instalava Windows XP Piratex corrompido e não botava nem driver e ainda cobrava $15.

Pra essa gente $50 é lucro, pra se empanturrar de coca-cola e x-egg-salada.
Maioria desses manos são VASPs.
Pai e mãe que já passaram dos 60 anos e nenhum deles sabem o dia de amanhã.

Pior de tudo é que gente assim nessa área tem de monte.

E quase sempre é uma cópia da cópia da cópia da cópia de algum jogo mobile popular.
Ninguém tenta fazer um FPS, ou um RPG, nem mesmo um Quiz de história ou geografia.

Isso aí já mostra a m**** que a área se tornou.

Uma coisa que acharia útil na google play, e visto que só paga uma vez a taxa de $25 podendo publicar quantos games quiser, é em colocar versões simples de seus games e adicionar seus próprios anúncios dentro dos games, divulgando assim, os games que você tem na Steam.

Android Gaming está morto e enterrado.
Nem a Apple Store (que é mais cara) é tão fodida quanto a Google.
Lá tem até Undertale e Subnautica e qualquer jogo lá dá muito mais dinheiro que no Android.
Preciso dizer algo mais?

Entretanto, para os Gamedevs Indies, as melhores plataformas hoje, são de longe Steam e Nintendo Switch.

A Steam mesmo, te dá muito visibilidade e marketing gratuito no boost de seu jogo no lançamento, fora as ferramentas que ajudam a divulgar seu game, suas próprias promoções de descontos, ou as sazonais da Steam...Fora as Rodadas de visibilidade.

Devs que conseguem se manter só com a renda de Jogos na Steam, normalmente tem de 3 a 6 jogos, ou mais...

Steam SEMPRE vai ser a melhor opção.
Independente do gênero e do tipo de jogo.

Switch também vale a tentativa porque é mais aberto aos indies.


Aproveitando...Vejam essas 2 Lives do canal Highlevel de Devs indies brasucas com games na Steam, e que estão vivendo somente da renda de seus jogos.






Falow!!!


Vou assistir, mas aposto que ou eles moram nos EUA/Canadá/Japão/Coreia do Sul/Austrália ou eles já estavam com a vida feita ao entrar na área.
Pois viver de jogos aqui no Brasil é praticamente impossível.
No máximo você vai ganhar um salário ok trabalhando numa empresa de jogos.
Mas duvido que eles sequer consigam pagar as contas regularmente e bem provavel que sejam bancados pelos pais ainda.
 
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Essa comunidade começou com a febre do CS. Com o mapa CS_Rio do mataleone muita gente entrou querendo fazer mapas. Com o tempo todo mundo foi parando de jogar até que um dia perderam o fórum inteiro. Migraram pra outro sistema de fórum, mas nunca mais teve tanta gente. Algumas pessoas dessa comunidade saíram do país ou foram fazer faculdade de design de jogos. A esmagadora maioria sumiu e foi fazer outra coisa. Hoje o fórum esta vazio pq um admin sem querer foi deletar milhares de spams, inverteu a seleção e deletou tudo. Como não fazem backup a não ser quando migram de host ou plataforma, perdeu tudo de novo.

Eu já participei de comunidade de Quake, UT, Team Fortress. 99% das pessoas são jogadores e 1% tem interesse em fazer mapas ou mods. Desses 1%, menos da metade vai seguir isso como carreira. Um tópico de mapa não gera discussão nenhuma, tem até gente que dá risada e chama de perda de tempo. Agora um tópico de campeonato ou de xiter, aí sim, ganha milhões de visualizações e milhares de respostas.

Os fóruns de gamedev que existiam no BR faliram. Os que sobraram estão com spambots. Oq mais se via nesses fóruns era gente tirando sarro das dúvidas ou a própria pergunta não tinha como responder pq não dava pra entender. Milhares de projetos de recrutamento pra um jogo q nunca seria terminado, sequer chegaria a 10% jogável. Muita gente baixando unreal engine ou unity 3D e achando q as ferramentas fazem o jogo sozinho. Muitas dúvidas não eram respondidas pq é um assunto muito específico e q ninguém sabe, ou aquela velha preguiça de aprender sozinho. Fórum em inglês não muda muito, apesar de ter 100x mais movimento.

Essa área de jogos é muito dependente da pessoa ser independente. Não existe faculdade pra vc aprender a ficar rico. Como fabricar carros. Como fabricar computadores. Faculdade de engenharia não vai ensinar isso. A de design de jogos tb não vai ensinar a trabalhar com jogos. A grade curricular das faculdades de jogos parecem ser uma mistura de administração, programação, artes, publicidade e afins. É impossível uma graduação só cobrir tudo, mesmo q vc se forme em administração, uma graduação só não vai ensinar tudo sobre aquela área.

Uma pequena observação: toda comunidade de jogos competitivos tem muita briga de clan. Comunidade de desenvolvedor de jogo tambem tem brigas. Eu vejo isso por conta de como certos jogos uma pessoa sai e leva o jogo junto. Às vezes um briga dessas faz uma comunidade se dividir em duas. Quase a mesma coisa que acontece com clans, briga por liderança, briga por nome, briga por participação, conteúdo roubado ou plagiado. Já acontece com jogos indies e grátis, nas grandes empresas tambem. Tem umas notícias por aí de horas extras não pagas, créditos não dados, roubo de propriedade intelectual, assédio moral, assédio sexual. Acontece desde os pequenos grupos até os multimulionários e isso nenhuma faculdade vai ensinar oq fazer.
 
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Essa comunidade começou com a febre do CS. Com o mapa CS_Rio do mataleone muita gente entrou querendo fazer mapas. Com o tempo todo mundo foi parando de jogar até que um dia perderam o fórum inteiro. Migraram pra outro sistema de fórum, mas nunca mais teve tanta gente. Algumas pessoas dessa comunidade saíram do país ou foram fazer faculdade de design de jogos. A esmagadora maioria sumiu e foi fazer outra coisa. Hoje o fórum esta vazio pq um admin sem querer foi deletar milhares de spams, inverteu a seleção e deletou tudo. Como não fazem backup a não ser quando migram de host ou plataforma, perdeu tudo de novo.

Eu já participei de comunidade de Quake, UT, Team Fortress. 99% das pessoas são jogadores e 1% tem interesse em fazer mapas ou mods. Desses 1%, menos da metade vai seguir isso como carreira. Um tópico de mapa não gera discussão nenhuma, tem até gente que dá risada e chama de perda de tempo. Agora um tópico de campeonato ou de xiter, aí sim, ganha milhões de visualizações e milhares de respostas.

Os fóruns de gamedev que existiam no BR faliram. Os que sobraram estão com spambots. Oq mais se via nesses fóruns era gente tirando sarro das dúvidas ou a própria pergunta não tinha como responder pq não dava pra entender. Milhares de projetos de recrutamento pra um jogo q nunca seria terminado, sequer chegaria a 10% jogável. Muita gente baixando unreal engine ou unity 3D e achando q as ferramentas fazem o jogo sozinho. Muitas dúvidas não eram respondidas pq é um assunto muito específico e q ninguém sabe, ou aquela velha preguiça de aprender sozinho. Fórum em inglês não muda muito, apesar de ter 100x mais movimento.

Essa área de jogos é muito dependente da pessoa ser independente. Não existe faculdade pra vc aprender a ficar rico. Como fabricar carros. Como fabricar computadores. Faculdade de engenharia não vai ensinar isso. A de design de jogos tb não vai ensinar a trabalhar com jogos. A grade curricular das faculdades de jogos parecem ser uma mistura de administração, programação, artes, publicidade e afins. É impossível uma graduação só cobrir tudo, mesmo q vc se forme em administração, uma graduação só não vai ensinar tudo sobre aquela área.

Uma pequena observação: toda comunidade de jogos competitivos tem muita briga de clan. Comunidade de desenvolvedor de jogo tambem tem brigas. Eu vejo isso por conta de como certos jogos uma pessoa sai e leva o jogo junto. Às vezes um briga dessas faz uma comunidade se dividir em duas. Quase a mesma coisa que acontece com clans, briga por liderança, briga por nome, briga por participação, conteúdo roubado ou plagiado. Já acontece com jogos indies e grátis, nas grandes empresas tambem. Tem umas notícias por aí de horas extras não pagas, créditos não dados, roubo de propriedade intelectual, assédio moral, assédio sexual. Acontece desde os pequenos grupos até os multimulionários e isso nenhuma faculdade vai ensinar oq fazer.

