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MEC prepara projeto para criar cinco universidades em redutos do centrão (+3 mil cargos comissionados, zero novas vagas)

LUCAS_PIRA

Bam-bam-bam
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O ministro da Educação Milton Ribeiro quer dividir instituições federais de ensino superior existentes para criar cinco novas universidades e cinco institutos técnicos.

A iniciativa não prevê a expansão de vagas de alunos ou da rede física, mas atende aos interesses de políticos aliados ligados ao centrão.

A ideia significará a criação de 2.912 cargos para comandar as novas instituições que, na prática, já funcionam. O inchaço da máquina pública virá com um aumento de gastos que pode chegar a R$ 500 milhões por ano, de acordo com estimativas do Ministério da Economia.


 

Carolíngio

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Aqui no DF já é certo a criação de uma Universidade "estadual". Mas pelo menos parece que os cargos vão ser via concurso. Isso se aquela reforma administrativa do diabo não for aprovada. Se for, cada deputado distrital vai empurrar tudo que é comissionado onde até não caber mais.
 

LUCAS_PIRA

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Não entendi. Como vai criar novas instituições sem vagas pros alunos? Tem outra fonte, o paywall não deixar ler o restante.

Você pega uma instituições grande, que já existe e funciona, e divide em 3, por exemplo

Continuam sendo as mesmas vagas e cursos, mas nesse caso você cria 2 novas reitorias, cheias de cargos comissionados de chefia. O presidente nomeia o reitor das duas reitorias novas, que nomeia os parceiros pros outros cargos.
Na prática, um monte de cargos novos para os amigos e zero de aumento de vagas para a população.
 


Dr. Pregos

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E adivinha de onde sairá os recursos?Sim amigue, do nosso bolsinho.

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Tassadar_

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Se não me engano esse movimento partiu de dentro das instituições de ensino. Ao menos as dos reagrupamentos dos IFs já se conversa a mais de anos. Já escutava boatos sobre essas uniões e divisões desde o governo Temer.
 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
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Transcrevendo aqui:


