O interessante são as teorias da conspiração para o caso do Chile. No período 2013-2016, aqui no Brasil, não valem as teorias da conspiração?
Existe uma diferença bem clara em relação o que ocorreu com o Brasil: aqui houve participação popular de verdade, do povo.
E até por isso os protestos foram majoritariamente pacíficos, organizados. O povo em democracias não destrói seu próprio patrimônio. O povo, graças ao funcionamento do sistema, jamais enxerga uma razão de colocar a vida dele e de sua familia em risco enfrentando o governo. Isso é uma característica de ditaduras como o que está ocorrendo na repressão Chinesa em Hong Kong.
Invariavelmente em democracias, protestos violentos de reivindicação política são grupos minoritários tentando atropelar o funcionamento institucional de alguma forma.
O que está ocorrendo no Chile não tem participação popular, o povo está trancado em suas casas. É militância política pura que está na rua, e os ocasionais vândalos aproveitando o caos para conseguir uma tv nova de graça.
Quer comparar com o que ocorreu aqui em 2013? O protesto dos 20 centavos de São Paulo.
Agitado por grupos de esquerda, inicialmente houve enorme adesão popular.
Mas então viram que o povo não estava agitando bandeiras de esquerda e até estavam impedindo partidos de participarem dos protestos.
Então certos “grupos organizados” viram isso como a oportunidade de ouro deles de forçarem o protesto de volta ao campo da esquerda e continuarem com a agenda de minar Alckmin, e a militância extremista jogou os Black Blocs na rua.
A extrema esquerda organizada nos Black Blocs passou defender toda sorte de bandeirolas de esquerda como se fossem uma grande insurreição popular (sem o povo) e delirando que a qualquer momento milhões de pessoas sairiam nas ruas para abraçar os bacacas “heróis da revolução”. E os partidos extremistas como PSOL e PC do B aplaudindo tudo e mostrando isso como um exemplo de luta pelo social e pela revolução. Tudo muito “espontâneo”.
O povo então saiu dos protestos, a bandeira dos 20 centavos morreu, e ficou somente os Black Blocs. E a esquerda querendo convencer todo mundo sair para as ruas novamente, mostrando isso como uma put* revolução, colocando sindicatos e pelegos nas ruas novamente todos vestidinhos de vermelho, e com cantos ensaiados contra o governo de São Paulo.
Mas o povo não aderiu. Quando o povo começou ensaiar sair nas ruas de novo, eles colocavam para fora os partidos... e estranhamente surgia então os Black Blocs para “espantar” eles.
Todo o movimento Black Bloc era estranho e mal explicado: surgiu do nada, sem provocação alguma (o governo não estava reprimindo os protestos dos 20 centavos), já cheio de organização logo de cara, com grupos de advogados “espontâneamente organizados” para defender eles, grupos de logística, grupos de atendimento de feridos, alvos definidos, “uniforme”, táticas nas ruas que sugeriam liderança manobrando a massa...
Mas foi o governo e a imprensa começar investigar esses movimentos de Black Blocs e sua organização que começou aparecer ligações com partidos e políticos coordenando e financiando tudo.
E olhem só! Sumiram depois disso, quase da noite para o dia.