Grose
Bam-bam-bam
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Tópicos com a mesma pegada:
Nós e as revistas de videogame
Como é ter um Neo Geo AES em sua vida?
XBOX Clássico em nossas vidas
Dreamcast: Por 18 anos em nossas vidas
Street Fighter II em nossas vidas
The King of Fighters em nossas vidas
Mortal Kombat em nossas vidas
Tekken em nossas vidas
Bomberman em nossas vidas
Jogos de inverno para o verão
Bom dia pessoal da retrospace.
Observando os dois tópicos recém-criados sobre revistas de videogames (doação e Warpzone) resolvi compartilhar alguns de meus textos com vocês, começando por este momento maravilhoso, as revistas que me permitiam sonhar com os jogos que não podia comprar, e sei que foi assim com muitos de vocês, então vamos conversar pela enésima vez sobre isto.
Os meus textos tento fazer numa só, não fico relendo para corrigir, isto me faria desistir de todo o conteúdo, me sinto "engolindo o próprio vômito" como disse Clarice Lispector, portanto espero que esteja compreensível o suficiente, e as passagens genéricas são a luta entre o meu apego e desapego pelo convencional, e a necessidade de transgredir e ser aceito, mas a cada dia estou melhor nisso. haha
Esta é uma pequena amostra da minha coleção de revistas de videogame, atualmente possuo quase 400 exemplares, todos muito bem cuidados, com exceção da Ação Games nº100 que perdeu a capa, como dá para perceber na beirada. Atualmente estou desempregado mas se alguém estiver se desfazendo de coleções e quiser me doar eu aceito com o maior prazer.
Abençoado anos 90, a década dos boatos e da desinformação, se hoje com a internet acessível por grande parte da população o povo prefere viver o risco de acreditar em fofocas sem procedência imaginem naqueles anos, não é a toa que simpatias e piolhos faziam tanto sucesso, chegavam ao pé de nossas orelhas para despejar quilos de crendice, e para não criar caso só restava fingir que acreditava, afinal até as revistas e jornais que eram as poucas fontes confiáveis de informação estavam errados, não havia muito o que fazer. A internet estava engatinhando em velocidade e conteúdo, se é que existia alguma coisa na rede, e computador em casa era coisa de sortudos e milionários, bastava ir em qualquer loja para ver o computador hoje considerado o mais ralé da história na faixa dos 4.000R$ pra mais, num período onde o salário mal passava dos 100R$, meu pai ganhava 500R$ e já me taxavam de rico, e eu nem tina computador.
Apesar de tudo de ruim foram anos mágicos, haviam videogames, muito mais opções de lojas para comprar coisas relacionadas, era muito mais difícil comprar um jogo novo devido ao baixo poder aquisitivo, fazendo com que os jogos naquela época parecessem muito mais caros que hoje, mas com a quantidade de locadoras que existia nem havia porque se preocupar com isso, não somente as locadoras de videogames mas locadoras de filmes alugavam jogos que por vezes apesar da baixa oferta que estes ofereciam eram impressionantes, é cada história que preciso fazer um texto exclusivo sobre isso, e toda essa movimentação aquecia o mercado de usados, era fácil ir em qualquer loja de discos, sebo e afins para comprar novos jogos velhos, comprava dois cartuchos que trocava por um quando quisesse, então complementava esse um com um dos vários controles estragados de NES e pegava outro que na troca chorava com algumas moedas pegando outro jogo, e assim se fazia negócio e cativavam novos fregueses. Sem esquecer da febre dos fliperamas.
Observando este plano geral da década de 90 fica fácil perceber o que levou a surgirem tantas revistas no mercado, era Ação Games, SuperGame, Game Power, Gamers, Videogame News, Game-X, Nintendo World, e outras que não lembro o nome ou não conseguiram superar a alta competitividade, a demanda era grande e praticamente toda semana tinha algo novo para ler, matérias obsoletas e mal escritas mas que caíram no gosto dos jogadores.
