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[MBL] ATLAS NETWORK - A Think Tank Neoliberal que financia o Globalismo mundo à fora

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Conexões ultraliberais nas Américas: o think tank norte-americano Atlas Network e suas vinculações com organizações latinoamericanas

Introdução: sobre a Atlas Network e o ultraliberalismo
Inicialmente, esclareço que meu interesse nas vinculações da Atlas Network com organizações latino-americanas — e, em particular, brasileiras — deve-se, evidentemente, à conjuntura política brasileira dos últimos anos.

Meu objetivo é apresentar as conexões entre o avanço de uma direita ultraliberal — no Brasil e em outros países latino-americanos — e o think tank norte-americano Atlas Network, que tem parcerias com várias organizações ultraliberais em todo o mundo.[1]

Explicito, a princípio, que fiz a opção pela expressão ultraliberal, em lugar de neoliberal, por considerá-la mais precisa. O termo neoliberal já foi utilizado, inclusive, para denominar as ideias e políticas econômicas de matriz keynesiana do período entreguerras, vinculadas à implementação de modelos de Estado de bem-estar social ou de economia social de mercado, ainda que, posteriormente, essa concepção tenha caído em desuso. A partir dos anos 1980, o termo neoliberal passou a ser utilizado, como se sabe, em sentido praticamente inverso, ou seja, para denominar as propostas econômico-sociais de Estado mínimo, defesa do livre mercado e da desregulamentação em um período de rápida e intensa globalização. Considero o termo ultraliberal, como já afirmei, mais preciso, pois sintetiza as propostas de um liberalismo acentuado, na era da globalização financeira.[2]

A Atlas Network — think tank legalmente denominado Atlas Economic Research Foundation, sediado em Washington, D.C. — atua, desde 1981, na defesa e propagação de concepções da direita ultraliberal, com organizações parceiras em todos os continentes. Em 2013, o nome da organização foi alterado para Atlas Network, ainda que o nome legal tenha permanecido o mesmo: Atlas Economic Research Foundation. Seu principal idealizador — e fundador — foi Antony Fisher (1915-1988), um empresário britânico defensor das concepções do economista austríaco Friedrich Hayek — assim como, posteriormente, do norte americano Milton Friedman—, que se mudou, na década de 1970, para os Estados Unidos, depois de um período de dois anos no Canadá, em que foi diretor do Fraser Institute, outro think tank ultraliberal. Em 1955, Fisher havia fundado, em Londres, o Institute of Economic Affairs (IEA). É conhecido o fato de que, desde o início dos anos 1960, Margaret Thatcher (Partido Conservador), que viria a ser a primeira-ministra britânica entre 1979 e 1990 — período em que houve um progressivo desmonte do Estado de bem-estar na Grã-Bretanha —, frequentava reuniões no IEA.[3]

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Margaret Thatcher com Antony Fischer, fundador da Atlas Network. Foto: Atlas Network.
Vale lembrar que, no mesmo ano da fundação da Atlas Network, 1981, teve início, nos Estados Unidos, o governo de Ronald Reagan (Partido Republicano), caracterizado pela defesa do livre mercado, desregulamentação da economia, cortes de impostos e redução do orçamento de programas sociais. Em síntese, um programa de enxugamento do Estado, com exceção do orçamento militar, que cresceu significativamente na década de 1980. O governo Reagan (1981-1989), afinado com as concepções ultraliberais, contribuiu significativamente para o fortalecimento da direita norte-americana, não só por sua política econômica, que ficou conhecida como Reaganomics, como pela retomada da corrida armamentista e do discurso anticomunista. Para quem não se lembra, Reagan chamou a ex-União Soviética de “o império do mal”.

Acerca do financiamento da Atlas Network, segundo consta no site, a organização não recebe recursos governamentais, apenas privados: de corporações, fundações ou doações individuais. É registrada como uma organização sem fins lucrativos. Portanto, todas as doações feitas nos Estados Unidos são dedutíveis de impostos.[4] Entre os patrocinadores da Atlas Network, estão os irmãos Koch, bilionários norte-americanos cujas empresas atuam, entre outros setores, com petróleo e gás.[5]

A Atlas Network possui, de acordo com informações contidas em sua página na internet, 465 partners em 95 países. A maior parte dessas organizações está sediada nos Estados Unidos, 168. Em segundo lugar, estão a Europa e a Ásia Central, com 134. E, a seguir, com 79, situam-se a América Latina e o Caribe.[6]

Há organizações com sedes em cidades do México, países centro-americanos e caribenhos — como Bahamas, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Jamaica, Panamá e República Dominicana —, além de todos os países da América do Sul continental, com as seguintes exceções: Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

Entre os países latino-americanos, aqueles com o maior número de organizações são a Argentina, com doze; Brasil, onze; e Chile, com dez. Em seguida, aparecem na lista o Peru, com oito; Costa Rica e México, cinco em cada um; Bolívia, Uruguai e Venezuela, com quatro em cada país. A Guatemala aparece na lista com três. Equador, El Salvador e República Dominicana, com duas cada um; além das Bahamas, Colômbia, Honduras, Jamaica, Panamá e Paraguai, com uma organização cada. Além das organizações nacionais, aparece como partner da Atlas Network uma organização supranacional, Estudiantes por la Libertad (EsLibertad), que é o ramal latino-americano da estadunidense Students For Liberty (SFL). Com sede em Washington, capital dos Estados Unidos, o SFL realizou seu primeiro congresso em 2008, na Columbia University, em Nova York, e se identifica como “a maior organização estudantil libertária do mundo”.[7] Há, no Brasil, uma organização específica, Estudantes Pela Liberdade, com sede em Belo Horizonte.[8]

Vale registrar que as duas organizações parceiras da Atlas Network sediadas em Porto Rico — com nomes em espanhol: Centro para Renovación Económica, Crecimiento y Excelencia e Fundación Libertad — estão listadas entre as instituições dos Estados Unidos.

Todos os anos, a Atlas Network promove a realização do evento Liberty Forum and Freedom Dinner,[9] que assim é apresentado no site:

A Atlas Network fortalece o movimento mundial pela liberdade, identificando, treinando e apoiando indivíduos com potencial para fundar e desenvolver organizações independentes eficazes que promovam nossa visão em todos os países. […] O Liberty Forum reúne anualmente os campeões da liberdade em uma rede para a troca de ideias e o compartilhamento de estratégias. O jantar de gala [Freedom Dinner] serve como um grand finale apropriado para o evento, celebrando os heróis do movimento pela liberdade e os princípios que os amigos da Atlas Network estão divulgando por todo o mundo.[10]

Sobre os apoios da Atlas Network às organizações parceiras, afirma-se que:

Com recursos modestos disponíveis para subvenções [grants], só podemos financiar uma fração das propostas que recebemos. […] Os subsídios patrocinados pela Atlas Network podem apoiar projetos específicos ou oferecer suporte operacional a organizações parceiras. Este suporte é normalmente concedido em quantidades modestas de 5.000 a 10.000 dólares, e apenas em raras ocasiões irá exceder a 20.000 dólares.[11]

Como poderá ser constatado adiante, no caso brasileiro, as doações, nos anos de 2015 e 2016, excederam em muito os 20.000 dólares.

Nas organizações parceiras da Atlas Network, os “princípios”, “valores” ou “missão” incluem, praticamente sem variações, a defesa da livre iniciativa, do livre mercado, do empreendedorismo, da responsabilidade individual, da propriedade privada, das liberdades individuais, da meritocracia e da limitação de ação dos governos. Algumas dessas organizações visam à capacitação de indivíduos para serem multiplicadores dos seus princípios e, em alguns casos, a formação de lideranças empresariais. Nem sempre perspectivas ultraliberais são explicitadas, ainda que com muita frequência, na maioria das organizações.

Nos sites dessas organizações são citados, frequentemente, os dois maiores expoentes da chamada “Escola Austríaca de Economia”, Ludwig von Mises (1881- 1973) — principalmente seu livro Ação humana: um tratado sobre economia, de 1940 (edição em inglês de 1949) — e Friedrich Hayek (1899-1992), cuja obra mais citada é O caminho da servidão, de 1944. Muito citados também são Ayn Rand e Murray N. Rothbard. Nascida na Rússia czarista em 1905, a romancista e filosofa Ayn Rand é autora, entre outras obras, do romance filosófico Atlas Shrugged, de 1957, publicado no Brasil com o título A revolta de Atlas, em que a autora faz uma defesa enfática do individualismo e da livre concorrência, e um rechaço veemente do modelo de Estado de bem-estar social.[12]

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Ilustração retratando Ayn Rand. Sua obra A Revolta de Atlas é uma referência entre os ultraliberais.
Murray N. Rothbard, por sua vez, ficou conhecido, a partir da década de 1940, por sua defesa do que veio a ser conhecido como “anarcocapitalismo”, isto é, um sistema econômico em que todos os serviços, produtos e espaços seriam privados — tanto por iniciativa individual quanto coletiva — e disputados na livre concorrência, inclusive a segurança pública, a defesa e a justiça. Os defensores dessas ideias individualistas de negação do Estado se autointitulam “libertários anarcocapitalistas”, representantes da “nova direita libertária” e do “libertarianismo”.[13]Rothbard é autor, entre outras obras, de For a New Liberty: The Libertarian Manifesto, cuja primeira edição é de 1973. Obviamente, o sentido da palavra “libertário” não se vincula ao que lhe foi dado, historicamente, pelos movimentos anarquistas, vinculados à luta dos trabalhadores por direitos e melhores condições de vida, mas ao sentido que lhe dá os movimentos ultraliberais, a partir das concepções econômicas da “Escola Austríaca” e da “Escola Econômica de Chicago”, cujo expoente maior é Milton Friedman, ou dos “anarcocapitalistas”.

No site da Atlas Network, há a seguinte explicação sobre a coincidência de nomes entre a organização e o conhecido livro de Ayn Rand, Atlas Shrugged:

O nome não foi derivado do livro. Na verdade, a palavra “Atlas” em nosso nome tem relação com a natureza global do nosso trabalho. E, embora compartilhemos muitos dos valores de livre mercado encontrados no Atlas Shrugged e mantidos pela Atlas Society e Ayn Rand Institute, somos organizações separadas.[14]

Considero, entretanto, ser indiscutível que a popularidade do livro de Ayn Rand e os valores compartilhados fazem com que essa associação seja praticamente inevitável.

O presidente da Atlas Network, desde 1991, é Alejandro Antonio Chafuen, argentino radicado nos Estados Unidos. Conhecido como Alex Chafuen, é, também, fundador e presidente do Conselho do Hispanic American Center For Economic Research (HACER), fundação criada em 1996, com sede em Washington, D.C., que se dedica a promover as ideias ultraliberais na América Hispânica e entre hispano-americanos que vivem nos Estados Unidos.[15]

Chafuen ingressou na Atlas Network em 1985 e trabalhou junto com o fundador, Antony Fisher. Segundo uma consistente matéria da jornalista Marina Amaral, publicada na agência Pública, em 23 de junho de 2015, Chafuen seria ligado à Opus Dei, além de simpatizante do Tea Party, tendência ultraliberal-conservadora dentro do Partido Republicano — ultraliberal na economia e conservadora no que se refere a questões sociais, religiosas e de costumes. [16] Como já mencionado, Chafuen é argentino. Em Buenos Aires, uma das organizações parceiras da Atlas norte-americana é a Fundación Atlas para una Sociedad Libre, fundada em 1998 e também conhecida como Atlas 1853, em referência ao ano de aprovação da Constituição liberal argentina. Em seu site, afirma-se que

Atlas 1853 retoma o legado de Juan Bautista Alberdi como inspirador da Constituição de 1853, que permitiu que — em pouco mais de meio século — o deserto que era a Argentina naquele momento se transformasse no 10º. país com a maior renda per capita do planeta.[17]

Os ultraliberais argentinos de finais do século XX e inícios do XXI retomam, à sua maneira, Alberdi e Sarmiento, em uma releitura do pensamento liberal argentino do século XIX.[18]

As organizações parceiras da Atlas Network no Brasil
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No Brasil, as onze organizações que aparecem no site da Atlas Network como parceiras, são as seguintes: três no Rio de Janeiro: Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista(CIEEP), Instituto Liberal (IL) e Instituto Millenium (Imil); três em São Paulo: Instituto de Formação de Líderes – São Paulo (IFL-SP), Instituto Liberal de São Paulo (ILISP) e Instituto Ludwig von Mises Brasil (Mises Brasil); duas em Belo Horizonte: Estudantes Pela Liberdade (EPL) e Instituto de Formação de Líderes (IFL); duas em Porto Alegre: Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e Instituto Liberdade (IL-RS); e uma em Vitória (ES): Instituto Líderes do Amanhã.[19]

Chama atenção a presença das mesmas pessoas em várias dessas organizações, incluindo empresários — que, com frequência, são patrocinadores desses institutos, ou seja, doadores de recursos, como pessoas físicas ou jurídicas — e os chamados “especialistas”: economistas, jornalistas, cientistas políticos, juristas, “consultores” etc. São pessoas que atuam, ao mesmo tempo, em órgãos de imprensa da mídia corporativa, em geral como colunistas, e nas organizações liberais ou ultraliberais, além de participarem ativamente dos eventos dessas organizações, ministrando palestras, cursos etc. Basta dar uma olhada nas páginas na internet de várias dessas organizações, incluindo o Instituto Millenium — o think tank mais diretamente vinculado às empresas brasileiras de mídia —, para constatar essa recorrência de nomes.

Grande parte dessas organizações ultraliberais latino-americanas são filiadas à Red Liberal de América Latina – RELIAL. A RELIAL foi criada em 2004 e reúne não só think tanks como partidos políticos liberais da América Latina. No caso do Brasil, as organizações filiadas à RELIAL são o Instituto Liberal (IL), criado no Rio de Janeiro em 1983, o Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e o Instituto Liberdade (IL-RS). [20]

O vice-presidente da RELIAL é, segundo consta no site da organização, Ricardo Gomes, que também é membro do Conselho Deliberativo do IEE. No Brasil, também há uma organização que reúne think tanks e demais organizações ultraliberais que atuam no país. É a Rede Liberdade, que assim se apresenta:

Somos a rede nacional de organizações liberais e libertárias, que influencia políticas públicas, por meio de projetos próprios ou de seus membros. A Rede Liberdade coordena os membros, de forma descentralizada, e tem por objetivo potencializar a divulgação e o impacto efetivo, entre os formadores de opinião, de ideias e iniciativas que visem uma menor intervenção estatal na economia e na sociedade.[21]

A Rede Liberdade reúne 28 institutos, além de 20 grupos de estudos ou núcleos, situados em estados de todas as regiões do Brasil. Alguns desses institutos são bastante conhecidos e com atuação em suas cidades há vários anos, como os já citados Instituto de Estudos Empresariais, Instituto Liberal, Instituto Millenium e Estudantes Pela Liberdade. A Rede Liberdade, além das organizações mais estabelecidas e conhecidas, agrega organizações como o Movimento Endireita Brasil (MEB – São Paulo), que participou ativamente, nas redes e nas ruas, da mobilização a favor do impeachment de Dilma Rousseff. A maioria dessas organizações surgiu nos últimos cinco ou dez anos, ainda que algumas delas (IEE ou IL, por exemplo) tenham sido criadas na década de 1980. Ou seja, nos anos dos governos Lula e Dilma houve uma proliferação, no Brasil, de organizações defensoras do Estado mínimo ou do enxugamento do Estado, com maior ou menor estrutura de atuação.

