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O Atari 2600 no Brasil e os clones que fizeram história!

Sonymaster

Jogador de Videogame das décadas 1980/1990
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Enquanto lá fora o Atari fazia o maior sucesso e já iniciava o processo de decadência, aqui no Brasil grande parte da população sequer tinha ouvido falar. O motivo era que no Brasil, na época, a “reserva de mercado” dificultava muito a importação de produtos e até proibia o pagamento de royalties para empresas estrangeiras. Para se ter algum eletrônico legalmente por aqui era preciso que fosse totalmente ou quase totalmente fabricado em nosso país.

Como esse processo era complicado e nem sempre as indústrias tinham interesse em vir para o Brasil, a alternativa para muitos consumidores sedentos de tecnologia terem um Atari em mãos era apelar para os fornecedores “alternativos”. E foi exatamente o que muitos fizeram.
Aqui no Brasil, uma empresa “batizou-se” de Atari Eletrônica. Eles não tinham parentesco algum com a gigante dos EUA, mas passaram a vender o primeiro modelo de Atari - o Heavy Sixer, com direito a caixa e manuais traduzidos. O problema é que, como a importação era pequena, os aparelhos eram muito caros.

Para alavancar de vez o mercado de videogames era preciso, no entanto, que grandes varejistas apostassem na ideia. Quem enxergou a oportunidade foram dois dos maiores magazines do país: a Mesbla e o Mappin.

Eles importavam os aparelhos, convertiam para o sistema PAL-M e traduziam caixa e manuais. Ao colocarem nas prateleiras, as vendas foram fantásticas, embora o preço fosse muito maior do que o mesmo modelo vendido lá fora, a exemplo do que acontece ainda hoje.

O fato é que esse sucesso todo causou um grande interesse da indústria nacional em fabricar o Atari por aqui também. Em 1981, a primeira a se aventurar foi a Bit Eletrônica, que lançou o Top Game. Na verdade, a empresa criou um clone não-autorizado compatível com cartuchos da Atari. Como não tinha licença, ficou com receio e acabou mudando o tipo de soquete para não ter problemas legais.

Essa desistência afundou uma possível reação do console, que acabou ficando desconhecido por grande parte da população. Mais adiante, a Bit Eletrônica viu que tinha errado e lançou um adaptador, mas não conseguiu reverter o fracasso.

Com o vazio deixado, quem se mexeu foi a Sayfi Eletrônica, que lançou, no início de 1983, o Dactari, também conhecido como TV Computer System 2600-A. Era uma cópia descarada do Atari norte-americano sem autorização alguma da fabricante de lá. Como nosso mercado não tinha opção alguma, a tímida produção foi vendida rapidamente. Mais tarde, a Sayfi transformou-se na Milmar, que acabou se tornando uma forte indústria de videogames, principalmente com sua linha Dactar.

A situação mostrava que o consumidor brasileiro estava carente e disposto a comprar videogames, só precisava de volume e um preço justo. Grandes empresas, portanto, resolveram encarar o desafio.

No segundo semestre de 1983, quem entrou oficialmente no mercado foi a Polyvox, que fazia parte da Gradiente. Com um grande estande na Feira de Utilidades do Lar, no Rio de Janeiro, a empresa chegou com o selo oficial da Atari Corp e da Warner.
Com uma pesada campanha de marketing e uma grande pressão jurídica contra os concorrentes não-oficiais, a Polyvox lançou o primeiro Atari autorizado do país. Por fora e por dentro, ele era idêntico ao modelo todo preto da Atari nos EUA, também conhecido como Darth Vader.


1983 . Atari 2600 Polyvox

Foi o único aparelho realmente reconhecido pela Atari americana aqui no Brasil. Era idêntico ao Atari Darth Vaider com frete preta e chegou com uma forte campanha publicitária e muitas ameças jurídicas contra os concorrentes que vendiam consoles não-autorizados. Outras versões do Atari Polyvox foram lançadas, com modificações na disposição dos botões no console e controles.

No mesmo ano, quem resolveu entrar pra valer no mercado de consoles foi a Dynacom, que já era bem conhecida por reproduzir jogos da plataforma no Brasil.

