Ivo Maropo
Bam-bam-bam
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Recentemente, estava vendo um vídeo, sobre a nova geração de consoles, que me deu o que pensar. Trata-se deste vídeo aqui:
Moral da história? A nova geração, semelhante àquela que a antecedeu, não representará um salto gráfico-tecnológico como o de gerações anteriores (e, segundo o vídeo, está tudo bem). Mas, ao menos para mim (e muito embora o seu sedutor damage control), não está. Há certos benefícios em ser mais velho, dentre os quais a possibilidade de se educar os mais jovens. Eu, assim como muitos aqui, vivi boa parte da história dos videogames.
Comecei a vê-los e a jogá-los ainda nos anos 80. Vi o Atari e o Nintendinho, a explosão dos arcades e o nascimento do PC gaming, assim como também vi a passagem dos gráficos em 2D para o 3D e a revolução online. Acreditem, nos bons e velhos tempos (e como atesta o vídeo em questão) era comum vermos saltos de 10X na memória e no poder computacional. Não tínhamos dúvida alguma de que se tratava ali de um salto (r)evolucionário, e não somente evolucionário. A mudança do sidescrolling 2D para os gráficos tridimensionais foi um verdadeiro choque.
Mas talvez o mais impressionante quantum leap de todos tenha sido aquele dos ínfimos 2 anos de separação entre o lançamento do PS1 e do N64 com Mario 64. Sim, em somente 2 anos, fomos praticamente de uma demonstração ainda desengonçada dos gráficos poligonais para a sua apresentação "propriamente dita". Era uma diferença enorme, chocante e inacreditável, algo de outro mundo mesmo. Tudo isto num intervalo de apenas 2 anos, ao passo que o de 7 anos, entre o PS3 e o PS4, nem remotamente repetiu o feito.
Na minha opinião, a última geração realmente excitante foi a do "PSWii60", compreendendo os lançamentos do Xbox 360, PS3 e Wii, entre 2005 e 2006. Ali, as revoluções foram consideráveis. Jogar Wii Sports, com o Wii Remote e pela primeira vez, foi incrível. Ver as primeiras HDTVs, com jogos do Xbox 360 e PS3, também. Jogar online, "do modo como deveria ser", em consoles, idem.
Quando eu bati os olhos em Gears of War pela primeira vez, era tão claro quanto a luz do dia o seu imenso salto tecnológico. Não havia ali quaisquer dúvidas. Não era somente um discreto incremento evolucionário, era um salto (r)evolucionário. Mas a geração PS4/Xbox One sepultou de vez a feliz tendência dos (visíveis) grandes saltos tecnológicos do passado e maciçamente subsidiados. Apenas comparem, por exemplo, o pífio salto em performance do Xbox 360 para o Xbox One, muito embora todos os anos passados entre eles (oito, para ser preciso. Sim, quase uma década!).
Nos últimos anos, vimos uma drástica diminuição na evolução da Lei de Moore, cuja previsão era o dobro de transistores a cada 18 meses e mantendo um preço competitivo. Agora, temos esta coisa chamada ray-tracing, que aumenta horrores o realismo de como a luz se comporta no ambiente, mas a um conhecido alto preço na performance. Me parece um prospecto um tanto quanto agridoce que o principal ganho em um (novo) salto de 7 anos inteiros seja somente com iluminação. Somados, teremos 14 anos separando o PS3 do PS5 e somente uma fração dos ganhos observados (e se contarmos a partir do Xbox 360 em diante, 15 anos inteiros!).
Sim, teremos um rápido carregamento dos jogos com o SSD, mas isto não é exatamente uma novidade para os jogadores de PC. Tampouco era novidade no N64, já mesmo em 1996, quando o level de Mario 64 carregava quase que instantaneamente. Com isto, é claro, eu não estou dizendo aqui que a próxima geração será imprestável, mas apenas atentando para o fato de que, da geração PS4 em diante, parece haver uma tendência em que gastos cada vez mais elevados encontram retornos cada vez mais diminuídos de serem percebidos.