Vale registrar que, em visita ao site da Atlas Network em maio de 2016, verifiquei que havia 76 organizações parceiras na América Latina e Caribe, exatamente uma a mais do que as que constavam no site no dia da minha apresentação no XII Encontro Internacional da ANPHLAC, ocorrida dois meses depois, em 28 de julho. Entre as 76, estava o Movimento Brasil Livre (MBL), que, em julho, não aparecia mais na lista de parceiras. Nada, obviamente, é por acaso. Houve, provavelmente, uma deliberada decisão por ocultar o MBL da lista de partners no período de votação do impeachment da presidente Dilma no Senado.

Existem ligações estreitas, comprovadas, entre brasileiros ultraliberais que lideraram a mobilização pró-impeachment de Dilma — jovens e não tão jovens — com a Atlas Network e outras organizações norte-americanas.

O MBL — que, como se sabe, teve destacada atuação na organização dos atos a favor do impeachment de Dilma — tem origem no Students For Liberty (SFL), fundado em 2008 na Columbia University, que tem como “missão” “empoderar jovens estudantes liberais” ou líderes estudantis “libertários”, e, no ramal do SFL no Brasil, a organização Estudantes Pela Liberdade(EPL), com sede em Belo Horizonte. Em novembro de 2015, foi realizado o Primeiro Congresso Nacional do MBL, ocasião em que foram aprovadas propostas nas áreas da educação, saúde, sustentabilidade, reforma política, economia, Justiça, transporte e urbanismo. Sem espaço para detalhar as propostas, ressalto apenas uma delas: “Fim da função social da propriedade. A propriedade privada não pode ser relativizada.”[22]

O Students For Liberty tem vínculos estreitos com a Atlas Network, que promove programas de treinamento, cursos e apoio financeiro para formar jovens lideranças do “movimento pela liberdade” em todos os continentes.

Farei, a partir dessa parte do texto, algumas breves considerações sobre algumas dessas organizações parceiras da Atlas Network no Brasil.

O Instituto de Estudos Empresariais, sediado em Porto Alegre, foi fundado em 1984 e realiza, anualmente, o Fórum da Liberdade, desde 1988. Entre os patrocinadores, estão o Grupo Gerdau, que também patrocina o Instituto Millenium, o grupo de mídia RBS etc. E há uma parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em cujo Centro de Eventos é realizado o Fórum da Liberdade. Na 29a edição do Fórum, ocorrida em abril de 2016 no Centro de Eventos PUCRS (CEPUC), o tema escolhido foi “Quem move o mundo?”, inspirado no romance A revolta de Atlas, de Ayn Rand. Um dos principais nomes do evento foi Yaron Brook, presidente do The Ayn Rand Institute (ARI), sediado em Irvine, na Califórnia.[23]

A parceria do Instituto Millenium com a Atlas Network revela os vínculos do think tank norte-americano com a mídia corporativa brasileira. Entre os patrocinadores do Instituto Millenium (Imil), estão os grupos Abril e RBS (filiado à Rede Globo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul). O Grupo Estado, que publica o jornal O Estado de S. Paulo, aparecia entre os “mantenedores e parceiros” do Imil até 2016.

E, entre os integrantes da “Câmara de Mantenedores”, estão João Roberto Marinho (Grupo Globo) e Nelson Sirotsky (Grupo RBS); empresários do setor financeiro — como Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central de 1999 a 2002, no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso — além de outros empresários de diferentes setores da economia.[24]

Segundo informa o site do Imil, o instituto foi fundado em 2005, com o nome inicial de Instituto da Realidade Nacional, pela economista Patrícia Carlos de Andrade, e oficializado em 2006, durante o Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, organizado pelo IEE.

No site do Imil, foi divulgada a realização da 29a edição do Fórum da Liberdade. Na ocasião, o Instituto Millenium informou que, além de ter apoiado a realização do evento, “organizou a edição em português do livro A revolta de Atlas, lançado em 2010 pela editora Arqueiro.” Entre os “especialistas” do Instituto Millenium, além de economistas, cientistas políticos e intelectuais reconhecidos no meio acadêmico, há jornalistas e colunistas que defenderam abertamente o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Um deles é Leandro Narloch, que foi colunista da revista Veja (Grupo Abril) de dezembro de 2014 a novembro de 2016, coincidindo com o período da campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff (sua coluna era intitulada “Caçador de Mitos”) e, desde dezembro de 2016, assina uma coluna na Folha de S. Paulo. [25] Também aparece na lista de “especialistas”, o veterano jornalista José Nêumanne Pinto, colunista de O Estado de S. Paulo (OESP) e, assim como o jornal para o qual trabalha — o que ficou claramente evidenciado pelos editoriais —, foi favorável ao impeachment de Dilma. No dia 10 de março de 2016, foi publicado no site do Imil um artigo de Nêumanne Pinto publicado em OESP no dia anterior — apenas quatro dias antes das grandes manifestações de domingo, 13 de março, a favor do impeachment —, intitulado “O governo contra a lei”, de oposição duríssima à presidente. A certa altura do artigo, Nêumanne faz uma menção elogiosa ao “acordo internacional que incorporou o Brasil ao Primeiro Mundo no combate à corrupção”.[26]

Alguns nomes que apareciam como “especialistas” do Imil em 2016, não aparecem mais na lista em fevereiro de 2017. Entre esses, estão os nomes de Carlos Alberto Sardenberg, Demétrio Magnoli, Denis Rosenfield e Marco Antonio Villa, todos com amplo espaço na mídia. Outros nomes, como Arnaldo Jabor e Reinaldo Azevedo, colaboraram com o Instituto, com artigos e/ou participação em eventos. Pode-se supor que o Imil tenha preferido, para tentar manter sua imagem de uma organização técnica e apartidária, excluir da lista alguns nomes que ficaram muito marcados pela defesa do impeachment de Dilma. Entretanto, permaneceram na lista de “especialistas” nomes como o do economista Rodrigo Constantino e o de Hélio Beltrão, fundador-presidente do Mises Brasil. Enfim, são muitos os colaboradores do Instituto Millenium que tiveram participação ativa no processo de desestabilização do governo de Dilma: economistas liberais com colunas em jornais, empresários favoráveis ao impeachment, jornalistas com espaço na mídia corporativa etc.

No site da Atlas Network foi publicado um artigo de Rodrigo Constantino, no dia 24 de março de 2016, intitulado: “A corrupção governamental no Brasil apresenta ambos, riscos e oportunidades”. O texto é ilustrado com uma foto da massa vestida de verde e amarelo que participou, em 13 de março, da manifestação a favor do impeachment de Dilma em Brasília. Constantino é apresentado como “presidente do Instituto Liberal e membro-fundador do Instituto Millenium, ambos parceiros da Atlas Network no Brasil”.[27]

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Menção a Rodrigo Constantino no artigo “Brazil’s Ideological Crossroads: Menos Marx; Mais Mises” de Eric Dixon para o site da Atlas Network.
Além de contar com o patrocínio de empresas, o Instituto Millenium recebeu, em 2009, a certificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), outorgada pelo Ministério da Justiça, o que permite ao Imil receber doações dedutíveis do Imposto de Renda de pessoas jurídicas de até 2%.

É desnecessário expor aqui o papel absolutamente central das grandes empresas de mídia brasileiras na desestabilização do governo de Dilma Rousseff, a partir de junho de 2013 e, particularmente, durante a campanha pelo impeachment da presidente, a partir do início de seu segundo mandato, em 2015.

Vale registrar que, em 2013, integrantes dessas organizações ultraliberais iniciaram sua participação nas manifestações de rua, como demonstra a matéria, já citada, de Marina Amaral. A jornalista entrevistou membros do Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua, que confirmaram o início da participação nos atos de rua em junho de 2013, mas que o problema, naquela ocasião, era a diversidade de pautas. Os entrevistados afirmaram que, somente a partir de março de 2015, puderam colocar suas pautas ultraliberais nas ruas, por exemplo, em cartazes em que se podia ler “Menos Marx, Mais Mises”.[28]

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Kim Kataguiri com o empresário Jorge Gerdau Johannpeter.
Chama atenção, também, o oportunismo do Movimento Brasil Livre (MBL), que, evidentemente, inspirou-se no nome do Movimento Passe Livre (MPL), que teve grande importância no desencadeamento das manifestações de junho de 2013, em defesa da melhoria e da gratuidade do transporte público, ou seja, uma pauta de esquerda, totalmente contrária à do MBL, que é privatista e defensora do Estado mínimo. Se os integrantes do MBL atuassem como Estudantes Pela Liberdade, a filiação com o Students For Liberty ficaria explícita. Daí, a criação do Movimento Brasil Livre em novembro de 2014, logo depois da reeleição da presidente Dilma.

No site da Atlas Network, há um texto sobre Kim Kataguiri e o Movimento Brasil Livre, publicado no dia 01 de abril de 2015, ou seja, um ano antes da votação pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, ocorrida em 17 de abril de 2016. O artigo tem o seguinte título: “Students For Liberty jogam um importante papel no Movimento Brasil Livre”. Assim o texto apresenta Kataguiri:

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29]

A fotografia que ilustra o texto mostra Kim Kataguiri à frente e, ao fundo, uma tela digital com a imagem do ex-presidente Lula.[30]

O Students For Liberty dos Estados Unidos tem vínculos não só com o Estudantes Pela Liberdade – Brasil (EPL) e o Movimento Brasil Livre (MBL), mas, também, com uma outra organização brasileira, denominada Instituto Ordem Livre.

No caso do EPL, pode-se ler o seguinte no site:

A história do Estudantes Pela Liberdade iniciou-se em 2010 como um blog no qual Juliano Torres e Anthony Ling escreviam conteúdo. O primeiro projeto foi o ‘Estudos Pela Liberdade’ na forma de uma revista acadêmica. Nessa época dois grupos faziam parte da organização: o Círculo de Estudos Roberto Campos e Círculo Bastiat, um na URGS [sic] e outro na Faculdade Pitágoras.[31]

Chamou-me a atenção o fato de que, no trecho acima, a sigla da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aparece sem o “F” de Federal, como que a “ocultar” seu caráter de universidade pública (ou, o que me parece menos provável, ter sido um simples lapso).

Na sequência da apresentação sobre o EPL, afirma-se que “em 2012, no Seminário de Verão do Instituto Ordem Livre organizado por Diogo Costa, Magno Karl e Elisa Martins”, decidiu-se pela criação do EPL.

Sobre a trajetória do EPL, o site traz as seguintes informações:

O pequeno projeto deu um salto em 2014, quando obteve impacto em todos os estados do Brasil, contando com a participação de 600 lideranças voluntárias. […] Desde a sua fundação, a organização já realizou cerca de 650 eventos em instituições de ensino públicas e privadas […] Já treinamos estudantes de 357 universidades, e com a mentoria da organização foram criados mais de 200 grupos de estudos em instituições de ensino. Através de nossos projetos, buscamos promover ideias como empreendedorismo entre jovens estudantes, um debate plural de ideias, e por meio da educação, criar uma geração de futuros líderes. Por sermos uma organização apartidária e sem fins lucrativos, buscamos desenvolver projetos que realizem mudanças no ambiente estudantil sem envolvimento com interesses de terceiros, respeitando sempre nossos valores e missão.[32]

No site do EPL, também aparecem os seguintes números, apurados no dia 14 de fevereiro de 2017: “3463 pessoas treinadas, 298 universidades, 235 grupos já criados, 27 projetos financiados” em cinco anos.[33] Não há, evidentemente, como atestar a veracidade desses números. Mas cabe perguntar: quem financia o Estudantes Pela Liberdade para que possa cumprir a sua “missão”, ou seja, “empoderar líderes estudantis”? E, evidentemente, “líderes” defensores do “libertarianismo”, o nome que utilizam para se referir ao ultraliberalismo? No site aparece uma lista de “apoiadores”: Instituto Ludwig von Mises Portugal; Instituto Friedrich Naumann para a Liberdade, criado em 1992 em São Paulo (filial da Friedrich Naumann-Stiftung für die Freiheit – FNF, fundação liberal sediada na Alemanha); Bunker Editorial (que publica a Coleção Estudantes Pela Liberdade),[34] as empresas Pipedrive e Salesforce (cujas matrizes são norte-americanas) e a Atlas Network, a principal apoiadora.

Na auditoria do EPL, disponível na internet, sobre os dois primeiros anos da organização, aparece a seguinte informação: “não houve receita”. Em 2012 e 2013, o valor total de gastos apresentado — R$29.199,37 em 2012 e R$46.780,96 em 2013 — teria sido pago por Juliano Torres, diretor-presidente do EPL. Em 2014, ano em que houve um evento conjunto do EPL com o Instituto Ordem Livre, R$36.467,46 teriam sido pagos por Juliano Torres (ele aparece, na contabilidade, como credor do EPL e, também, como recebedor de significativos valores ressarcidos). Além desse valor, em 2014, a auditoria elenca como doadores as seguintes organizações: cerca de 56.000 reais doados pela The Atlas Economic, ou seja, The Atlas Economic Research Foundation, a Atlas Network; 9.000 reais doados pelo Instituto Friedrich Naumann para a Liberdade; e valores de R$30.000,00 e R$3.500,00 que constam como pagamentos de “doador confidencial”. O valor total de despesas em 2014 foi de R$122.305,48. Em 2015, os gastos subiram expressivamente, para um total de R$261.596,55. Novamente, houve expressivas doações da Atlas Network, mais de 82.000 reais, além de mais de 58.000 reais doados pelo Students For Liberty. No ano de 2016, o valor total das despesas subiu para R$306.737,05. Novamente, as doações da Atlas Network foram expressivas: mais de 139.000 reais. Do Students For Liberty, o EPL recebeu 36.430 reais e, de doadores “confidenciais”, mais de 150.000 reais. Há, entre os últimos, doações de valores quebrados. Uma delas no valor de R$72.755,78, o que indica, claramente, ter sido uma doação em moeda estrangeira.[35]

As informações acima demonstram claramente que o Estudantes Pela Liberdade – EPL recebeu recursos do exterior, principalmente dos Estados Unidos (Atlas Network e Students For Liberty). As despesas subiram mais de 10 vezes entre 2012, quando o EPL foi criado, e 2016, de cerca de 29.000 para mais de 300.000 reais. Dadas as vinculações do Movimento Brasil Livre com a Atlas Network, Students For Liberty, Estudantes Pela Liberdade e Instituto Ordem Livre, muito provavelmente foram repassados recursos da Atlas Network e do SFL para o MBL, utilizados na campanha na internet e na organização dos atos a favor do impeachment da presidente Dilma, realizados em 2015 e 2016. Ressalto que, em texto já citado, publicado no site da Atlas Network, afirma-se que Kim Kataguiri “trabalha com os Estudantes Pela Liberdade (Students For Liberty), partner da Atlas Network.” Os valores doados ao EPL e MBL por organizações estrangeiras podem, inclusive, ter sido mais elevados, mas não encontrei outras fontes para averiguar esses dados.

Em outro texto publicado no site da Atlas, em 6 de agosto de 2015, intitulado “Movimentos pela liberdade explodem entre estudantes brasileiros”, afirma-se que Kim Kataguiri é “membro do EPL”. Nesse artigo, há uma citação de Kataguiri — “nós defendemos mercados livres, impostos mais baixos e a privatização de todas as empresas públicas” — e uma foto sua com Fábio Ostermann (integrante do Instituto Ordem Livre), em Nova York, depois de um evento na Atlas Network.[36] Vale a pena procurar “Brazil” no mecanismo de busca no site da Atlas Network. Vários artigos sobre as organizações parceiras da Atlas no Brasil poderão ser encontrados.

