Acabei de contratar um plano odontológico já que o que eu tenho não cobre essa parte, e mês que vem vou tentar um bucomaxilo pra ver a parte da articulação, já que tenho estalinhos e um pouco de dor ao mastigar do lado esquerdo. O remédio de sinusite não fez muito efeito...
Ah, quando conversei com o cara que faz o contrato do plano e comentei que estava procurando tratar possíveis causas do zumbido, ele olhou pra mim como se eu tivesse câncer, explicou que a mulher dele também tem isso. Mas ele disse que o dela era tão ruim que às vezes ela chorava de desespero, principalmente quando acorda de madrugada O_o
E você, como foi a consulta?
Então, foram dois médicos. Fiquei um bom tempo no consultório contando minha triste história. O que falaram é que existe um protocolo padrão que 5 tipos de medicamentos que passam para a pessoa que tem perda auditiva súbita porque mesmo que não descubra a razão, ao menos pode combater e minimizar ou reverter. Pode ser, por exemplo, uma infecção que para nós não é nada, mas que se instalou ali, comprometeu o cócleo e o corpo com o tempo ajeitou tudo, porém ficando com a lesão. Falaram que herpes é muito comum. Agora é tarde demais e é impossível reverter ou descobrir o que ocorreu de fato. Olhando os exames antigos algumas coisas dá para ver que não havia sido comprometidas, mas é possível que haja alguma lesão no próprio cócleo que acabe fazendo um efeito tipo microfonia.
Sobre a razão de desde julho ter aumentado. É difícil precisar mas falaram que vão investigar isso e pediram uma audiometria e impedanciometria e também um exame sanguíneo. Pode ser que tenha ocorrido uma perda auditiva maior e com isso o ouvido tenta regular um pouco as coisas e gera esse efeito desagradável, por exemplo. Eu fiz a audiometria e talvez tenha dado uma piorada. Não comparei com o exame antigo ainda, mas acho que está pior. Já sabia que estava escurando pior com o direito do que como esquerdo e na audiometria deu para ver que o direito está ruim. Perda leve no esquerdo e m**** moderada no direito. Vou deixar para os médicos compararem melhor as coisas quando voltar lá no dia 28.
Os médicos falaram sobre algumas possibilidades. Uma é uso de prótese, mas é complicado porque o tinnitus é ruim pra c***lho no silêncio, em casa, na hora de dormir e tal. Como a prótese não é usada nesse momento, então não adianta. Outro lance é um tratamento chamado TRT (Tinnitus Retraining Therapy) que é um tratamento o qual se usa um gerador de ruído com diferentes intensidades e frequência que com o tempo fará o nosso ouvido parar de prestar atenção naquelas frequências do zumbido. É algo mais recente e mais usado em São Paulo pelo que parece. É algo mais demorado, tipo um ano e meio, mas parece que os resultados são bons.
Como a hora de dormir estava infernal e comecei a tomar Dramin B6 ou antialérgicos para induzir um pouco o sono, falaram para eu tentar regular melhor o sono que é um fator que contribui também. Eu havia tomado 4 comprimidos que minha cunhada tinha me dado de um remédio chamado Zolpidem. É um indutor de sono bem interessante. Ele induz o sono mas não faz ficar pesadão e tal. Os médicos falaram para eu tomar durante um mês (esse tipo de medicação não é bom prolongar muito além disso) para tentar regular o sono, mas também pediram Melatonina. Esse não consegui achar um lugar que manipule. Parece estar novamente proibido no Brasil e até importei pelo Ebay mas nem sei se vai entrar. Já tomei uma vez e funciona legal. É algo que nosso corpo produz quando escurece e nos faz entrar em estado de sono. Pelo menos até o dia 28 vou tomando o Zolpidem para tentar dormir melhor e ver o que rolará depois. Eles recomendaram utilizar um radinho dessintonizado para simular um ruido branco na hora de dormir, mas nem tenho rádio ou algo pequeno assim que saia som. De todo modo, acho que estou conseguindo dormir mais fácil sem sentir aquela tortura com o remédio.
TRT – Tinnitus Retraining Therapy
A TRT –
Tinnitus Retraining Therapy (Terapia de Habituação do Zumbido
) é uma técnica criada pelo neurofisiologista polonês
Pawel Jastreboff, em que o paciente usa aparelhos chamados de geradores de ruído que diminuem a percepção do
zumbido.
Como funciona o TRT?
A técnica consiste em duas etapas. Na primeira, o paciente recebe orientação e tira suas dúvidas sobre o distúrbio. Na segunda, passa por um “enriquecimento sonoro”. Como o ruído interno é muito mais percebido em locais silenciosos, a saída é manter no ambiente sons constantes. Em casos mais sérios, é possível usar um gerador de som – similar ao aparelho auditivo, que emite um chiado bem baixo.
“O primeiro passo é a menor reação ao
zumbido. O segundo é a pessoa ficar cada vez mais tempo sem percebê-lo”, diz a fonoaudióloga Keila Knobel.
É um tratamento de longo prazo (ao menos 18 meses) que requer muita disciplina, persistência e determinação por parte do paciente. Mesmo assim, podem haver recaídas que necessitem novos retreinamentos. O zumbido pode ser um sintoma de difícil tratamento, mas entre todas as opções de tratamento do
zumbido o TRT é aquela que apresenta melhores resultados, 82% de melhora após um ano.