Eudaimon
Bam-bam-bam
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Sabe, morar sozinho é algo como finalmente se conhecer para valer.
Você sequer tem a extensão dos próprios problemas, dos transtornos que é capaz de ocasionar, pela sua simples existência. Um exemplo: não tem nem idéia do quanto, por si só, produz de detritos num único ou em alguns poucos dias. Já experimentou observar? É de cair os butiás do bolso...
Sem morar sozinho você também talvez não saiba até onde vão suas próprias individualidades. O quanto de valor você realmente precisa dar para elas? Não há como saber, sem vivenciá-las, em toda sua demanda.
Gosto muito de jogar meu "prestetxo", sem ter absolutamente ninguém ou nada para me tomar a atenção. É um momento de catarse, uma espécie de " nirvana nerdística". Assim como é momento todo meu sentar- me para escrever algo, ou quando me acordo e vou para a frente do espelho dançar, um tanto despido, alguma coisa bem constrangedora ( meu setlist matutino está bizarro: de um indie rock, com Franz Ferdinand, até Banda Dejavu).
São questões cujo esclarecimento tenho tido só agora, ao viver a experiência de morar só.
Não quero aqui romper com o Tom Jobim, porque também não acredito na possibilidade de ser feliz sozinho.
Mas assim, eu recomendaria a qualquer um que se desse a oportunidade de um momento de vida apenas para si, como forma mesmo de auto-conhecimento e percepção própria. Não necessariamente isso seria estar sem paquerar, beijar, e cosas mas. Mas ter lá o canto só seu, pra poder dançar peladão pela sala, ou criticar a imagem em frente ao espelho pela desorganização recorrente ( " quem fui o bagunceiro que deixei a toalha no chão??")
Como os relacionamentos não deixam de ser, na essência, mútua entrega, isso parece essencial inclusive para justificá-los. É preciso conhecer bem seus próprios defeitos e necessidades espirituais, para saber até onde misturá-los às particularidades de outra pessoa.
Afinal, se é impossível ser feliz sozinho, também o é divorciando-se de si próprio.
Você sequer tem a extensão dos próprios problemas, dos transtornos que é capaz de ocasionar, pela sua simples existência. Um exemplo: não tem nem idéia do quanto, por si só, produz de detritos num único ou em alguns poucos dias. Já experimentou observar? É de cair os butiás do bolso...
Sem morar sozinho você também talvez não saiba até onde vão suas próprias individualidades. O quanto de valor você realmente precisa dar para elas? Não há como saber, sem vivenciá-las, em toda sua demanda.
Gosto muito de jogar meu "prestetxo", sem ter absolutamente ninguém ou nada para me tomar a atenção. É um momento de catarse, uma espécie de " nirvana nerdística". Assim como é momento todo meu sentar- me para escrever algo, ou quando me acordo e vou para a frente do espelho dançar, um tanto despido, alguma coisa bem constrangedora ( meu setlist matutino está bizarro: de um indie rock, com Franz Ferdinand, até Banda Dejavu).
São questões cujo esclarecimento tenho tido só agora, ao viver a experiência de morar só.
Não quero aqui romper com o Tom Jobim, porque também não acredito na possibilidade de ser feliz sozinho.
Mas assim, eu recomendaria a qualquer um que se desse a oportunidade de um momento de vida apenas para si, como forma mesmo de auto-conhecimento e percepção própria. Não necessariamente isso seria estar sem paquerar, beijar, e cosas mas. Mas ter lá o canto só seu, pra poder dançar peladão pela sala, ou criticar a imagem em frente ao espelho pela desorganização recorrente ( " quem fui o bagunceiro que deixei a toalha no chão??")
Como os relacionamentos não deixam de ser, na essência, mútua entrega, isso parece essencial inclusive para justificá-los. É preciso conhecer bem seus próprios defeitos e necessidades espirituais, para saber até onde misturá-los às particularidades de outra pessoa.
Afinal, se é impossível ser feliz sozinho, também o é divorciando-se de si próprio.