Pode-se perguntar as razões do EPL ter publicado a auditoria na internet. O EPL recebeu doações de pessoas físicas e jurídicas, por diversos meios, inclusive pagamento eletrônico, e, provavelmente, precisou publicar a contabilidade da organização, para evitar eventuais problemas judiciais.

No caso do Movimento Brasil Livre, aparece, no site, o link para a loja on line, com produtos como uma camiseta com a frase “O Brasil venceu o PT”; o boneco “Pixuleco”, que representa o ex-presidente Lula “vestido” de presidiário; além de um boné com a frase “Make South America Great Again”, inspirada no slogan da campanha presidencial de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos em 2016. Vale registrar que o mesmo slogan foi utilizado, pela primeira vez, na campanha presidencial vitoriosa do ex-presidente Ronald Reagan, admirado pelos ultraliberais, em 1980. Até a imagem do PowerPoint sobre Lula, apresentado pelo procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal, no dia 14 de setembro de 2016, foi estampada em camisetas pelo MBL, que são vendidas no site da organização. Além dos recursos da loja, o MBL também recebe doações por meios eletrônicos. Mas não há nenhuma referência a qualquer contabilidade ou auditoria.

É importante fazer algumas observações sobre os fundadores do Estudantes Pela Liberdade e do Instituto Ordem Livre, ambas as organizações, como já explicitado, vinculadas à Atlas Network: Juliano Torres (diretor-presidente do EPL), Anthony Ling, Diogo Costa, Magno Karl e Elisa Lucena Martins.

A jornalista Marina Amaral entrevistou Juliano Torres, por telefone, para a matéria já citada. A reprodução, por Amaral, da fala de Torres é contundente e não deixa margem a dúvidas:

Quando teve os protestos em 2013 pelo Passe Livre, vários membros do Estudantes pela Liberdade queriam participar, só que, como a gente recebe recursos de organizações como a Atlas e a Students For Liberty, por uma questão de imposto de renda lá, eles não podem desenvolver atividades políticas. Então a gente falou: os membros do EPL podem participar como pessoas físicas, mas não como organização para evitar problemas. Aí a gente resolveu criar uma marca, não era uma organização, era só uma marca para a gente se vender nas manifestações como Movimento Brasil Livre. Então juntou eu, Fábio [Ostermann], juntou o Felipe França, que é de Recife e São Paulo, mais umas quatro, cinco pessoas, criamos o logo, a campanha de Facebook. E aí acabaram as manifestações, acabou o projeto. E a gente estava procurando alguém para assumir, já tinha mais de 10 mil likes na página, panfletos. E aí a gente encontrou o Kim [Kataguiri] e o Renan [Haas], que afinal deram uma guinada incrível no movimento com as passeatas contra a Dilma e coisas do tipo. Inclusive, o Kim é membro da EPL, então ele foi treinado pela EPL também. E boa parte dos organizadores locais são membros do EPL. Eles atuam como integrantes do Movimento Brasil Livre, mas foram treinados pela gente, em cursos de liderança. O Kim, inclusive, vai participar agora de um torneio de pôquer filantrópico que o Students For Liberty organiza em Nova York para arrecadar recursos. Ele vai ser um palestrante. E também na conferência internacional em fevereiro, ele vai ser palestrante.

Juliano Torres teve treinamento na Atlas Network, assim como outros integrantes do EPL, Ordem Livre e Movimento Brasil Livre. Segundo Marina Amaral, Torres teria afirmado, sobre os treinamentos e cursos da Atlas:

Tem um que eles chamam de MBA, tem um treinamento em Nova York também, treinamentos online. A gente recomenda para todas as pessoas que trabalham em posições de mais responsabilidade [no EPL] que passem pelos treinamentos da Atlas também.[37]

No quadro organizacional do Students For Liberty, há vários brasileiros que são associados ou coordenadores dos programas do SFL no Brasil: André Freo, Bernardo Shamash, Bernardo Vidigal, Edson Lima Lemos, Fernando Henrique Miranda, Ivanildo Terceiro e Mariana Matos.[38]

Outra brasileira atuante nas organizações ultraliberais é Elisa Lucena Martins. Ela foi uma das organizadoras, junto com Diogo Costa e Magno Karl, do Seminário de Verão de 2012, em Petrópolis, no Instituto Ordem Livre, evento que deu origem ao Estudantes Pela Liberdade. Bacharel em Economia pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), Elisa Martins é apresentada como “Director of Institute Relations and Programs” da Atlas Network. Iniciou sua participação na Atlas em 2010 como Charles G. Koch Summer Fellow, ou seja, bolsista do Charles Koch Institute. A OrdemLivre.org é apresentada como uma “plataforma da Atlas Network em língua portuguesa”. Elisa Martins também está na lista de “especialistas” do Instituto Millenium.[39]

Assim como Elisa Martins, Diogo Costa integra a lista de “especialistas” do Millenium. Ele ocupa, além disso, a presidência do Instituto Ordem Livre e é membro do Conselho Consultivo do Estudantes Pela Liberdade. Formado em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis, Costa fez estágio no Cato Institute, outro poderoso think tank norte-americano que fornece apoio a organizações e lideranças liberais e ultraliberais em vários países, além de ser um dos mais importantes parceiros da Atlas Network.[40]

Outro nome frequente nessas organizações é Fábio Ostermann, já citado, que também fez treinamentos e participou de eventos nos Estados Unidos, na Atlas Network. No site da Atlas, há a seguinte descrição de Ostermann, na seção Our People:

Fabio Ostermann é um cientista político de 30 anos [completou 32 anos em 30/08/2016]. Ele tem Graduação em Direito e Mestrado em Ciência Política. Ostermann é graduado pela Atlas Leadership Academy e tem se envolvido com as principais iniciativas a favor do livre-mercado em seu país, Brasil, desde que se assumiu como libertário (“liberal” na terminologia brasileira), há mais de uma década. Atualmente é membro do conselho do Movimento Brasil Livre (Free Brazil Movement), o principal grupo da sociedade civil que atua na oposição ao atual [da presidente Dilma] governo socialista [sic] no Brasil.[41]

fabio-ostermann.jpg

O cientista político Fábio Ostermann, treinado na Atlas Network e fundador do MBL. Os ultraliberais creem no livre mercado, mas não abrem mão da política institucional: Fábio foi candidato a prefeito de Porto Alegre em 2016 pelo PSL.
Em seu próprio site, Ostermann, entre outras informações, assim se apresenta:

Foi Fellow na Atlas Economic Research Foundation (Washington, DC), Diretor Executivo do Instituto Liberdade, Diretor de Formação e Conselheiro Fiscal do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), cofundador da rede Estudantes Pela Liberdade, tendo sido o primeiro presidente de seu Conselho Consultivo, Diretor Executivo do Instituto Ordem Livre e Coordenador Nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), entidade da qual foi o fundador, e Diretor Executivo da Fundação Educacional do Partido Social Liberal (PSL).

É Professor (licenciado) na Faculdade Campos Salles, associado honorário do IEE, membro do Grupo Pensar+ e Presidente Estadual do LIVRES PSL/RS.[42] Fábio Ostermann foi candidato a prefeito de Porto Alegre em 2016, pelo Partido Social Liberal (PSL). Obteve apenas 7.054 votos, 0,99% do total de votos válidos, tendo ficado em 6º lugar, mas pôde inserir as ideias liberais e ultraliberais no debate eleitoral. Atualmente, dedica-se a organizar o Livres, “tendência liberal e libertária” do PSL.[43]

Em abril de 2015, o presidente da Atlas Network, Alejandro Chafuen, esteve no Brasil. No dia 12, participou da manifestação pelo impeachment de Dilma em Porto Alegre e publicou, em sua página no facebook, uma foto sua, vestido com uma camisa da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, em companhia de Fábio Ostermann. A foto foi reproduzida na matéria de Marina Amaral, já citada. Nos dois dias seguintes, Chafuen participou, como convidado, do 28º Fórum da Liberdade, realizado pelo IEE. Entre os palestrantes, estavam vários dos nomes já citados anteriormente: além de Chafuen, Demétrio Magnoli, Diogo Costa, Hélio Beltrão, Kim Kataguiri e Rodrigo Constantino. Outros nomes conhecidos participaram dos painéis do Fórum: o senador Ronaldo Caiado (DEM–Goiás), o deputado estadual Marcel van Hattem (PP–RS) e Plinio Apuleyo Mendoza (jornalista e diplomata colombiano, um dos autores do Manual del perfecto idiota latinoamericano, uma espécie de panfleto satírico antiesquerdista, publicado em 1996). Durante o 28º Fórum, o jornalista William Waack, do Grupo Globo, recebeu o prêmio Liberdade de Imprensa, concedido pelo IEE.[44]

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O jornalista Willian Waack e, sentado ao seu lado direito, o senador pelo DEM Ronaldo Caiado no 28º Fórum da Liberdade organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais, parceira da Atlas Network.
Sobre o Movimento Brasil Livre, é importante acrescentar que, apesar de derrotas em eleições majoritárias, já obteve algumas vitórias eleitorais. No site do MBL, constam, como parlamentares vinculados ao movimento, um deputado federal, Paulo Eduardo Martins (PSDB-PR), e oito vereadores, eleitos em três municípios paulistas (São Paulo, Americana e Rio Claro), dois gaúchos (Porto Alegre e Sapiranga), dois paranaenses (Londrina e Maringá) e um sergipano (Aracaju), pelos seguintes partidos: quatro pelo PSDB, além do DEM (Fernando Holiday, na cidade de São Paulo, presença constante nas manifestações a favor do impeachment de Dilma), PRB, PV e PEN.[45]

Farei breves referências, também, ao Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL–SP), que promove a realização do Fórum Liberdade e Democracia. Na sua 3ª edição, realizada na cidade de São Paulo no dia 22 de outubro de 2016, houve o anúncio de duas premiações: Deltan Dallagnol, procurador do Ministério Público Federal, recebeu o “Prêmio Liberdade 2016”, “em nome da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato”. As evidências acerca da convergência entre a Operação Lava Jato e os interesses, ainda que circunstanciais e oportunistas, dos setores políticos e sociais favoráveis ao impeachment de Dilma são inúmeras. Essa premiação é apenas mais uma. O segundo premiado do evento foi Fernando Holiday,[46] do MBL, que recebeu o “Prêmio Luís Gama – 2016”, por ter sido “um dos protagonistas dos movimentos de rua que lideraram os protestos a favor do impeachment, de mais liberdade, menor intervenção estatal e fim da corrupção”.[47] O baiano Luiz Gama (1830-1882),[48] negro como o paulistano Fernando Holiday, foi republicano, em tempos de regime monárquico, e membro do Partido Liberal. Mas ficou conhecido, principalmente, como um dos mais importantes abolicionistas do século XIX. O vereador eleito em 2016, entretanto, rejeita demandas históricas do movimento negro no Brasil, entre elas, a política de reserva de vagas para negros e indígenas em universidades e concursos públicos (cotas raciais) e outras políticas de ação afirmativa. Usar o nome de Luiz Gama para homenagear um jovem político que, ainda que negro, não tem qualquer vínculo com nenhuma organização do movimento negro e que se posiciona a favor da “revogação do Dia da Consciência Negra” é, evidentemente, uma apropriação indébita e oportunista, para dizer o mínimo.[49]

Acerca do 3º Fórum Liberdade e Democracia, também não se pode ignorar o convite feito ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC–RJ) — de evidente filiação ideológica à direita autoritária, com um discurso frequentemente truculento, misógino, homofóbico e racista — para participar do 1º painel, intitulado “O papel do Estado no século XXI”. Além do deputado, foram convidados para o debate a senadora Ana Amélia Lemos (PP–RS) e Fábio Ostermann, este último como representante do pensamento ultraliberal. A mediação do debate ficou por conta de Hélio Beltrão, do Instituto Mises Brasil. Logo no início, ao apresentar os integrantes do painel, o mediador afirmou que o debate possibilitaria marcar as “diferenças entre a direita e os liberais”, obviamente referindo-se a Bolsonaro como o representante da direita. A participação do deputado deixou claro que a intenção do convite foi exatamente esta: marcar as diferenças entre a direita liberal e a extrema-direita, sendo que as posições da senadora Ana Amélia foram claramente mais próximas daquelas expressas por Ostermann.[50] Os temas mais polêmicos abordados no painel foram os relacionados a declarações de Bolsonaro em defesa do regime militar e às palavras que o deputado pronunciou ao votar, no plenário da Câmara, a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no dia 17 de abril de 2016. Naquela sessão histórica, e ao mesmo tempo lamentável, Bolsonaro pronunciou as seguintes palavras:

[…] Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve [sic]; contra o comunismo; pela nossa liberdade; contra o Foro de São Paulo; pela memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff; pelo Exército de Caxias; pelas nossas Forças Armadas; por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos, o meu voto é sim.[51]

O deputado federal, no plenário da Câmara dos Deputados, homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, falecido em outubro de 2015. Ustra atuou como diretor do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo, órgão subordinado ao Exército, entre setembro de 1970 e janeiro de 1974, e foi reconhecido, pela Justiça, como torturador de presos políticos durante a ditadura militar.[52]

No debate, Ostermann reforçou todas as posições dos ultraliberais: declarou que “Estado eficiente é Estado reduzido” e criticou os “incentivos perversos do Estado de bem-estar social”. Mas demarcou, com firmeza, suas diferenças em relação a Bolsonaro, ao afirmar que “se orgulhar da ditadura militar” e “defender torturador” era “vergonhoso”.[53]

O convite do IFL-SP a Jair Bolsonaro, assim como a pergunta de Hélio Beltrão sobre as posições do deputado acerca da ditadura militar e da tortura, podem ser interpretados como uma tentativa dos ultraliberais de marcar suas divergências com a extrema-direita. Entretanto, foi dado um palco para o deputado, que contou com o apoio de parte significativa da plateia. Em diversos momentos do debate, foi possível ouvir aplausos a Bolsonaro e gritos de “mito, mito, mito”. Convidar Bolsonaro significou, na prática, que os integrantes do IFL-SP consideraram o deputado um debatedor que merecia ser ouvido e que, de alguma maneira, estava à altura do debate político que se queria promover. Se a intenção foi, ao contrário, expor Bolsonaro ao contraditório para desqualificá-lo, o resultado não foi o que os organizadores esperavam, dado o apoio demonstrado por uma parcela da plateia.

É importante registrar que Hélio Beltrão fez questão de afirmar que os convidados para o painel estavam “unidos contra essa esquerda dos governos recentes”. E que, em outro momento, questionou “o que a gente pode fazer junto” para evitar o retorno ao poder “dessa esquerda que está querendo voltar”. Ou seja, Beltrão e Ostermann marcaram as diferenças em relação a diversas posições de Bolsonaro, mas não descartaram uma possível aliança entre a direita liberal e a direita autoritária para derrotar o “inimigo” maior: as esquerdas. Como, aliás, aconteceu em 2016, nas alianças que se formaram para derrubar a presidente Dilma e derrotar o Partido dos Trabalhadores.

Considerações finais
As fontes documentais utilizadas neste texto — páginas das organizações e think tanks na internet, entrevistas e artigos de integrantes — permitem demonstrar a articulação estreita entre organizações liberais e ultraliberais dos Estados Unidos, Brasil e demais países latino-americanos, além de conexões com institutos e fundações de países europeus. Também é possível constatar que foram constituídas redes entre essas organizações que possibilitam não só a produção e circulação de textos e o debate entre formuladores de ideias liberais e ultraliberais, como o apoio efetivo à criação e o fortalecimento de novas organizações em um número crescente de países e cidades. Essas redes também se articulam para apoiar ações políticas, ainda que frequentemente isso não seja explicitado. Esse apoio se concretiza no treinamento de novas lideranças políticas, em geral com menos de 30 ou 40 anos, e doações financeiras (realizadas de maneira transparente ou não).