MEC prepara projeto para criar cinco universidades em redutos do centrão




Crítico à abertura de universidades, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, quer dividir instituições federais de ensino superior existentes para criar cinco novas universidades e cinco institutos técnicos.
A iniciativa não prevê a expansão de vagas de alunos ou da rede física, mas atende aos interesses de políticos aliados ligados ao centrão.
A ideia significará a criação de 2.912 cargos para comandar as novas instituições que, na prática, já funcionam. O inchaço da máquina pública virá com um aumento de gastos que pode chegar a R$ 500 milhões por ano, de acordo com estimativas do Ministério da Economia.
Segundo relatos, técnicos da Economia questionam o MEC (Ministério da Educação) pela ausência de interesse social na criação de cargos, sem que haja expansão de vagas para alunos nas novas instituições. O governo Jair Bolsonaro (sem partido) tem discurso de redução dos gastos com pessoal, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já comparou servidores a parasitas.
Segundo o MEC, o custo seria de R$ 147 milhões no ano. No entanto, não há previsão para esse gasto na proposta orçamentária de 2022.
A Folha teve acesso à minuta do projeto de lei que cria as instituições por desmembramentos de campi já em funcionamento. Elas estão previstas para Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Espírito Santo e Piauí. O último estado é base eleitoral do líder do centrão e ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
No caso dos institutos federais, novas unidades surgiriam a partir de unidades em São Paulo, Goiás e Paraná. Interlocutores apontam interesse eleitoral de políticos bolsonaristas, entre eles o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Ribeiro cede aos interesses do centrão apesar da contradição com a realidade orçamentária do MEC e de seu próprio discurso. O ministro já disse que a universidade deve ser para poucos e que o Brasil errou, em governos anteriores, ao investir mais em ensino superior do que na educação básica.
Antes crítico da negociação de cargos com o centrão, Bolsonaro se aliou a políticos do bloco para evitar o avanço de pedidos de impeachment. Na educação, o grupo de legendas comanda o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), responsável por obras.
O ministro da Educação e auxiliares estiveram na Câmara na última quarta-feira (20) para detalhar o projeto. A criação de um novo instituto em Goiás não consta no projeto de lei, mas apareceu na exposição de Ribeiro para atender ao pleito do deputado bolsonarista major Vitor Hugo (PSL-GO).
Na Câmara, Ribeiro citou o empenho das bancadas do Paraná e de Goiás para estimular esse tipo de expansão. O ministro defendeu que a iniciativa trará facilidade para abertura de novos cursos e poderá, no futuro, resultar em aumento de vagas. Procurado, o MEC não respondeu.
Essa criação de instituições representa ganhos em redutos eleitorais porque os políticos têm interesse no aumento de investimentos federais nesses locais. Miram ainda potenciais ganhos imobiliários. É comum, por exemplo, que haja doações de terrenos para novos campi, de olho na valorização do entorno, segundo relatos de ex-secretários de ensino superior do ministério.
Na apresentação que o MEC fez na Câmara, um dos novos institutos federais do Paraná teria sede em Maringá, cidade do deputado Ricardo Barros. O município, entretanto, nem sequer tem campus.
O líder do governo afirma à Folha que a decisão é técnica e houve consulta às instituições. "O pleito de Maringá é da sociedade organizada e apoiado pelos parlamentares da cidade."
Milton Ribeiro disse ainda na Câmara que as instituições teriam concordado com o fracionamento. Consultadas, no entanto, elas relatam que o projeto tramita à revelia e fazem críticas. Afirmam que não há respaldo em projeto real de expansão com critérios acadêmicos.
A UFES (Federal do Espírito Santo) divulgou posicionamento contrário ao desmembramento.
"A forma exógena, sem diálogo e sem o devido planejamento, como está sendo conduzida a proposta, sob pressão de atores políticos apartados da realidade do sistema universitário (...) configura flagrante desrespeito ao princípio constitucional da autonomia universitária", diz nota do conselho universitário.
A UFPI (Federal do Piauí), que perderá unidades em três das quatro cidades onde atua, também não foi comunicada oficialmente, diz o reitor, Gildásio Guedes. Segundo ele, a movimentação pode até trazer benefícios para campi distantes, mas resulta em diminuição da universidade em termos de pesquisa e intercâmbios internacionais.
"É uma situação que exige análise dos diretores dos campi, do conselho universitário", afirma.
Em 2018, a UFPI já tinha perdido um campus no município de Parnaíba para a criação de universidade batizada com o nome da cidade. "Ainda hoje ela está sob nossa tutoria. Dados de alunos, currículo, tudo está pendente e há um custo tecnológico nisso", conta o reitor.
Enquanto são planejados quase 3 mil cargos para novas instituições, o sistema federal de ensino superior enfrenta déficit de profissionais.
A UFPI, por exemplo, tem falta de 80 professores, cargos ocupados atualmente por substitutos. O Instituto Federal Goiano, que perderá o campus de Rio Verde para criação de unidade independente, tem falta de cem professores e 80 técnico-administrativos.
Segundo o reitor, Elias de Pádua Monteiro, há demanda da direção da unidade de Rio Verde pelo desmembramento. Mas, segundo ele, além de haver outras prioridades, o tema precisa ser discutido amplamente e nem sequer houve comunicado oficial.
"O problema é o momento, em que temos restrições orçamentárias", diz. "Aumentar despesa sem ter nova matrícula não nos parece algo sensato."
O projeto do MEC também prevê incluir o Instituto Benjamin Constant, no Rio, na rede federal técnica. O Conif, conselho que agrega os institutos técnicos e profissionais do país, também não foi avisado com antecedência.
"É legítimo querer expansão, mas temos preocupações com a questão orçamentária dos últimos anos, cortes, bloqueios, e temos institutos que ainda não estão em condições 100% de infraestrutura e pessoal", diz a presidente do Conif, Sônia Fernandes.
Dos institutos atingidos, o de São Paulo seria o único interessado no desmembramento, pois conta com unidades em todo o estado. A IFSP não respondeu aos questionamentos da reportagem.
O presidente da Andifes, que representa os reitores das universidades, diz ser essencial a avaliação de cada instituição. A entidade, também ignorada pelo MEC, pediu agenda com o ministro para conhecer o projeto.
"Se parte única e exclusivamente de interesse políticos, afirmaria que esse não é o modelo de expansão que defendemos", afirma o presidente da Andifes, Marcus Vinicius David.
As instituições federais de ensino superior passam por reduções de orçamento ao menos desde 2015. Sob o governo Bolsonaro, enfrentam cortes e congelamentos —a federal do Rio de Janeiro, por exemplo, chegou a ameaçar fechar as portas neste ano.
Os gastos com pessoal são os que mais pressionam. Chegaram a R$ 63 bilhões no ano passado, o que representa alta de 14% desde 2015 na comparação com valores atualizados pela inflação.
Os novos cargos planejados pelo MEC irão impactar exatamente essas rubricas de pessoal. Os gastos com custeio das universidades e institutos registraram redução de 37% entre 2015 e 2020 e os investimentos caíram 66% no mesmo período.
 

