Pois é.
Sendo assim, é ponto positivo pois tá lá fechando acordo mesmo com discordâncias ideológicas. Tem que analisar todas as situações e trabalhar naquelas que forem vantajosas para o Brasil, como qualquer país decente faz.
No meu ver, a política externa é um dos pontos mais fracassados do governo e um dos mais ideológicos, junto do meio ambiente e da educação (no péssimo resultado e na falta de pragmatismo até então). A postura do Ernesto Araújo no Twitter reforça isso, de como ele pensa e o governo agia.
Ao longo da política externa corna do Bolsonaro, culminando com a polêmica da taxação do aço brasileiro pelos americanos, se os EUA desistiram mesmo da tributação dos nossos produtos, ele (Bolsonaro) apenas conseguiu voltar à estaca zero, ao 0 x 0. Além do estatismo trumpiano, que é ridículo. Dilma americana, como já diziam.
Boas leituras:
"Vocês já pararam pra pensar no quanto o Trump é um FDP sociopata? O volume de importação de aço/alumínio que os americanos realizam do Brasil/Argentina pesa muito mais na nossa balança comercial (exportações) do que na deles (importações). Perto do volume total de importações americano, na casa dos 2 trilhões de dólares, tudo isso é peido. O ganho de produção e emprego, mesmo nos setores protegidos em relação ao todo, seria ridículo. O cara está disposto a fuder mais ainda dois países historicamente amistosos, que já estão em grave situação econômica e calamidade social, unicamente porque ESPERA ganhar popularidade em alguns currais eleitorais. Pior: com uma medida que não terá quase nenhum impacto prático para eles."
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"Esta acusação do Trump é nojenta e infundada. Não é o governo que determina o preço do dólar em função do real e vice-versa, mas as inúmeras transações diárias entre os agentes privados no mercado de câmbio, já que o regime é flutuante. Tudo bem, o governo até pode afetar diretamente a cotação comprando ou vendendo dólares, mas em ambos os países (Brasil, Argentina) essa intervenção veio no sentido de conter a desvalorização da moeda local, e não intensificá-la. É fácil entender: para valorizar a moeda local, o banco central precisa aumentar a oferta de dólar no mercado de câmbio nacional e vice-versa. Se Brasil e Argentina estivessem atuando ativamente para desvalorizar suas moedas, ambos os países estariam acumulando reservas em dólar, e não vendendo. Ao contrário do que o presidente americano insinua, o BCB vem se desfazendo de nossas reservas para conter a desvalorização do real:
Procura pela moeda americana no Brasil aumentou depois que empresas optaram por quitar suas dívidas no exterior; somente no mês de agosto, o dólar acumula alta de 5,73%
economia.estadao.com.br
A Argentina inclusive pegou uma linha de crédito com o FMI ano passado para ter o que vender, já que suas reservas estavam quase esgotadas. Dizer que a desvalorização foi "presidida" pelos países é de uma canalhice sem fim por parte do presidente americano.
Trump vem seguindo fielmente sua linha de governo que se caracterizou por prejudicar o conjunto da sociedade em favor de grupos específicos. Com essa medida, ganham os produtores de aço e alumínio americanos, perdem os consumidores e demais setores dos EUA, que passam a conviver com produtos mais caros, e perdem também os produtores brasileiros e argentinos."
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