A empresa lançou o Dynavision, um videogame totalmente compatível com o Atari, só que um visual bem diferente e alguns diferenciais bem interessantes. O principal deles era o joystick anatômico que trazia um botão central embaixo e outro botão no topo do controlador. Além disso, vinha com ventosas para grudá-lo bem a uma superfície lisa, o que era a glória para quem gostava do jogo Decathlon.



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983 . Dynavision
Lançado pela Dynacom, que já era forte no ramo de venda e distribuição de cartuchos de videogames, o Dynavision chegou com um forte concorrente com seu design inovador e os característicos controles anatômicos, ideais para jogar Decathlon. Duas versões do console foram lançadas e a diferença eram apenas a quantidade de botões na parte frontal.

A Milmar, que recém havia adquirido a Sayfi Eletrônica, resolveu enfrentar de frente o mercado de videogames e aproveitar a época de Natal para alavancar as vendas. Em 1983, lançou o Dactar, que trazia um desenho um design bem parecido com o Atari original.

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1983 . Atari Dactar

O Dactar foi a primeira versão lançada pela Milmar, que havia recém comprado a Sayfi Eletrônica, que produzia o Dactari. Ao mudar de nome, foram colocados no mercado modelos mais simples e mais sofisticados, com detalhes em cromado.

No ano seguinte, a Milmar anunciou o Dactar II, que tinha um acabamento mais sofisticado. No entanto, o modelo mais chique mesmo foi o Dactar 007, que vinha em uma maleta estilizada com compartimentos para o console, cartuchos, controles, fonte e cabos.
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1984 . Atari Dactar 007

A versão de luxo desse clone da Atari, fabricado pela Milmar, vinha dentro de uma maleta com compartimentos para o console, controles, cartuchos e fonte. Até hoje é uma peça disputada por colecionadores.

Outra empresa que resolveu aproveitar o mercado superaquecido foi a CCE. A tradicional fabricante de eletro-eletrônicos lançou, em 1984, o Supergame VG-2800. Com um visual bem parecido com o Coleco Gemini, vendido nos Estados Unidos, ele era mais compacto que o Atari. Embora tenha sido lançado com alguns títulos exclusivos, incluindo Mr.

Postman, o que realmente o fez ter sucesso foi seu preço, que era bem mais barato que o Atari da Polyvox. E como ele rodava todo e qualquer cartucho baseado na plataforma 2600, rapidamente chegou às crianças e adolescentes que ainda sonhavam com o brinquedo.
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1984 . Supergame CCE VG-2800

Compacto, barato e com a cara do Coleco Gemini, o Supergame CCE VG-2800 foi um dos grandes concorrentes da Polyvox. O controle com botão amarelo e os cartuchos brancos eram marcas registradas do aparelho.

No mesmo ano, a CCE anunciou o Supergame 5600, que era praticamente a mesma coisa da anterior, só que com acabamento mais simples e mais barato. Como a inflação na época era galopante, as empresas tentavam baratear ao máximo os custos para os produtos não subirem tanto assim de preço.

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1984 . Supergame CCE VG-5600

Com pequenas modificações em relação à versão VG-2800, o Supergame VG-5600, lançado pela CCE, tornou-se um grande concorrente por ser um videogame barato e compatível com todos os jogos da Atari

O último lançamento da CCE de um clone do Atari foi feito em 1985, com o mercado para esta plataforma já despencando. O Supergame VG-3000 desta vez era mais compacto, vinha nas cores preta ou vermelha e trazia dois controles ao estilo Gemini. Suas vendas foram tímidas se comparadas com as versões 2800 e 5600.



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1985 . Supergame CCE VG-3000

Este foi o último modelo de videogame compatível com o Atari lançado pela CCE. Com acabamento bem pobre e controles que imitavam o do Coleco Gemini, este modelo vinha nas versões de cor preta ou vermelha.

Embora lá nos Estados Unidos o mercado de videogames estivesse bem decadente, aqui no Brasil ainda estava aquecido e as empresas apostavam cada vez mais em clones do Atari. Uma dessas empresas foi a Dismac, que até então fabricava apenas calculadoras. A primeira empreitada foi o lançamento, em 1984, do modelo VJ 9000, que tinha um desenho idêntico ao Atari original. O grande atrativo do aparelho era que, além dos controles tradicionais, vinha acompanhado também de dois paddles, aqueles que tinham botões giratórios (ideais para alguns jogos). Com isso, ele acabou atraindo alguns consumidores que queriam um diferencial em relação aos seus amigos.


