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Ontem fui jantar na casa do cunhado e a sogra foi junto.
Ela se "converteu" (é assim que fala?) a igreja Universal há poucos meses atrás.
Ela é bem ciente do que acontece nos bastidores e até tem uma visão boa sobre tudo, dizendo coisas como "o que eles fazem com o dízimo é problema deles, eu faço a minha parte e sigo minha fé..." Quanto a isso eu nem contesto nada.
Mas é daquelas pessoas radicais no que se refere a existência de Deus, além de ser meio ignorante pra algumas coisas (de resto é uma queridona, me curte pra c***lho), veio do interior do estado sem estudo e a porra toda, foi criada em fazenda, a base do que chamo - talvez pejorativamente, admito - de "lavagem cerebral teísta".
Enfim, minha namorada conhece minha posição, que é fundamentada no ignoticismo
que consiste MUITO basicamente em "ficar em cima do muro" no que tange a existência ou não de Deus, afinal de contas, o que é Deus? Como vou discutir sobre algo que ninguém sabe o que é e, até que prove o contrário, não passa de algo subjetivo.
Expliquei isso e minha sogra, cunhado e concunhada me olharam meio atravessado, exceto a namorada, que é agnóstica teísta (parte do pressuposto que Deus existe, mas até então o conhecimento humano não pode provar que Deus existe e nem que não existe).
Então a sogra larga:
"Pra mim Deus está nas pessoas, etc etc".
Aí eu disse: "OOOOOOOOOOOOPAAAAAAAAA... pera la velha trouxa e arrombada - brinks eu não disse isso - , pera la... "Pra mim"?".
Peguntei pro cunhado (muito menos religioso, mas acredita piamente em Deus):
"E pra ti man, o que é Deus"?
Ele respondeu: "é uma divindade, que criou as coisas e a partir daí tudo se desenvolveu".
"Eu tu concunhada, qualé"?
"Pra mim Deus é pai de Jesus etc etc" - ou seja, a visão da Bíblia.
Então fechei com chave de ouro:
"Vocês 3 tem visão diferente sobre Deus, o que reforça eu ser ignóstico".
Manjei demais nessa porra
Meu cunhado e cunhada entenderam na boa e ele até me mandou hoje de manhã uma mensagem dizendo que também acha que é ignóstico Mas minha sogra me tirou praticamente pra ateu (o que não é o caso, pois ateu é quem não acredita em Deus enquanto não acredito e nem desacredito em porra nenhuma pois ninguém sabe o que é Deus). Ela ficou bem fechada quando fomos embora e vi ela falando no andar de baixo da casa delas algo como "eu não acredito que o Rodrigo pensa assim", mas depois falei sorrateiramente com ela, explicando de novo e com mais calma o meu ponto de vista, ficou tudo bem e hoje de manhã tinha até café na cama
Ela ficou de boa muito por eu saber lidar com esse tipo de discussão e saber que minha opinião é polêmica pra 95% das pessoas, sobretudo as menos cultas, ou melhor, as mais fechadas pra outros pontos de vista. A minha mãe é assim também, religiosa na última e sempre que tocamos no assunto ela se emputece, desisti de explicar meu posicionamento e até dou risada da situação.
Nesse tipo de discussão, pra quem não quer se estressar, empatia é TUDO, é importante demais entender o contexto de vida da pessoa, o que fez ela acreditar naquilo e daquela forma.
Enfim, deixei claro na mesa (e deixo aqui também) que respeito a fé de cada um e, se Deus existe, PRA MIM "ele" é a própria fé das pessoas.
Mas esse é meu conceito sobre Deus, "pra mim"...
Ela se "converteu" (é assim que fala?) a igreja Universal há poucos meses atrás.
Ela é bem ciente do que acontece nos bastidores e até tem uma visão boa sobre tudo, dizendo coisas como "o que eles fazem com o dízimo é problema deles, eu faço a minha parte e sigo minha fé..." Quanto a isso eu nem contesto nada.
