-Elfo-
Ei mãe, 500 pontos!
- Mensagens
- 4.353
- Reações
- 9.460
- Pontos
- 979
Oposição bate meta de assinaturas por referendo contra Maduro
Apesar de 'sabotagens' criticadas por Capriles, validação de firmas adianta processo
POR O GLOBO
22/06/2016 20:38/atualizado22/06/2016 20:41
Soldado da Guarda Nacional guarda sede do COnselho Nacional Eleitoral- CARLOS GARCIA RAWLINS / REUTERS
CARACAS - No terceiro dia de filas quilométricas, os venezuelanos bateram a meta de validação de assinaturas para avançar no processo de um referendo revocatório que pode levar à deposição do presidente Nicolás Maduro. A validação vai até sexta-feira, e a oposição — temendo manobras que invalidem assinaturas — pediu que a população continue a participar do processo.
Com cerca de 194 mil firmas necessárias, o líder da bancada majoritária opositora no Legislativo, o deputado Julio Borges, relatou mais de 236 mil assinaturas garantidas.
— A meta foi superada. A partir de agora, faremos uma operação de remate para concluir o processo de validação — disse o prefeito de Sucre, Carlos Ocariz, que relatou 236.386 assinaturas.
De manhã, o líder opositor Henrique Capriles denunciou lentidão na validação das assinaturas para ativar o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. Segundo ele, os venezuelanos estão demorando até cinco horas para finalizar o processo.
De acordo com o jornal “El Nacional”, em seis estados foram denunciados mecanismos de “sabotagem” — Sucre, Anzoategui, Nueva Esparta, Carabobo, Miranda e Caracas. Capriles, que é governador do Estado de Miranda, contestou o fato de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter disponibilizado apenas 300 máquinas em todo o país.
Na terça-feira, segundo dia de coleta de assinaturas, foram coletadas 84.524, somando ao todo 156 mil assinaturas — 80% do necessário.
O processo acontece em todo o território venezuelano até a próxima sexta-feira, dia 24 de junho. Mas a expectativa da oposição era alcançar a quantidade de validações exigidas pelo CNE no segundo dia — correspondendo a 194.729 assinaturas, ou seja, 1% das firmas aprovadas pelo órgão eleitoral.
Maduro fala para apoiadores em evento em sede de petroleira, em Caracas- CARLOS GARCIA RAWLINS / REUTERS
SESSÃO IMINENTE NA OEA
Na véspera de uma sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a crise na Venezuela, a oposição do país pressiona nesta quarta-feira pela aplicação de sanções diplomáticas ao governo de Nicolás Maduro. De Caracas, uma comissão de deputados viajou a Washington para pedir que o organismo aplique a Carta Democratica Interamericana sobre a Venezuela. No mesmo dia, o líder opositor Henrique Capriles recebeu o diplomata americano Thomas Shannon para denunciar a ausência de diálogo político em Caracas.
Liderada pelo presidente da Assembleia Nacional opositora, Henry Ramos Allup, a delegação de seis parlamentares viajou para apelar em favor das sanções previstas em caso de ruptura constitucional pela Carta Democratica Interamericana. Se ao menos 18 nações votarem a favor da aplicação do documento, a OEA poderia tomar medidas diplomáticas para estabilizar a situação na Venezuela — o que poderia incluir a suspensão do país do organismo.
“Foi quebrada a ordem constitucional por parte do governo de Nicolás Maduro e não existem avanços de diálogo, o que pede com urgência que a OEA atue frente à crise institucional e humanitária”, disse o parlamentar Luis Florido, que faz parte da comissão, em nota.
Na sessão de quinta-feira, o chefe da OEA, Luis Almagro, apresentará um informe sobre a crise política e de direitos humanos na Venezuela a embaixadores dos 34 países-membros da organização.
Diplomata americano Thomas Shannon e presidente Nicolás Maduro apertam mãos em Caracas- CARLOS GARCIA RAWLINS / REUTERS
DIÁLOGO COM OS EUA
Em viagem a Caracas, o diplomata americano Thomas Shannon se reuniu com o presidente Nicolás Maduro. Eles se encontraram no Palácio de Miraflores uma semana após o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter afirmado que queria manter conversações com o governo venezuelano para aliviar as tensões entre os dois países.
Shannon também se reúne nesta quarta-feira com o vice-presidente da Assembleia Nacional, o deputado opositor Enrique Márquez. O congressista se mostrou otimista com a visita do diplomata, citando o episódio como uma oportunidade para que a Venezuela e os EUA regularizem suas relações.
— Nunca é tarde demais. Eu espero que o presidente Obama retifique a posição que tem defendido nos últimos oito anos contra a revolução.
Na terça-feira, Maduro deu as boas-vindas a Shannon e interpretou o encontro do dia seguinte como um passo para relações de respeito entre os dois países. A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, também participou da reunião.