1984 . Dismac VJ-9000

Com acabamento melhor, o VJ 9000 foi o único modelo de clone do Atari que vinha também com controles paddles de fábrica. Além disso, trazia jogos tradicionais traduzidos para o português.

Outro diferencial da linha Dismac eram os cartuchos traduzidos para nossa língua. Na verdade, só mudavam os nomes. O famoso Pitfall! era chamado de Pantanal; Freeway transformou-se em BR-101; Carnival em Domingo no Parque e por aí vai.
No mesmo ano, a Dismac anunciou o VJ 8900. Você deve estar estranhando a numeração. Se ele veio depois, por quê foi batizado de 8900, sendo que seu antecessor era 9000. Simples! Como a inflação era alta na época, a empresa tirou os paddles e mexeu um pouco no acabamento para que o aparelho não tivesse um preço maior.

20130927130702.jpg

Um detalhe interessante é que a Dismac, na época, também lançou uma versão diferenciada do VJ 8900 que levava a logomarca da Activision, a maior fabricante de cartuchos para Atari na época. Não se sabe se foi por encomenda ou apenas uma jogada de marketing, mas o fato é que não deve ter tido muitas unidades vendidas, uma vez que hoje é um aparelho muito difícil de se encontrar.

1984 . Dismac VJ-8900

Com um desenho muito parecido com o Atari original, o VJ 8900 era o “primo pobre” da linha Dismac. Por dentro era a mesma coisa; a diferença estava apenas no acabamento mais simples e a ausência dos controles paddles.

20130927131111.jpg

E por falar em raridade, o Dismac VJ 9100 já chegou a ser considerado uma lenda urbana. Este aparelho, no entanto, foi lançado em 1985, numa época em que a geração Atari começava a enfraquecer no país. Por fora e por dentro era praticamente idêntico ao modelo VJ 9000. Os controles eram bem parecidos com os da Dynacom.

1985 . Dismac VJ-9100

Este raríssimo console, que já foi até considerado uma lenda entre os colecionadores, era praticamente idêntico à versão VJ 9000. A tradicional linha vermelha frontal foi mantida pela Dismac.

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No quesito raridade, um dos que disputa o título de primeiro lugar é o Onyx Jr. Este videogame, compatível com a Atari, foi lançado em 1985 pela Microdigital, que foi também fabricante de computadores da linha TK ( TK-80, TK-85, etc..). Na cor verde oliva e com controles parecidos com o do Coleco Gemini americano, ele tinha como grande diferencial a tecla PAUSE. Isso mesmo! Na época ninguém podia parar o jogo para ir ao banheiro e foi exatamente ele que trouxe este recurso.

1985 . Onyx Júnior

Este raro console, lançado pela Microdigital, tinha a cor verde, ao estilo militar, e controles bem parecidos com os do Coleco Gemini norte-americano. O grande diferencial, no entanto, era a tecla Pause, que permitia parar os jogos. Na época, nenhum outro fazia isso.

A plataforma Atari perdeu força no Brasil quando os computadores ficaram mais baratos e os clones do Nintendinho 8 bits começaram a chegar ao mercado. Mesmo assim, a Milmar, que já havia feito história com a linha Dactar, resolveu apostar, em 1986, no Memory Games.

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A principal arma do console é que ele vinha com vários jogos já embutidos, além do conector dos cartuchos. Houve versões de 16, 32, 64, 128 e 256 jogos na memória. Em outros países, como na Austrália, chegou a ter versão com 512 jogos. Dependendo do modelo, o aparelho vinha com controles estilo Atari ou até gamepads, ao estilo Nintendo. E olha que os aparelhos fizeram sucesso!

1986 . Memory Game Milmar

Lançado como uma opção barata, já no fim da era Atari no Brasil, o Memory Game, da Milmar, tinha como diferencial os jogos embutidos na memória. Houve versões com 16, 32, 64, 128 e 256 jogos. A vantagem é que, mesmo assim, ainda era possível encaixar cartuchos do Atari. Ainda houve no mercado outros modelos de consoles bem parecidos, mas sem marca de fabricante.