Mas é daquelas pessoas radicais no que se refere a existência de Deus, além de ser meio ignorante pra algumas coisas (de resto é uma queridona, me curte pra c***lho), veio do interior do estado sem estudo e a porra toda, foi criada em fazenda, a base do que chamo - talvez pejorativamente, admito - de "lavagem cerebral teísta".
Enfim, minha namorada conhece minha posição, que é fundamentada no ignoticismo
Ignosticismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ignosticismo ou igteísmo é uma posição teológica, a partir da qual todas as outras posições teológicas, incluindo o agnosticismo, presumem demais sobre oconceito de Deus, sua existência e outros conceitos teológicos. A palavra "ignosticismo" foi cunhada por Sherwin Wine, rabino e uma figura base para o judaísmo humanístico.
E pode-se defini-la incluindo-se dois pontos de vista relacionados sobre a existência de Deus.
Em outras palavras, o ignosticismo pode ser definido como algo que envolve dois pontos de vista relacionados, a respeito da existência de Deus:
Índice
[esconder]
Relação com outras visões de "Deus"[editar | editar código-fonte]
Ignosticismo e não cognitivismo teológico geralmente são tratados como sinônimos [2] (em inglês), mas a relação entre ignosticismo e outras visões não teístas está bem menos clara. Enquanto Paul Kurtz acredita que a visão é compatível com ambas Ateísmo cético e agnosticismo [3] (em inglês), outros filósofos consideram-no distinto.
Em um capítulo de seu livro de 1936 Linguagem, verdade e lógica, Alfred Jules Ayer defendeu que ninguém poderia falar da existência de Deus, ou sequer da probabilidade da sua existência, uma vez que o conceito em si era inverificável e por isso absurdo[4] (em inglês). Ayer escreveu que estão descartadas as posições filosóficas do ateísmo e do agnosticismo, assim com do teísmo, por que todas as três posições assumem que a sentença "Deus existe" é significativa[5] . Dada a falta de significância dos feitos teístas, Ayer opinou que não havia "nenhuma base lógica para antagonismos entre religião e ciência natural"[6] , como o teísmo sozinho não é capaz de implicar quaisquer proposições que o método científico seria capaz de falsificar.
Como Ayer, Theodore Drange vê teísmo e agnosticismo como posições que aceitam "Deus existe" como uma proposição significativa; ateístas julgam isto como "falso ou provavelmente falso" e agnósticos consideram isto como inconclusivo até que novas evidências sejam conhecidas[7] . Se as definições de Drange são aceitas, ignósticos não são ateístas nem agnósticos. Um aforisma simplificado dos estados subjetivos "Um ateísta diria, 'Eu não acredito que Deus existe', um agnóstico diria, 'Eu não sei se Deus existe ou não', e um ignóstico diria, 'Eu não entendo o que você quer dizer quando você diz "Deus existe"'.
Ignosticismo não deve ser confundido com apateísmo, uma posição de apatia com relação a existência de Deus. Um apateísta pode ver a declaração "Deus existe" como sem significado, e ainda assim pode vê-la como significante, e talvez até como verdadeira.[8] (em inglês)
Dependência de determinada visão da palavra Deus[editar | editar código-fonte]
Drange enfatiza que qualquer posição em "Deus existe?" é feita com respeito a um conceito particular de o que é considerado por alguém como sendo creditado pela representação de "Deus".:
Já que a palavra "Deus" possui muitos significados diferentes, é possível para a sentença "Deus existe" expressar tantas proposições quanto diferentes significados. O que nós precisamos é nos focar em cada proposição separadamente. … Para cada sentença diferente do termo "Deus", haverá teístas, ateístas e agnósticos relativos aquele conceito de Deus.[9] (em inglês)
Como Deus significa muitas coisas diferentes para pessoas diferentes, quando a palavra é dita, um ignóstico pode procurar determinar se algo como a definição de crianças de deus é a que está sendo empregada ou se uma definição teológica é pretendida ao invés disso.