A adoção, pela Atlas Economic Research Foundation, do “nome fantasia” Atlas Network em 2013 foi, portanto, oportuna, pois o objetivo da organização é, efetivamente, fomentar a criação e apoiar organizações liberais e ultraliberais em todo o globo (Atlas), trabalhando em rede (Network).

Também é possível constatar a participação das mesmas pessoas em várias dessas organizações ao mesmo tempo, tanto brasileiras como, em alguns casos, estrangeiras, particularmente dos Estados Unidos.

Entretanto, considero que não se pode superestimar a força política dessas organizações ultraliberais, no Brasil e em outros países da América Latina, onde atuam de maneira semelhante, com maior ou menor força e/ou penetração na sociedade, com o objetivo de influenciar as disputas de opinião na esfera pública. Faço essa afirmação porque, em países com tão altas proporções da população que necessitam dos serviços públicos, a defesa do enxugamento do Estado, inclusive em áreas essenciais como educação e saúde, provoca resistências importantes.

Mas, se não é possível superestimar o poder dessas organizações e think tanks defensores das privatizações, de um Estado enxuto ou mesmo do Estado mínimo, é possível confirmar seu crescimento, tanto em número (de organizações e integrantes) como em penetração no debate público. São evidentes os vínculos dessas organizações liberais e ultraliberais, tanto nacionais como estrangeiras, principalmente norte-americanas, com algumas das corporações de mídia mais poderosas do Brasil (Grupos Globo, Abril, Folha,[54] RBS e Estado), assim como com organizações criadas com o objetivo de mobilizar a população em manifestações de oposição ao Partido dos Trabalhadores e de apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2015 e 2016, como o Movimento Brasil Livre, uma espécie de filial militante, no Brasil, do Student For Liberty.

Em 6 de setembro de 2012, em artigo publicado na revista Carta Capital, intitulado “Instituto Millenium, mídia e as lições da história”, o jornalista e ex-deputado federal pelo PT da Bahia, Emiliano José, fez a seguinte afirmação:

O Millenium acompanha uma tradição golpista existente no Brasil, uma tradição golpista da nossa velha mídia inclusive. Não aceita, não engole um governo que, pela via democrática, e com parâmetros distintos do neoliberalismo, está mudando o Brasil. E fará de tudo para derrotar esse projeto. De tudo.[55]

Ressalto que esse artigo foi escrito em setembro de 2012, ou seja, nove meses antes das chamadas “jornadas de junho” de 2013, quando teve início um intenso processo de desgaste e desestabilização do governo de Dilma Rousseff. Contudo, escrito em meio à espetacularização do julgamento iniciado em agosto de 2012 no Supremo Tribunal Federal, da AP 470, que ficou conhecido como o julgamento do “mensalão” petista.

Iniciativas de criar organizações e partidos ultraliberais, como o Partido Novo e o Libertários,[56]vêm se intensificando no Brasil nos últimos anos, particularmente como reação aos governos social-democratas e reformistas dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT). Ainda que representantes de concepções minoritárias, essas organizações têm se fortalecido.

São organizações que têm atuado fazendo oposição a governos eleitos de esquerda, centro-esquerda e social-democratas, cujas políticas não são consideradas “amigáveis” ao livre-mercado e a determinados interesses dos Estados Unidos. Mas essas organizações não fazem apenas oposição democrática. Elas têm atuado, cada vez com mais intensidade, com o objetivo de desgastar, desestabilizar e, finalmente, derrubar esses governos.

As mesmas organizações norte-americanas que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff atuam no apoio aos setores políticos da direita liberal e ultraliberal nos demais países latino-americanos, como Argentina, Chile, Equador, Venezuela etc.[57] E, como no Brasil, participam (ou participaram), em maior ou menor grau, de ações de desestabilização de governos de esquerda, centro-esquerda e social-democratas.

No caso do processo político-jurídico que teve como objetivo o impeachment de Dilma Rousseff, concluído em 31 de agosto de 2016, a participação das grandes empresas de mídia foi central, assim como a ação (na internet e nas ruas) de organizações como o MBL e Vem Pra Rua, que tiveram o apoio, nada discreto, das corporações de mídia que criaram o Instituto Millenium.

Não posso deixar de me posicionar, neste texto, em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, que considero a concretização de uma espécie de novo “modelo” de golpe de Estado, parlamentar-jurídico-policial-midiático, por não ter havido a comprovação de crime de responsabilidade cometido pela presidente deposta. Todo o processo de impeachment de Dilma foi cercado de inúmeras polêmicas e questionamentos, levantados inclusive por um expressivo número de juristas.

Minha intenção, portanto, foi mostrar, de maneira breve e preliminar, algumas das conexões entre organizações da direita ultraliberal norte-americana, brasileira e hispano-americana. Conexões estas que se estabeleceram, também, na promoção das manifestações e propaganda política a favor do impeachment de Dilma.

Organizações e fundações com posições político-ideológicas assumidas existem à direita e à esquerda do espectro político. Mas o que ocorreu no Brasil em 2015 e 2016 foram doações em dinheiro, além de treinamento — por organizações estrangeiras, principalmente norte-americanas —, de personagens que tiveram um papel central na mobilização social para destituir uma presidente da República legitimamente eleita, sem a comprovação de crime de responsabilidade.
 

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Notas e referências

[1] Think tank – expressão que pode ser traduzida por “centro de pensamento” — é um termo criado nos Estados Unidos e utilizado, a partir da década de 1950, para designar organizações que se dedicam a produzir e/ou difundir pesquisas, ideias e projetos de políticas públicas (política econômica, política externa, políticas sociais, ambientais etc.), com o objetivo de influenciar governos e/ou conformar uma certa opinião pública. Em geral, buscam transmitir uma imagem técnica, tentando afastar-se de uma identificação estritamente ideológica, mesmo que claramente defendam determinadas concepções política e ideologicamente orientadas.
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[2] Foi publicado, no site do Instituto Mises Brasil, em 18/01/2017, um artigo intitulado “Em defesa do Ultraliberal”, cujo autor, Geanluca Lorenzon, é um dos diretores da organização. Após fazer uma referência (desfavorável) ao livro Historiadores pela Democracia (Orgs.: Hebe Mattos, Tânia Bessone e Beatriz G. Mamigonian. São Paulo: Alameda, 2016) — e, sem explicitar, ao meu texto na coletânea (“Entre 2013 e 2016, das ‘jornadas de junho’ ao golpe”) —, Lorenzon defende o uso do termo ultraliberal para designar os defensores do Estado mínimo. Cf. Acesso em: 12/02/2017.
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[3] Essas informações sobre a Atlas Network podem ser encontradas na página da organização na internet: Atlas Network, mais especificamente em: Our Story Sobre o nome da organização, ver: FAQS Acesso em: 07/02/2017.
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[4] Cf. “Giving: All you need to know about your donation.” Acesso em: 07/02/2017.
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[5] Sobre os irmãos Koch, suas empresas e as conexões com os movimentos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, ver a matéria de Antonio Luiz M. C. Costa publicada na revista Carta Capital em 23/03/2015: “Quem são os irmãos Koch?”. Disponível em: Quem são os irmãos Koch?.
Acerca dos vínculos e contribuições das fundações Koch para a Atlas Network, conferir a matéria da jornalista Marina Amaral na agência Pública: “A nova roupa da direita”. Pública, 23/06/2015. Disponível em: A nova roupa da direita (último acesso em: 15/02/2017). Ver, também, as seguintes páginas das organizações Koch na internet: Charles Koch InstituteeCharles Koch Foundation. Acesso em: 15/02/2017.
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[6] A lista de partners da Atlas Network pode ser conferida em: Global Directory (último acesso em: 13/02/2017).
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[7] “We are the largest libertarian student organization in the world”. Cf. WHO WE AREAcesso em: 10/02/2017.
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[8] Cf. Estudantes Pela Liberdade. Acesso em: 06/02/2017.
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[9] Em 2017, o Fórum será em Nova York, nos dias 7 e 8 de novembro. Cf. LIBERTY FORUM & FREEDOM DINNER. 2017 Acesso em: 08/02/2017.
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[10] Citação no original: “Atlas Network strengthens the worldwide freedom movement by identifying, training, and supporting individuals with the potential to found and develop effective independent organizations that promote our vision in every country. […] The annual Liberty Forum brings together amazing freedom champions from this network to exchange ideas and share strategies. The gala Freedom Dinner serves as a fitting grand finale to this conference, celebrating heroes of the freedom movement and the principles that friends of Atlas Network are advancing worldwide.” In: LIBERTY FORUM & FREEDOM DINNER 2017. Acesso em: 08/02/2017. Todas as traduções são da autora do texto.
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[11] Citação no original: “With modest resources available for grants, we can only fund a fraction of the worthy proposals we receive. […] Atlas Network-sponsored grants can support specific projects, or provide general operating support to organizations within the Atlas Network. Support is typically awarded in modest amounts of $5,000 to $10,000, and only on rare occasions will it exceed $20,000. In: Does Atlas Network distribute grants? And if so, how?. Acesso em: 08/02/2017.
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[12] O livro de Ayn Rand, Atlas Shrugged (1957), teve duas edições publicadas no Brasil. Na primeira, de 1987, o livro foi intitulado Quem é John Galt? (editora Expressão Cultura, 1987, 903 p.) e, na segunda, A revolta de Atlas. São Paulo: Editora Arqueiro, 2010, 3 volumes (1232 p.).
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[13] Cf. Libertarianismo. In: OUTHWAITE, William et al. Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996, p. 425-6.
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[14] Citação no original: “The name was not derived from the book. In fact, the word “Atlas” in our name has to do with the global nature of our work. And, although we share many of the free-market values found in Atlas Shrugged and held by the Atlas Society and Ayn Rand Institute, we are separate organizations.” In.: FAQS Acesso em: 08/02/2017.
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[15] Sobre o Hispanic American Center For Economic Research (HACER), ver: HACER e HACER – Board of Trustees Acesso em: 14/02/2017.
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[16] Sobre a “nova direita” brasileira, que passou a liderar movimentos de rua nos últimos anos, particularmente contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ver: Marina Amaral. “A nova roupa da direita”. Pública, 23/06/2015. Disponível em: A nova roupa da direita; “Movimento Brasil Livre – MBL e junho de 2013.
Uma franquia americana depois do impeachment está presente no movimento Escola Sem Partido. Entrevista especial com Marina Amaral.” In: revista IHU On-Line, do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, 01/08/2016. Disponível em: Movimento Brasil Livre – MBL e junho de 2013. Uma franquia americana que depois do impeachment está presente no movimento Escola Sem Partido. Entrevista especial com Marina Amaral.
Ver também Patrícia Campos Mello. “Inclinações da direita. Liberais, libertários e conservadores, uni-vos.” Folha de S. Paulo, Ilustríssima, 05/10/2014. Disponível em: Inclinações da direita;
Luiza Villaméa: “Como Derrubar um governo.” Revista Brasileiros, 19/08/2016. E MELO, Demian Bezerra. “A direita ganha as ruas: elementos para um estudo das raízes ideológicas da direita brasileira”, trabalho apresentado no evento “Marx e o Marxismo 2015: Insurreições, passado e presente”, realizado em Niterói, na UFF, entre 24 a 28 de agosto de 2015. Acesso em: 08/02/2017.
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[17] In: Fundacion Atlas Argentina. Acesso em: 14/02/2017.