20130927132007.jpg


Já no início da década de 90, a Dynacom resolveu inovar mais uma vez lançando o Megaboy. Ele era uma versão de mão do Atari que vinha com 3 jogos educativos na memória, mas que permitia conectar qualquer cartucho da Atari. O grande diferencial, no entanto, era a possibilidade de jogar no televisor sem mesmo estar perto. Ele funcionava sem fios, sintonizado em uma televisão qualquer por meio de uma antena. Com uma produção tímida, ainda hoje é difícil de encontrar entre os colecionadores.


1985 . Megaboy Compact

Esta foi uma das grandes novidades da Dynacom. Pena somente que veio meio tarde. O Megaboy Compact era um videogame de mão que se conectava à tv sem qualquer fio. Tinha jogos na memória e ainda trazia conector para cartuchos do Atari.

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O fato é que o Atari, mesmo por meio de clones, foi um campeão de vendas no Brasil e até hoje os jogadores com mais de 35 ou 40 anos lembram desse console com alegria. Abaixo, confira o infográfico com os jogos mais famosos do Atari 2600 aqui no Brasil.

Fonte: Digital Retro

20130927190155.jpg
 

MPIlhaOliveira

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Ótima postagem. Realmente me fez voltar ao tempo com alguns modelos dos consoles Atari.
 

rogermaximal

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Semana Atari é?

kkk Certo! Meu primeiro Atari foi o raríssimo "Onyx Junior"!! Eu me lembro que ele era muito bem feito e parrudo.

O meu segundo Atari foi o VG3000 da CCE.
 

PC-Crew

Supra-sumo
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Excelente tópico, eu comprei um da polyvox e veio com o jogo do popeye...que saudades daquele tempo!

Se quiserem saber, eu tenho uma história para contar sobre esta compra na época, acho que devo muito ao meu pai e o atari, creio que eles tiveram um papel importante para ser o tipo de pessoa e caráter que tenho hoje.
 

Kobayashi

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Tópico maravilhoso (verdadeiro túnel no tempo) !! :kjoinha
Meu primeiro console foi o Dactar e tenho atualmente o CCE VG 2800 e já joguei muito também no modelo da Polyvox na casa de vizinhos e colegas de escola.
Atari 4ever. :kkong

Excelente tópico, eu comprei um da polyvox e veio com o jogo do popeye...que saudades daquele tempo!.

Joguei muito Popeye no Atari e gostava muito desse jogo, tanto da versão Atari quanto da versão arcade (a propósito, muito bonita) que existia nos flipers dos anos 80.
 

Makunouchi Ippo

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nunca tive um atari, e joguei pouquíssimas vezes no console, mas de vez em quando vivo jogando uma ou outra partida de enduro, pra mim o melhor jogo do atari
 


Legiao-RJ

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Meu primeiro video game foi um CCE VG 2800,ganhei do meu falecido Pai em 1986 (Eu tinha 9 anos)
 

DocVooDoo

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Joguei muito, mas não sinto saudade alguma do Atari.
Para mim a nostalgia é só do Nes/Master em diante.
 

albanibr

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Meu primeiro video game foi um CCE VG 2800,ganhei do meu falecido Pai em 1986 (Eu tinha 9 anos)


atari-supergame-cce-vg-2800-controle-cabos-pacman_MLB-F-4684683015_072013.jpg


Ae a foto do danado!

Tb ganhei um desses de meu falecido pai, perto de 88-89...
Passava o dia ansioso pq só podia jogar com ele a noite...na verdade ele começava a jogar comigo e depois deixava eu e meu irmao...
meu primeiro cartucho não tenho certeza se foi enduro ou pac man...mas depois veio river raid, boxe e pitfall, alem é claro do space invaders...
engraçado como que só de olhar essa foto, um turbilhão de sentimentos (em sua maioria bons) aparecem...
:ksnif:kpaixao:kvergonha
 

doraemondigimon

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atari-supergame-cce-vg-2800-controle-cabos-pacman_MLB-F-4684683015_072013.jpg


Ae a foto do danado!

Tb ganhei um desses de meu falecido pai, perto de 88-89...
Passava o dia ansioso pq só podia jogar com ele a noite...na verdade ele começava a jogar comigo e depois deixava eu e meu irmao...
meu primeiro cartucho não tenho certeza se foi enduro ou pac man...mas depois veio river raid, boxe e pitfall, alem é claro do space invaders...
engraçado como que só de olhar essa foto, um turbilhão de sentimentos (em sua maioria bons) aparecem...
:ksnif:kpaixao:kvergonha


...E mais um pra turma!