Love Over Gold

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Você pega uma instituições grande, que já existe e funciona, e divide em 3, por exemplo

Continuam sendo as mesmas vagas e cursos, mas nesse caso você cria 2 novas reitorias, cheias de cargos comissionados de chefia. O presidente nomeia o reitor das duas reitorias novas, que nomeia os parceiros pros outros cargos.
Na prática, um monte de cargos novos para os amigos e zero de aumento de vagas para a população.
Impossível. Sempre li na Outerspace que a mamata tinha acabado.
 

PhylteR

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Vou fazer uma defesa ao governo e uma crítica.

Defesa: essa ideia não é desse governo. Se não me engano, o MEC tem esse projeto desde o final do governo Dilma, mas foi engavetado e agora retomado. Há Institutos Federais muito grandes, como o IF São Paulo por exemplo, e o próprio IFSP tem interesse no desmembramento, pois é complicado gerir uma autarquia daquele tamanho e a legislação prevê um limite de funcionários em cada Reitoria. Boa parte dos Estados possuem mais de um IF por esse motivo, enquanto alguns Estados que possuem um só seriam desmembrados de forma a facilitar/melhorar a gestão. Não estou fazendo juízo de mérito aqui, apenas falando sobre a proposta.

Crítica: mudaram o projeto e criaram umas coisas sem pé nem cabeça. Por exemplo, em Goiás vão desmembrar o Campus Rio Verde do IFGO e criar o Instituto Federal do Rio Verde, com um único campus inicialmente. Extremamente bizarro, criar uma Reitoria para gerir um único campus. A criação de novas universidades também é uma ideia recente.
 

LUCAS_PIRA

Bam-bam-bam
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Vou fazer uma defesa ao governo e uma crítica.

Defesa: essa ideia não é desse governo. Se não me engano, o MEC tem esse projeto desde o final do governo Dilma, mas foi engavetado e agora retomado. Há Institutos Federais muito grandes, como o IF São Paulo por exemplo, e o próprio IFSP tem interesse no desmembramento, pois é complicado gerir uma autarquia daquele tamanho e a legislação prevê um limite de funcionários em cada Reitoria. Boa parte dos Estados possuem mais de um IF por esse motivo, enquanto alguns Estados que possuem um só seriam desmembrados de forma a facilitar/melhorar a gestão. Não estou fazendo juízo de mérito aqui, apenas falando sobre a proposta.