A área de jogos em geral fracassou aqui no Brasil.

Só você ver, tem cara que faz faculdade/curso técnico de jogos digitais e a maioria é obrigado a fazer outra faculdade ou aceitar serviço braçal e fazer curso técnico em mecânica, elétrica ou coisa do tipo pelo simples fato de quase não existir empregos na área fora de São Paulo, Campinas e Belo Horizonte.
Desenvolvimento de Jogos não é igual a Medicina, Contabilidade ou Jornalismo que toda cidade vai precisar, até mesmo as Litorâneas ou Semilitorâneas.

E os que moram nas Grandes Capitais e Campinas em sua maioria, acabam indo para desenvolvimento Web ou iOS.
Pois sempre existe mais demanda e com algumas vezes, um diploma de ensino superior não é obrigatório para se conseguir trabalhar com isso.
É uma minoria de uma minoria que consegue atuar de fato na área.

Só pra você ter uma ideia, fui condenado pela minha família inteira por conta do curso técnico de desenvolvimento de jogos pois estava trocando o seguro (emprego fixo em uma drogaria numa cidade de interior que me pagava 1200/mês e se eu fizesse uma graduação em farmácia ou biologia seria promovido a farmacêutico em um ano ou dois) pelo perigoso (desenvolvimento de jogos).
Tanto que quando fui despedido (e fui despedido por não entrar na faculdade) o que não faltou foi gente me condenando e não me formei por não conseguir estágio.
Até mendiguei estágio numa cidade vizinha a vizinha a minha que só haviam DUAS empresas do ramo. Mas a resposta foi que não podiam contratar ninguém.
E é bem óbvio o motivo: Muito imposto a ser pago, concorrencia com empresas já consolidadas, impossível pagar salário/bolsa todo mês, etc...)

Os foruns de desenvolvimento de jogos foram substuidos por grupos de Facebook. Que são tão nojentos quanto esses tipos de forum, pois 90% das discussões são políticas, 8% são zoeira de filho de bacana e os outros 2% são sobre o mercado de trabalho e desenvolvimento de jogos em geral.

Desenvolvimento de Jogos em geral são áreas que a maioria das pessoas são de família de bacana. É o cara que se quebrar vai ter apoio do pai e da mãe pra se reerguer. Raramente você vai ver alguém de Classe Operaria ou Classe Média-Baixa e Classe Média mesmo.

Até Medicina (que deveria ser algo exclusivo de Classe A) e Direito tem mais gente de Classe C, D e E.
E até um Grupo de Ciências Contábeis no Discord é mais organizado e com menos gente tóxica do que qualquer coisa relacionada a Desenvolvimento de Jogos.

Agora em relação de que é necessário ser independente: Eu discordo.
Salvo Medicina, Em quase todas as áreas você tem que começar por baixo.
Você tem que trabalhar dentro de uma empresa entre 2 e 6 anos antes de sonhar em sequer desenvolver algo por conta própria ou abrir uma empresa no ramo.
E desenvolver um jogo por conta própria não é para a maioria das pessoas.
Para eu mesmo desenvolver um jogo, eu precisaria: Contratar pelo menos duas pessoas para me ajudar pagando um salário minimo, comprar um computador melhor (afinal de contas softwares para desenvolver jogos só ficam pesados ao longo do tempo, não?), comprar três licenças do Windows Original, comprar três Licenças Pro da Unreal (para poder comercializar meu jogo), comprar 3 licenças do Adobe Suite, 3 licenças do 3DS Max, 3 licenças do Microsoft Office, registrar um Simples Nacional, criar uma conta desenvolvedora na Steam, pagar uma taxa para liberar meu jogo lá e possivelmente ainda teria que arranjar algum tipo de escritório de Coworking para realizar reuniões e coisas do tipo, pagar o Transporte/Fretado de cada funcionário para essas reuniões e independente de qualquer coisa rezar para meu jogo cobrir todos os custos e dar algum retorno financeiro para a empresa.

Tem que se pesquisar muito antes de entrar na área, e estar disposto a gastar muito dinheiro pois quem usa software e curso pirata só ajuda a impedir a existência da área no Brasil.
E essa é uma tecla que irei bater até minha morte.
Não porque gosto de falar isso, mas sim porque é a realidade.
A área no Brasil está muito prostituida e ficando cada vez mais escassa.

E olhe que nem falei de sair do país, que na pratica é uma regra pra quem quer viver de jogos.
 
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Em tempo: Vou deixar alguns vídeos que complementam o discurso que fiz acima:



Se não me engano, a moça aí é de São Paulo, Capital.
Isso aí era em 2017 se não me engano.
Ou seja: Se naquela época o negócio era feio e a pessoa era obrigada a mudar de área, imagine hoje?



Perceba que as vagas quase sempre são presenciais, de estágio e em SP.



Observe que, nos comentários, tem gente DESESPERADA para sair do país devido a prostituição da área no Brasil.



Tirando a parte da "diversão", o cara foi bem sensato.

A Conclusão é clara e Objetiva: Quem quer viver de jogos, ou pega e muda pros EUA/Canadá/Japão/Coreia do Sul/Austrália ou tenta dar um jeito de se casar com uma veia milhonaria e quando ela falecer tu corre atrás disso.
Se teu objetivo for ganhar dinheiro todo mês na conta, aí é se mudar pra SP, Campinas e BH e ser o Ás nisso pra conseguir um emprego.

Agora se não pode se mudar ou se casar com uma veia rica, só sobrou procurar outra coisa para estudar.

Se desenvolvimento de jogos fosse essa Revolução toda a nivel de Brasil, "minha ex-medica" estaria fazendo palestras falando sobre a importância dos jogos na vida das pessoas em vez de falar que é pior do que Maconha e outros tipos de drogas e teriamos tudo quanto é tipo de gente querendo atuar nessa área e meu ex-chefe nunca falaria que eu era um vagabundo que achava que seria sustentado por outros vagabundos.
Em resumo: Isso não passa de um delirio, um LSD acadêmico, um filler para nosso sistema academico falido e fudido.
Só você ver como a maior parte da população (desde o velhote da igreja até o "fiote" do RH de uma empresa qualquer e o policial militar médio) acha que videogame é coisa de vagabundo.

Mas suponho que, como as postagens anteriores onde falo de situação financeira e estilo de vida, serei ignorado.
 
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Kuro

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A área de jogos em geral fracassou aqui no Brasil.

Cara, pera aí, a area de jogos não fracassou no Brasil, pelo contrário, está em pleno crescimento. É só dar uma olhada na quantia de estudios que tinha 10 anos atrás e na quantia que tem agora. Não só isso, mas da pra pegar também o tamanho dos estúdios 10 anos atrás e agora e da pra ver claramente que houve um grande crescimento, e um crescimento rapido. Empresas de 50 funcionarios chegando a 200, times de 2 virando times de 10, e assim por diante. O que a area está, na verdade, é atrasada, como quase tudo nesse país, quando comparado com muitos outros afora. Atrasada por causa de diversos motivos, sejam estruturais, governamentais ou sociais. Entretanto isso está mudando pra melhor, pode anotar e me cobrar daqui uns 10 anos.

Só você ver, tem cara que faz faculdade/curso técnico de jogos digitais e a maioria é obrigado a fazer outra faculdade ou aceitar serviço braçal e fazer curso técnico em mecânica, elétrica ou coisa do tipo

Isso é porque ta faltando profissional capacitado. Porque os cursos tecnicos ou faculdades de jogos são um embuste dos grandes e não te preparam pro nível que o mercado de trabalho exige aqui. Como aqui a oferta ainda é relativamente pequena as empresas precisam da nata da indústria local pra formar equipes. O resultado disso são que alguns times são altamente capacitados. Além disso, normalmente se procuram perfis específicos pras vagas. Como falei pra você, tem um monte de vaga aberta aí esperando ser preenchida, e ficando aberta por meses a fio. Também tem um monte de gente dando apply nessas vagas e não conseguindo, pq o nível exigido é relativamente alto. O ponto bom disso daí é que o Brasil esta ganhando e ganhou uma boa fama no exterior, e muitas publishers passaram a olhar o país como uma oportunidade de investimento baixo (por causa do dolar x custo de vida local) com alto retorno (pq os jogos saem de qualidade). Fora do país é com certeza outra realidade, tem muito mais oferta de fato, e consequentemente tem muito mais profissional b*sta trabalhando na industria,pq lá ser gamedev é quase a "mesma coisa" que ser um advogado ou engenheiro, no sentido de oferta de trabalho, tanto em quantidade como qualidade. Além disso, acho essa afirmação um pouco injusta, porque convenhamos, é bem raro ter cursos aqui no país onde o cara sai do curso já empregado. Muita gente que conheço de cursos completamente não relacionados acabou não trampando na área do seu curso por não conseguir.