[18] Sobre a organização argentina Fundación Atlas para una Sociedad Libre, ou Atlas 1853, ver: Fundacion Atlas Argentina. Acesso em: 14/02/2017.
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[19] Informações em: Atlas – Global Directory. Acesso em: 13/02/2017.
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[20] Cf. a página da RELIAL na internet. Acesso em: 06/02/2017.
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[21] Cf. a página da Rede Liberdade na internet. Acesso em: 08/02/2017.
.
[22] Propostas aprovadas no Primeiro Congresso Nacional do Movimento Brasil Livre em novembro de 2015. Acesso em: 12/02/2017.
.
[23] Sobre o IEE, o Fórum da Liberdade e a programação de sua 29ª edição, ver: Instituto de Estudos Empresariais; Fórum da Liberdade e Fórum da Liberdade – Programação. Acerca do The Ayn Rand Institute, cf. ARI. Acesso em: 14/02/2017.
.
[24] As informações sobre os mantenedores do Instituto Millenium estão no site do instituto: Quem Somos e Mantenedores (último acesso em: 14/02/2017). Acerca do diagnóstico e das propostas de Armínio Fraga para a crise econômica brasileira e sua opinião sobre o impeachment da presidente Dilma, ver a entrevista concedida em 17/11/2015 para a Folha de S. Paulo. Acesso em: 14/02/2017.
Sobre o Millenium, ver, também: Luciana Silveira. Fabricação de ideias, produção de consenso: estudo de caso do Instituto Millenium. Campinas: UNICAMP, 2013 (Dissertação de Mestrado em Sociologia). Acesso em: 14/02/2017.
.
[25] Leandro Narloch ficou mais conhecido como o autor de vários livros intitulados Guia politicamente incorreto…: da História do Brasil (2009); da América Latina (2011, em coautoria com Duda Teixeira); da História do Mundo (2013) e da Economia Brasileira (2015), todos com um tom irônico, simplificações e informações equivocadas, com o objetivo de endossar uma perspectiva da história supostamente coerente com a direita liberal. O primeiro, particularmente, tornou-se best seller, com uma grande vendagem. Sobre o livro Guia politicamente incorreto da América Latina, ver a resenha “Lombroso oculto Livro sobre ‘falsos heróis latino-americanos’ usa simplificações oportunas, omissões e interpretações discutíveis, avalia professora” de Maria Ligia Coelho Prado, publicada no caderno Aliás, O Estado de S. Paulo, 25/09/2011. Acesso em: 08/02/2017.
.
[26] Cf. Instituto Millenium – O GOVERNO CONTRA A LEI. Acesso em: 08/02/2017.
.
[27] Cf. Atlas Network – GOVERNMENT CORRUPTION IN BRAZIL PRESENTS BOTH RISKS, OPPORTUNITIES. Acesso em: 08/02/2017.
.
[28] AMARAL, Marina. A nova roupa da direita. Pública, 23/06/2015. (último acesso em: 15/02/2017).
.
[29] “Students For Liberty plays strong role in Free Brazil Movement”. In: Atlas Network. Citação no original: “At the head of the movement is Kim Kataguiri, a rising libertarian star working with Atlas Network partner Estudantes Pela Liberdade (Students for Liberty). […] Many members within the Free Brazil Movement have passed through Atlas Network’s premier training program, the Atlas Leadership Academy, and are now applying what they have learned on the ground where they live and work. “The Atlas Leadership Academy provides diverse trainings with a focus on mission development, knowing how to reach your audience and the importance of achieving impact,” said Cindy Cerquitella, director of Atlas Leadership Academy. “It has been thrilling to work with advocates for liberty in Brazil, and in 90 countries worldwide, and even more exciting to see them putting those lessons into practice.” Cf. Atlas Network – STUDENTS FOR LIBERTY PLAYS STRONG ROLE IN FREE BRAZIL MOVEMENT e Atlas Leadership Academy. Acesso em: 13/02/2017.
.
[30] “Students For Liberty plays strong role in Free Brazil Movement”. In: Atlas Network. Cf.
Acesso em: 13/02/2017.
.
[31] O Estudantes Pela Liberdade (EPL), no Brasil, tem sede em Belo Horizonte. Ver: “Quando tudo começou”. Acesso em: 14/02/2017.
.
[32] “Trajetória”. In: Estudantes Pela Liberdade. Acesso em: 14/02/2017.
.
[33] Cf. Estudantes Pela Liberdade. Acesso em: 14/02/2017.
.
[34] Cf. o site do Bunker Editorial e as referências sobre a Coleção Estudantes Pela Liberdade. Acesso em: 14/02/2017.
.
[35] Contabilidade do Estudantes Pela Liberdade, feita pela Tax Services Consultoria e Auditoria, de Belo Horizonte, datada de 20/12/2016. Acesso em: 10/02/2017.
.
[36] Cf. “Liberty movement exploding among Brazilian students”. Acesso em: 10/02/2017.
.
[37] Cf. AMARAL, Marina. A nova roupa da direita. Pública, 23/06/2015. (último acesso em: 15/02/2017).
.
[38] Cf. Students for Liberty – Team. Acesso em: 10/02/2017.
.
[39] Sobre Elisa Lucena Martins, ver: Instituto Ordem Livre – Quem Somos; Atlas Network – Elisa Bishop e Instituto Millenium – Elisa Lucena Martins. Acesso em: 10/02/2017.
.
[40] Sobre Diogo G. R. Costa, ver: Instituto Ordem Livre – Quem Somos e Instituto Millenium – Diogo Costa. Acesso em: 10/02/2017. Cf., também, o site do Cato InstituteAbout. Acesso em: 10/02/2017.
.
[41] No original: “Fabio Ostermann is a 30-year-old political scientist. He is a law graduate and holds a master’s degree in political science. Ostermann is an Atlas Leadership Academy graduate and has been involved with the main free-market initiatives in his home country, Brazil, since he found himself to be a libertarian (‘liberal’ in Brazilian terminology), more than a decade ago. He is currently a member of the board of Movimento Brasil Livre (Free Brazil Movement), the main civil society group active on the opposition to the current socialist government in Brazil.” Cf. Atlas Network – Our People. Acesso em: 12/02/2017.
.
[42] Informações em Fábio Ostermann. Acesso em: 15/02/2017.
.
[43] Sobre o LIVRES, ver site oficial. Acesso em: 15/02/2017.
.
[44] Sobre os palestrantes convidados no 28º Fórum da Liberdade, ver 28º Fórum da Liberdade – “Caminhos para a Liberdade”. Acesso em: 12/02/2016. No site do Fórum da Liberdade é possível consultar a programação das várias edições.
.
[45] Cf. site do MBL: Parlamentares. Acesso em: 12/02/2017.
.
[46] O nome de registro de Fernando Holiday é Fernando Silva Bispo.
.
[47] Sobre o IFL-SP, cf. Instituto de Formação de Líderes e cf. 3º Fórum Liberdade e Democracia. Acesso em: 13/02/2017.
.
[48] A grafia original de seu nome era Luiz. E seu nome completo, Luiz Gonzaga Pinto da Gama.
.
[49] Sobre as propostas do vereador Fernando Holiday (DEM-SP), ver: http://www2.camara.leg.br/camaranot...IVRE-CRITICA-COTAS-DURANTE-COMISSAOGERAL.html e http://www.jb.com.br/pais/noticias/...-proporfim-de-cotas-para-negros-veja-o-video/ Acesso em: 13/02/2017.
.
[50] O vídeo do 1º painel do 3º Fórum Liberdade e Democracia de São Paulo, organizado pelo IFL-SP, pode ser visto em: Acesso em: 06/03/2017.
.
[51] O vídeo do discurso do deputado Jair Bolsonaro, no dia 17 de abril de 2016, pode ser visto em: Acesso em: 06/03/2017.
.
[52] Sobre Ustra, ver: El País – Brilhante Ustra, ícone da repressão da ditadura brasileira. Acesso em: 06/03/2017.
.
[53] Cf. 1º painel do 3º Fórum Liberdade e Democracia. Acesso em: 06/03/2017.
.
[54] Vale registrar que Judith Brito, superintendente do jornal Folha de S. Paulo, consta na lista de “especialistas” do Instituto Millenium (Imil). Cf. Folha – Expediente e Instituto Millenium – JUDITH BRITO. Entre os colunistas da Folha, estão os seguintes “especialistas” do Imil: Alexandre Schwartsman, Leandro Narloch, Marcos Troyjo e Samuel Pessôa. Também são colunistas do jornal, Demétrio Magnoli, Kim Kataguiri e Reinaldo Azevedo. O coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), Kataguiri, foi colunista da Folha em janeiro de 2016. A Folha também conta, entre seus colunistas, com representantes das esquerdas, como, entre outros, Guilherme Boulos, membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), desde junho de 2014. Entretanto, a orientação liberal da Folha de S. Paulo é evidente. Assim como sua posição favorável ao impeachment de Dilma Rousseff. Cf. Folha (ver as listas de colunistas em cada uma das seções do jornal) e Imil – Especialistas. Acesso em: 17/02/2017.
.
[55] Cf. Emiliano José. Instituto Millenium, mídia e as lições da história. CartaCapital, 06/09/2012. Acesso em: 15/02/2017.
.
[56] Cf. O Globo- Jovens se organizam e tentam criar legendas da ‘nova direita’. Acesso em: 06/02/2017.
.
[57] Cf. a entrevista de Marina Amaral à revista IHU On-Line, do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, de 01/08/2016, já citada: Movimento Brasil Livre – MBL e junho de 2013. Uma franquia americana que depois do impeachment está presente no movimento Escola Sem Partido. Entrevista especial com Marina Amaral. Acesso em: 08/02/2017.
 

Noctua

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Atlas Funds Think Tanks
Many of the think tanks Atlas funds are outside of the US so the recipients are unknown. This is due to the the IRS tax code which does not require the disclosure of international grantees.

2016
Total Grants and Awards distributed to Atlas partners in 2016 [9]

  • Canada: Total Grants and Awards for the Region = $204,671
  • United States, Total Grants and Awards for the Region = $531,387
  • Latin America & Caribbean, Total Grants and Awards for the Region = $1,689,010
  • Europe & Central Asia: Total Grants and Awards for the Region = $1,768,710
  • Middle East & North Africa: Total Grants and Awards for the Region = $278,927
  • Africa: Total Grants and Awards for the Region = $264,418
  • South Asia: Total Grants and Awards for the Region = $276,591
  • East Asia & Pacific: Total Grants and Awards for the Region = $238,806
  • Australia & New Zealand: Total Grants and Awards for the Region = $700
2015
Total Grants and Awards distributed to Atlas partners in 2015 = $4,230,719 [10] [11]

Below is a breakdown of the regions that received grants for "economic education": [11]

  • $275,092 to Sub-Saharan Africa
  • $363,840 to East Asia and the Pacific
  • $149,571 to North America
  • $1,512,487 to Europe
  • $697,172 to South America
  • $215,703 to the Middle East
  • $237,476 to Central America
  • $237,682 to South Asia
The following domestic organizations received grants from the Atlas Network in 2015: [11]

2014
According to its 2014 990 form, the Atlas Network distributed $4,354,783 in grants [12]

Below is a breakdown of the regions that received grants for "economic education": [11]

  • $297,769 to Sub-Saharan Africa
  • $240,963 to East Asia and the Pacific
  • $81,647 to North America
  • $1,491,967 to Europe
  • $984,001 to South America
  • $130,677 to the Middle East
  • $42,958 to Central America
  • $616,736 to South Asia
The following domestic organizations received grants from the Atlas Network in 2014: [11]

  • $20,000 to The Foundation for Government Accountability
  • $5,800 to American Principles in Action
  • $10,000 to State Policy Network
  • $146,054 to Students for Liberty
  • $40,700 to Taliesin Nexus
  • $25,000 to American Slovenian Education Foundation
  • $50,000 to Foundation for Democracy in Russia
  • $11,000 to Illinois Policy Institute
  • $8,000 to Interamerican Institute for Democracy
  • $20,000 to National Review Institute
  • $6,000 to Saint Vincent College
  • $10,000 to Association of Private Enterprise Education Inc
  • $15,000 to Liberty Foundation of America
2013
Total Fellowships and Grants distributed to Atlas partners in 2013 = $3,794,410 [13]

Below is a breakdown of the regions that received grants for "economic education": [11]

  • $170,196 to Sub-Saharan Africa
  • $155,850 to East Asia and the Pacific
  • $200,299 to North America
  • $1,381,186 to Europe
  • $595,209 to South America
  • $219,287 to the Middle East
  • $14,500 to Central America
  • $518,677 to South Asia
  • $2,845,041 to Central America
The following domestic organizations received grants from the Atlas Network in 2013: [11]

2012
Total Grants and Awards distributed to Atlas partners in 2012 = $3,515,000 [14] [11]

Below is a breakdown of the regions that received grants for "economic education": [11]

  • $45,093 to Sub-Saharan Africa
  • $133,800 to East Asia and the Pacific
  • $316,509 to North America
  • $940,037 to Europe
  • $454,384 to South America
  • $29,910 to the Middle East
  • $9,210 to Central America
  • $469,150 to South Asia
  • $57,050 to Russia
The following domestic organizations received grants from the Atlas Network in 2012: [11]

2011
Total Fellowships and Grants distributed to Atlas partners in 2011 = $3,238,239 [15] [11]

Below is a breakdown of the regions that received grants for "economic education" [11]

  • $102,983 to Sub-Saharan Africa
  • $384,727 to East Asia and the Pacific
  • $207,609 to North America
  • $1,130,290 to Europe
  • $555,180 to South America
  • $44,525 to the Middle East
  • $26,825 to Central America
  • $31,492 to South Asia
The following domestic organizations received grants from the Atlas Network in 2011 [11]

2010
Total Fellowships and Grants distributed to Atlas partners in 2010 = $2,575,202 [16]

Below is a breakdown of the regions that received grants for "economic education" [11]

  • $88,836 to Sub-Saharan Africa
  • $300,374 to East Asia and the Pacific
  • $139,190 to North America
  • $886,893 to Europe
  • $432,023 to South America
  • $48,852 to the Middle East & North Africa
The following domestic organizations received grants from the Atlas Network in 2010 [11]

2009
The 2009 Atlas Form 990 shows under $650k in grants (to organizations, governments and individuals) in the U.S., and over $2m outside the U.S.

Outside the U.S., it listed "economic education" expenditures of: [17]

  • $125, 203 to Sub-Saharan Africa
  • $392,016 to East Asia and the Pacific
  • $39,344 to North America
  • $1,054,152 to Europe
  • $427,498 to South America
  • $54,980 to the Middle East
Inside the U.S., Atlas listed mostly grants of roughly $10,000, including one to the Sam Adams Alliance ($10,200); though some grants were larger, e.g. the George Mason UniversityFoundation got $50,000.
 

Noctua

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Doutrinação nas escolas?

Estudantes Pela Liberdade desafia hegemonia da esquerda
Grupo cresceu rapidamente e possui projetos ambiciosos, mas também tem de lidar com dissidentes

Saiba quem dos seus amigos leu
  • Bruno Raphael Müller, especial para a Gazeta do Povo
  • [22/06/2017]
  • [12h22]
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Logomarca do EPL: trajetória ascendente Divulgação

00COMENTE! [50]


Durante muitos anos, pertencer ao movimento estudantil era sinônimo de ser de esquerda. Aos poucos, entretanto, essa regra vai sendo quebrada. Um dos responsáveis pela mudança é o EPL (Estudantes Pela Liberdade), assumidamente liberal, que faz um contraponto ao pensamento dominante nas universidades.

Nunca foi tão importante estar bem informado.Sua assinatura financia o bom jornalismo.
EXPERIMENTE POR R$ 0,99 NO 1º MÊS
A entidade surgiu em 2010. “O objetivo inicial era levar uma discussão diferenciada às universidades e falar de liberdades individuais e do livre mercado”, conta Débora Gois Torres, diretora de captações e operações do EPL. “O ensino no Brasil é direcionado para ideias socialistas e populistas”, completa.

Hoje, são 11 pessoas trabalhando na sede da organização, em Belo Horizonte (MG), e pelo menos 3.300 alunos Brasil afora envolvidos com a entidade.

Se, no começo, o objetivo principal era formar estudantes capazes de enfrentar os grupos de esquerda inclusive na política estudantil, o papel atual do EPL é diferente. Segundo Débora, a nova meta da sigla é “desenvolver a educação e formar indivíduos atuantes”. Um dos objetivos é atingir, até dezembro, cinco mil jovens com um portfólio de cursos que variam de finanças pessoais à filosofia objetivista. “Acreditamos ter contribuído muito para que as sementes fossem plantadas. O EPL já foi uma organização de estudantes para estudantes. Hoje, somos uma organização profissional que desenvolve produtos e programas para eles”, diz.

Os Estudantes Pela Liberdade também tem pela frente projetos como o Festival da Liberdade, ainda sem data, com dois dias de programação dedicada à disseminação de ideias liberais, escolas de empreendedorismo e workshops de negociação, entre outros assuntos.

Com estilo semelhante ao do Ted Talks, o projeto EPLX também deve sair da gaveta em breve: o EPL prevê seis meses de eventos com temas definidos e palestrantes especialistas nos temas, com a mesma finalidade do Festival, mas que serão divulgados de forma diluída nas universidades.

O Estudantes Pela Liberdade sobrevive da ajuda de empresas privadas, organizações internacionais e de pessoas físicas, conforme auditoria publicada no site oficial. Débora nega que haja auxílio por parte da matriz norte-americana do Students for Liberty, que inspirou o projeto do EPL. “Acreditamos que devemos atuar de forma independente, mas nos inspiramos muito nos treinamentos da Atlas Network”, diz ela, em referência à rede internacional de organizações liberais.

Oposição à diretoria da UNE (União Nacional dos Estudantes), o EPL também atua nacionalmente como concorrente na venda de carteiras de estudantes. “Queremos acabar com o monopólio oferecendo uma opção. Ao contrário da UNE, não temos vínculos partidários e não queremos ter”, finaliza.

Relação com o MBL

Discreto, o EPL está na origem de uma entidade bem mais famosa: o MBL (Movimento Brasil Livre), cujo porta-voz, Kim Kataguiri, é membro do Estudantes Pela Liberdade e realiza palestras em eventos apoiados pela sigla.

Com a inquietação dos integrantes do EPL perante as manifestações que começaram a ocorrer após a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, o grupo queria levar adiante um projeto mais incisivo que o anterior.

Problema: apoiado à época por entidades norte-americanas como a Atlas Network e o Students for Liberty, o EPL não podia assumir em manifestações seu engajamento, devido à restrição da receita dos EUA de ajudar financeiramente ativistas políticos. “A gente resolveu criar uma marca”, disse Juliano Torres, diretor executivo do EPL, em entrevista datada de 2015 à Agência Pública. “Era só para aparecer nas manifestações como Movimento Brasil Livre. Então juntou eu, Fábio [Ostermann, cientista político que concorreu à prefeitura de Porto Alegre em 2016], Luiz Felipe França e mais umas quatro ou cinco pessoas. E aí acabaram as manifestações, acabou o projeto”.

À procura de alguém que tocasse a sigla, que já acumulava mais de 10 mil curtidas no Facebook em 2014, Torres encontrou em Kataguiri e Renan Santos os nomes ideais para a tarefa. Com um aceno aos descontentes com o governo, o MBL foi peça fundamental no processo que culminou com o impeachment de Dilma Rousseff, pouco menos de dois anos depois.

