Sgt. Kowalski
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Human Rights desconhece a violência no Rio, diz governo
Em resposta ao relatório elaborado pela organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch, a Secretaria estadual de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro afirmou nesta quinta-feira (31) que os pesquisadores da ONG desconhecem as “nuances da violência no Rio de Janeiro”. O documento afirma que a polícia do Rio “mata inocente” e “executa oponentes" e que, proporcionalmente, mais pessoas morrem em conflito com a polícia no Rio de Janeiro que em São Paulo.
Segundo nota oficial da Secretaria, o número de mortes registrado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) é fruto das características inerentes ao crime no estado, onde há guerra entre facções de traficantes.
A Secretaria afirma ainda que respeita os direitos humanos e que continuará com a política de segurança adotada no Rio de Janeiro. Para o governo, essa é a principal estratégia para combater e desarmar as quadrilhas de traficantes de drogas.
Impunidade
A ONG Human Rights Watch afirma que a impunidade é tratada como principal problema referente ao abuso de direitos humanos no Brasil. A violência do Rio de Janeiro foi citada em duas das mais de 500 páginas do relatório. Para os pesquisadores, "as violações aos direitos humanos raramente são investigadas".
De acordo com o relatório, 694 pessoas morreram vítimas da violência em 2007 no Rio de Janeiro. Em apenas nos seis primeiros meses de 2007, foram registradas 201 mortes na cidade de São Paulo. Para o sociólogo Gláucio Soares, a violência no Rio é explicada pela "guerra" não só envolvendo policiais e traficantes, mas também entre as facções criminosas.
“Não adianta fazer uma comparação levando em consideração somente o número da população do estado. Está mais do que claro que a criminalidade no Rio de Janeiro é superior que a de São Paulo, isso explica o número da pesquisa. O Rio é uma cidade mais violenta do que a capital paulista”, declarou o sociólogo.
Combate ao crime
Soares concorda com o relatório da Human Rigths Watch, mas entende que não há maneira de se combater a criminalidade de outra forma, se não usar “fogo contra fogo”. Ele completou afirmando que esta é uma posição colocada não só pela policia do Rio, mas também pela população carioca.
“Diante das dificuldas do nosso sistema prisional e de segurança, é difícil manter um criminoso na cadeia por muito tempo. Vai se tornar um sistema de rodízio. Acredito, porém, que a polícia deve trabalhar melhor as operações. Se morre um inocente no conjunto de favelas do Alemão, pode-se repensar a operação, mas se morre na Zona Sul, já é considerado um homicídio”, disse.
Sobre o aumento em um terço, segundo o relatório, de "resistência seguida de morte", ao compararmos os dados de 2007 e 2006 nos confrontos policiais, o sociólogo acredita que tudo é resultado da relação polícia e traficantes que se instaurou no Rio de Janeiro.
“Polícia mata criminosos e quem ela suspeitar ser criminoso. O traficante por sua vez, mata qualquer pessoa fardada ou que estiver portando uma arma de fogo”, concluiu.
Fonte
Em resposta ao relatório elaborado pela organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch, a Secretaria estadual de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro afirmou nesta quinta-feira (31) que os pesquisadores da ONG desconhecem as “nuances da violência no Rio de Janeiro”. O documento afirma que a polícia do Rio “mata inocente” e “executa oponentes" e que, proporcionalmente, mais pessoas morrem em conflito com a polícia no Rio de Janeiro que em São Paulo.
Segundo nota oficial da Secretaria, o número de mortes registrado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) é fruto das características inerentes ao crime no estado, onde há guerra entre facções de traficantes.
A Secretaria afirma ainda que respeita os direitos humanos e que continuará com a política de segurança adotada no Rio de Janeiro. Para o governo, essa é a principal estratégia para combater e desarmar as quadrilhas de traficantes de drogas.
Impunidade
A ONG Human Rights Watch afirma que a impunidade é tratada como principal problema referente ao abuso de direitos humanos no Brasil. A violência do Rio de Janeiro foi citada em duas das mais de 500 páginas do relatório. Para os pesquisadores, "as violações aos direitos humanos raramente são investigadas".
De acordo com o relatório, 694 pessoas morreram vítimas da violência em 2007 no Rio de Janeiro. Em apenas nos seis primeiros meses de 2007, foram registradas 201 mortes na cidade de São Paulo. Para o sociólogo Gláucio Soares, a violência no Rio é explicada pela "guerra" não só envolvendo policiais e traficantes, mas também entre as facções criminosas.
“Não adianta fazer uma comparação levando em consideração somente o número da população do estado. Está mais do que claro que a criminalidade no Rio de Janeiro é superior que a de São Paulo, isso explica o número da pesquisa. O Rio é uma cidade mais violenta do que a capital paulista”, declarou o sociólogo.
Combate ao crime
Soares concorda com o relatório da Human Rigths Watch, mas entende que não há maneira de se combater a criminalidade de outra forma, se não usar “fogo contra fogo”. Ele completou afirmando que esta é uma posição colocada não só pela policia do Rio, mas também pela população carioca.
“Diante das dificuldas do nosso sistema prisional e de segurança, é difícil manter um criminoso na cadeia por muito tempo. Vai se tornar um sistema de rodízio. Acredito, porém, que a polícia deve trabalhar melhor as operações. Se morre um inocente no conjunto de favelas do Alemão, pode-se repensar a operação, mas se morre na Zona Sul, já é considerado um homicídio”, disse.
Sobre o aumento em um terço, segundo o relatório, de "resistência seguida de morte", ao compararmos os dados de 2007 e 2006 nos confrontos policiais, o sociólogo acredita que tudo é resultado da relação polícia e traficantes que se instaurou no Rio de Janeiro.
“Polícia mata criminosos e quem ela suspeitar ser criminoso. O traficante por sua vez, mata qualquer pessoa fardada ou que estiver portando uma arma de fogo”, concluiu.
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