Meu pai (que também é falecido), me deu um na época que foi lançado aqui (acho que em 89, se não me engano). Um vizinho meu havia ganhado um 2600 dos parentes americanos e, por NÃO me deixarem entrar (nem pra ver o videogame... Um grande erro, já sabendo que eu sempre os chamava pra jogar no Telejogo do meu primo quando ele o trazia...), meu pai e minha mãe me deram...

...Um Sinclair Spectrum 48kb (isso em 88, quando eu quebrei a perna).

No ano seguinte, como eu estava indo bem nos estudos (em 88, eu bombei por causa do meu acidente), lembro de ver meus pais discutindo sobre a compra do videogame. Quando o trouxeram, ele veio acompanhado de 50 cartuchos!!! Minha mãe conhecia os donos de uma rede de lojas daqui de Goiânia (Fujioka) e ela comprou, juntamente com meu pai, o videogame e mais os cartuchos, numa só paulada!

Ou seja...

De um dia pro outro, eu havia passado de 'escória' da rua (que ninguém me chamava pra fazer nada), pro carinha mais cobiçado do setor (já que eu tinha tantos jogos...).

Pouco tempo depois, eu mudei pra outro setor da cidade, daí a coisa muda porque eu conheci os 'Taitos/Arcades/Fliperamas' e, em 1989 mesmo, eu bombei por causa de duas coisas:

Zillion e Shinobi. (mas aí, já se inicia outra história)
 

Edi (FZ2D)

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Meu irmão mais velho tinha um Atari 2600S e não deixava eu encostar a mão :ksnif
Eu devia ter no máximo uns 3 ou 4 anos :kfeliz
 

EvertonSSJ4

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Ganhei do meu pai (com 7 anos) um Atari Polyvox e éramos os dois jogando no final de semana River Ride e Enduro.

Devo muito ao meu pai por ter me dado este console, principalmente pelas jogatinas em dupla para ver quem "fazia mais pontos ou ia mais longe" entre nós dois, graças a isso, aprendi a aproveitar os jogos pela emoção / inovação / mundo que estes tentam nos apresentar, ao invés de julgar ou sequer tentar jogar algo só porque não se enquadra nos "padrões gráficos e blá".
 

Kobayashi

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Ganhei do meu pai (com 7 anos) um Atari Polyvox e éramos os dois jogando no final de semana River Ride e Enduro.

Devo muito ao meu pai por ter me dado este console, principalmente pelas jogatinas em dupla para ver quem "fazia mais pontos ou ia mais longe" entre nós dois, graças a isso, aprendi a aproveitar os jogos pela emoção / inovação / mundo que estes tentam nos apresentar, ao invés de julgar ou sequer tentar jogar algo só porque não se enquadra nos "padrões gráficos e blá".

Disse tudo. Meus Parabéns! :kjoinha

Infelizmente, mesmo entre certos retrogamers, há uma adoração excessiva a gráficos e aspectos técnicos nos jogos.
Enquanto que para uma boa parte da galera que começou a jogar com o Telejogo/Odissey/Atari, jogos tecnicamente simplórios como River Raid, mas que possuem gameplay excelente já eram o suficiente para nos divertir e deixar um sorriso de satisfação estampado em nossos rostos. :kmaroto
 

Edi (FZ2D)

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Ganhei do meu pai (com 7 anos) um Atari Polyvox e éramos os dois jogando no final de semana River Ride e Enduro.

Devo muito ao meu pai por ter me dado este console, principalmente pelas jogatinas em dupla para ver quem "fazia mais pontos ou ia mais longe" entre nós dois, graças a isso, aprendi a aproveitar os jogos pela emoção / inovação / mundo que estes tentam nos apresentar, ao invés de julgar ou sequer tentar jogar algo só porque não se enquadra nos "padrões gráficos e blá".