ATUALIZAÇÃO: O Movimento Brasil Livre procurou a reportagem da Gazeta do Povo para se pronunciar a respeito do tema. Segundo o comunicado, a única relação entre os dois grupos foi o uso de uma antiga página do Facebook criada pelo EPL, que estava abandonada, para divulgar manifestações contra o governo Dilma.

Na versão do MBL, a primeira manifestação do grupo ocorreu quando a organização não tinha sequer nome formal, em novembro de 2014. Então eles buscaram uma página de Facebook que estivesse sem uso e que servisse para divulgar as atividades do movimento. “Acaba aí a relação do MBL com o EPL. O EPL jamais participou da organização de qualqeur ação do MBL”, diz o comunicado.

Students for Liberty Brazil

Sem ligação com o EPL e uma instituição afiliada ao SFL norte-americano, o Students for Liberty Brasil surgiu como um “spin-off” da organização, segundo o diretor executivo Fernando Miranda. “Nossa última seleção teve 1.800 líderes inscritos. Desses, mais de 1.000 são novos. Temos líderes em todos os estados brasileiros”, conta ele, que define como objetivo primordial da organização educar, desenvolver e encorajar as lideranças ligadas à sigla.

Sobre a atual situação dos meios acadêmicos, Miranda assume uma postura mais crítica que Débora Gois. “Ou você é de esquerda, ou é obrigado a ficar calado para não sofrer represália, principalmente em cursos mais aparelhados como alguns das ciências humanas”, afirma. “Acredito que os jovens brasileiros são inteligentes o bastante para reconhecer o que é ou não opinião do professor. Mas, a partir do momento que você não pode oferecer uma visão distinta por medo de sofrer algum tipo de represália, nós temos um problema que precisa ser combatido”, prossegue.

O EPL e o SFL Brasil podem ter objetivos idênticos, mas não falam a mesma língua: na origem do SFL Brasil, está um desentendimento interno do EPL. No ano passado, membros do SFL Brasil acusaram integrantes do EPL de má gestão. O EPL negou as acusações enfaticamente, e prometeu agir contra as “tentativas de sabotagem”

A divergência talvez seja um sinal de que o movimento estudantil liberal tem se aproximado da esquerda não só no tamanho da influência, mas também nas divisões internas.

 


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Malditos neo-liberais. Algum "neo-liberal" devia se assumir logo como "neo-liberal" pq até hoje não tem um livro, artigo, texto ou autor que seja conhecido como "neo-liberal" fora dos mesmos grupos que chamam todo mundo de fascista..
 

Noctua

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Bom, vou resumir, institutos liberais recebem bilhões de um instituto norte americano e dos britânicos para criar zumbis privatistas cujo qual vcs correspondem.

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Noctua

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Malditos neo-liberais. Algum "neo-liberal" devia se assumir logo como "neo-liberal" pq até hoje não tem um livro, artigo, texto ou autor que seja conhecido como "neo-liberal" fora dos mesmos grupos que chamam todo mundo de fascista..
Bela desviada de assunto, tu recebe do EPL ou faz isso de graça?

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Só um monte de abobrinha que não vale a pena ler.

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Noctua

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Resumo do resumo:

Só uma abobrinha que ninguém vai ler.

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Ninguém vai ler pq é conveniente, mas se fosse sobre o foro de saum paulú iam ler. :viraolho

Escravos obedientes camuflados de zeladores da liberdade, corporativismo sem vergonha.
 

Godot

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Ninguém vai ler pq é conveniente, mas se fosse sobre o foro de saum paulú iam ler. :viraolho

Escravos obedientes camuflados de zeladores da liberdade, corporativismo sem vergonha.
Pode ser Noctua. Pode ser...

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Noctua

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According to Fang, major Atlas donors have included the Koch Foundation, ExxonMobil, MasterCard, John Templeton, Donors Trust, and the American government.


Exxon Mobil Corporation (NYSE: XOM)[8] (ExxonMobil)[9] é uma empresa multinacional de petróleo e gás dos Estados Unidos, com sede em Irving, Condado de Dallas no estado do Texas.[10] A ExxonMobil foi formada em 30 de novembro de 1999 na fusão da Exxon com a Mobil, duas empresas resultantes da divisão da Standard Oil Company em 1911.[9]

A Exxon Mobil Corporation opera atualmente no mercado sob a marca ExxonMobil, e também opera as marcas Exxon, Mobil e Esso.[9][11]

Sua sede brasileira encontra-se na cidade do Rio de Janeiro. Em meados de 2003, foi criado em Curitiba um centro de suporte, que atende a várias operações da empresa tanto localmente quanto ao redor do mundo, principalmente com serviços de informática e controladoria.[12][13]

A corporação ocupa hoje a segunda posição no ranking mundial das empresas com maior valor de mercado, atrás somente da gigante estadunidense Apple.[14]

PRIVATIZA TUDO
 

Omnissiah

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Esse tópico...
Sério, na moral.
Quanta falhação, jovem.
Usa bem seu tempo fera.
E apaga isso.
Rindo pra c***lho disso aqui.
Dá até dó.
Isso porque o cara se julga "o refutador".
Sai dessa vida, fera.
Tenta mesmo fera, dá tempo.
Acelera o passo.

Não dá pra levar a sério.
E olha que eu tô tentando.
Mas não dá.

É fail demais.

Guarda esse tópico na gavetinha.
E não abre mais.
Na moral.
Tá ok?
Então falou.
 

IcE_WiNd

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Agora um post um pouco mais sério:
Então quer dizer que esse tempo todo eram as grandes corporações que estavam por trás disso tudo e não porque via de regra tudo que é público é uma b*sta e ineficiente. Expressionante.
 

Noctua

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https://www.desmogblog.com/atlas-economic-research-foundation

atlas%20grab2.jpg

Atlas Network (Atlas Economic Research Foundation)
Background
The Atlas Network is a Washington DC-based non-profit organization that works to support and grow a network of more than 450 “free market” organizations in more than 90 countries promoting individual liberty and free market ideals.

Many of the member think tanks of the Atlas Network have supported climate science denial and have campaigned against legislation to limit greenhouse gas emissions.

The Atlas Economic Research Foundation (AERF) was founded by Antony Fisher in 1981 with the goal of bringing “innovative, market-based perspectives to issues of public policy.” [1] Fisher had previously founded the Institute of Economic Affairs, an influential London-based think tank promoting neoliberal ideas of small governments and low regulation.

Atlas Network is the trading name of the Atlas Economic Research Foundation, a 501(c)(3) organization. Previous names have been the Atlas Foundation and the Atlas Research Foundation. The International Policy Network (IPN) in the UK, also founded by Fisher, is effectively a UK variant of the Atlas Network.

According to UK Charity Commission filings (PDF), The Atlas Economic Research Foundation (UK) was working as the International Policy Network, and is registered with the Charity Commission for England and Wales, number 262982. In April 2001, with the consent of the Charity Commission, it adopted the working name of The International Policy Network, 'IPN', and in December 2004, 'UK' was added to the name. The UK Atlas Economic Research Foundation and the IPN UK are no longer listed among UK Charities. and the UK branch was most recently operating with a new name, “Network for a Free Society.” The U.S. Atlas Network appears to be a separate entity from the International Policy Network US Inc., although Atlas Network's 2010 financial records reveal that they continued to provide support to IPN. [2]

The stated vision of the Atlas Network is to “win the long-term policy battles that will shape history, we need freedom champions to create credible institutes – well-managed and independent of vested interests – that use sound business practices to advance sound public policy ideas.”

SourceWatch describes the Atlas Economic Research Foundation as “The Johnny Appleseed of antiregulation groups […] on a mission to populate the world with new 'free market' voices.” The mission of Atlas, according to John Blundell (president from 1987 to 1990), “is to litter the world with free-market think-tanks.” [3]

The Atlas Network has played a role in the work of a varity of conservative think tanks including the Manhattan Institute in New York, the National Center for Policy Analysis in Texas, Instituto Libertad y Democracia in Peru, the Acton Institute in Michigan, Fundación Libertad in Argentina, the Lithuanian Free Market Institute, Instituto Libertad y Desarrollo in Chile, theCentre for Civil Society in India, Istituto Bruno Leoni in Italy, and the Association for Liberal Thinking in Turkey, among others. [1]

Atlas identifies, screens, and offers initial support to individuals and groups who want to create local think tanks. Atlas “strives to provide personal assistance to individuals who are starting a free-market institute” and offers online training programs “that will walk you through the early stages of starting a think-tank.” [4]

Stance on Climate Change
Atlas has cosponsored numerous Heartland Institute events dedicated to the proposition that climate change is not a crisis.

In a November 2014 commentary, Atlas CEO Brad Lips wrote: “The Kyoto Protocol – signed by President Clinton in 1998 (but never ratified by the U.S. Senate) – now appears to have been the high-water mark for the Global Warming movement (since coincidentally that was that last year of measured “warming”). Even those who believe global warming is a catastrophic, man-made problem now struggle to make a case that global energy austerity is a practical or cost-effective course of action.” [18]

Funding
According to the Atlas Economic Research Foundation Website, [1]

“Atlas Network is not endowed and it does not accept government funding. It does not support political candidates or parties, or otherwise involve itself in partisan politics.
We are grateful to those generous individuals, philanthropies, and businesses that entrust us with financial resources to build a greater public consensus around the ideas of a free society by advancing the Atlas Network mission.”
According to their financials page, “Atlas Network is an independent, nonprofit 501(c)(3) organization. Atlas Network is not endowed and does not accept government funding. All of its programs depend upon the generosity of foundations, individuals, and corporations.” [5]
The following totals are based on data collected by the Conservative Transparency database combined with additional information from publicly available 990 tax forms. See the attached spreadsheet for additional information on Atlas Network funding by year (.xlsx). [6]
Atlas Network as Recipient
Donor Total Contributions
John Templeton Foundation $8,666,524
Earhart Foundation $3,429,240
Sarah Scaife Foundation $1,820,000
DonorsTrust $1,243,200
Exxon Mobil $1,082,500
The Carthage Foundation $710,000
Chiaroscuro Foundation $600,000
Claws Foundation $600,000
Chase Foundation of Virginia $548,820
Donors Capital Fund $459,000
George Edward Durell Foundation $395,000
William H. Donner Foundation $390,000
The Roe Foundation $362,500
Charles G. Koch Charitable Foundation $343,460
Lovett and Ruth Peters Foundation $328,000
Pierre F. and Enid Goodrich Foundation $325,000
Lowndes Foundation $322,000
The Lynde and Harry Bradley Foundation $268,890
The Shelby Cullom Davis Foundation $265,000
John William Pope Foundation $255,000
Searle Freedom Trust $235,000
Ravenel and Elizabeth Curry Foundation $200,000
JM Foundation $115,000
Center for Independent Thought $94,125
Jaqueline Hume Foundation $93,000
Diana Davis Spencer Foundation $92,000
Smith Richardson Foundation $88,000
The Randolph Foundation $73,700
The Vernon K. Krieble Foundation $72,000
Robert P. Rotella Foundation $50,000
Paul E. Singer Foundation $50,000
Aequus Institute $45,000
Dunn's Foundation for the Advancement of Right Thinking $40,000
International Policy Network $37,596
Charles Koch Institute $36,600
Same Line Foundation $33,700
Claude R. Lambe Charitable Foundation $28,500
Cato Institute $20,000
State Policy Network $17,894
Mercatus Center $15,000
National Christian Charitable Foundation $12,460
Philip M. McKenna Foundation $10,000
The Rodney Fund $8,000
Armstrong Foundation $5,000
The Opportunity Foundation $2,000
Friedman Foundation For Educational Choice $1,000
Joyce and Donald Rumsfeld Foundation $1,000
Heritage Foundation $450
Grand Total $23,891,159
Atlas Network as Donor
Donor Total Contributions
Students for Liberty $449,905
George Mason University $235,960
Prague Security Studies Institute Washington $224,750
International Freedom Educational Foundation $179,844
Hispanic American Center for Economic Research $132,198
Show-Me Institute $120,100
Taliesin Nexus $117,668
Cato Institute $110,000
Bluegrass Institute $105,000
Acton Institute $100,000
Education Intelligence Agency $95,000
George Mason University School of Law $86,000
Foundation for Government Accountability $84,394
Free Africa Foundation $53,000
The Prometheus Institute (Irvine CA) $50,850
Foundation for Democracy in Russia $50,000
National Review Institute $35,000
Illinois Policy Institute $34,000
Acton Institute for the Study of Religion and Liberty $30,000
Mercatus Center $30,000
University of Richmond $27,500
Free To Choose Network $26,350
John K. MacIver Institute for Public Policy $25,800
American Slovenian Education Foundation $25,000
George Mason University Foundation $25,000
PSSI Washington $25,000
State Policy Network $25,000
The Bastiat Society $24,000
The Americas Forum $23,000
Goldwater Institute $20,500
Northwood University (Michigan) $20,500
Intellectual Takeout $20,500
Pelican Institute for Public Policy $20,250
Foundation for Individual Rights in Education $20,200
Reason Foundation $20,000
Association of Private Enterprise Education $20,000
The Independent Institute $19,425
Rockford College $18,300
North Dakota Policy Council $17,500
Public Policy Foundation of West Virginia $16,056
The Center for Vision & Values at Grove City College $16,000
Idaho Freedom Foundation $15,500
Oklahoma Council of Public Affairs $15,000
National Center for Policy Analysis $15,000
American Traditional Institute $15,000
Liberty Foundation $15,000
The Ryan Foundation $12,000
Mackinac Center for Public Policy $12,000
American Center for Civic Character $10,500
Deep Springs International $10,500
Brown University $10,500
Ocean State Policy Research Institute $10,450
Samasource $10,200
Competitive Governance Institute (Formerly Sam Adams Alliance) $10,200
Common Sense Institute of New Jersey $10,000
College of Charleston Foundation $10,000
Rio Grande Foundation $10,000
Beloit College $10,000
Moving Picture Institute $10,000
Institute to Reduce Spending $10,000
Human Rights Foundation $10,000
International Policy Network US $10,000
University of Detroit Mercy $10,000
Advance Arkansas Institute $10,000
Cardinal Institute for West Virginia $10,000
Mises Institute $10,000
Institute for Justice $10,000
Peak Freedom Forum $10,000
Institute for Humane Studies $10,000
Bastiat Society $10,000
Center for the Defense of Free Enterprise $10,000
Mercatus $10,000
Texas Public Policy Foundation $9,500
The Fund for American Studies $9,000
James Madison Institute $9,000
Becket Fund for Religious Liberty $9,000
Platte Institute for Economic Research $8,197
East Carolina University $8,000
Interamerican Institute for Democracy $8,000
American Friends of the Institute of Economic Affairs $7,500
Pacific Legal Foundation $7,000
Alaska Policy Forum $6,580
Swaniti Initiative $6,500
Washington Policy Center $6,100
Saint Vincent College $6,000
Rhodes College $6,000
American Principles in Action $5,800
Polish-American Foundation for Economic Research and Education $5,600
Just Facts Inc. $5,500
Liberty Fund $5,164
Grand Total $3,249,841
Tobacco Industry Funding
According to PR Watch, Philip Morris contributed over $475,000 to Atlas in 1995 alone. [7]

ExxonMobil Funding
According to ExxonSecrets, Atlas has received a total of $1,082,500 from ExxonMobil since 1998. [8]

Koch Funding
According to data collected by Greenpeace USA, the Atlas Economic Research Foundation has received $348,560 in combined donations from Koch-related foundations between 1998 and 2015. [25]

*Original tax forms prior to 1997 are no longer available for verification. If you include these values, the grand total jumps to$408,560 in Koch funding from 1987 to 2015. [25]

Year Charles Koch Foundation Charles Koch Institute Claude R. Lambe Charitable Foundation Grand Total
*1987 $2,500 $2,500
*1988 $5,000 $5,000
*1989 $20,000 $20,000
*1991 $5,000 $5,000
*1992 $2,500 $25,000 $27,500
1998 $3,500 $3,500
2001 $5,000 $5,000
2006 $3,800 $3,800
2007 $25,000 $25,000
2008 $35,000 $35,000
2009 $38,800 $38,800
2012 $28,522 $28,522
2013 $25,000 $25,000
2014 $64,912 $14,900 $79,812
2015 $82,426 $21,700 $104,126
Grand Total $343,460 $36,600 $28,500 $408,560
 

Bat Esponja

Lenda da internet
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Op me explica a globo news e os apresentadores do JN chorando pelo lula
 

Noctua

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Agora um post um pouco mais sério:
Então quer dizer que esse tempo todo eram as grandes corporações que estavam por trás disso tudo e não porque via de regra tudo que é público é uma b*sta e ineficiente. Expressionante.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
 

Noctua

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Então qual coisa tem a ver com qual? Admito que não li o texto e nem lerei.
Tem a ver que o fato que estes caras exploram falhas nos estados na América Latina apoiando movimentos que buscam tirar benefício das estatais. O fato do governo ter coisas erradas não justifica o argumento privatista.
 