Um conceito teístico de uma criança geralmente possui um significado simples e coerente, baseado na concepção antropomórfica de Deus:[10] um homem grande e poderoso no céu responsável por determinadas coisas.[10] Muitos filósofos e teólogos têm rejeitado este conceito de deus, afirmando crença em outro conceito de Deus, incluindo Agostinho de Hipona, Maimonides, Tomás Aquino, Baruch Spinoza, Søren Kierkegaard e também por Ludwig Feuerbach em A Essência da Cristandade (1841).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ignosticismo ou igteísmo é uma posição teológica, a partir da qual todas as outras posições teológicas, incluindo o agnosticismo, presumem demais sobre oconceito de Deus, sua existência e outros conceitos teológicos. A palavra "ignosticismo" foi cunhada por Sherwin Wine, rabino e uma figura base para o judaísmo humanístico.
E pode-se defini-la incluindo-se dois pontos de vista relacionados sobre a existência de Deus.
Em outras palavras, o ignosticismo pode ser definido como algo que envolve dois pontos de vista relacionados, a respeito da existência de Deus:
- O ponto de vista de que uma definição coerente de Deus deve ser apresentada antes que a questão da existência de Deus possa ser discutida de forma significativa. Além disso, se esta definição é infalseável, o ignóstico toma a posição de não cognitivismo teológico em que a questão da existência de Deus, por esta definição, é desprovida de significado. Neste caso, o conceito de Deus não é considerado sem significado; o termo "Deus" é considerado sem significado.
- O segundo ponto de vista é um sinônimo do não cognitivismo teológico, e pula a etapa de primeiro perguntar "O que se entende por Deus?" antes de proclamar a questão original "Deus existe?" como sem significado.
Índice
[esconder]
- 1 Relação com outras visões de "Deus"
- 2 Dependência de determinada visão da palavra Deus
- 3 Ver também
- 4 Referências
Relação com outras visões de "Deus"[editar | editar código-fonte]
Ignosticismo e não cognitivismo teológico geralmente são tratados como sinônimos [2] (em inglês), mas a relação entre ignosticismo e outras visões não teístas está bem menos clara. Enquanto Paul Kurtz acredita que a visão é compatível com ambas Ateísmo cético e agnosticismo [3] (em inglês), outros filósofos consideram-no distinto.
Em um capítulo de seu livro de 1936 Linguagem, verdade e lógica, Alfred Jules Ayer defendeu que ninguém poderia falar da existência de Deus, ou sequer da probabilidade da sua existência, uma vez que o conceito em si era inverificável e por isso absurdo[4] (em inglês). Ayer escreveu que estão descartadas as posições filosóficas do ateísmo e do agnosticismo, assim com do teísmo, por que todas as três posições assumem que a sentença "Deus existe" é significativa[5] . Dada a falta de significância dos feitos teístas, Ayer opinou que não havia "nenhuma base lógica para antagonismos entre religião e ciência natural"[6] , como o teísmo sozinho não é capaz de implicar quaisquer proposições que o método científico seria capaz de falsificar.
Como Ayer, Theodore Drange vê teísmo e agnosticismo como posições que aceitam "Deus existe" como uma proposição significativa; ateístas julgam isto como "falso ou provavelmente falso" e agnósticos consideram isto como inconclusivo até que novas evidências sejam conhecidas[7] . Se as definições de Drange são aceitas, ignósticos não são ateístas nem agnósticos. Um aforisma simplificado dos estados subjetivos "Um ateísta diria, 'Eu não acredito que Deus existe', um agnóstico diria, 'Eu não sei se Deus existe ou não', e um ignóstico diria, 'Eu não entendo o que você quer dizer quando você diz "Deus existe"'.
