Primeiramente boa tarde. E desculpa ai cara... Mas não consigo chamar o seu conto de outra forma... O som de offenmund é tão interessante, fora a aparência da palavra, que não consigo fazer diferente...
Sobre o conto, vi que uma porção de coisas que sugerimos como correção ou incremento você colocou na versão final. Não que você tivesse a obrigação de aceitar qualquer uma delas, mas vendo como ficou e lembrado como estava as alterações caíram como uma luva, estou certo de que coisas que comentamos te fizerem enxergar outras coisas e isso contribuiu pra deixar o conto ainda melhor.
No período entre a primeira leitura do seu conto e hoje, uma coisa sempre ficava martelando em minha mente, ao reler isso voltou a tona. Estou falando do trecho em que o protagonista vai a casa do pai e tem a visão dele e do pai no episódio com o machado.
É fácil fazer a associação desta cena com a perna dele. No entanto como não terminou essa visão e o mesmo vale pro conto, não sei se pode-se fazer essa inferência. Pois digamos que ele tenha essa visão novamente na segunda parte e você esclareça que não foi a perna dele que ele quebrou de forma que ele jamais se recuperou, que isso na verdade era uma característica de nascença, pois vc não deixou isso claro até o momento, e na verdade o mal permanente que ele teve foi psicológico, saca?
O que quero dizer com isso é que aproveite melhor o clima que você mesmo criou, ele está tendo uma escapada, devaneio, enfim, chame como preferir e depois é interrompido pela voz do irmão que o retira da bolha em que ele estava envolto.
Se ao invés disso o protagonista virasse a vista para não rever a cena que ocorreu com ele e um instante depois o irmão o chama, daí ele tenta olhar novamente e ele vê só o velho barracão abandonado.
Acho que isso poderia reforçar ainda mais a parte dos problemas que ele tem internamente, reforçaria o que disse no começo do texto que ele não queria ter voltado ali, apesar de terem dito que "ele precisava enfrentar o seu passado, seu medos e talz".
Minha sugestão nesse trecho seria mostrar até o momento que o pai levanta o machado daí ele viraria o rosto pra não rever a cena e daí tocaria o barco, ao invés de dar elementos para o leitor inferir que foi naquele momento que ele ficou com o problema na perna, você sugeriria isso, fora que seria mais um ganho pra parte 2. Fica a sugestão.
Na parte em que a menina o encontra caído e vai falar sobre o mal, notei que a confusão de um grande mal e ela é o mal manteve-se, mas lembre-se que é uma confusão apenas aparente, no final, aliás, você até resolve isso usando a palavra entidade, mas porque resolver algo sendo que pode evitar, coloque uma força maligna ou uma força má. E acho que isso seria resolvido. A confusão que ele coloca se o mal era offenmund ou a entidade foi uma boa sacada, deixe como está.
Em outra conversa nossa comentou que a parte em que a menina mostra o que tem nos olhos é muito pesada e tal... É sim pesada, mas não tanto quanto você acha, ao menos não foi pra mim.
Não estou dizendo que está ruim, ou breve demais, ou mal explicada demais, pelo contrário. Minha sensibilidade pra leitura é bem baixa pra algumas coisas, especialmente terror. A cena está boa, mas não se preocupe com este trecho em relação a classificação de todo o conto.
Sobre o final, nesse ponto você avançou um pouco além do que recomendei e fez uma boa mudança no trecho do acampamento. Ficou um desfecho legal para essa parte, muito melhor do que estava sem dúvidas, mas ainda acho que deveria ter terminado no momento que ele abre os olhos, tanto como cena final, como por proporcionar o começo da parte seguinte como sequência direta e temporal do conto.
É nesse ponto que nossa forma de pensar diverge. Gostei da solução que arrumou, está muito superior a primeira versão. Agora estou curioso como vai começar a próxima parte, pois analisando o final que teve, a primeira cena da próxima parte provavelmente vai ser o início de uma luta ou algum climax do que terminou nessa parte.
Sendo assim recomendo bastante que no início da parte 2 coloque um cenas do último episódio ou previously da vida pra situar o pessoal que for ler, especialmente quem tiver nessa parte o primeiro contato com o seu conto.
Sei o motivo que teve pra escrever esse conto, no fim das contas ele está sendo e será um grande aprendizado pra nós todos pois é a nossa primeira publicação em partes. Como conclusão dessa primeira parte, percebi que ao fazer uma história em parte pra ecos ambas devem ter alguma independência entre elas, pois quem garante que o leitor vai primeiro na segunda parte.
Ah, sim, tem alguns termos que deveria por em itálico, como
herr ou outros em alemão.
No geral gostei da construção dos personagens, gostei que tenha feito adequações nas partes em que notamos problemas em relação à época. Gostei da história dentro da história, me refiro ao trecho sobre a criação de offenmund, ele é algo do folclore local?
Um dos motivos de eu ter gostado tanto do nome da criatura foi a explicação que a história dele trás e não sei por que motivo o nome soar como boca de fogo ou boca de forno ou algo assim pra mim. Vou falar balela agora, mas anyway... Forno em inglês é oven e offen se parece bastante, pode ser um falso cognato é claro, mas sabemos que as duas línguas em palavras parecidas.
Muito legal o seu conto agito. Sem puxação de saco, estou muito curioso com o que vem por aí.
Ah sim antes que eu me esqueça: primeiro acho que vai dar um dibre na galera e vai lançar o conto em 3 partes to de olho heim...
segundo, tente escrever o conto o mais rápido que puder pra ter mais tempo pra revisão, vc sabe o quanto isso tem me custado e o quanto custou pra você.
terceiro pode até ser que não, mas se essa história tiver alguma ligação com as origens do avohay, saiba que você está indo no caminho de exterminador do futuro, pois cada novo filme desconstrói o que foi postulado pelo anterior. Se essa história se passa nos anos 60 no séc. XX, ela mata avohay 1, 2 e 0... Fica ligado nisso.