Não mandaram todos os afro-estadunidenses da época para fora. A presença dos descendentes destes é bem forte por lá até hoje, apesar de serem uma população com baixa qualidade de vida e em declínio, e são a segunda maior minoria por lá.
Somente uma parte destes, e a maioria dos migrantes foi para a Libéria, que até mesmo chegou a ser, por alguns anos, um estado integrante dos EUA.
Comparar o desenvolvimento das colônias de povoamento da Inglaterra com as de exploração de Portugal é uma comparação que não funciona.
É especial lembrar que os próprios portugueses eram explorados pelos britânicos, especialmente via formas desiguais de comercio. É impressionante que Portugal ainda conseguiu manter um império com territórios nos 5 grandes continentes habitados.
Como vamos comparar então? Com esse detalhe ou outro herdado da exploração que eles sofreram?
O único povo que vem na minha cabeça que há possibilidade comparar com os que os ingleses tiveram são os franceses, que mesmo não que não foram tão ricos como os ingleses, tinham seu país considerado o pico cultural da humanidade, segundo os europeus.
Para os negros e os índios e aborígenes?
Estimam-se mais de 25 milhões de
índios na
América do Norte e cerca de 2 mil
idiomasdiferentes. Ao fim das chamadas "
guerras indígenas", restavam 2 milhões, menos de 10% do total. Para o
etnólogo americano Ward Churchill, da
Universidade do Colorado, esse mais de um século de extermínio e, particularmente, o ritmo com que isso ocorreu no século XIX, caracterizaram-se "
como um enorme genocídio, o mais prolongado que a humanidade registra".
O genocídio nos EUA foi um processo claramente controlado e impulsionado pelo governo dos EUA, com o apoio declarado dos setores que deslumbravam a possibilidade de
lucroscom o
extermínio generalizado dos índios e sua substituição por áreas integradas ao sistema de comércio, que renderia dividendos a
banqueiros,
fazendeiros, industriais das
ferrovias e
implementos agrícolas e outros
capitalistas.
Na historia das civilizações pretas não há recusa do estrangeiro, fato este proveniente da melanina que induz a espiritualidade e a respeitabilidade pelo diferente. Este foi o caso dos
nativos autralianos que foram atraiçoados pela pervesidade do homem branco que bem recebidos começaram a destruir os nativos roubando os recursos e as terras, levando a reação armada especialmente do povo Eora que foram os primeiros a ter contatos com o invasor inglês, pois habitavam a região hoje conhecida como Sidney. Existiam mais de 400 etnias na Australia com diversas línguas e costumes e quase duzentas delas com extensões de certos países da Europa, vivendo em um sistema clânico de respeito a natureza.
Entre os povos importantes que resitem ao colonizador branco estão os Pitjantjatjara Anangu que residem na região sul.
A segunda importante população são os Arrernte que vivem nas terras centrais da Australia e são guardiães da tradição.
O terceiro povo são os Luritja que habitam no derserto ocidental
Entretanto alguns povos foram praticamente dizimados pela varíola, gripe e
diversas outras doenças desconhecidas e pelo etnocídio praticado pelas armas dos invasores. Um dos casos mais demoníacos foi do povo da Tasmânia que somavam 8.000 pessoas e foram totalmente dizimadas na “Guerra Negra”. Sendo Truganini, a última sobrevivente uma guerreira que, no início do século XX, foi acorrentada e exposta como peça de museu vivo, morreu após uma greve de fome. Salve a memória dessa guerreira Preta!
A TÁTICA BRANCA DA MISCIGENAÇÃO RACIAL E DA DESTRUIÇÃO DA FAMÍLIA PRETA
Para os ingleses, aquele "novo continente" foi considerado, ou seja, terra-de-ninguém. Afinal, não havia pessoas vivendo lá, mas sim alguns “remanescentes do Neolítico”, como diziam.