Ignosticismo não deve ser confundido com apateísmo, uma posição de apatia com relação a existência de Deus. Um apateísta pode ver a declaração "Deus existe" como sem significado, e ainda assim pode vê-la como significante, e talvez até como verdadeira.[8] (em inglês)
Dependência de determinada visão da palavra Deus[editar | editar código-fonte]
Drange enfatiza que qualquer posição em "Deus existe?" é feita com respeito a um conceito particular de o que é considerado por alguém como sendo creditado pela representação de "Deus".:
Já que a palavra "Deus" possui muitos significados diferentes, é possível para a sentença "Deus existe" expressar tantas proposições quanto diferentes significados. O que nós precisamos é nos focar em cada proposição separadamente. … Para cada sentença diferente do termo "Deus", haverá teístas, ateístas e agnósticos relativos aquele conceito de Deus.[9] (em inglês)
Como Deus significa muitas coisas diferentes para pessoas diferentes, quando a palavra é dita, um ignóstico pode procurar determinar se algo como a definição de crianças de deus é a que está sendo empregada ou se uma definição teológica é pretendida ao invés disso.
Um conceito teístico de uma criança geralmente possui um significado simples e coerente, baseado na concepção antropomórfica de Deus:[10] um homem grande e poderoso no céu responsável por determinadas coisas.[10] Muitos filósofos e teólogos têm rejeitado este conceito de deus, afirmando crença em outro conceito de Deus, incluindo Agostinho de Hipona, Maimonides, Tomás Aquino, Baruch Spinoza, Søren Kierkegaard e também por Ludwig Feuerbach em A Essência da Cristandade (1841).
que consiste MUITO basicamente em "ficar em cima do muro" no que tange a existência ou não de Deus, afinal de contas, o que é Deus? Como vou discutir sobre algo que ninguém sabe o que é e, até que prove o contrário, não passa de algo subjetivo.
Expliquei isso e minha sogra, cunhado e concunhada me olharam meio atravessado, exceto a namorada, que é agnóstica teísta (parte do pressuposto que Deus existe, mas até então o conhecimento humano não pode provar que Deus existe e nem que não existe).
Então a sogra larga:
"Pra mim Deus está nas pessoas, etc etc".
Aí eu disse: "OOOOOOOOOOOOPAAAAAAAAA... pera la velha trouxa e arrombada - brinks eu não disse isso - , pera la... "Pra mim"?".
Peguntei pro cunhado (muito menos religioso, mas acredita piamente em Deus):
"E pra ti man, o que é Deus"?
Ele respondeu: "é uma divindade, que criou as coisas e a partir daí tudo se desenvolveu".
"Eu tu concunhada, qualé"?
"Pra mim Deus é pai de Jesus etc etc" - ou seja, a visão da Bíblia.
Então fechei com chave de ouro:
"Vocês 3 tem visão diferente sobre Deus, o que reforça eu ser ignóstico".
Manjei demais nessa porra
Meu cunhado e cunhada entenderam na boa e ele até me mandou hoje de manhã uma mensagem dizendo que também acha que é ignóstico Mas minha sogra me tirou praticamente pra ateu (o que não é o caso, pois ateu é quem não acredita em Deus enquanto não acredito e nem desacredito em porra nenhuma pois ninguém sabe o que é Deus). Ela ficou bem fechada quando fomos embora e vi ela falando no andar de baixo da casa delas algo como "eu não acredito que o Rodrigo pensa assim", mas depois falei sorrateiramente com ela, explicando de novo e com mais calma o meu ponto de vista, ficou tudo bem e hoje de manhã tinha até café na cama
Ela ficou de boa muito por eu saber lidar com esse tipo de discussão e saber que minha opinião é polêmica pra 95% das pessoas, sobretudo as menos cultas, ou melhor, as mais fechadas pra outros pontos de vista. A minha mãe é assim também, religiosa na última e sempre que tocamos no assunto ela se emputece, desisti de explicar meu posicionamento e até dou risada da situação.
Nesse tipo de discussão, pra quem não quer se estressar, empatia é TUDO, é importante demais entender o contexto de vida da pessoa, o que fez ela acreditar naquilo e daquela forma.
Enfim, deixei claro na mesa (e deixo aqui também) que respeito a fé de cada um e, se Deus existe, PRA MIM "ele" é a própria fé das pessoas.
Mas esse é meu conceito sobre Deus, "pra mim"...