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[Mês do protesto loko news]Bolívia está a um passo do descontrole, diz ministro da Defesa

charles_logan22

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Sem forças armadas e auxiliares apoiando, era questão de tempo para que ele caísse

Enviado de meu MAR-LX1A usando o Tapatalk
 


Baralho

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No guns, no power... sem governo.

O chefe das forças armadas emitiu um comunicado "pedindo" ao Evo pra renunciar.
Ah, então tá explicado.

No 1x1 o pedido deve ter sido mais veemente :klolz

Quando o general-chefe das armas lá de La Paz, declarou que não iria reprimir os protestos.

Foi meio que a senha pra o cocaleiro pedir o boné. Como postou o Gandalf... foi tarde.
 

Baralho

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Moderação...

É mesmo preciso 2 threads sobre a Bolívia, sobre o mesmo assunto, por quê não mesclar os tópicos ?????

Não vão dar 5 páginas...
 

Dreamscape

Bam-bam-bam
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Não querendo tirar o mérito da direita nessa questão da Bolívia, mas esse caso do Evo Morales não é progresso algum nessa questão. Porque o Carlos Mesa também é outro socialista.

Então os bolivianos basicamente querem tirar um esquerdista socialista pra pôr outro. E seria esperar demais esperar que esses países acordassem das ilusões socialistas/sindicalistas/assistencialistas.
 

Dr. Freeman

Bam-bam-bam
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Temos que aprender a protestar como os bolivianos, hein?

A cultura lá é essa há bastante tempo. Quando o povo nega algo, não tem jeito. Lutam até conseguir.
 

Protogen

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:kpensa

Tem coisa errada ai.

Como todo comuna, Evo Morales não ia largar tudo assim tão fácil.
Perdeu o controle do exército já era, inclusive é só por isso que o Maduro está lá no trono até hoje, por estar alugando os serviços do exército por um bom preço.

Agora vai parasitar a Argentina como "honor guest" da Cristina, o que vai ser divertido de assistir quando a venezuelização começar ano que vem.
 

Fracer

Bam-bam-bam
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A ex-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia, Maria Eugenia Choque Quispe, foi presa na noite deste domingo (10) e exibida com algemas pela polícia numa entrevista coletiva.

"Queremos anunciar que, graças a um trabalho minucioso da polícia boliviana, se conseguiu a detenção da presidente do Tribunal Supremo Eleitoral, María Eugenia Choque", disse o comandante geral da polícia, Vladimir Yuri Calderón.

O vice-presidente do TSE boliviano, Antonio Costas, também foi preso e exibido ao seu lado.
bolivia3.jpg


https://g1.globo.com/mundo/noticia/...leitoral-da-bolivia-e-presa-diz-agencia.ghtml
 

Sgt. Kowalski

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Em cenário desolador, Bolívia amanhece com restos de barricadas e comércio fechado