"O Estado de Western Austrália (Austrália Ocidental) foi o primeiro a estabelecer leis discriminando e segregando a minoria aborígine da maioria branca. Os nativos ficaram restritos, em sua maioria, às reservas nas fronteiras da linha dos coelhos. E, quando eram enviados às cidades, eram impedidos de ter acesso acertas regiões, bem como a inúmeros direitos civis. Foi instituído nesta época o cargo de Protetor-Chefe dos Aborígines. Este era responsável pelo “bem-estar” dos nativos, podendo selecionar quais crianças desta população seriam retiradas de suas famílias e levadas aos “centros educacionais”, para aprenderem a viver como brancos.
Tais “centros” eram, na realidade, campos de concentração de aborígines, nos quais as crianças eram obrigadas a abandonar seus idiomas e costumes tradicionais, e assumirem uma orfandade. Passado este estágio, eram então, catequizadas e ensinadas a trabalhos da mais baixa qualificação: para os rapazes trabalhos agrícolas ou manuais urbanos, para as moças prendas domésticas. Após saírem dos “centros educacionais”, os jovens aborígines agora “civilizados”, eram enviados a famílias de toda a Austrália, que passavam a ser responsáveis por eles, inclusive por seus casamentos. Um detalhe sórdido era escondido dentro deste sistema: somente crianças mestiças eram levadas aos “centros educacionais”. Estas poderiam casar somente com brancos, para que seus traços sangüíneos aborígines fossem apagados em três ou quatro gerações. O discurso oficial de “civilizar os aborígines” se tornava insustentável diante do fato de que em uma mesma família, crianças mestiças foram levadas, e crianças “100% aborígines”, não. Em 1937, a Federação Australiana proclamou uma lei na qual os aborígines do centro e do norte, que fossem mestiços, deveriam ser “civilizados” de forma continuada. Em 1951, esta lei foi estendida a todos os aborígines da Austrália. Com o tempo, desapareceria o problema aborígine.
Entre 1910 e 1960, período em que a transferência de crianças de suas famílias para os “centros educacionais” esteve em seu auge, calcula-se que de 10% a 30% de todos os nascidos aborígines foram levados. Nenhuma família ficou intocada. A partir da década de 1960, este processo diminui gradativamente, até que em 1972 tal lei é finalmente abolida.
“Geração roubada” foi o nome dado a todas estas gerações de crianças aborígines levadas de suas famílias para a “civilização”. Quando o filme foi lançado, em 2002, o governo federal afirmou que o livro com o qual este se baseou e, o próprio filme, narravam mentiras. Resta lembrar que este mesmo governo, foi um dos poucos que respondeu prontamente à solicitação de tropas por parte de George W. Bush, para as invasões do Afeganistão e do Iraque. Em 1997, a Justiça Australiana havia deliberado que o ocorrido com as “gerações roubadas” havia sido um genocídio. Porém, negou quatro pedidos de ressarcimento estatal aos descendentes destas pessoas e de seus familiares. A alegação foi de que os pais haviam consentido com a retirada das crianças. Há imprecisões, pois estes pais eram analfabetos, e muitas vezes nem compreendiam o idioma inglês. Sua “assinatura” era na realidade um “X” em uma folha. "
A tática da destruição das famílias “aborígenes” deu resultado porque extinguiram línguas e civilizações, miscigenando as famílias cortaram o laço da ancestralidade. A participação das Igrejas Católica, Anglicana e Presbiteriana foi fundamental para destruir as populações nativas.
Uma das principais táticas destruidoras dos invasores brancos foi a miscigenação racial, prática que gerou resultados, pois apaga a memória ancestral e cria uma geração de pessoas confusas e com crises de identidade, formando gerações que amam o chamado lado eugênico vencedor. Na Austrália os chamados aborígenes chegam a 455 mil pessoas, cerca de 1,5% a 2% da população, com uma expectativa de vida de 17 anos inferior a um branco e são discriminados, empobrecidos, marginalizados e a maioria nas prisões.
Assistiam o filme Geração Roubada e tirem as suas conclusões.
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