Para eu mesmo desenvolver um jogo, eu precisaria: Contratar pelo menos duas pessoas para me ajudar pagando um salário minimo, comprar um computador melhor (afinal de contas softwares para desenvolver jogos só ficam pesados ao longo do tempo, não?), comprar três licenças do Windows Original, comprar três Licenças Pro da Unreal (para poder comercializar meu jogo), comprar 3 licenças do Adobe Suite, 3 licenças do 3DS Max, 3 licenças do Microsoft Office, registrar um Simples Nacional, criar uma conta desenvolvedora na Steam, pagar uma taxa para liberar meu jogo lá e possivelmente ainda teria que arranjar algum tipo de escritório de Coworking para realizar reuniões e coisas do tipo, pagar o Transporte/Fretado de cada funcionário para essas reuniões e independente de qualquer coisa rezar para meu jogo cobrir todos os custos e dar algum retorno financeiro para a empresa.

Aí vc ta exagerando legal. Você não precisa começar desenvolvendo o próximo AAA com gráficos de ponta em Unreal. Da pra começar em alguma outra engine, como Unity ou GameMaker, que são bem mais leves e não exigem um pc parrudo, dependendo do que vc vai desenvolver nele. Além disso, a Unity por exemplo é grátis e o Visual Studio Community (pra programar) também é. Vc só paga se passar de um lucro X que é bem grande pros padrões BR (acho que 100k USD no ano). Vc pode contratar as pessoas como freela, dependendo do que vc precisa que façam, se for modelagem ou arte da pra fazer tranquilo, e aí vc n se preocupa com licença de nada, é de responsabilidade do contratado. Da pra contratar como PJ tb, o que diminui os encargos trabalhistas, e é uma pratica bem comum aqui no país em empresas menores. Não vo nem falar desse negócio de office né, passei por diferentes empresas já, grandes e pequenas, e nenhuma usa o office. Google Suite ta aí pra peitar o office e faz um ÓTIMO trabalho. Além disso, coworking e fretado pra que? Faz reunião online mesmo, em um discord/slack/hangouts da vida. Ta todo mundo trampando remoto e ta rolando tudo muito bem. A nossa industria permite isso, então temos que aproveitar. Aí caso tenha custos que vc n consiga evitar e não tenha como tirar do proprio bolso, o negócio aí é fazer um GDD, um pitch e um protótipo do seu jogo e ir apresentar pras mais diversas publishers aí pra pedir funding. Como falei acima, o pessoal de fora ta com bons olhos pra industria brasileira.


Só pra você ter uma ideia, fui condenado pela minha família inteira por conta do curso técnico de desenvolvimento de jogos

Por fim, sei que já falamos sobre isso em outra situação, mas acho que você assimilou um pouco do preconceito que sua familia/comunidade tem acerca da industria de jogos. Sei que vc passou por maus bocados por conta disso, mas assim como a visão deles estava equivocada sobre o assunto, a sua também está em alguns pontos, e acho que suas experiências passadas podem estar atrapalhando seu julgamento sobre o assunto.
 

JFR City

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Aí vc ta exagerando legal. Você não precisa começar desenvolvendo o próximo AAA com gráficos de ponta em Unreal. Da pra começar em alguma outra engine, como Unity ou GameMaker, que são bem mais leves e não exigem um pc parrudo, dependendo do que vc vai desenvolver nele. Além disso, a Unity por exemplo é grátis e o Visual Studio Community (pra programar) também é. Vc só paga se passar de um lucro X que é bem grande pros padrões BR (acho que 100k USD no ano). Vc pode contratar as pessoas como freela, dependendo do que vc precisa que façam, se for modelagem ou arte da pra fazer tranquilo, e aí vc n se preocupa com licença de nada, é de responsabilidade do contratado. Da pra contratar como PJ tb, o que diminui os encargos trabalhistas, e é uma pratica bem comum aqui no país em empresas menores. Não vo nem falar desse negócio de office né, passei por diferentes empresas já, grandes e pequenas, e nenhuma usa o office. Google Suite ta aí pra peitar o office e faz um ÓTIMO trabalho. Além disso, coworking e fretado pra que? Faz reunião online mesmo, em um discord/slack/hangouts da vida. Ta todo mundo trampando remoto e ta rolando tudo muito bem. A nossa industria permite isso, então temos que aproveitar. Aí caso tenha custos que vc n consiga evitar e não tenha como tirar do proprio bolso, o negócio aí é fazer um GDD, um pitch e um protótipo do seu jogo e ir apresentar pras mais diversas publishers aí pra pedir funding. Como falei acima, o pessoal de fora ta com bons olhos pra industria brasileira.

Eu até concordo com a parte do Office porque surgiram alternativas gratuitas e baratas ao longo dos anos.
Em relação a Engine: Unreal é mais aberta/democrática e se não me engano tem mais beneficios aos Indies. Não tem nada a ver com AAA ou coisa do tipo.

E mais uma vez relembro: NINGUÉM COMEÇA NO CONFORTO DE CASA (pelo menos é o que ouço de vários relatos de pessoas da área de jogos e TI)
Antes de se trabalhar remotamente, precisa-se trabalhar presencialmente!
Você mesmo é a prova viva disso.


Só você ver como falei antes: Onde moro não existem oportunidades de emprego nem em jogos nem em TI.
O foco da região é justamente a parte burocrática (RH, Jornalismo, Contabilidade).
Eu não tenho condições nem de sequer comprar uma licença do Maya.

Se eu quiser trabalhar (trabalhar mesmo) nessa área, preciso pegar um fretado ou me mudar.
E não tenho condições de fazer isso agora.

Agora em relação a conversar com Publishers para financiamento: Não sabia que isso sequer existia.
Preciso dar um jeito de saber mais sobre isso.
 
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Da minha experiência com mapas e comunidades de mods. A maioria começou em casa. A maioria dos mods de quake, unreal e afins se tem 3 ou 4 pessoas, as pessoas nem moram no mesmo país geralmente. Mas fazer mapa de quake, skins ou texturas é algo que dá pra fazer com fotos do google e programas tudo gratuitos. Mas um mapa de quake é todo estático, iluminação estática. Modelar cadeiras de 100 triângulos é muito mais fácil do que fazer os cabelos de um super herói no cinema. Eu vejo por aí algumas iniciativas de capturas de movimento com câmeras go pro de baixo custo, arquivos de animação de corpo humano grátis pra usar, etc. Mas pessoas sem experiência nunca fariam um jogo complexo sem ter formação, dinheiro, investidores, publicidade, etc.

A parte de ser independente eu quis dizer q pra trabalhar fazendo 3D de propagandas, como propagandas da Coca Cola ou aqueles bonecos de propagandas de doces, coelhos, chocolates, super heróis, etc. Aprender a modelagem, animação, vc não vai depender de faculdade. Mas se vc não tem computador, não pode pagar curso nenhum, como vai fazer? Vai ter q achar curso grátis, ONGs, pedir emprestado, participar de um concurso de talentos, sei lá.

Gente com habilidade pra modelar um super herói como o Lanterna verde e fazer todo o 3D dos poderes do anel é muito difícil achar. Mais difícil ainda achar alguém que faça isso e ainda domine publicidade, conheça as expectativas do público, seja um Stan Lee que crie personagens com todo um histórico e caracterização.

Uma referência nem um pouco ortodoxa é o Magic. https://mtg.fandom.com/wiki/The_Great_Designer_Search Eles queriam alguém q dominasse o jogo por completo. História, arte, as regras, as competições. Uma concorrência de uns 2 mil pra um. Criar uma carta avulsa é fácil, milhares de pessoas no mundo fazem. Mas pra ser aprovado e trabalhar lá tinha que passar por provas escritas, escrever histórias, criar cartas num tempo limitado, um monte de exigências pra saber se vc era apenas um fan do jogo ou um especialista. No fim quem eles aprovam geralmente ou é um lojista que há muitos anos já trabalha no mercado de jogos de cartas ou é algum jogador de nível mundial, campeão, que tem alto nível e sabe como funciona o jogo, as competições, viaja e as pessoas do meio.