As ruas de El Alto, parte da região metropolitana de La Paz que abriga quase 1 milhão de habitantes, pareciam um cenário de pós-batalha na manhã desta segunda-feira (11), um dia após Evo Morales renunciar à Presidência da Bolívia.
Havia dezenas de restos de fogueiras usadas para bloquear as vias que fazem a ligação da cidade com o aeroporto internacional e aquecer aqueles que fizeram vigílias.
Com o mesmo objetivo, também foram armadas barricadas com objetos variados, de materiais de construção a lixeiras públicas que seguiam no meio da rua. No chão, vidro para furar os pneus de quem tentasse furar o bloqueio.
“Que bom que está chovendo, isso fez com que as pessoas desistissem de passar a noite inteira na rua e se acalmassem um pouco”, comentou Carlos Oquendo, motorista que conduziu a reportagem da Folha.
Andando devagar para desviar dos cacos de vidro e pedras, o motorista comenta que “perder um pneu hoje, num dia em que não tem onde trocá-lo, seria perder o dinheiro da jornada”.
Comerciantes locais parecem ter pensado da mesma maneira, uma vez que quase ninguém abriu as portas de seus estabelecimentos.
Além de fechar as portas metálicas, alguns deles também amontoaram tijolos diante delas. “É para evitar saques. Estão entrando para roubar tudo. Não é política, é vandalismo”, disse Aldo Iñata, dono de uma loja de ferragens.
Na época da eleição, muitos dos muros da cidade estavam pichados com mensagens como “Evo ditador” e “Mesa covarde”, em referência ao opositor que disputou a última eleição e que renunciou à Presidência em 2005. Agora, há insultos mais pesados: “Evo assassino” e “Mesa lixo”.
Não foi só o comércio que parou. Não há aulas nem transporte público. Quando se olha para o alto, se vê todos os vagões das várias linhas de teleférico que conectam distintos pontos da cidade parados, vazios, balançando pelo vento e o mau tempo. Um cenário desolador.
Houve queima de carros e ônibus durante a noite. Numa garagem em Chasquipampa, por exemplo, 33 ônibus foram queimados e depredados.
Nas ruas, havia táxis e carros abandonados após serem atacados por pedras, alguns parcialmente queimados.
Por volta das 9h (10h no horário de Brasília), moradores começaram a sair para acender novamente as fogueiras, apesar da dificuldade de mantê-las acesas por conta da chuva.
Ao redor delas, pessoas se reuniam e conversavam, trocando informações que receberam de parentes ou amigos em outras partes da cidade e do país.
A desinformação reina. Nas TVs, os noticiários quase não falam do terror que os habitantes da cidade contam.
O Pagina Siete, principal jornal da oposição, não circulou nesta segunda e deixou um aviso dizendo que daria dia livre para que seus jornalistas se protegessem em casa de possíveis ameaças.
Trata-se de uma publicação crítica ao governo e que teme ataques de apoiadores de Evo.
Nos aeroportos de Santa Cruz e de El Alto, muitos tiveram que esperar por horas o remanejamento de voos ou a liberação de vias para seguirem aos seus destinos.
A maioria das pessoas estava agarrada aos celulares, trocando informações, mostrando vídeos enviados por WhatsApp sobre os distúrbios em várias partes do país.
Turistas estrangeiros pareciam amedrontados nos cafés, olhando com impaciência os telões do aeroporto à espera de seus voos.
“Viemos fazer caminhadas pelos Andes, era a viagem que tínhamos planejado para este ano, mas temos de voltar”, disse à Folha um casal de holandeses com cara de decepção.
Além da forte neblina que cobre a cidade, La Paz amanheceu coberta também de incertezas, esperando que até o fim do dia, talvez, exista um líder legítimo escolhido pelo Congresso que dê uma saída democrática para a situação.
Qualquer coisa diferente disso pode reacender os protestos ao longo do dia.
 

Sgt. Kowalski

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Grupos de vigilância montam barricadas de madrugada para se proteger em La Paz



Já era a madrugada desta terça-feira (12), e o termômetro marcava 6ºC.
No bairro de Sopocachi, conhecido pela vida boêmia e pelos bares disputados por turistas e bolivianos de classe média e alta, o cenário era muito diferente do habitual.
O comércio e os restaurantes permaneceram fechados, assim como os supermercados pela manhã. Nas esquinas, há barricadas armadas por moradores, montadas com cordas, arame, tecidos e até mesmo sofás ou móveis velhos.
No centro de cada posto montado pelos grupos de vigilância, uma fogueira para aplacar o frio. Um dos moradores, que não quis se identificar, diz que estava nas ruas para barrar ataques de evistas da cidade de El Alto.
Por isso, é possível encontrar pessoas carregando pedaços de madeira e usando capacetes.
O assunto predominante é o comunicado das Forças Armadas, divulgado na noite desta segunda-feira (11), de que os militares fariam a vigilância da cidade junto à polícia. O tema divide opiniões.
Para um advogado, cujos dois filhos, de seis e oito anos, estão "trancados em casa há dias", a decisão é correta até que se decidam quem manda no país. Ele diz que alguém precisa proteger a população para que as crianças possam ir à escola.
Com a renúncia de Evo Morales, seguida pela saída do vice-presidente e dos presidentes do Senado e da Câmara, que também decidiram deixar seus cargos, o país ficou acéfalo e caiu num limbo institucional.
Outras pessoas discordam sobre a decisão dos militares. Uma professora universitária opina que o agora ex-presidente abusou do poder, mas afirma que o país não pode ser comandado por soldados, o que, para ela, seria um retrocesso.
Outra mulher, mais jovem, arquiteta, chamou a atenção para o histórico boliviano, de enfrentamentos entre os indígenas de El Alto com a população de La Paz.
Para ela, é patético que o país não tenha aprendido com os eventos passados e discorda da ideia de que apenas Evo seja capaz de conter esse conflito. "Precisamos de modo urgente refletir sobre uma convivência pacífica”, afirmou.
Logo pela manhã, os grupos de vigilância seguiam nas esquinas do bairro de Sopocachi. Alguns foram para casa comer algo e voltavam com chá de coca e café para os que ficaram ali.
Também traziam celulares, levados para serem carregados nas casas. Sem informação e contato com moradores de outros bairros, é impossível monitorar uma possível nova investida dos habitantes de El Alto para La Paz.
A maioria usa aplicativos como o WhatsApp e compartilha vídeos. O dono de um restaurante disse que espera que as coisas se normalizem logo, “porque um dia fechado já é um rombo nas minhas contas”.
 