Crítica: mudaram o projeto e criaram umas coisas sem pé nem cabeça. Por exemplo, em Goiás vão desmembrar o Campus Rio Verde do IFGO e criar o Instituto Federal do Rio Verde, com um único campus inicialmente. Extremamente bizarro, criar uma Reitoria para gerir um único campus. A criação de novas universidades também é uma ideia recente.

Era uma proposta do final do governo Temer, mas a atual parece ser pior, para agradar base eleitoral.

Em princípio não é errado você dividir uma instituição muito grande para melhorar a gestão.
O problema é como e quando isso vai ser feito.
Se o orçamento para educação e pesquisa está diminuindo, não é hora de aumentar gastos com cargos comissionados.

Na verdade, da forma como estão colocando, a gestão vai piorar. Criar uma instituição do zero, sem novos investimentos em estrutura, sem novos professores e técnicos, apenas com mais cargos comissionados indicados por políticos.
Tem tudo pra dar errado.
 

PhylteR

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Era uma proposta do final do governo Temer, mas a atual parece ser pior, para agradar base eleitoral.

Em princípio não é errado você dividir uma instituição muito grande para melhorar a gestão.
O problema é como e quando isso vai ser feito.
Se o orçamento para educação e pesquisa está diminuindo, não é hora de aumentar gastos com cargos comissionados.

Na verdade, da forma como estão colocando, a gestão vai piorar. Criar uma instituição do zero, sem novos investimentos em estrutura, sem novos professores e técnicos, apenas com mais cargos comissionados indicados por políticos.
Tem tudo pra dar errado.

Sim, concordo.

Sobre os comissionados, a lei determina que no caso dessas instituições, devem ser servidores de carreira (ao menos por enquanto). Então claro, o Reitor escolhido indicará quem ele quer, porém não serão pessoas externas às instituições, indicadas por deputados aleatórios.
 

Jolteon

Maconheiro que resolve mistérios com cachorro
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Esses são os mesmos caras que xingavam o PT por ter aberto um monte de federal inútil, dizendo que era populismo, “marxismo cultural”, conchavo político…

Agora vejamos o que estão fazendo agora.
 

DoMorro

Bam-bam-bam
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Daí quando a gente pede pra privatizar a porratoda, a gente é louco.

O Brasil é isso aí mesmo. Um cabidão gigante de empregos, que sempre aumenta, independente de quem esteja lá.

Isso não tem a mínima chance de dar certo.
 

tbahia2000

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A Nova Era lutando contra o Marxismo Cultural aumentando Cargos e Comissões para apadrinhados ao mesmo tempo que não aumenta o numero de vagas para os estudantes e reduz o investimento em pesquisas.

Realmente, uma revolução na educação brasileira

Tudo culpa do Paulo Freire
 

Delphinus

Enjoy Yourself!
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Mais gastos
Mais pessoas 'trabalhando'
Mais estudantes burros
Mais faculdades que no final nem é faculdade


ÉÉÉÉÉÉÉÉ

tamo lascado
 

tbahia2000

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É só pegar um IF ou UF e quebrar em dois (ou mais). Você é obrigado a montar toda a estrutura administrativa de uma nova reitoria (sendo o reitor indicado pelo ministro da educação)

O quantitativo de alunos continua sendo o mesmo (afinal não houve expansão, mas mera divisão administrativa), mas a máquina aumenta

Justamente o objetivo é apenas criar cargos comissionados para os cupichas, afinal a nova era defende a meritocracia: não fazemos concurso público, criamos cargos para os apadrinhados e pedimos a rachadinha do salário
 

LUCAS_PIRA

Bam-bam-bam
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Atualizando o tópico

O governo consultou as instituições, para fazer as divisões e instituições novas
algumas toparam, outras não
Mesmo assim vão colocar algumas que não toparam.... para agradar o centrão


 

PhylteR

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O governo consultou as instituições, para fazer as divisões e instituições novas
algumas toparam, outras não
Mesmo assim vão colocar algumas que não toparam.... para agradar o centrão



A Direita mais Esquerda desse mundão.
 
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