Não faço ideia de quanto dinheiro envolve o Magic. Mas jogos de papel tambem movimentam milhões no mundo todo.

Curiosamente algumas pessoas que entraram pra criar cartas de magic lá na Wizards depois saíram pra trabalhar com outra coisa. Por ex: foram trabalhar com jogos mobile como Candy Crush. Pensando por esse lado, às vezes vc é bom de escrever histórias e acaba passando pelo ramo das novelas, seriados ou quem sabe jogos tambem.
 
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Kuro

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Eu até concordo com a parte do Office porque surgiram alternativas gratuitas e baratas ao longo dos anos.
Em relação a Engine: Unreal é mais aberta/democrática e se não me engano tem mais beneficios aos Indies. Não tem nada a ver com AAA ou coisa do tipo.

Sobre ser a mais aberta/democrática é discutível, mas independente do motivo, a Unreal funciona na base de royalties, eles cobram 5% do seu lucro em cima do jogo depois de lançado. Se vc não lançar não paga nada. E tem um detalhe, eles só começam a cobrar esse valor se a sua arrecadação anual passa de 1 milhão de dolares, se não me engano.

Edit: O valor é esse mesmo. Pode dar uma olhada no FAQ: https://www.unrealengine.com/en-US/faq

E mais uma vez relembro: NINGUÉM COMEÇA NO CONFORTO DE CASA (pelo menos é o que ouço de vários relatos de pessoas da área de jogos e TI)
Antes de se trabalhar remotamente, precisa-se trabalhar presencialmente!
Você mesmo é a prova viva disso.

Pq q ninguém começa? Isso pode ser verdade se você quer vagas em empresas maiores que trabalham majoritariamente de forma presencial. Aí de fato tem que ver se a empresa da suporte pra trabalho remoto de alguma forma e tem que criar um bom vinculo de confiança com a equipe. Entretanto, isso não precisa ser verdade de forma alguma caso vc vá montar sua propria equipe pra desenvolver um jogo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Além disso, caso o seu objetivo seja ser contratado p/ uma equipe que já esteja estruturada, existe uma boa quantia de estudios no Brasil que atuam remotamente sem problemas.

Pessoalmente, posso dizer que o estudio do qual faço parte atualmente trabalha 100% remoto, e temos 3 ou 4 pessoas que entraram pro projeto ao longo do seu desenvolvimento na posição de junior, que não haviam trabalhado em projetos comerciais antes (inclusive com dois deles recem saídos da faculade). Posso dar outros exemplos de estudios que sei (porque me ofereceram vaga ou algo do genero) que aceitam trabalho tranquilamente. Então veja, essa hsitória que falaram pra você não confere. Pode ser realidade na parte de TI, mas na area de jogos posso afirmar com certeza que é diferente.

Se eu quiser trabalhar (trabalhar mesmo) nessa área, preciso pegar um fretado ou me mudar.

Cara, infelizmente pode ser que no seu caso isso seja verdade mesmo. Tanto pela situação com sua familia/comunidade, como pela area que vc quer atuar (modelagem 3D). Como disse anteriormente, toda minha experiência pessoal é da area de programação/tech art, a realidade pra area que você quer ir pode ser diferente. Até porque boa parte dos estudios do BR desenvolvem pra mobile, e até onde observo a demanda pra 3D em mobile é consideravelmente menor do que pra PC.
 

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Eu acho incrível que em Desenvolvimento de Jogos é como a realidade é diferente de pessoa para pessoa, apesar de que a maioria das pessoas são de Classe B, e não há quase ninguém de Classe C e D.

Eu estudei na área justamente para ganhar dinheiro, pois sou pobre mesmo e não tenho condições de abrir mão de ganhar salário mínimo. Enquanto isso eu vejo que a maioria das pessoas que trabalham com desenvolvimento de jogos ganham menos de um salário mínimo (menos quando essas são empregadas dentro de uma empresa, o que ainda não é a maioria)

Eu só estou aceitando mexer com 3D porque pra ser programador precisa ser bom em matemática, e nessa matéria sou péssimo. Só consigo fazer conta de tabuada.
Chegou em hipotenusa, álgebra e etc, é só erro atrás de erro.

O triste de tirar essas duvidas em comunidades, seja forum, seja Facebook ou o Diabo a Quatro, é como o @Thermal Detonator disse: lá as pessoas só tiram sarro das perguntas ou dão respostas politizadas pra perguntas de erros de sistema e hardware.

Fiquei uns meses no Grupo da Unity Brasil e quando falei que eu estava deseperado pois eu não sabia como conseguir emprego onde eu morava um veio e me falou "Agradeça o Capitalismo Opressor por você não poder trabalhar com isso onde você mora" ou "È só mudar pra São Paulo, simples assim".
Ou seja: Respostas muito vagas, Comunidades que de um lado são compostas por filhos de bacana ou pelo menos nunca foi numa cidade de interior/litoranea um dia na vida, devem achar que o Resto do Brasil é extensão de São Paulo e de outro um bando de idiota que tomou o Chá da Alice misturado com LSD. Isso aí so ajuda a manchar a imagem da área internamente (já que no exterior está ok, ou pelo menos é o que esperamos)

Só teve um que veio e me falou: "E você só pensou nisso agora? Tem que pesquisar o mercado da sua região antes de entrar em qualquer área!"

Enfim, isso infelizmente só mostra o quão problemático é para um iniciante atuar nessa área.

O jeito é eu me graduar em outra área e mais tarde quando tiver condições de me mudar tentar de novo. Se ainda houvesse vagas remotas para iniciantes em 3D (sei que pra isso ter portfolio é fundamental) que pagassem pelo menos um salário minimo eu estaria tentando. Mas novamente, como falei antes: Não posso abrir mão de salário mínimo.
 
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Continuando... (tive que parar pra poder ir no mercado)

Eu acho incrível que em Desenvolvimento de Jogos é como a realidade é diferente de pessoa para pessoa...

Em praticamente todos os grupos de Facebook que frequentei, são cheios de putaria e confusão, conforme relatos que vi abaixo:

De um lado vemos gente que fala que tem que focar 100% em Mobile, porque é o futuro
De OUTRO lado vemos gente que fala que tem que focar em PC e iOS, porque dá muito mais dinheiro (essa parte é um fato, por mais que insistam em dizer o contrário)...


De um lado vemos gente falando que é melhor ser programador, porque dá mais dinheiro e precisa-se de mais programadores.
De OUTRO lado vemos gente falando que é melhor ser modelador, porque há mais vagas de emprego e estágio.

De um lado vemos passadores de pano pra pirataria, jogando uma caralhada de desculpas para ignorar a mesma, inclusive para usar versões piratas de softwares pagos e a não comprar o Windows Original!
De OUTRO lado vemos pessoas que falam que pirataria no Brasil deveria dar multa + perda de direitos civis, pois é o que impede a área de existir no Brasil, tanto que eles demonizam o Android porque lá tudo quanto é jogo e app é pirateado a rodo (isso é mais do que um fato, só não acredita nisso quem é muito burro ou muito retardado)


De um lado vemos pessoas falando que não se deve sair do Brasil, pois é pior e blablabla...
De OUTRO lado vemos pessoas falando que mudar pros EUA, Canadá, Japão e Austrália é uma regra pra se viver de jogos, por conta do rendimento e da lei da oferta e demanda.

De um lado vemos um bando de fudidos falando que não compensa ser desenvolvedor de jogos, pois TI dá muito mais dinheiro. Inclusive na página do Raphael Dias vi semanas antes de ser demitido da drogaria que eu trabalhava (abril/2018) um cara falando que ele desistiu de mexer com jogos e foi fazer uma faculdade de economia porque no Brasil não dá pra viver disso, e que os colegas de trabalho dele mudaram para os EUA e o Japão.
De OUTRO lado vemos um bando de cheirador falando que é preciso abrir empresa pra trabalhar com isso, que é preciso apostar, que é preciso ter coragem...

(mas abrir um negócio nesse ramo requer MUITO dinheiro)

Ou seja: Se isso fez um rombo na minha cabeça (que moro no interior, não me dou bem com a família, ganhei titulo de vagabundo na empresa onde trabalhava, que dependo de ganhar salário mínimo todo mês, to atrasadaço na vida, etc...), imagine com uma pessoa com situação IGUAL OU PIOR do que a minha?