Noctua

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SPHERE OF INFLUENCE: HOW AMERICAN LIBERTARIANS ARE REMAKING LATIN AMERICAN POLITICS

Lee Fang


August 9 2017, 7:00 a.m.

LEIA EM PORTUGUÊS
FOR ALEJANDRO CHAFUEN, the gathering this spring at the Brick Hotel in Buenos Aires was as much a homecoming as it was a victory lap. Chafuen, a lanky Argentine-American, had spent his adult life working to undermine left-wing social movements and governments in South and Central America, and boost a business-friendly version of libertarianism instead.

It was a lonely battle for decades, but not lately. Chafuen was among friends at the 2017 Latin America Liberty Forum. The international meeting of libertarian activists was sponsored by the Atlas Economic Research Foundation, a leadership-training nonprofit now known simply as the Atlas Network, which Chafuen has led since 1991. At the Brick Hotel, Chafuen was reveling in recent victories; his years of work were starting to pay off, thanks to political and economic circumstances — but also because of the network of activists Chafuen has been working for so long to cultivate.

Over the past 10 years, leftist governments have used “money to buy votes, to redistribute,” said Chafuen, seated comfortably in the lobby. But the recent drop in commodity prices, coupled with corruption scandals, has given an opportunity for Atlas Network groups to spring into action. “When there is an opening, you have a crisis, and there is some demand for change, you have people who are trained to push for certain policies,” Chafuen noted, paraphrasing the late Milton Friedman. “And in our case, we tend to favor to private solutions to public problems.”

Chafuen pointed to numerous Atlas-affiliated leaders now in the spotlight: ministers in the new conservative government in Argentina, senators in Bolivia, and the leaders of the Free Brazil Movement that took down Dilma Rousseff’s presidency, where Chafuen’s network sprang to life before his very eyes.

“In Brazil, I have been in the street demonstrations, and I’m like, ‘Hey, this guy I met when he was 17, 18 — he is up there on the bus leading this. This is crazy!’” Chafuen said, excitedly. Those in Atlas’s orbit were no less excited to run into Chafuen in Buenos Aires. Activists from various countries stopped Chafuen intermittently to sing his praises as he walked through the hotel. For many, Chafuen, from his perch at Atlas, has served as a mentor, fiscal sponsor, and guiding beacon for a new political paradigm in their country.




Ousted Honduran President Manuel Zelaya, left, looks down inside a car on the outskirts of San Jose on his way to the airport to board a flight to Nicaragua, June 28, 2009.


Photo: Kent Gilbert/AP

A RIGHTWARD SHIFT is afoot in Latin American politics. Triumphant socialist governments had once swept the region for much of the 21st century – from Argentina’s Cristina Fernández de Kirchner to land reform populist Manuel Zelaya in Honduras – championing new programs for the poor, nationalizing businesses, and challenging U.S. dominance in hemispheric affairs.




In recent years, however, leftist leaders have fallen one after another, sometimes in spectacular fashion. Zelaya was led from the presidential palace in his pajamas in a military coup; in Argentina, a real-estate baron swept to the presidency and Kirchner was indicted for corruption; and in Brazil, the ruling Workers’ Party, facing a growing corruption scandal and a mass protest movement, was swept out of office via impeachment over charges of budget chicanery.


This shift might appear as part of a larger regional rebalancing, merely economic circumstances taking hold. And yet the Atlas Network seems ever-present, a common thread nudging political developments along.

The story of the Atlas Network and its profound impact on ideology and political power has never been fully told. But business filings and records from three continents, along with interviews with libertarian leaders across the hemisphere, reveal the scope of its influential history. The libertarian network, which has reshaped political power in country after country, has also operated as a quiet extension of U.S. foreign policy, with Atlas-associated think tanks receiving quiet funding from the State Department and the National Endowment for Democracy, a critical arm of American soft power.




Though recent investigations have shed light on the role of powerful conservative billionaires, such as the Koch brothers, in developing a business-friendly version of libertarian thought, the Atlas Network, which receives funding from Koch foundations, has recreated methods honed in the Western world for developing countries.


The network is expansive, currently boasting loose partnerships with 450 think tanks around the world. Atlas says it dispensed over $5 million to its partners in 2016 alone.

Over the years, Atlas and its affiliated charitable foundations have provided hundreds of grants to conservative and free-market think tanks in Latin America, including the libertarian network that supported the Free Brazil Movement and organizations behind a libertarian push in Argentina, including Fundación Pensar, the Atlas think tank that merged with the political party formed by Mauricio Macri, a businessman who now leads the country. The leaders of the Free Brazil Movement and the founder of Fundación Eléutera in Honduras, an influential post-coup neoliberal think tank, have received financial support from Atlas, and are among the next generation of political operatives that have gone through Atlas’s training seminars.

The Atlas Network spans dozens of other think tanks across the region, including prominent groups supporting right-wing forces behind the unfolding anti-government movement in Venezuela and the campaign of Sebastián Piñera, the right-of-center candidate leading the polls for this year’s presidential election in Chile.




People demonstrate in favor of impeaching Brazil’s President Dilma Rousseff in front of the National Congress in Brasilia, Brazil, Dec. 2, 2015.


Photo: Eraldo Peres/AP

NOWHERE HAS THE Atlas method been better encapsulated than in a newly formed network of Brazilian free-market think tanks. Recently formed institutes worked together to foment anger at socialist policies, with some cultivating academic centers, while others work to train activists and maintain a constant war in the Brazilian media against leftist ideas.

The effort to focus anger solely at the left paid dividends last year for the Brazilian right. The millennial activists of the Free Brazil Movement, many of them trained in political organizing in the U.S., led a mass movement to channel public anger over a vast corruption scandal against Dilma, the left-of-center president popularly known by her first name. The scandal, nicknamed Operação Lava Jato, or Operation Car Wash, is a still-unfolding tale of bribery involving leading politicians from all of Brazil’s major political parties, including the right-wing and center-right parties. But the social media-savvy Free Brazil Movement, known by its Portuguese initials, MBL, managed to direct the bulk of outrage squarely at Dilma, demanding her ousting and an end to the welfare-centric policies of her Workers’ Party.

The uprising, which has drawn comparisons to the tea party movement, especially considering the quiet support from local industrial conglomerates and a new conspiracy-minded network of far-right media voices, ended 13 years of rule by the Workers’ Party by removing Dilma from office through impeachment in 2016.

The landscape that MBL sprang from is a new development in Brazil. There were perhaps three active libertarian think tanks 10 years ago, said Helio Beltrão, a former hedge fund executive who now leads Instituto Mises, a nonprofit named after the libertarian philosopher, Ludwig von Mises. Now, he said, with the support of Atlas, there are close to 30 such institutes active in Brazil, all working collaboratively, along with groups, such as Students for Liberty and MBL.

“It’s like a soccer team. Defense is the academia. The forward guys are the politicians. We’ve scored a few goals,” he said, referring to Dilma’s impeachment. The midfield, he said, are the “cultural guys” that shape public opinion.

Beltrão explained that the think tank network is hoping to privatize the national post office in Brazil, calling it “low-hanging fruit” that could lead to a larger wave of free-market reforms. Many of the conservative parties in Brazil embraced libertarian campaigners when they showed they could mobilize hundreds of thousands of people to protest against Dilma, but haven’t yet adopted the fundamentals of supply-side theory.




Fernando Schüler, an academic and columnist associated with Instituto Millenium, another Atlas think tank in Brazil, made the case another way.


“Brazil has 17,000 unions paid by public money, one day of salary per year goes to unions, completely controlled by the left,” said Schüler. The only way to reverse the socialist trend has been to out-maneuver them. “With technology, people could by themselves participate, organize at low cost — WhatsApp, Facebook, YouTube, using networks, a kind of public manifestation,” he continued, explaining the way libertarian organizers mobilized a protest movement against left-leaning politicians.

Organizers against Dilma had created a daily barrage of YouTube videos mocking the Worker’s Party government, along with an interactive scoreboard to encourage citizens to lobby their legislators to support impeachment.

Schüler noted that the Free Brazil Movement and his own think tank receive financial support from local industrial trade groups, but the movement had succeeded in part because it is not identified with the incumbent political parties, most of which the general public views with suspicion. He argued that the only way to radically reshape society and reverse popular sentiment in support of the welfare state was to wage a permanent cultural war to confront left intellectuals and the media.




Fernando Schüler.


Photo: Screen shot from YouTube

ONE OF THE founders of Schüler’s Instituto Millenium think tank, Brazilian blogger Rodrigo Constantino, has polarized Brazilian politics with hyperpartisan rhetoric. Constantino, who has been called the “Breitbart of Brazil” for his conspiratorial views and acidic right-wing commentary, chairs yet another Atlas think tank, Instituto Liberal. He sees the Brazilian left’s every move as a veiled attempt at subverting democracy, from the use of the color red in the country’s World Cup logo to the Bolsa Família cash assistance program to poor families.



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Constantino is credited with popularizing a narrative that Worker’s Party supporters are limousine liberals, wealthy hypocrites that flock to socialism to claim the moral high ground while snubbing the working classes they claim to represent.


The Breitbartization of public discourse is but one of the many ways the Atlas network has subtly influenced political debate.

“It’s a very paternalistic state. It’s crazy. It’s a lot of state control, and that’s the long-term challenge,” said Schüler, adding that despite recent victories, libertarians had a long way to go in Brazil. He hoped to copy the model of Margaret Thatcher, who relied on a network of libertarian think tanks to push unpopular reforms. “This pension system is absurd. I would privatize all education,” Schüler, rattling off a litany of changes he would make to society, from defunding labor unions to repealing the law that makes voting compulsory.

Yet the only way to make all that possible, he added, would be to build a network of politically active nonprofits all waging separate battles to push the same libertarian goals. The existing model — the constellation of right-wing think tanks in Washington, D.C., supported by powerful endowments — is the only path forward for Brazil, Schüler said.

Atlas, for its part, is busy doing just that. It gives grants for new think tanks, provides courses on political management and public relations, sponsors networking events around the world, and, in recent years, has devoted special resources to prodding libertarians to influence public opinion through social media and online videos.

An annual competition encourages Atlas’s network to produce viral YouTube videos promoting laissez-faire ideas and ridiculing proponents of the welfare state. James O’Keefe, the provocateur famous for needling Democrats with his undercover videos, has appeared before Atlas to explain his methods. Producers from a Wisconsin group that worked to create online videos to discredit teacher protests against Gov. Scott Walker’s law busting public sector unions have also provided instructions for Atlas’s training sessions.




Crowd members burn a puppet of Venezuelan President Hugo Chávez at Plaza Altamira in protest against the government.


Photo: Lonely Planet Images/Getty Images


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AMONG ITS OTHER exploits of late, Atlas has played a role in a Latin American nation roiled by the region’s most acute political and humanitarian crisis: Venezuela. Records obtained through the Freedom of Information Act by author and activist Eva Golinger, as well as State Department cables disclosed by whistleblower Chelsea Manning, reveal U.S. policymakers’ sophisticated effort to use Atlas think tanks in a long-running campaign to destabilize the reign of Venezuelan leader Hugo Chávez.


As early as 1998, Cedice Libertad, Atlas’s flagship think tank in Caracas, Venezuela’s capital, received regular financial support from the Center for International Private Enterprise. In one grant letter, NED funds marked for Cedice are listed to help advocate “a change in government.” The director of Cedice was among the signatories of the controversy “Carmona Decree” supporting the short-lived military coup against Chávez in 2002.

A 2006 cable laid out a strategy from U.S. Ambassador William Brownfield for funding politically active nonprofits in Venezuela: “1) Strengthening democratic institutions, 2) penetrating Chávez’s political base, 3) dividing Chavismo, 4) protecting vital U.S. business, and 5) isolating Chávez internationally.”

In Venezula’s current crisis, Cedice has promoted the recent spate of protests against President Nicholás Maduro, Chávez’s embattled successor. Cedice is closely affiliated with opposition figure María Corina Machado, one of the leaders of the massive anti-government street demonstrations in recent months. Machado has publicly recognized Atlas for its work. In a videotape message delivered to the group in 2014, she said, “Thank you to the Atlas Network, to all freedom fighters.”

Venezuelan opposition leader María Corina Machado has recognized Atlas for its work: “Thank you to the Atlas Network, to all freedom fighters,” she said in 2014.
AT THE ATLAS Network’s Latin American Liberty Forum in Buenos Aires, young leaders buzzed back and forth, sharing ideas on how to defeat socialism at every level, from pitched battles on college campuses to mobilizing an entire country to embrace impeachment.

Think tank “entrepreneurs” from Peru, the Dominican Republic, and Honduras competed in a format along the lines of “Shark Tank,” an America reality show where start-up businesses pitch to a panel of wealthy, ruthless investors. Instead of seeking investments from a panel of venture capitalists, however, the think tank leaders pitched policy marketing ideas for a contest that awarded $5,000. In another session, strategies were debated for attracting industry support to back economic reforms. In another room, political operatives debated arguments “lovers of liberty” can use to respond to the global rise of populism to “redirect the sense of injustice many feel” toward free-market goals.

One young leader from CADAL, a think tank in Buenos Aires, presented on an idea to rank each Argentine province using what he called an “economic liberty index,” which would use the level of taxation and regulation as the main criteria to generate buzz for free-market reforms. The idea is consciously modeled on similar strategies from the U.S., including the Heritage Foundation’s “Index of Economic Freedom,” which measures countries based on criteria that includes tax policies and regulatory barriers to business formation.

Think tanks are traditionally associated with independent institutes formed to develop unconventional solutions. But the Atlas model focuses less on developing genuinely new policy proposals, and more on establishing political organizations that carry the credibility of academic institutions, making them an effective organ for winning hearts and minds.

Free-market ideas — such as slashing taxes on the wealthy; whittling down the public sector and placing it under the control of private operators; and liberalized trade rules and restrictions on labor unions — have always struggled with a perception problem. Proponents of this vision have found that voters tend to view such ideas as a vehicle for serving society’s upper crust. Rebranding economic libertarianism as a public interest ideology has required elaborate strategies for mass persuasion.