Sgt. Kowalski

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Em manobra, senadora se declara presidente da Bolívia sem votação no Congresso


Apesar de não ter reunido quórum nem na Câmara de Deputados nem no Senado, a senadora Jeanine Añez, 52, declarou-se presidente da Bolívia nesta terça (12), ocupando o vácuo de poder deixado pela renúncia de Evo Morales e de seu vice, Álvaro García Linera.
“Assumo a Presidência do Estado imediatamente”, disse ela na Assembleia Nacional, poucos minutos antes das 19h (20h em Brasília). “A Bolívia precisa ser livre, pacificada e democrática. Minha prioridade é convocar eleições o mais cedo possível.”
Ao final de seu pronunciamento, os senadores celebraram com gritos de “Bolívia, Bolívia” e entoaram o hino. Fogos de artifício foram ouvidos em La Paz e em outras grandes cidades do país.
Não houve votação, e muitos legisladores do MAS (Movimento para o Socialismo), partido de Evo, não estavam na sessão —parte deles não conseguiu chegar porque as estradas que ligam o aeroporto a La Paz estão bloqueadas.
Añez justificou que assumiria a Presidência de acordo com o que estabelece o regimento do Senado sobre sucessão na Casa. Segundo a interpretação que apresentou da regra, ante a renúncia do presidente e do primeiro vice-presidente do Senado, o regimento permite que ela, segunda vice-presidente, assuma o comando da Casa.
Adriana Salvatierra era presidente do Senado até o último domingo (10), quando acompanhou Evo e renunciou ao seu cargo, assim como o primeiro vice-presidente do Senado. Añez se tornaria então presidente da Casa.
Já a Constituição da Bolívia determina que, em caso de ausência do presidente, assume o vice-presidente. Na ausência dele, a Presidência é ocupada primeiro pelo líder do Senado e, na sequência, pelo da Câmara. A questão é que todos renunciaram junto com Evo.
Em uma interpretação controversa dos dois regimentos, ao se tornar presidente do Senado, Añez diz que também chegaria à Presidência, uma vez que os cargos de presidente e vice estão vagos.
Jeanine Añez foi escoltada por policiais e militares do parlamento até o Palácio Quemado, sede do governo. Estava cercada também por opositores de Evo, que reunidos em frente à Assembleia.
Ela subiu a escadaria com a Bíblia em mãos. “Agradeço aos que nos acompanham, o movimento cívico, os irmãos indígenas, a Igreja, amamos a Bolívia. Quero agradecer a essa juventude que saiu às ruas e que não conhecia outro objetivo. Eles saíram para mostrar que sim, se podia. Queria pedir um minuto de silêncio pelos que morreram nas últimas semanas.”
O minuto de silêncio foi respeitado, e houve aplausos e um grito de “viva a Bolívia”.
Usando a faixa presidencial, a primeira presidente mulher da Bolívia deu declarações para um grupo de apoiadores de cima de uma sacada do Palácio Quemado.
Ao lado dela, havia outros legisladores oposicionistas e o líder Luis Fernando Camacho, que ganhou projeção à frente das manifestações populares nas últimas semanas.
Camacho, 40, não concorreu nas eleições, mas apresentou-se como opositor e agitador das massas. Sem partido e com retórica agressiva, o empresário de Santa Cruz de la Sierra é direitista e ultracatólico. Os dois seguravam versões diferentes da Bíblia. E não havia militares perto deles.
Em seu discurso, Añez afirmou que, já no dia seguinte, seriam formadas as comissões para começar o processo de transição de poder.
Enquanto ela falava, na praça, integrantes das Forças Armadas soltaram gás lacrimogêneo para dispersar pequenos grupos de apoiadores de Evo que gritavam “golpe”.
Nas ruas próximas, descendo do centro, ouvia-se buzinaços e gritos de “viva Bolívia”.
Em Santa Cruz de la Sierra, os movimentos cívicos decidiram por o fim à greve geral que começou no último dia 23. Vários setores do país estavam parados.
Política sem muita expressão nacional, que acabou alçada aos holofotes internacionais com a renúncia de Evo, Jeanine Añez Chávez é advogada de formação e foi diretora de um canal de TV local em sua cidade, Trinidad, no departamento de Beni.
Entrou para a política em 2006 como membro da Assembleia Constituinte e participou da elaboração da Constituição promulgada em 2009. Já era oposição nessa época, defendendo bandeiras como a limitação aos poderes presidenciais e a maior autonomia dos governos regionais.
Em 2009, foi eleita senadora pela aliança de direita Plan Progreso para Bolívia-Convergência Nacional. Em 2015, foi reeleita pela também direitista Unidad Demócrata.
Sua bancada sempre foi minoritária, e foi graças a isso que ela se tornou a segunda vice-presidente do Senado. Pela lei boliviana, esse cargo deve ser ocupado por um integrante da minoria na Casa.
“Ela nunca foi uma líder de primeira linha, apesar de ter bastante experiência na política”, conta à Folha Christopher André, jornalista do El Deber, na Bolívia.
“É conhecida por ter desempenhado forte papel na Constituinte e na defesa da autonomia regional. Mas não teria sido candidata a esse cargo [de presidente] em outra situação.“
Jeanine é casada com Héctor Hincapié Carvajal, membro do Partido Conservador Colombiano, que se candidatou, sem sucesso, a senador.
O ex-presidente boliviano, que renunciou pressionado das Forças Armadas e de manifestações populares que acusaram seu governo de fraude nas eleições, chamou a manobra de Añez de golpe.
“Uma senadora de direita golpista se autoproclama presidente interina da Bolívia, sem quórum legislativo, rodeada de um grupo de cúmplices e cercada pelas forças armadas e pela polícia que reprimem o povo”, escreveu ele em uma rede social.
Evo ainda afirmou que a senadora violou três artigos da Constituição promulgada em seu primeiro mandato, em 2009. Um deles lista as funções dos membros do Congresso, incluindo a de “aceitar ou rejeitar a renúncia do presidente e do vice-presidente”, o que não aconteceu devido à falta de quórum na sessão.
O segundo estabelece a ordem de sucessão da Presidência boliviana. Já o terceiro afirma que as normas constitucionais são hierarquicamente superiores às demais, o que abre espaço para concluir-se que o regulamento do Senado, invocado por Jeanine Añez, seria inválido.
Além do Tribunal Constitucional boliviano, órgão equivalente ao Superior Tribunal Federal no Brasil, o Brasil também reconheceu a senadora como legítima presidente interina do país vizinho.
“Foi declarada vaga a presidência, e ela [Áñez] assumiu a presidência do Senado, que também estava vaga. E assume constitucionalmente a presidência. Então essa é a nossa percepção, de que a Constituição boliviana está sendo seguida. Interinamente, claro, acho que é importante o compromisso de convocar eleições. Então nossa primeira percepção é que está sendo cumprido o rito constitucional boliviano, e queremos que isso contribua para pacificação e a normalização no país”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante um evento em Brasília nesta terça.
“Nosso entendimento é que todos os ritos estão sendo cumpridos. Portanto ela assume legalmente”, reforçou o chanceler brasileiro.
O Departamento de Estado dos EUA ordenou que familiares de funcionários do governo norte-americano deixem a Bolívia em função da agitação no país, e também alertou os cidadãos a não viajarem à Bolívia.
 