Não dá pra não ficar perdido e desesperado com tanta Fake News e tanta boataria e diz que diz.
E olha que isso não tem absolutamente nada a ver com política nem religião e to tentando pegar leve no fator Cultura.
 

bquarkz

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Bom, vou dar minha opinião.


01. Diplomas
Em relação a Diplomas e Certificações eu tenho uma certa neutralidade.
Acredito que essa isenção de necessidade de diploma na Industria de Jogos é uma coisa momentanea e não é para a maioria dos casos.
Se você quiser trabalhar numa empresa média (não existem grandes no Brasil) como uma Diorama da vida (especialmente se você precisa de dinheiro caindo todo mês na conta), um Diploma (mesmo que seja de uma área muito tradicional) vai pesar muito (mas não necessariamente vai ser obrigatório) na hora de contratar mesmo que você já tenha experiencia.
Mas claro, experiencia sempre conta.
Porém na minha visão e na visão da maioria dos empregadores do Brasil existe um meio termo.
Você vai em uma cidade média se candidatar a vaga de operador de caixa de supermercado e geralmente quem leva a vaga é uma pessoa formada em Humanas ou em Engenharia da Produção.
Se você quer trabalhar numa EMBRAER da Vida ou uma Volkswagen, você só vai ter chances com uma pós-graduação.

Eu sempre digo que ter um diploma universitário é como usar um colete a prova de balas quando um monte de gente está tentando te matar.
Ele não vai salvar sua vida, mas vai reduzir as chances de você ser morto por um tiro no peito, costas ou barriga.

E eu mesmo posso dizer que se eu pudesse, teria um diploma de Jornalista, Economista, Contador ou qualquer outra coisa no meio burocrático.
E teria um colete também.

Outro fator para se ter um diploma de ensino superior é aumentar suas chances de mudar de país.
Eu serei bem sincero, mas a Industria de Jogos no Brasil não vai vingar.
Quem está pensando em estudar nessa área justamente para se mudar para os EUA, Canadá, Japão e Austrália e tem como fazer um pé de meia para isso, está muito mais do que certo.

Vai ter uma empresa ou outra que vai se manter (e ainda com muita dificuldade e com muitas limitações), mas a maioria vai fechar ou vai se focar em dev web, dev industrial, software para médicos ou até mesmo em maquetes virtuais e coisa do tipo pelo rumo que o país está tomando, a economia quebrada, e outros fatores...

E lembrem-se: Brasil não é EUA, Canadá ou coisa do tipo.
A industria aqui é extremamente limitada, o mercado é muito isolado, oportunidades limitadissimas, etc...

02. Portfolio (desenvolver jogos, criar objetos 3D, arte 2D, sons, etc...)

Outro fator que precisaremos observar e muito é que é preciso montar seu portfolio com seus projetos.

Se você é programador, crie um jogo bem simples para PC e bote no itch.io.
Se você é artista, crie algo e poste em Artstation, Deviantart e outras plataformas similares.
Se você é músico, bote suas músicas no Soundcloud.

Após isso, junte-se com mais uma ou duas pessoas e crie um jogo mais completo.
Não precisa ser algo de 7 horas pra terminar ou coisa do tipo, mas crie algo pra ser vendido na Steam, para que, como o Kuro disse, "passar por todo o processo de desenvolvimento de um ou mais jogos, iterar e identificar falhas no seu próprio processo de desenvolvimento, gerenciar projeto, entrar em contato com ferramentas e métodos de desenvolvimento que você não entraria normalmente. É uma experiência completamente diferente do que fazer um jogo em uma Game Jam ou implementar um protótipo de alguma mecânica bacana."

Se tiver condições, desenvolva pra iOS/iPadOS e macOS também.
Esqueça Android pois a pirataria lá está estourando e matando a plataforma para jogos.
Se a Situação fosse boa mesmo a Rockstar e a CAPCOM não teriam abandonado o Android.
Além do mais, iOS/iPadOS são muito mais usados para fins de trabalho (médico, comercio, industria, representações, etc...) do que um Celular/Tablet Android.

03. Considerações Finais

Outra coisa que é sempre bom fixar na cabeça de todos: A pirataria impede a área de jogos de Existir no Brasil.
Enquanto não houver leis que dificultem e muito o consumo de conteudo pirata, a área irá continuar nanica a ponto de morrer.

Eu não diria que é o principal motivo da área não vingar, mas eu diria sim que é o segundo fator.
O primeiro é a cultura, pois vivemos em um país com uma mentalidade medievalesca.

Perceba que fora das grandes capitais, alega-se que quem faz isso não tem futuro.
E isso é uma meia verdade considerando que a maior parte da população tem um preconceito incondicional não só com jogos eletronicos, mas com a ciência em geral e áreas tradicionais são muito mais dignas e possuem um retorno financeiro maior a médio e longo prazo.

Outra coisa que atrapalha o desenvolvimento da área no Brasil é a quantia de golpistas que existem nesse ramo.
Perceba que muitos canais que falam sobre isso (como o do Tito Petri, o Raphael Dias e outros) praticamente fazem uma propaganda enganosa sobre o mercado no Brasil e sugerindo soluções que praticamente não existem.
Vamos lembrar também que a maioria dos cursos de jogos no Brasil (em especial os da Danki Code) são extremamente sem base e extremamente fantasiosos, não possuem fundamento nenhum e nenhum tipo de valor. São feitos de uma forma muito porca e sem contexto.

Se você tiver condições de sair do país para trabalhar com isso (especialmente se for os EUA), saia sem pensar duas vezes.
Mas lembre-se de aprender a cultura do país e da região que você vai residir, faça especializações, etc...

Outra coisa: NUNCA TRABALHE DE GRAÇA!
A área de jogos no Brasil está sobrecarregada de defensores do almoço grátis que está ajudando o ramo a ficar muito prostituido.
NUNCA, JAMAIS abra mão de ganhar 1000/mês ou mais a não ser que você tenha menos de um ano de experiencia.

Enfim, volto mais tarde para falar especificamente sobre tudo isso que botei nessa parte 3.

Algumas considerações (pelo menos na parte de programação):

1. Diplomas são excelentes, mas quando se trata de tecnologia em geral, a regra ainda é valida: 10 anos de experiencia substituem um diploma. Se vc está na industria a pelo menos esse tempo nao se preocupe, vc tem seu lugar ao sol garantido (eu nem preciso falar isso). Caso esteja começando agora, ou deseja ingressar invista em um diploma. Esqueça faculdades ou cursos de desenvolvimento de jogos, lamento mas é uma armadinha, invista em ciencias/engenharia da computação, ou matemática, ou física que lhe darão o pensamento abstrato/matemático necessário para desenvolver software, jogos inclusive. Claro, faculdades de matemática e física lhe darão um escopo muito simplificado sobre programação, vc terá que correr muito atrás para tirar o prejuízo (mas foi o que eu fiz, sou físico por exemplo).

2. Certificações em todos os casos valem um pouco mais ou somam tanto quanto um diploma (sem brincadeira) por serem muito especificos às tecnologias associadas. Se tiverem oportunidade, façam. Mas, deem preferencia para um diploma caso precisem optar.

3. Portifolio é algo muito associado a parte artistica da coisa. Programação não tem mistério, é uma área técnica com escopo bem definido em 99% dos casos, aprenda as tecnicas, aprenda o ambiente, aprenda as tecnologias, aprenda, aprenda, aprenda ... e aprenda sempre. E se vc nao gosta de aprender então esqueça, vc será um péssimo programador. Procure outra coisa para fazer. Como demonstrar o que vc sabe fazer? 1. Certificações; 2. 90% das vagas associadas a programação envolvem algum tipo de teste, faça-o bem feito; 3. Para jogos, ter um portifolio de jogos é muito interessante;

4. Tenha em mente que coisas como soft skill contam e muito. Se não sabe o que é soft skill então leia novamente o item 3 e aprenda.

5. Quanto a morar e trabalhar fora do pais leve em consideração: 1. lingua, se nao sabe se comunicar esqueça, aprenda a lingua primeiro - muitas oportunidades surgem nos intercambios, lembre-se disso. 2. a regra é válida: seu padrão de vida vai cair um ou dois estágios, sempre. Leva um tempo até normalizar (uma média de cinco anos). Isso é importante pelo seguinte fato, se vc está todo fudido no Brasil e acha que sair do país vai resolver seus problemas magicamente, não vai, vai ser mais difícil e vc vai perder dinheiro e se foder DEMAIS. Caso esteja indo bem no Brasil e tenha oportunidade para sair, saia. Caso seja um garoto novo disposto a encarar todas as oportunidades que a vida venha a lhe oferecer, então não pense duas vezes saia e veja o que acontece (quem não arrisca não petisca).