But the Atlas model now spreading rapidly through Latin America is based on a method perfected by decades of struggle in the U.S. and the U.K., as libertarians worked to stem the tide of the surging post-war welfare state.

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Map of Atlas group locations in South America.


Map: The Intercept

ANTONY FISHER, A BRITISH entrepreneur and the founder of the Atlas Network, pioneered the sale of libertarian economics to the broader public. The tack was simple: Fisher made it his mission to, in the words of an associate, “litter the world with free-market think tanks.”

The basis for Fisher’s ideals came from Friedrich Hayek, a forbearer of modern thought on limited government. In 1946, after reading the Reader’s Digest version of Hayek’s seminal book, “The Road to Serfdom,” Fisher sought a meeting with the Austrian economist in London. As recounted by his close colleague John Blundell, Fisher suggested Hayek enter politics. But Hayek demurred, replying that a bottom-up focus on shifting the public discourse could better shape society.

Meanwhile, in the U.S., another free-market ideologue, Leonard Read, was entertaining similar notions after leading the U.S. Chamber of Commerce’s Los Angeles branch into bruising battles with organized labor. To counter the growth of the welfare state, a more elaborate response would be necessary to share popular debates around the direction of society, without the visible link to corporate interests.

Fisher was propelled forward by a fateful visit to Read’s newly formed nonprofit, the Foundation for Economic Education, in New York, which was founded to help sponsor and promote the ideas of free-market intellectuals. There, libertarian economist F.A. Harper, at the time working at FEE, advised Fisher on methods for creating his own nonprofit in the U.K.

During the trip, Fisher also traveled with Harper to Cornell University to observe the latest animal industry breakthrough of battery cages, marveling at the sight of 15,000 chickens housed in a single building. Fisher was inspired to bring the innovation home with him. His factory, Buxted Chickens, grew rapidly and made Fisher a substantial fortune in the process. Some of those profits went into the other goal fostered during his New York trip: In 1955, Fisher founded the Institute of Economic Affairs.

IEA helped popularize the once-obscure set of economists loosely affiliated with Hayek’s ideas. The institute was a place to showcase opposition to British society’s growing welfare state, connecting journalists to free-market academics and disseminating critiques on a regular basis through opinion columns, radio interviews, and conferences.

Businesses provided the bulk of funding to IEA, as leading British industrial and banking giants — from Barclays to BP — pitched in with annual contributions. According to “Making Thatcher’s Britain,” by historians Ben Jackson and Robert Saunders, one shipping magnate remarked that, since universities were providing ammunition for the unions, the IEA was an important source of bullets for business.

As the economic slowdown and rising inflation of the 1970s shook the foundations of British society, Tory politicians gravitated more and more to the IEA to provide an alternative vision — and IEA obliged with accessible issue briefs and talking points politicians could use to bring free-market concepts to the public. The Atlas Network proudly proclaims that the IEA “laid the intellectual groundwork for what later became the Thatcher Revolution of the 1980s.” IEA staff provided speechwriting for Margaret Thatcher; supplemented her campaign with policy papers on topics as varied as labor unions and price controls; and provided a response to her critics in the mass media. In a letter to Fisher after her 1979 victory, Thatcher wrote that the IEA created “the climate of opinion which made our victory possible.”

“There’s no doubt there’s been enormous progress in Britain, the Institute of Economic Affairs, which Antony Fisher set up, made an enormous difference,” Milton Friedman once said. “It made possible Margaret Thatcher. It made possible not her election as prime minister but the policies that she was able to follow. And the same thing in this country, the developing thought along these lines made possible Ronald Reagan and the policies he was able to follow.”

IEA had come full circle. Hayek set up an invitation-only group of free-market economists called the Mont Pelerin Society. One of its members, Ed Feulner, helped found the conservative Washington think tank the Heritage Foundation, drawing on IEA’s work for inspiration. Another Mont Pelerin member, Ed Crane, founded the Cato Institute, the most prominent libertarian think tank in the U.S.




Austrian-British economist and political philosopher Friedrich Hayek with a class of students at the London School of Economics, 1948.


Photo: Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

IN 1981, FISHER, who had settled in San Francisco, set out to develop the Atlas Economic Research Foundation at the urging of Hayek. Fisher had used his success with IEA to court corporate donors to help establish a string of smaller, sometimes regional think tanks in New York, Canada, California, and Texas, among other places. With Atlas, though, the scale for Fisher’s free-market think tank project would now be global: a nonprofit dedicated to continuing his work of establishing libertarian beachheads in every country of the world. “The more institutes established throughout the world,” Fisher declared, “the more opportunity to tackle diverse problems begging for resolution.”

Fisher began to fundraise, pitching corporate donors with the help of letters from Hayek, Thatcher, and Friedman, including an urgent call for donors to help reproduce the success of IEA through Atlas. Hayek wrote that the IEA model “ought to be used to create similar institutes all over the world.” He added, “It would be money well spent if large sums could be made available for such a concerted effort.”

The proposal was sent to a list of high-level executives and soon, money began pouring in from corporate coffers and Republican mega-donors, including Richard Mellon Scaife. Companies, such as Pfizer, Procter & Gamble, and Shell, all gave to Atlas. But their influence would need to remain cloaked for the project to work, Fisher contended. “To influence public opinion, it is necessary to avoid any suggestion of vested interest or intent to indoctrinate,” Fisher noted in a proposal outlining the purpose of Atlas. Fisher added that IEA’s success hinged on the perception that it was academic and impartial.

Atlas grew rapidly. By 1985, the network featured 27 institutions in 17 countries, including nonprofits in Italy, Mexico, Australia, and Peru.

And the timing could not have been better: Atlas’s international expansion came just as the Reagan administration was doubling down on an aggressive foreign policy, hoping to beat back leftist governments abroad.

While in public, Atlas declared that it received no government funding (Fisher belittled foreign aid as just another “bribe” used to distort market forces), records show the network quietly worked to channel government money to its growing list of international partners.

In one 1982 letter from the International Communication Agency, a small federal agency devoted to promote U.S. interests overseas, a bureaucrat at the Office of Private Sector Programs wrote to Fisher, in response to an inquiry about acquiring federal grants. The bureaucrat said he was barred from giving “directly to foreign organizations,” but could cosponsor “conferences or exchanges with organizations” hosted by groups like Atlas. He encouraged Fisher to send over a proposal. The letter, sent one year after Atlas’s founding, was the first indication that the network would become a covert partner to U.S. foreign policy interests.

Memos and other records from Fisher show that, by 1986, Atlas had helped schedule meetings with business executives to direct U.S. funds to its network of think tanks. In one instance, an official from the U.S. Agency for International Development, the principal foreign aid arm of the federal government, recommended that the head of Coca-Cola’s subsidiary in Panama work with Atlas to set up an IEA-style affiliate think tank there. Atlas’ partners also drew funding from the coffers of the National Endowment for Democracy, a government-charted nonprofit, founded in 1983, that is funded largely by the State Department and USAID to build U.S.-friendly political institutions in the developing world.




Alejandro Chafuen, of the Atlas Economic Research Foundation, back right, shakes hands with Rafael Alonzo, of Venezuela’s Freedom Center for Economic Studies, CEDICE, left, as Peruvian writer Mario Vargas Llosa applauds during the opening of the “Freedom and Democracy” international forum in Caracas, May 28, 2009.


Photo: Ariana Cubillos/AP

WITH CORPORATE AND U.S. government funding pouring in, Atlas took another fortuitous turn in 1985 with the arrival of Alejandro Chafuen. Linda Whetstone, Fisher’s daughter, remembered in a tribute that, in 1985, a young Chafuen, then living in Oakland, showed up to Atlas’s San Francisco office “and was willing to work for nothing.”

The Buenos Aires-born Chafuen hailed from what he described as “an anti-Peronist family.” They were wealthy and, though raised in an era of incredible turmoil in Argentina, Chafuen lived a life of relative privilege. He spent his teenage years playing tennis, dreaming of becoming a professional athlete.

Chafuen credits his youthful ideological path to his appetite for devouring libertarian texts, from Ayn Rand to booklets published by FEE, the Leonard Read group that had originally inspired Fisher. After studying at Grove City College, a deeply conservative Christian liberal arts school in Pennsylvania, where he served as the president of the student libertarian club, Chafuen returned to his home country. The military had stepped in, claiming a threat from communist revolutionaries. Thousands of students and activists would be tortured and killed in the crackdown on left-wing dissent following the coup d’etat.

Chafuen remembers the time in a mostly positive light, later writing that the military had acted out of necessity to prevent a communist “takeover of the country.” While pursuing a teaching career, Chafuen encountered “totalitarians of every style” within academic life. After the military coup, he wrote that he noticed that his professors became “gentler,” despite their differences with him.

In other Latin American countries, too, libertarianism was finding a receptive audience among military governments. In Chile, after the military swept out the democratically elected government of Salvador Allende, Mont Pelerin Society economists quickly flocked to the country, setting the stage for widespread libertarian reforms, including the privatization of industry and the country’s pension system. Throughout the region, under the watch of right-wing military leaders that had seized power, libertarian economic policies began to take root.

For his part, Chafuen’s ideological zeal was on display as early as 1979, when he published an essay for FEE titled “War Without End.” He described the horrors of leftist terror, “like the Charles Manson family, or in regimental strength, like the guerilla troops in the Middle East, Africa, and South America.” There was a need, he wrote, for the “forces of individual freedom and private property” to fight back.

His enthusiasm garnered attention. In 1980, at age 26, Chafuen was invited to become the youngest member of the Mont Pelerin Society. He traveled to Stanford, an opportunity that put him in direct contact with Read, Hayek, and other leading libertarians. Within five years, Chafuen had married an American and was living in Oakland. He began reaching out to Mont Pelerin members in the Bay Area, including Fisher.

Throughout the region, under the watch of right-wing military leaders that had seized power, libertarian economic policies began to take root.
According to Atlas’s board meeting notes, Fisher told his colleagues he had made a $500 ex gratia Christmas payment that year to Chafuen, and hoped to hire the young economist full-time to develop Atlas think tanks in Latin America. The following year, Chafuen organized the first Atlas summit of Latin American think tanks in Jamaica.

CHAFUEN UNDERSTOOD THE Atlas model well and worked diligently to expand the network, helping to launch think tanks in Africa and Europe, though focusing his efforts in Latin America. Describing how to attract donors, Chafuen once noted in a lecture that donors cannot appear to pay for public surveys because the polls would lose credibility. “Pfizer Inc. would not sponsor surveys on health issues nor would Exxon pay for surveys on environmental issues,” Chafuen noted. Libertarian think tanks, such as the ones in Atlas’s network, however, could not only present the same survey with more credibility, but do so in a way that garnered coverage in the local media.

“Journalists are very much attracted by whatever is new and easy to report,” Chafuen said. The press is less interested in quoting libertarian philosophers, he contended, but when a think tank produced a survey people would listen. “And donors also see this,” he added.

In 1991, three years after Fisher died, Chafuen took the helm of Atlas and would have the opportunity to speak to donors with authority about Atlas’s work. He quickly began to rack up corporate sponsors to push company-specific goals through the network. Philip Morris contributed regular grants to Atlas, including a $50,000 contribution to the group in 1994, which was disclosed years later through litigation. Records show that the tobacco giant viewed Atlas as an ally for working on international litigation issues.

Journalists in Chile, however, found out that Atlas-backed think tanks had worked to quietly lobby against smoking regulations without disclosing their funding from tobacco companies, a strategy similar think tanks repeated across the globe.




Corporate giants, such as ExxonMobil and MasterCard, were among Atlas’s donors. But the group also attracted leading figures in libertarianism, such as the foundations associated with investor John Templeton and the billionaire brothers Charles and David Koch, which lavished Atlas and its affiliates with regular contributions.


Chafuen’s fundraising prowess extended to the growing number of wealthy conservative foundations that were beginning to flourish. He was a founding member of Donors Trust, a secretive donor-advised fund that has doled out over $400 million to libertarian nonprofits, including members of the Atlas Network. He also serves as a trustee to the Chase Foundation of Virginia, which was founded by a Mont Pelerin Society member and similarly sends cash to Atlas think tanks.

Another wellspring of money came from the American government. Initially, the National Endowment for Democracy encountered difficulty setting up U.S.-friendly political nonprofits. Gerardo Bongiovanni, the president of Fundación Libertad, an Atlas think tank in Rosario, Argentina, noted during a lecture with Chafuen that the early seed money from NED’s grant partner, the Center for International Private Enterprise, totaled $1 million between 1985 and 1987. The think tanks that received those initial grants quickly folded, Bongiovanni said, citing lack of management training.

Atlas, however, managed to turn U.S. taxpayer money coming through the NED and Center for International Private Enterprise into an important source of funding for its growing network. The funding vehicles provided money to help boost Atlas think tanks in Eastern Europe, following the fall of the Soviet Union, and, later, to promote U.S. interests in the Middle East. Among the recipients of the Center for International Private Enterprise’s cash is Cedice Libertad, the group thanked by Venezuelan opposition leader María Corina Machado.




Sebastian Gorka, White House deputy assistant to the president, participates in a television interview outside the West Wing on June 9, 2017, in Washington, D.C.


Photo: Chip Somodevilla/Getty Images

AT THE BRICK HOTEL in Buenos Aires, Chafuen reflected on the last three decades. Fisher “would be overall pleased, and he would not believe how much our network grew,” Chafuen said, noting that perhaps the Atlas founder would not have expected the level of direct political engagement the group is involved in.



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Chafuen lit up when U.S. President Donald Trump came up, offering praise for the president’s appointees. And why not? The Trump administration is littered with alumni of Atlas-related groups and friends of the network. Sebastian Gorka, Trump’s Islamophobic counterterrorism adviser, once led an Atlas-backed think tank in Hungary. Vice President Mike Pence has attended an Atlas event and spoken highly of the group. Education Secretary Betsy DeVos and Chafuen were close through their leadership roles at the Acton Institute, a Michigan think tank that develops religious arguments in favor of libertarian policies — which now maintains an affiliate in Brazil, the Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista.


Perhaps Chafuen’s most prized figure in the administration, however, is Judy Shelton, an economist and senior fellow at the Atlas Network. After Trump’s victory, Shelton was made the chair of the NED. She previously served as an adviser to the Trump campaign and transition effort. Chafuen beamed when he talked about it. “There you have the Atlas people being the chair of the National Endowment for Democracy,” he said.

Before ending the interview, Chafuen intimated that there was more to come: more think tanks, more efforts to overturn leftist governments, and more Atlas devotees and alumni elevated to the highest levels of government the world over. “The work is ongoing,” he said.

Later, Chafuen appeared at the gala for the Latin America Liberty Forum. Along with a panel of Atlas experts, he discussed the need to ramp up libertarian opposition movements in Ecuador and Venezuela.

Listen to reporter Lee Fang discuss his investigation of the Atlas Network on our podcast Intercepted:
 

IcE_WiNd

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Ser ignorante vale?
Façamos o seguinte
Aponte o parágrafo em que diz o que eu preciso saber, assim acontecem 2 coisas:
1- Eu não perco meu tempo.
2- Você prova que leu alguma coisa.

Edit* Quanta pretensão supor que alguma coisa que você poste faz alguém deixar ou não de ser ignorante.
 
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Edit* Quanta pretensão supor que alguma coisa que você poste faz alguém deixar ou não de ser ignorante.
Quem não busca informação sobre algo é o que se não ignorante?:kpensa

Tu quer que eu pegue um parágrafo de uma empresa financiada por corporações para financiar grupos políticos por seus interesses? :kpensa
 
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