Sgt. Kowalski

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Lá vem o golpe:

Evo Morales quer voltar à Bolívia e concluir mandato



O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que vive como asilado político no México, afirmou que gostaria de voltar a seu país para completar o mandato. Em entrevista à emissora Al Jazeera, Evo admitiu que busca uma "forma legal de retornar e estar com o povo que resiste à ditadura e ao golpe".
Segundo o ex-presidente, ele não tentaria participar de novas eleições, apenas completaria os dois meses restantes de seu mandato. "Não posso estar fora do país. Estou acostumado a estar com o povo, como líder sindical e presidente", disse.
Evo Morales renunciou ao cargo de presidente da Bolívia em 10 de novembro

Evo Morales renunciou ao cargo de presidente da Bolívia em 10 de novembro
Foto: ANSA / Ansa
Evo renunciou em 10 de novembro, após a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter detectado fraudes na eleição de 20 de outubro, quando o ex-presidente havia tentado obter seu quarto mandato seguido.
O líder socialista chegou a anunciar a convocação de um novo pleito, mas, pressionado pelas Forças Armadas e pela Polícia, deixou o cargo e se asilou no México. A opositora Jeanine Áñez, segunda vice-presidente do Senado, se aproveitou do vácuo de poder e, em uma sessão sem quórum, se autoproclamou chefe de Estado interina - todos na linha sucessória também haviam renunciado.
"Não sei por que eles têm tanto medo de Evo, não querem que eu participe. Retirei minha candidatura, mas deveriam ao menos me deixar terminar o mandato", declarou. A Constituição da Bolívia, promulgada pelo próprio Evo, limita a dois o número de mandatos presidenciais, mas o socialista sempre buscou subterfúgios para escapar dessa regra.
O primeiro foi o argumento de que seu mandato inicial não contava, já que havia sido exercido antes da elaboração da nova Constituição. Depois, Evo convocou um referendo para derrubar o limite, mas a população rejeitou a proposta. Ainda assim, o então presidente recorreu à Justiça, que considerou o máximo de dois mandatos uma "violação dos direitos humanos".
Áñez já disse que Evo não poderá participar da próxima eleição e prometeu processá-lo caso ele volte ao país. Mais de 20 pessoas já morreram durante protestos na Bolívia, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Cidh), que também criticou um decreto do novo governo que isenta as Forças Armadas de responsabilidades criminais.
Áñez ainda não conseguiu chegar a um acordo com o Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo e dono de dois terços do Parlamento, e estuda convocar eleições por decreto.
 