6. Em ultimo caso, trabalhe de graça sim. Não há como aprender nada se vc não estiver trabalhando, ou pelo menos lidando com problemas reais na vida real. Game Jam são boas, e ajudam a suprir muita demanda de treino, e ninguém cobra para fazer parte delas. Então, trabalhe de graça sim, não se iluda achando que uma mão de obra gratuita de quem está aprendendo pode substituir a mão de obra de alguém experiente, pq nao pode. Vai chegar um momento que vc será bom, aí o discurso muda. Prefira empregos onde vc tenha algum tipo de mentor, é a melhor maneira de aprender e crescer, se achar algo assim, trabalhe de graça sim, vc irá me agradecer depois de um tempo. É muito mais produtivo desprender um ano gratuito da sua vida com alguem que sabe o que está fazendo do que sei lá uns dez com um bando de cabeça de bagre. Se vc precisa pagar contas, converse - item 4 soft skills.

7. Fuja de quem quer te explorar. Entenda isso como quiser baseado em 6. Não dá para ensinar a viver, não tem tutorial para vida. Só lembre-se que uma hora o cabaço vai embora.

8. Nada, mas nada mesmo, substitui a dedicação. Não há mágica na vida. E algumas vezes as oportunidades não virão até vc, vc que terá que correr atrás delas. Não vai funcionar na primeira, nem na segunda, e talvez nem na terceira. Mas, uma hora funciona. Então, dedique-se sim, não é para morrer é só se dedicar. Divida melhor o seu tempo entre: lazer, trabalho e estudos. Tenha um foco, estude muito, e esteja preparado sempre. Pq no final das contas é isso que um programador faz todo santo dia. Foco e estudo. E mais uma vez, se isso te incomoda escolha outra profissão - programação não é pra vc.

E para fechar, quando fiz física havia uma guria que era ruim em tudo. Era ruim em matemática, era ruim em física, era ruim em tudo quanto era laboratório, ela simplesmente não passava do segundo ano. Mas, ela tinha um sonho, ela queria ser uma grande cientista como o Albert Einstein ou o Gauss (eu dou risada aqui comigo lembrando, mas é sério). A infeliz vivia na terra do nunca e não sei qual o futuro que ela teve, mas se não mudou de curso provavelmente deve estar cursando o segundo ano até hoje. Caras, não sejam como ela. Há muita inteligencia em saber quando cair fora, por quaisquer motivo que seja. Se a parada tá muito dura e vc tá vendo que o barco vai virar, PULA FORA! Procure outra coisa que lhe agrade, de um tempo, comece denovo depois. É melhor pular fora do barco, passar a vergonha que tiver que passar, mas poder tentar outra vez depois, do que morrer atracado ao mastro no navio afundando esperando um milagre acontecer somente pelo fato de vc estar ali se esforçando bagaraio. Lamento, mas a vida é assim.
 
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Algumas considerações (pelo menos na parte de programação):

1. Diplomas são excelentes, mas quando se trata de tecnologia em geral, a regra ainda é valida: 10 anos de experiencia substituem um diploma. Se vc está na industria a pelo menos esse tempo nao se preocupe, vc tem seu lugar ao sol garantido (eu nem preciso falar isso). Caso esteja começando agora, ou deseja ingressar invista em um diploma. Esqueça faculdades ou cursos de desenvolvimento de jogos, lamento mas é uma armadinha, invista em ciencias/engenharia da computação, ou matemática, ou física que lhe darão o pensamento abstrato/matemático necessário para desenvolver software, jogos inclusive. Claro, faculdades de matemática e física lhe darão um escopo muito simplificado sobre programação, vc terá que correr muito atrás para tirar o prejuízo (mas foi o que eu fiz, sou físico por exemplo).

Foi bom você ter tocado nesse assunto.
Uma coisa que vejo bastante é que desenvolvedores (tanto de sistemas quanto de jogos) de maior sucesso (mas não necessariamente famosos ou um Bill Gates da Vida) são aqueles que vieram de outras áreas relacionadas ou corelacionadas a parte de exatas, como Matemática, Física, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e até mesmo Engenharia Elétrica, até mesmo formandos de Ciências Contabeis e Ciências Economicas (que hoje são profissões de interior), até mesmo pessoas formadas em estatísticas trabalham na parte de desenvolvimento de software e jogos.
Inclusive quando eu frequentava a ACDA (Associação de Computeiros Dementes Anonimos) no Facebook o CEO mesmo falava que muitas empresas em São Paulo e Belo Horizonte preferiam contratar formandos de Física e Ciências Contabeis do que formandos em CC e EC pelo simples fato de que o pessoal tinha muito mais força de vontade de aprender e correr atrás por conta própria enquanto o pessoal de CC e EC era muito acomodado e durante a faculdade recebeu tudo MASTIGADINHO.

Até a Core Design (desenvolvedora dos primeiros 6 Tomb Raider) tinham pessoas formadas em Ciências Contábeis atuando no desenvolvimento dos seus jogos.

Dificilmente você vai achar alguém de áreas como Humanas, RH e Jornalismo conseguindo se manter como desenvolvedor de Software e Jogos.

6. Em ultimo caso, trabalhe de graça sim. Não há como aprender nada se vc não estiver trabalhando, ou pelo menos lidando com problemas reais na vida real. Game Jam são boas, e ajudam a suprir muita demanda de treino, e ninguém cobra para fazer parte delas. Então, trabalhe de graça sim, não se iluda achando que uma mão de obra gratuita de quem está aprendendo pode substituir a mão de obra de alguém experiente, pq nao pode. Vai chegar um momento que vc será bom, aí o discurso muda. Prefira empregos onde vc tenha algum tipo de mentor, é a melhor maneira de aprender e crescer, se achar algo assim, trabalhe de graça sim, vc irá me agradecer depois de um tempo. É muito mais produtivo desprender um ano gratuito da sua vida com alguem que sabe o que está fazendo do que sei lá uns dez com um bando de cabeça de bagre. Se vc precisa pagar contas, converse - item 4 soft skills.

Agora essa é a parte em que começo a discordar.
Uma coisa é você passar um ano trabalhando de graça e fazendo freela porque não tem experiência.
Do segundo ano pra frente TODAS as pessoas, sem exceção, deveriam aceitar R$1100/mês, independente de qualquer coisa.

Eu vejo é bastante gente que tá lá a 3 anos desenvolvendo jogos aceitando ganhar $250/mês por poder fazer isso no conforto de casa (seja porque é preguiçoso vagabundo que quer encostar nos pais o resto da vida ou porque mora longe de São Paulo, Campinas ou Belo Horizonte).
E fica fácil pois a maioria é filhinho de papai que não precisa se preocupar em pagar convenio médico. mas pra um filho de peão isso abrir mão de ganhar salário mínimo para ficar no conforto de casa é o fim do mundo pra família dele (Só você pegar meu exemplo, que eu teria que me mudar para SP para trabalhar com isso, pois onde moro não existem oportunidades, tanto que tive que MENDIGAR ESTÁGIO nas cidades vizinhas durante minha época de Curso Técnico em Jgoos onde só haviam duas empresas mas sem capacidade para obter estagiários).
Duvida? Só ir lá no facebook e a galera da área vai falar que se te pagarem $600/mês para mexer com jogos, já é muito e até mesmo que é preferivel ganhar menos do que ter que trabalhar em escritório.

Honestamente, pra ficar ganhando menos de um salário minimo por mais de um ano é preferivel ser sorveteiro ou pipoqueiro que é uma coisa bem mais digna a nivel de Brasil.

E falando em estágio, tudo bem por mim fazer um estágio não remunerado, desde que a pessoa tenha direito a receber transporte/fretado.