Eu colecionava todas, comecei com uma ou outra Ação Games, mas logo expandi meu leque, cada revista tinha seu próprio jeito de ser, algumas iam piorando e outras melhorando, gostava de fazer listas com cada jogo que pretendia comprar de cada videogame que pretendia ter, infelizmente não cheguei a ter 1% do que planejava, já passei disso hoje, mas folhear as revistas saciava os meus desejos e me deixava ainda mais imerso neste mundo maravilhoso, que por um lado era ruim pela inflação e não me dava bem na escola, ao menos tinhas as revistas de videogame.
Isto é uma pequena amostra da comoção que os videogames causaram entre os jovens, consumidores em potencial desde sempre, e os adultos consumistas de hoje, crianças que vinham me dizer que jogavam Cavaleiros do Zodíaco no Jaguar, que o jogo tinha saído somente nele, típico daqueles tiozões perdido que quer se enturmar, talvez seja assim que nasce um tiozão, eles são assim, corre o sangue de tio do "é pavê ou pacumê" nas veias. Me deixem em paz!
Hoje o sentido das revistas está perdido em questão de informações e matérias, mas elas preenchem uma lacuna importantíssima da cultura, e ainda hoje são debatidas pelos momentos que propiciaram em todos seus anos de existência, momentos estes que a internet não consegue apagar ou sequer competir, na rede é tudo muito efêmero, nos apegamos um pouco mais a uma informação ou outra justamente pelo ócio que vem a galope, e nada mais assustador para um ser humano que tempo livre, o tempo nos permite pensar, apreciar a verdadeira beleza das coisas, ou descobrir que muitas delas não são tão belas quanto imaginamos, mas isto é importante para o nosso desenvolvimento e a nostalgia é a saudade dessa abstração, que mesmo não parecendo fez todo o sentido, e inclusive se sobrepõe as novas tecnologias, por isso existe tanto apelo emocional contido em jogos, produtos, declarações e propagandas, a forma de convir deles hoje, e por tudo que existe, é graças ao passado, nós estamos eternamente ligados ao passado.
Nós e as revistas de videogame
Como é ter um Neo Geo AES em sua vida?
XBOX Clássico em nossas vidas
Dreamcast: Por 18 anos em nossas vidas
Street Fighter II em nossas vidas
The King of Fighters em nossas vidas
Mortal Kombat em nossas vidas
Tekken em nossas vidas
Bomberman em nossas vidas
Jogos de inverno para o verão
Bom dia pessoal da retrospace.
Observando os dois tópicos recém-criados sobre revistas de videogames (doação e Warpzone) resolvi compartilhar alguns de meus textos com vocês, começando por este momento maravilhoso, as revistas que me permitiam sonhar com os jogos que não podia comprar, e sei que foi assim com muitos de vocês, então vamos conversar pela enésima vez sobre isto.
Os meus textos tento fazer numa só, não fico relendo para corrigir, isto me faria desistir de todo o conteúdo, me sinto "engolindo o próprio vômito" como disse Clarice Lispector, portanto espero que esteja compreensível o suficiente, e as passagens genéricas são a luta entre o meu apego e desapego pelo convencional, e a necessidade de transgredir e ser aceito, mas a cada dia estou melhor nisso. haha
Esta é uma pequena amostra da minha coleção de revistas de videogame, atualmente possuo quase 400 exemplares, todos muito bem cuidados, com exceção da Ação Games nº100 que perdeu a capa, como dá para perceber na beirada. Atualmente estou desempregado mas se alguém estiver se desfazendo de coleções e quiser me doar eu aceito com o maior prazer.