Sgt. Kowalski

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Presidente interina anuncia que convocará eleições na Bolívia nas próximas horas

20.nov.2019 às 12h21


A autoproclamada presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, anunciou nesta quarta-feira (20) que convocará eleições nas próximas horas.
O anúncio ocorre oito dias após ela ter se declarado líder do país a partir de uma interpretação controversa da Constituição, ocupando um vácuo de poder provocado pelas renúncias conjuntas de Evo Morales, do vice-presidente e dos chefes do Senado e da Câmara.
Parlamentares se reunirão ainda nesta quarta para tentar estabelecer um caminho para as novas eleições e para neutralizar a violência que já deixou ao menos 30 mortos desde o contestado pleito de outubro, manchado por acuações de fraude e que jogou a Bolívia em uma profunda crise.
As duas câmaras do Congresso do país sul-americano devem discutir a anulação da votação de 20 de outubro e a nomeação de um novo conselho eleitoral, abrindo caminho para uma nova eleição depois que Evo, um líder esquerdista que comandou o país por quase 14 anos, anunciou a saída da Presidência.
O agora ex-presidente deixou o cargo em 10 de novembro, sob pressão de manifestantes, grupos civis e Forças Armadas, o que gerou denúncias de um golpe de Estado.
Outro fator que contribuiu para a queda foi uma auditoria internacional realizada pela OEA (Organização dos Estados Americanos), que afirma ter encontrado sérias irregularidades na contagem dos votos do pleito, o que colocou em dúvida a vitória declarada de Evo.
Desde então, um governo interino conduzido pela ex-senadora conservadora Jeanine Añez tem atuado para reprimir os protestos muitas vezes violentos e abalado a política interna e externa do país, com mudanças bruscas em relação à gestão de Evo, primeiro presidente indígena da Bolívia.
Em um comunicado, Añez disse que apresentará um projeto de lei para convocar novas eleições "como todo o país está exigindo" e que isso aconteceria por meio de canais constitucionais legais, a menos que os legisladores o bloqueassem.
"Desenvolvemos um projeto de lei básico. Provavelmente pode ser corrigido, acordado e enriquecido por todos os setores envolvidos com o objetivo de pacificar o país e escolher nossos governantes", afirmou. "Mas haverá eleições no país, nós garantimos."
Os conflitos na região de Cochabamba e na cidade de El Alto atingiram a Bolívia na última semana desde a partida de Evo, hoje asilado no México, com o bloqueio de uma usina de gás na terça-feira, deixando ao menos seis pessoas mortas.
Isso elevou o número total de mortes nos distúrbios pós-eleitorais para 30, segundo o ombudsman oficial de direitos humanos da Bolívia.
 

Coffinator

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Gravação mostra Evo organizando conflitos na Bolívia
Mundo 20.11.19 13:39

O ministro de Governo da Bolívia, Arturo Murillo, divulgou na manhã de hoje um vídeo que mostra um sindicalista identificado como Faustino Yucra Yarwui conversando ao celular supostamente com o ex-presidente Evo Morales, que está no México, informa a Crusoé. Na conversa, Morales dá orientações sobre como cercar a capital La Paz, que está sofrendo com a escassez de combustível e de alimentos. “Evo Morales está empregando as mesmas técnicas que utilizou antes de se tornar presidente. Ele sempre agiu assim e é muito fácil para um boliviano reconhecer sua voz”, disse à Crusoé o economista e analista político Hugo Marcelo Balderrama, da cidade de Cochabamba. “Morales quer passar a mensagem de que a única maneira de o país poupar o derramamento de sangue e ter estabilidade é com ele no governo.”
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

É gorpi sim, amiguinho.
 

Superd7br

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Como resolver essa crise se o partido do Evo é maioria no congresso boliviano?
 
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