— Me parece muito bem que se deem passos certeiros para relações de respeito com os Estados Unidos. Eles lá, e nós cá — afirmou o presidente.
http://oglobo.globo.com/mundo/oposi...eferendo-contra-maduro-19563515#ixzz4CMK6CYdL
Apesar de 'sabotagens' criticadas por Capriles, validação de firmas adianta processo
POR O GLOBO
22/06/2016 20:38/atualizado22/06/2016 20:41
Soldado da Guarda Nacional guarda sede do COnselho Nacional Eleitoral- CARLOS GARCIA RAWLINS / REUTERS
CARACAS - No terceiro dia de filas quilométricas, os venezuelanos bateram a meta de validação de assinaturas para avançar no processo de um referendo revocatório que pode levar à deposição do presidente Nicolás Maduro. A validação vai até sexta-feira, e a oposição — temendo manobras que invalidem assinaturas — pediu que a população continue a participar do processo.
Com cerca de 194 mil firmas necessárias, o líder da bancada majoritária opositora no Legislativo, o deputado Julio Borges, relatou mais de 236 mil assinaturas garantidas.
— A meta foi superada. A partir de agora, faremos uma operação de remate para concluir o processo de validação — disse o prefeito de Sucre, Carlos Ocariz, que relatou 236.386 assinaturas.
De manhã, o líder opositor Henrique Capriles denunciou lentidão na validação das assinaturas para ativar o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. Segundo ele, os venezuelanos estão demorando até cinco horas para finalizar o processo.
De acordo com o jornal “El Nacional”, em seis estados foram denunciados mecanismos de “sabotagem” — Sucre, Anzoategui, Nueva Esparta, Carabobo, Miranda e Caracas. Capriles, que é governador do Estado de Miranda, contestou o fato de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter disponibilizado apenas 300 máquinas em todo o país.
Na terça-feira, segundo dia de coleta de assinaturas, foram coletadas 84.524, somando ao todo 156 mil assinaturas — 80% do necessário.
O processo acontece em todo o território venezuelano até a próxima sexta-feira, dia 24 de junho. Mas a expectativa da oposição era alcançar a quantidade de validações exigidas pelo CNE no segundo dia — correspondendo a 194.729 assinaturas, ou seja, 1% das firmas aprovadas pelo órgão eleitoral.
Maduro fala para apoiadores em evento em sede de petroleira, em Caracas- CARLOS GARCIA RAWLINS / REUTERS
SESSÃO IMINENTE NA OEA
Na véspera de uma sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a crise na Venezuela, a oposição do país pressiona nesta quarta-feira pela aplicação de sanções diplomáticas ao governo de Nicolás Maduro. De Caracas, uma comissão de deputados viajou a Washington para pedir que o organismo aplique a Carta Democratica Interamericana sobre a Venezuela. No mesmo dia, o líder opositor Henrique Capriles recebeu o diplomata americano Thomas Shannon para denunciar a ausência de diálogo político em Caracas.
Liderada pelo presidente da Assembleia Nacional opositora, Henry Ramos Allup, a delegação de seis parlamentares viajou para apelar em favor das sanções previstas em caso de ruptura constitucional pela Carta Democratica Interamericana. Se ao menos 18 nações votarem a favor da aplicação do documento, a OEA poderia tomar medidas diplomáticas para estabilizar a situação na Venezuela — o que poderia incluir a suspensão do país do organismo.
“Foi quebrada a ordem constitucional por parte do governo de Nicolás Maduro e não existem avanços de diálogo, o que pede com urgência que a OEA atue frente à crise institucional e humanitária”, disse o parlamentar Luis Florido, que faz parte da comissão, em nota.
Na sessão de quinta-feira, o chefe da OEA, Luis Almagro, apresentará um informe sobre a crise política e de direitos humanos na Venezuela a embaixadores dos 34 países-membros da organização.
Diplomata americano Thomas Shannon e presidente Nicolás Maduro apertam mãos em Caracas- CARLOS GARCIA RAWLINS / REUTERS
DIÁLOGO COM OS EUA
Em viagem a Caracas, o diplomata americano Thomas Shannon se reuniu com o presidente Nicolás Maduro. Eles se encontraram no Palácio de Miraflores uma semana após o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter afirmado que queria manter conversações com o governo venezuelano para aliviar as tensões entre os dois países.
Shannon também se reúne nesta quarta-feira com o vice-presidente da Assembleia Nacional, o deputado opositor Enrique Márquez. O congressista se mostrou otimista com a visita do diplomata, citando o episódio como uma oportunidade para que a Venezuela e os EUA regularizem suas relações.
— Nunca é tarde demais. Eu espero que o presidente Obama retifique a posição que tem defendido nos últimos oito anos contra a revolução.
Na terça-feira, Maduro deu as boas-vindas a Shannon e interpretou o encontro do dia seguinte como um passo para relações de respeito entre os dois países. A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, também participou da reunião.
— Me parece muito bem que se deem passos certeiros para relações de respeito com os Estados Unidos. Eles lá, e nós cá — afirmou o presidente.
http://oglobo.globo.com/mundo/oposi...eferendo-contra-maduro-19563515#ixzz4CMK6CYdL