Disse tudo. Meus Parabéns! :kjoinha

Infelizmente, mesmo entre certos retrogamers, há uma adoração excessiva a gráficos e aspectos técnicos nos jogos.
Enquanto que para uma boa parte da galera que começou a jogar com o Telejogo/Odissey/Atari, jogos tecnicamente simplórios como River Raid, mas que possuem gameplay excelente já eram o suficiente para nos divertir e deixar um sorriso de satisfação estampado em nossos rostos. :kmaroto


Mas é aí que está. Sou retro mas também entusiasta de gráficos. Vou exemplificar :kjoinha

Sonic 3D Blast do Mega tem um nível gráfico e técnico altíssimo para o seu hardware. Idem com Tales of Phatasia no SNes, Azel no Sega Saturn, Last Blade 2 no Neo Geo, e...


...Hero no Atari 2600 :eek: Acho o nível do jogo muito alto comparado a outros do console, mas pra mim, Halo 2600 vai muito além do que se imaginava no Atari 2600 :kjoinha
 

Kobayashi

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...Hero no Atari 2600 :eek: Acho o nível do jogo muito alto comparado a outros do console

H.E.R.O é graficamente um dos mais belos do Atari 2600 sem dúvida, mas, para mim, River Raid possui jogabilidade muito superior, então entre os dois fico com River Raid. E olha que eu gosto bastante do gameplay de H.E.R.O também. :kjoinha
 

Legiao-RJ

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Joguei muito, mas não sinto saudade alguma do Atari.
Para mim a nostalgia é só do Nes/Master em diante.
Gosto tanto do console que tenho 5 modelos em casa.

1 Atari JR (Europeu)
1 Polyvox c/ fonte externa
1 Polyvox c/ fonte interna e 2 controles acoplados.
1 Dactar
1 CCE VG 2800 :kpaixao

E ainda tenho a meta de conseguiur esse ano o Atari Wood,ja consegui a caixa original,falta o console :kgozo
 

Macbee

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Alguns outros jogos/demos de Atari que exigem bastante do coitado:



















 

Cosmão

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Meu Atari 2600 é daqueles pretos, com botões ao invés de alavancas. Ganhei dos meus pais no fim da década de 80 e, como a maioria, só jogava à noite, em um curto espaço de tempo entre o jornal e a novela (ou durante o jornal).

Interessante que foi o único console que meu pai jogou comigo, hoje em dia ele até admira alguns jogos (coloquei Red Dead Redemption outro dia e ele achou que era filme hehehe), mas nunca mais tocou num controle.

Tenho até hoje meu Atari, na caixa, com manual, folhetos e o Enduro original, tudo em perfeito estado.

Não empresto, alugo, vendo ou dou.
 

EvertonSSJ4

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Mas é aí que está. Sou retro mas também entusiasta de gráficos. Vou exemplificar :kjoinha

Sonic 3D Blast do Mega tem um nível gráfico e técnico altíssimo para o seu hardware. Idem com Tales of Phatasia no SNes, Azel no Sega Saturn, Last Blade 2 no Neo Geo, e...


...Hero no Atari 2600 :eek: Acho o nível do jogo muito alto comparado a outros do console, mas pra mim, Halo 2600 vai muito além do que se imaginava no Atari 2600 :kjoinha

O que me refiro em meu post é que, com meu pai e com o Atari (primeiro console que tive) aprendi a aproveitar os jogos de uma forma diferente, não apenas por ser inovador ou "graficudo" entende?

Ou seja, com certeza acho lindo por exemplo The Last of Us, mas sempre tento buscar algo mais no jogo do que só "caras bonitas", principalmente se este não tem nada top a oferecer, com isso,vou atrás do seu conteúdo e o que este tem a oferecer, devido a isso, consigo aproveitar boa parte dos jogos que muitos deixam de jogar simplesmente por não ser top, não ter full CG e por ai vai.
Exemplo: Tem gente que até hoje sequer jogou Journey por achar estranho ou não ter gráfico top, com isso, perderam um jogo que é pura poesia. Outros deixaram de jogar o último Tomb Raider por achar que seria uma bomba comparado aos anteriores ou por ir no comentário de que era uma simples cópia de Uncharted, com isso, perderam um dos melhores Tomb Raider já lançados.
 

