Tô é vendo q tem uma galera aqui q só leu o título.
Yeap.
A questão é que temos iFood, Rappi e Uber Eats investindo em seus próprios restaurantes e marcas dentro de suas plataformas (sem nem deixar claro que a marca pertence a eles, misturada com os outros restaurantes, e operando no esquema de dark kitchens), com localidade definida por analise de big data por inteligência artificial, e fodendo com força todo mundo da região, além de parceiros com prioridade de exposição no aplicativo com critérios opacos, e restaurantes sem acesso aos dados dos clientes que fizeram o pedido.
Mas aí também entra o seguinte: a mania de Brasileiro de abrir o mesmo negócio onde já existe 600 iguais numa distancia de 5km, com pouca ou nenhuma diferenciação. É só você ir no centro de uma grande cidade do Br, e abrir o iFood que irá dar de cara com 300 restaurantes atendendo o mesmo 6km² localidade. Houve uma explosão de restaurantes nessas plataformas de entregas e uma enormidade de gente abrindo cozinhas só para entrega por eles.
É um óbvio ululante que não existe mercado para absorver tamanha oferta. Sabe o que realmente está acontecendo? Ciclando empresários.
1- o que entrou agora no mercado aceitando operar sem lucro para ganhar exposição, até a hora que para de fazer isso pois o dinheiro apertou.
2- despenca de exposição na lista do aplicação, pois novos empresários estão fazendo o mesmo que ele quando começou.
3- vai para a falência.
4- repete o ciclo.
Temos aqui é empresários subsidiando do próprio bolso, ou com o próprio nome em empréstimo de banco, as entregas para os clientes até o ponto que ele se quebra.
A pergunta é
até onde isso é culpa das plataformas de aplicativos? Se temos uma situação de excesso de oferta, é óbvio que quem tem mais bala pra aguentar esse sistema até o momento que todos ao redor foram para falência será o vencedor. E talvez esse ponto nunca chegue. O que a plataforma pode fazer? Barrar a entrada de novos restaurantes na mesma localidade na plataforma? Aí sim que seria um absurdo.
Já vimos isso acontecer antes, no
Mercado Livre (e complementado nos "marketplaces" do Submarino, Americanas, Amazon). As empresas operando no fundo de quintal com as entregas mandaram para a falência uma enormidade de pequenas lojinhas de peças de informática e gadgets que existiam para todo lado. Somente sobrou uma ou outra por aí.
O mercado vai se acomodar. Mas muita gente vai falir até isso acontecer, e sei que é cruel pois estamos falando de pessoas investindo nos sonhos delas.