Abençoado anos 90, a década dos boatos e da desinformação, se hoje com a internet acessível por grande parte da população o povo prefere viver o risco de acreditar em fofocas sem procedência imaginem naqueles anos, não é a toa que simpatias e piolhos faziam tanto sucesso, chegavam ao pé de nossas orelhas para despejar quilos de crendice, e para não criar caso só restava fingir que acreditava, afinal até as revistas e jornais que eram as poucas fontes confiáveis de informação estavam errados, não havia muito o que fazer. A internet estava engatinhando em velocidade e conteúdo, se é que existia alguma coisa na rede, e computador em casa era coisa de sortudos e milionários, bastava ir em qualquer loja para ver o computador hoje considerado o mais ralé da história na faixa dos 4.000R$ pra mais, num período onde o salário mal passava dos 100R$, meu pai ganhava 500R$ e já me taxavam de rico, e eu nem tina computador.
Apesar de tudo de ruim foram anos mágicos, haviam videogames, muito mais opções de lojas para comprar coisas relacionadas, era muito mais difícil comprar um jogo novo devido ao baixo poder aquisitivo, fazendo com que os jogos naquela época parecessem muito mais caros que hoje, mas com a quantidade de locadoras que existia nem havia porque se preocupar com isso, não somente as locadoras de videogames mas locadoras de filmes alugavam jogos que por vezes apesar da baixa oferta que estes ofereciam eram impressionantes, é cada história que preciso fazer um texto exclusivo sobre isso, e toda essa movimentação aquecia o mercado de usados, era fácil ir em qualquer loja de discos, sebo e afins para comprar novos jogos velhos, comprava dois cartuchos que trocava por um quando quisesse, então complementava esse um com um dos vários controles estragados de NES e pegava outro que na troca chorava com algumas moedas pegando outro jogo, e assim se fazia negócio e cativavam novos fregueses. Sem esquecer da febre dos fliperamas.
Observando este plano geral da década de 90 fica fácil perceber o que levou a surgirem tantas revistas no mercado, era Ação Games, SuperGame, Game Power, Gamers, Videogame News, Game-X, Nintendo World, e outras que não lembro o nome ou não conseguiram superar a alta competitividade, a demanda era grande e praticamente toda semana tinha algo novo para ler, matérias obsoletas e mal escritas mas que caíram no gosto dos jogadores.
Eu colecionava todas, comecei com uma ou outra Ação Games, mas logo expandi meu leque, cada revista tinha seu próprio jeito de ser, algumas iam piorando e outras melhorando, gostava de fazer listas com cada jogo que pretendia comprar de cada videogame que pretendia ter, infelizmente não cheguei a ter 1% do que planejava, já passei disso hoje, mas folhear as revistas saciava os meus desejos e me deixava ainda mais imerso neste mundo maravilhoso, que por um lado era ruim pela inflação e não me dava bem na escola, ao menos tinhas as revistas de videogame.
Isto é uma pequena amostra da comoção que os videogames causaram entre os jovens, consumidores em potencial desde sempre, e os adultos consumistas de hoje, crianças que vinham me dizer que jogavam Cavaleiros do Zodíaco no Jaguar, que o jogo tinha saído somente nele, típico daqueles tiozões perdido que quer se enturmar, talvez seja assim que nasce um tiozão, eles são assim, corre o sangue de tio do "é pavê ou pacumê" nas veias. Me deixem em paz!
Hoje o sentido das revistas está perdido em questão de informações e matérias, mas elas preenchem uma lacuna importantíssima da cultura, e ainda hoje são debatidas pelos momentos que propiciaram em todos seus anos de existência, momentos estes que a internet não consegue apagar ou sequer competir, na rede é tudo muito efêmero, nos apegamos um pouco mais a uma informação ou outra justamente pelo ócio que vem a galope, e nada mais assustador para um ser humano que tempo livre, o tempo nos permite pensar, apreciar a verdadeira beleza das coisas, ou descobrir que muitas delas não são tão belas quanto imaginamos, mas isto é importante para o nosso desenvolvimento e a nostalgia é a saudade dessa abstração, que mesmo não parecendo fez todo o sentido, e inclusive se sobrepõe as novas tecnologias, por isso existe tanto apelo emocional contido em jogos, produtos, declarações e propagandas, a forma de convir deles hoje, e por tudo que existe, é graças ao passado, nós estamos eternamente ligados ao passado.
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