E para fechar, quando fiz física havia uma guria que era ruim em tudo. Era ruim em matemática, era ruim em física, era ruim em tudo quanto era laboratório, ela simplesmente não passava do segundo ano. Mas, ela tinha um sonho, ela queria ser uma grande cientista como o Albert Einstein ou o Gauss (eu dou risada aqui comigo lembrando, mas é sério). A infeliz vivia na terra do nunca e não sei qual o futuro que ela teve, mas se não mudou de curso provavelmente deve estar cursando o segundo ano até hoje. Caras, não sejam como ela. Há muita inteligencia em saber quando cair fora, por quaisquer motivo que seja. Se a parada tá muito dura e vc tá vendo que o barco vai virar, PULA FORA! Procure outra coisa que lhe agrade, de um tempo, comece denovo depois. É melhor pular fora do barco, passar a vergonha que tiver que passar, mas poder tentar outra vez depois, do que morrer atracado ao mastro no navio afundando esperando um milagre acontecer somente pelo fato de vc estar ali se esforçando bagaraio. Lamento, mas a vida é assim.

O Brasileiro Médio é programado para viver numa fantasia constante.
Só você ver exemplos lá no tópico de desabafos no Vale Tudo.

Só você ver direto a porrada de nego da área de jogos que acha que o Governo tem a obrigação de manter o trabalho deles com edital de Estatais.

Eu mesmo só pra você ter uma ideia, só dei RAGEQUIT da área (vide o tópico da RAGE que criei) devido ao pé na bunda que levei do meu antigo emprego (que nada tinha a ver com exatas, era com biologicas) e a falta de oportunidades fora das capitais.
Vontade de aprender sempre tenho, mas tem que ver se esse aprender não pode acabar compromtendo TODOS os outros fatores (inclusive o de segurança e a parte profissional) de vida.

Mas de resto concordo em gênero, numero e grau.

Por isso sempre falo que antes de entrar em qualquer área (seja relacionada a TI/Jogos ou não) tem que pesquisar o que sua região tem capacidade de absorver ou se pelo menos você está disposto a se mudar para onde estão os empregos, porque querer ir atrás de algo sem nenhum tipo de ciência é LOTERIA.
E na Loteria as chances de perder SEMPRE serão muito maiores que a de ganhar.
 
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Foi bom você ter tocado nesse assunto.
Uma coisa que vejo bastante é que desenvolvedores (tanto de sistemas quanto de jogos) de maior sucesso (mas não necessariamente famosos ou um Bill Gates da Vida) são aqueles que vieram de outras áreas relacionadas ou corelacionadas a parte de exatas, como Matemática, Física, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e até mesmo Engenharia Elétrica, até mesmo formandos de Ciências Contabeis e Ciências Economicas (que hoje são profissões de interior), até mesmo pessoas formadas em estatísticas trabalham na parte de desenvolvimento de software e jogos.
Inclusive quando eu frequentava a ACDA (Associação de Computeiros Dementes Anonimos) no Facebook o CEO mesmo falava que muitas empresas em São Paulo e Belo Horizonte preferiam contratar formandos de Física e Ciências Contabeis do que formandos em CC e EC pelo simples fato de que o pessoal tinha muito mais força de vontade de aprender e correr atrás por conta própria enquanto o pessoal de CC e EC era muito acomodado e durante a faculdade recebeu tudo MASTIGADINHO.

Até a Core Design (desenvolvedora dos primeiros 6 Tomb Raider) tinham pessoas formadas em Ciências Contábeis atuando no desenvolvimento dos seus jogos.

Dificilmente você vai achar alguém de áreas como Humanas, RH e Jornalismo conseguindo se manter como desenvolvedor de Software e Jogos.



Agora essa é a parte em que começo a discordar.
Uma coisa é você passar um ano trabalhando de graça e fazendo freela porque não tem experiência.
Do segundo ano pra frente TODAS as pessoas, sem exceção, deveriam aceitar R$1100/mês, independente de qualquer coisa.

Eu vejo é bastante gente que tá lá a 3 anos desenvolvendo jogos aceitando ganhar $250/mês por poder fazer isso no conforto de casa (seja porque é preguiçoso vagabundo que quer encostar nos pais o resto da vida ou porque mora longe de São Paulo, Campinas ou Belo Horizonte).
E fica fácil pois a maioria é filhinho de papai que não precisa se preocupar em pagar convenio médico. mas pra um filho de peão isso abrir mão de ganhar salário mínimo para ficar no conforto de casa é o fim do mundo pra família dele (Só você pegar meu exemplo, que eu teria que me mudar para SP para trabalhar com isso, pois onde moro não existem oportunidades, tanto que tive que MENDIGAR ESTÁGIO nas cidades vizinhas durante minha época de Curso Técnico em Jgoos onde só haviam duas empresas mas sem capacidade para obter estagiários).
Duvida? Só ir lá no facebook e a galera da área vai falar que se te pagarem $600/mês para mexer com jogos, já é muito e até mesmo que é preferivel ganhar menos do que ter que trabalhar em escritório.

Honestamente, pra ficar ganhando menos de um salário minimo por mais de um ano é preferivel ser sorveteiro ou pipoqueiro que é uma coisa bem mais digna a nivel de Brasil.

E falando em estágio, tudo bem por mim fazer um estágio não remunerado, desde que a pessoa tenha direito a receber transporte/fretado.



O Brasileiro Médio é programado para viver numa fantasia constante.
Só você ver exemplos lá no tópico de desabafos no Vale Tudo.

Só você ver direto a porrada de nego da área de jogos que acha que o Governo tem a obrigação de manter o trabalho deles com edital de Estatais.

Eu mesmo só pra você ter uma ideia, só dei RAGEQUIT da área (vide o tópico da RAGE que criei) devido ao pé na bunda que levei do meu antigo emprego (que nada tinha a ver com exatas, era com biologicas) e a falta de oportunidades fora das capitais.
Vontade de aprender sempre tenho, mas tem que ver se esse aprender não pode acabar compromtendo TODOS os outros fatores (inclusive o de segurança e a parte profissional) de vida.

Mas de resto concordo em gênero, numero e grau.

Por isso sempre falo que antes de entrar em qualquer área (seja relacionada a TI/Jogos ou não) tem que pesquisar o que sua região tem capacidade de absorver ou se pelo menos você está disposto a se mudar para onde estão os empregos, porque querer ir atrás de algo sem nenhum tipo de ciência é LOTERIA.

Sim, isso se dá pelo fato de programação ser algo extremamente recente, pelo menos na parte de trabalho. Digo, trabalhar como programador se tornou algo viável de uns 10, no máximo 15 anos para cá, e com a evolução da tecnologia a demanda por bons profissionais vem aumentando. Quem trabalha com isso a um pouco mais de tempo (meu caso inclusive) tinha que se virar. Não existia tantos cursos voltados à computação como hoje dia, era raro inclusive encontrar profissionais que atuassem na área. O próprio curso de engenharia da computação do ITA foi pioneiro e fundado em 1989 se não me engano, só para vc ter uma ideia de tempo. Então, não é atoa que vc acaba por encontrar no meio dos dinossauros diferentes tipos de programador, digo, que migravam de diferentes áreas. Isso vem ficando cada vez mais difícil de acontecer. A profissão começa a tomar um rumo como carreira e a se auto moldar. Por isso um diploma é importante para quem começa agora.

Cara, quanto a salário, um bom profissional com experiência recebe bem mais que 1100 por mês. Se vc consegue mensurar o quanto vc vale, combre o quanto achar justo. Tem gente que vale 1100 e tem gente que nao vale nem isso. Leva-se em torno de cinco anos para maturar um profissional de programação, em média. Ou seja, para o mercado passar a te enxergar como um engenheiro médio vc precisa trabalhar por pelo menos cinco anos. E olha que já conheci engenheiros com cinco anos de exp que ainda pecavam no básico, ou seja, nao basta só bater o ponto também. Depois desse tempo, vc terá portas abertas para mais oportunidades em todos os sentidos, inclusive por até mesmo se conhecer e saber para onde quer ir - prestar consultoria e afins, ou seja lá o que quiser fazer. Até lá, salário vem em segundo plano. Trabalhar de graça é um exagero, como falei: fuja de quem te explora... enfim - contratos de trabalho e carteira assinada ajudam nisso. Está vivendo de freela, ainda conta como experiencia. Mas, (a parte importante fica aqui) se vc tiver oportunidade de trabalhar com alguém que te ensine a trabalhar, faça-o nem que for de graça - claro por um tempo determinado. Bom, digo pela minha experiencia - hj em dia a informação é muito mais difundida e talz, talvez eu esteja falando besteira. No entanto, garanto para vc que não é o caso dos colegas aí do facebook. Isso dá um boost na sua carreira, agora se vc prefere trabalhar como sorveteiro e talz, ai são suas escolhas. Nada contra.