E aí, o que vocês acham disso tudo?
Moral da história? A nova geração, semelhante àquela que a antecedeu, não representará um salto gráfico-tecnológico como o de gerações anteriores (e, segundo o vídeo, está tudo bem). Mas, ao menos para mim (e muito embora o seu sedutor damage control), não está. Há certos benefícios em ser mais velho, dentre os quais a possibilidade de se educar os mais jovens. Eu, assim como muitos aqui, vivi boa parte da história dos videogames.
Comecei a vê-los e a jogá-los ainda nos anos 80. Vi o Atari e o Nintendinho, a explosão dos arcades e o nascimento do PC gaming, assim como também vi a passagem dos gráficos em 2D para o 3D e a revolução online. Acreditem, nos bons e velhos tempos (e como atesta o vídeo em questão) era comum vermos saltos de 10X na memória e no poder computacional. Não tínhamos dúvida alguma de que se tratava ali de um salto (r)evolucionário, e não somente evolucionário. A mudança do sidescrolling 2D para os gráficos tridimensionais foi um verdadeiro choque.
Mas talvez o mais impressionante quantum leap de todos tenha sido aquele dos ínfimos 2 anos de separação entre o lançamento do PS1 e do N64 com Mario 64. Sim, em somente 2 anos, fomos praticamente de uma demonstração ainda desengonçada dos gráficos poligonais para a sua apresentação "propriamente dita". Era uma diferença enorme, chocante e inacreditável, algo de outro mundo mesmo. Tudo isto num intervalo de apenas 2 anos, ao passo que o de 7 anos, entre o PS3 e o PS4, nem remotamente repetiu o feito.
Na minha opinião, a última geração realmente excitante foi a do "PSWii60", compreendendo os lançamentos do Xbox 360, PS3 e Wii, entre 2005 e 2006. Ali, as revoluções foram consideráveis. Jogar Wii Sports, com o Wii Remote e pela primeira vez, foi incrível. Ver as primeiras HDTVs, com jogos do Xbox 360 e PS3, também. Jogar online, "do modo como deveria ser", em consoles, idem.
Quando eu bati os olhos em Gears of War pela primeira vez, era tão claro quanto a luz do dia o seu imenso salto tecnológico. Não havia ali quaisquer dúvidas. Não era somente um discreto incremento evolucionário, era um salto (r)evolucionário. Mas a geração PS4/Xbox One sepultou de vez a feliz tendência dos (visíveis) grandes saltos tecnológicos do passado e maciçamente subsidiados. Apenas comparem, por exemplo, o pífio salto em performance do Xbox 360 para o Xbox One, muito embora todos os anos passados entre eles (oito, para ser preciso. Sim, quase uma década!).
Nos últimos anos, vimos uma drástica diminuição na evolução da Lei de Moore, cuja previsão era o dobro de transistores a cada 18 meses e mantendo um preço competitivo. Agora, temos esta coisa chamada ray-tracing, que aumenta horrores o realismo de como a luz se comporta no ambiente, mas a um conhecido alto preço na performance. Me parece um prospecto um tanto quanto agridoce que o principal ganho em um (novo) salto de 7 anos inteiros seja somente com iluminação. Somados, teremos 14 anos separando o PS3 do PS5 e somente uma fração dos ganhos observados (e se contarmos a partir do Xbox 360 em diante, 15 anos inteiros!).
Sim, teremos um rápido carregamento dos jogos com o SSD, mas isto não é exatamente uma novidade para os jogadores de PC. Tampouco era novidade no N64, já mesmo em 1996, quando o level de Mario 64 carregava quase que instantaneamente. Com isto, é claro, eu não estou dizendo aqui que a próxima geração será imprestável, mas apenas atentando para o fato de que, da geração PS4 em diante, parece haver uma tendência em que gastos cada vez mais elevados encontram retornos cada vez mais diminuídos de serem percebidos.
E aí, o que vocês acham disso tudo?
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