EvertonSSJ4

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Disse tudo. Meus Parabéns! :kjoinha

Infelizmente, mesmo entre certos retrogamers, há uma adoração excessiva a gráficos e aspectos técnicos nos jogos.
Enquanto que para uma boa parte da galera que começou a jogar com o Telejogo/Odissey/Atari, jogos tecnicamente simplórios como River Raid, mas que possuem gameplay excelente já eram o suficiente para nos divertir e deixar um sorriso de satisfação estampado em nossos rostos. :kmaroto

Pois é, eu por exemplo ficava maravilhado vendo meu pai jogando Enduro ou Frostbite (sendo este um dos meus favoritos), mesmo sendo parcialmente a mesma coisa (com alterações de velocidade ou cores ao fundo), achava e ainda acho lindo o gameplay (tanto do meu pai jogando ou eu mesmo), pois estes (assim como River e muitos outros) são ótimos e divertidos jogos mesmo na GEN atual, basta saber aproveitar e como aproveitar tais títulos, "no strings attached" a qualquer padrão estabelecido por outros (seja geração leite com pera ou geração Youtube).
 

EvertonSSJ4

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E na verdade é ao contrário né :kfeliz

Pois é, mas vai explicar isso para quem já tem firmado e decidido isto na cabeça?

Nestes momentos que volta meu comentário sobre o Atari e jogar com meu pai, devido a isto, aproveito e muito quase tudo que é lançado, por não ficar preso a isso ou aquilo (AKA modismo ou o que dizem ser o padrão final de bom e ótimo).

Creio que muitos, se não a maioria dos que visitam esta pasta aqui, sabem do que me refiro e aproveitam os jogos como ninguém, sem se perder em análises de terceiros, vídeo do vídeo que filmaram enquanto outros jogavam ou frames ehehe.
 

Macbee

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Aqui um que gastei bom tempo jogando:


Outra dica é o site: http://jogosdeatari.com.br/gratis/
para quem estiver a fim de jogar sem ter que baixar emulador ou por ai vai.

Bobby vai pra Casa foi o primeiro jogo de videogame que vi na minha vida.
Meu cérebro fritou, no alto dos meus cinco anos, ao ver meus primos controlando o que passava na TV. Inesquecível! :)

Putz, nem sabia que esse jogo era da Bit Corp., a mesma que fez Crime Busters pro Nintendo tempos depois.
 

EvertonSSJ4

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Bobby vai pra Casa foi o primeiro jogo de videogame que vi na minha vida.
Meu cérebro fritou, no alto dos meus cinco anos, ao ver meus primos controlando o que passava na TV. Inesquecível! :)

Putz, nem sabia que esse jogo era da Bit Corp., a mesma que fez Crime Busters pra Nintendo tempos depois.

Eu lembro das histórias que o pessoal contava sobre o jogo do Bob, algo sobre toda vez que ele chega na casa (ao final da fase) nunca é a casa dele pois ele foi abandonado, família foi assassinada, o jogo só ia até a fase 33 onde o jogo terminava de vez (com final e tudo mais) e por ai vai, isso eram comentários de crianças que tinham sei lá, nem 10 anos, época que Internet nem passava pela cabeça kkkk.
 

PPF2012

Habitué da casa
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Eu nunca tive o Atari 2600. Me lembro que, na época, rolava um papo que estragava a televisão , até por isso meu já falecido pai não queria comprar .... ia detonar a Telefunken que ele tinha comprado....rsrs......mas não tenho do que reclamar não, minha infância foi 10.....foi mais jogando futebol na rua, andando de carrinho de rolimã, soltando pipa.....hahaha.

Eu conheci o Atari 2600 na casa dos meus primos.......jogamos muito Enduro, River Raid, Spider-Man, Turmoil, Keystone Kapers, Sexta Feira 13, Pac-Man, Bank Heist, Bob go is home e outros.....a julgar pelas fotos meus primos tinham um atari da Polyvox........puts, ótimos tempos.
 

dinger

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Excelente tópico, parabéns!
Meu primeiro 2600 foi importado, vindo diretamente de Manaus em 1982. Aquele modelo clássico, com a frente em madeira e seis chaves.
Depois de alguns anos, tive um da Polyvox. Mas a diferença era perceptível.
 

dinger

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Bobby vai pra Casa foi o primeiro jogo de videogame que vi na minha vida.
Meu cérebro fritou, no alto dos meus cinco anos, ao ver meus primos controlando o que passava na TV. Inesquecível! :)

Putz, nem sabia que esse jogo era da Bit Corp., a mesma que fez Crime Busters pro Nintendo tempos depois.

Esse é um dos poucos games do Atari que ainda consigo encarar nos dias atuais. Clássico absoluto.
 
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