Cara, já morei na roça (até os 12 - conhece Tupã interior de São Paulo?), já trabalhei de servente de pedreiro (15 anos), já trabalhei de peão em fábrica, enfim. Meti pouco, bebi pouco, festejei pouco, sempre estudei igual a um Jumento (se é que jumento estuda). Já morei em Sampa, Rio e atualmente moro fora do pais a alguns bons anos. Sou fisico, mas quase sempre trabalhei como engenheiro de software e nao tenho diploma. Já gerenciei equipes, já fui consultor, já me quebrei com alguns negocios, já fui team leader, já me lasquei todo com ingles, e hoje estou bem e feliz como desenvolvedor senior. Me sinto velho, mas continuo aprendendo todo dia. O que quero dizer com isso é que dá para chegar lá sim, é só ter um pouco de paciencia e parsimonia. Claro, isso não é para todo mundo, mas se é algo que vc gosta de fazer, faça e continue fazendo mesmo que só para vc. Acredite, o mundo dá muitas voltas. E vc nunca sabe o que está depois da curva. O que parece que não dá pé hj amanhã pode dar. Só não se mata! Outra coisa, eu sei o quanto de ajuda tive para chegar onde cheguei, desde apoio dos pais, esposa, amigos, igreja e assim vai. Eu conheço a minha história e vc deve conhecer a sua. Tenha os pés no chão. Mas, não deixe de sonhar, pode parecer ingenuo, mas nos momentos mais dificeis isso faz um diferenca enorme. E por outro lado, não se cobre tanto, a vida já é dificil por si só. Isso pode até parecer conversa de louco, mas do fundo do meu coração estou querendo ajudar, não é zueria :kjoinha
 

Kuro

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@JC Denton @bquarkz Concordo com quase tudo isso que o bquarkz falou aí. Acrescento que na area de programação pra jogos as coisas são um pouco diferentes, mas no geral é isso mesmo. Isso que você falou de querer aprender constantemente (e de não ter medo de se enfiar e resolver problemas) é um ponto muito forte que caracteriza um bom game dev. Sobre o negócio de salário, quando eu comecei recebia em torno de 3000 por mês (bruto). Isso numa empresa que apesar de boa (e com salários considerados Ok pra região) tinha salários defasados em relação à outras empresas de jogos (especialmente as de SP e RJ). Não duvido que tenha gente que diga isso de que "se ganhar 500 reais trabalhando com jogo ta valendo a pena", acho que existe mesmo, e isso se deve ao fato de que existe um abismo enorme de capacidade e perfil entre os que são contratados pra area e os que não são. Como falei anteriormente, os que ficam abaixo do "ponto de corte" realmente não tem oportunidade de entrar em uma empresa meia-boca e viver tranquilamente.

Aí mudando rapidamente de assunto... @JC Denton mano, n sei nada de matemática HAUHAUAHUAHAUHAUH. Vc falou de hipotenusa e o escambau, nem sei mais q q é isso direito. O que eu lembro de matemática é um pouco de uma matemática vetorial simples que vi na facul, e olhe lá. Matemática ajuda em alguns casos, com certeza, mas não é o essencial. O que você precisa pra programar (seja jogos ou qualquer outra coisa) é um pensamento lógico voltado para a solução de problemas. É como se fosse um jogo de puzzle, ta ligado aquele jogo antigo chamado "The Incredible Machine"? Onde você recebia uma quantia x de peças e tinha que atingir um objetivo y? Programar é mais ou menos isso daí. E isso é uma habilidade que você desenvolve ao longo do tempo, não precisa vir pronto não. Tendo isso em mente, mesmo que você esbarre em um problema que exija matemática, caso você não saiba resolve-lo, você vai conseguir no minimo identificar o que você precisa aprender pra solucionar o problema, entende? Do meu ponto de vista o que precisa pra ser um bom programador é o seguinte:

  • vontade de aprender
  • aceitar de que vai estar aprendendo o tempo todo
  • compreender que vc pode aprender com qualquer um
  • não ter medo de errar nem de ceder quando tiver errado
  • saber buscar ajuda quando tiver travado
  • nunca se dar completamente por satisfeito com as soluções que vc desenvolveu e sempre tentar buscar uma alterativa melhor (essa aqui tem uma pegadinha)
  • Inglês (essa é a exigência mais concreta entre as que citei. Se vc n tem conhecimento NENHUM em inglês fica bem dificil entrar na areal).


Por fim, vou propor o seguinte pra vc @JC Denton (e estendo essa proposta pra outros aqui que tiverem interesse). Convido quem tiver interesse em entrar pra area ou curiosidade sobre a mesma pra gente bater um papo. Me disponho a trocarmos uma ideia sobre a area e a industria brasileira, assim como a sanar duvidas e talvez falar um pouco da experiencia que tive como profissional da area até o momento. Da pra gente marcar uma call no hangouts ou no discord ou coisa assim, e partimos daí. Quem tiver interesse pode responder por aqui ou me mandar um MP, tanto faz, e aí vamos organizando um horario ou algo do genero. Que tal?
 

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@JC Denton @bquarkz Concordo com quase tudo isso que o bquarkz falou aí. Acrescento que na area de programação pra jogos as coisas são um pouco diferentes, mas no geral é isso mesmo. Isso que você falou de querer aprender constantemente (e de não ter medo de se enfiar e resolver problemas) é um ponto muito forte que caracteriza um bom game dev. Sobre o negócio de salário, quando eu comecei recebia em torno de 3000 por mês (bruto). Isso numa empresa que apesar de boa (e com salários considerados Ok pra região) tinha salários defasados em relação à outras empresas de jogos (especialmente as de SP e RJ). Não duvido que tenha gente que diga isso de que "se ganhar 500 reais trabalhando com jogo ta valendo a pena", acho que existe mesmo, e isso se deve ao fato de que existe um abismo enorme de capacidade e perfil entre os que são contratados pra area e os que não são. Como falei anteriormente, os que ficam abaixo do "ponto de corte" realmente não tem oportunidade de entrar em uma empresa meia-boca e viver tranquilamente.

Aí mudando rapidamente de assunto... @JC Denton mano, n sei nada de matemática HAUHAUAHUAHAUHAUH. Vc falou de hipotenusa e o escambau, nem sei mais q q é isso direito. O que eu lembro de matemática é um pouco de uma matemática vetorial simples que vi na facul, e olhe lá. Matemática ajuda em alguns casos, com certeza, mas não é o essencial. O que você precisa pra programar (seja jogos ou qualquer outra coisa) é um pensamento lógico voltado para a solução de problemas. É como se fosse um jogo de puzzle, ta ligado aquele jogo antigo chamado "The Incredible Machine"? Onde você recebia uma quantia x de peças e tinha que atingir um objetivo y? Programar é mais ou menos isso daí. E isso é uma habilidade que você desenvolve ao longo do tempo, não precisa vir pronto não. Tendo isso em mente, mesmo que você esbarre em um problema que exija matemática, caso você não saiba resolve-lo, você vai conseguir no minimo identificar o que você precisa aprender pra solucionar o problema, entende? Do meu ponto de vista o que precisa pra ser um bom programador é o seguinte:

  • vontade de aprender
  • aceitar de que vai estar aprendendo o tempo todo
  • compreender que vc pode aprender com qualquer um
  • não ter medo de errar nem de ceder quando tiver errado
  • saber buscar ajuda quando tiver travado
  • nunca se dar completamente por satisfeito com as soluções que vc desenvolveu e sempre tentar buscar uma alterativa melhor (essa aqui tem uma pegadinha)
  • Inglês (essa é a exigência mais concreta entre as que citei. Se vc n tem conhecimento NENHUM em inglês fica bem dificil entrar na areal).

Por fim, vou propor o seguinte pra vc @JC Denton (e estendo essa proposta pra outros aqui que tiverem interesse). Convido quem tiver interesse em entrar pra area ou curiosidade sobre a mesma pra gente bater um papo. Me disponho a trocarmos uma ideia sobre a area e a industria brasileira, assim como a sanar duvidas e talvez falar um pouco da experiencia que tive como profissional da area até o momento. Da pra gente marcar uma call no hangouts ou no discord ou coisa assim, e partimos daí. Quem tiver interesse pode responder por aqui ou me mandar um MP, tanto faz, e aí vamos organizando um horario ou algo do genero. Que tal?

Vou ler e reler isso de novo (pois preciso decorar bem e entender bem o que você falou e preciso dormir agora) mas de principio, estou dentro.
 
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