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O Grande Jogo Global (EUA x China x Rússia)

Vim do Futuro

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Em 1997 entrou em vigor um tratado em que o Reino Unido concordou em devolver a próspera colônia de Hong Kong à China, e os chineses prometeram seguir o princípio de “um país, dois sistemas”, outorgando ao mais importante entreposto comercial e financeiro da Ásia sua plena autonomia por 50 anos. Na semana passada, porém, o Partido Comunista Chinês (PCC) jogou o acordo no lixo, impondo uma nova “lei de segurança nacional” (sempre uma frase nefasta, como bem sabem os brasileiros) e reagindo com repressão brutal quando o povo de Hong Kong tomou as ruas para protestar contra o descumprimento do tratado.

Por que estou falando disso quando o Brasil e o mundo enfrentam uma pandemia letal? Por uma razão fundamental: o tratamento dado aos 7,5 milhões de habitantes de Hong Kong mostra o roteiro que a China, cada vez mais poderosa e beligerante, pretende implementar em suas relações com o mundo. Tratados e acordos não valem nada, qualquer oferta de cooperação é apenas um pretexto para aumentar o poderio do PCC, e nenhuma oposição será tolerada.

É bom lembrar que em 18 de maio, na reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), a China ofereceu US$ 2 bilhões em ajuda para combater a pandemia, que se originou na China em dezembro e foi escondida e subestimada pelo governo chinês durante semanas, deixando o resto do mundo desprevenido. Mas a aparente generosidade chinesa tem uma contrapartida: a China terá um papel decisivo na investigação que a OMS pretende lançar para determinar as origens da pandemia e tomar medidas para evitar uma reincidência.

Originalmente, a Austrália tinha sugerido que qualquer investigação seja independente. Mas a China reagiu iradamente à proposta, colocando tarifas de 80% em exportações australianas de grãos, ameaçando cortar importações de carne e vinho. Um alto funcionário do PCC afirmou que a Austrália é apenas um “chiclete grudado na sola de nosso sapato”. Isso não lembra as bravatas e insultos do embaixador chinês em Brasília em março, quando o governo brasileiro criticou o fracasso dos esforços chineses para conter o vírus que agora matou milhares de brasileiros? Pois é. Os australianos acabaram se curvando e aderindo a um plano mais suave da Comunidade Europeia, dando protagonismo aos chineses na investigação.

Quando eu era correspondente na China nos anos 1980, a China seguia uma política que Deng Xiaoping, o ditador de turno naquela época, chamava de “Esconder nossa força e dar tempo ao tempo”. O país estava saindo do caos da Revolução Cultural e ainda tinha uma economia fraca. Mas depois de quatro décadas de crescimento anual de dois dígitos e investimentos maciços nas forças armadas o PCC comanda uma superpotência. Xi Jinping, o mandachuva atual, não precisa mais esconder a força. Com o mundo distraído pela pandemia que os próprios chineses espalharam, o tempo de ostentá-la chegou. Se não gosta, dane-se.

A repressão em Hong Kong e a chantagem aos australianos são apenas duas manifestações disso. Ao longo de uma fronteira disputada com a Índia, tropas chinesas estão abertamente violando uma linha de cessar-fogo estabelecida em 1962. No Mar da China Meridional, que apesar do nome são águas internacionais que também banham as costas de outros seis países, todos eles com direitos reconhecidos pela lei internacional, a China está ilegalmente ocupando ilhotas e construindo bases nelas. E as ameaças contra Taiwan, que Beijing considera uma “província rebelde”, mas na prática é um país independente desde 1949 e uma democracia exemplar, são cada vez mais estridentes.

“UMA VEZ UM CHANCELER BRASILEIRO ME DISSE, CONVERSANDO EM OFF SOBRE A CHINA, QUE ‘O MUNDO AINDA VAI TER SAUDADES DA HEGEMONIA AMERICANA’”
Não sou a favor da hegemonia de ninguém e reconheço que o domínio americano trouxe sofrimento a vários países, entre eles o Brasil. Mas os Estados Unidos são um país plural e multicultural, com várias raças, etnias, religiões e tendências políticas, todas tentando forjar um consenso ou, ao menos, um modus vivendi. A China não: tem uma só etnia dominando um partido único que exige total unidade de pensamento. Não entende a convivência, é tudo ou nada.

Tentando reescrever a história, a China agora alega que foi transparente nas fases iniciais da pandemia. Não foi, e todos nós sabemos disso. Na propaganda interna, também aponta a mortandade nos Estados Unidos e no Brasil como prova da superioridade do sistema autoritário deles. Outra mentira. Meu medo imediato é que o relatório da OMS seja outra tentativa de branquear a verdade. Mas no longo prazo devemos todos temer que predomine a visão distópica que o PCC pretende estabelecer como realidade mundial.

Larry Rohter, jornalista e escritor, é ex-correspondente do “New York Times” no Brasil e autor de “Rondon, uma biografia”

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Feito.
BTW: A UE já está acusando abertamente a Rússia (obviamente) e agora a China de espalharem desinformação e influenciarem a opinião pública da zona em seu favor. A tendência é piorar.
 

mfalan

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Boa sugestão pra dividir a China!




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Fracer

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China cria sistema de comunicação quântica desde o espaço, impossível de ser espionado
País transmite chaves secretas de um satélite para duas estações terrestres separadas por mais de 1.000 quilômetros, 10 vezes mais do que o alcançado antes

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A China acaba de mostrar seu poderio tecnológico com um marco que tem grandes implicações geoestratégicas: a pulverização do recorde de distância da comunicação quântica. Uma equipe de cientistas do país asiático conseguiu nesta segunda-feira a primeira transmissão simultânea de uma mensagem criptografada com tecnologia quântica, enviada de um satélite espacial para dois telescópios terrestres separados por 1.120 quilômetros, uma distância cerca de dez vezes maior do que a alcançada até então.

Os fenômenos quânticos se originam em escalas microscópicas, mas podem ter efeitos significativos no mundo visível. Duas partículas podem estar entrelaçadas de tal modo que o que acontece com uma aconteça com a outra instantaneamente, mesmo se estiverem separadas por bilhões de quilômetros. Se alguém tenta observar essas partículas durante sua transmissão, seu estado muda e o entrelaçamento é rompido. Essa propriedade permite criar um sistema de comunicação impossível de ser violado ou hackeado porque a mera observação por parte do espião destrói a mensagem.

Há anos, China, Europa e Estados Unidos planejam desenvolver redes de comunicação quântica para enviar mensagens oficiais ou estabelecer sistemas de segurança cibernética em instalações estratégicas.

Em um estudo publicado hoje na Nature, cientistas chineses detalham a transmissão de uma chave secreta escrita com pares de fótons ― partículas de luz ― entrelaçados. Os fótons são emitidos pelo satélite Micius, que orbita a 500 quilômetros da Terra, para duas instalações terrestres construídas com essa finalidade específica nas cidades de Delingha e Nanshan, separadas por 1.120 quilômetros. O uso de um satélite é crucial, já que a transmissão dessas mensagens usando fibra ótica perde muitos fótons, de tal forma que seriam necessários repetidores a cada 100 ou 150 quilômetros aproximadamente. E um repetidor, com todos os seus componentes, pode ser hackeado.

Cada bit de informação é codificado usando dois fótons entrelaçados. Desta vez, os chineses mostram a transmissão segura de uma chave secreta de 372 bits. A chave pode ser usada para decifrar uma mensagem criptografada que pode ser transmitida por qualquer outro meio, incluindo Internet e telefonia.

Em seu trabalho, pesquisadores chineses puseram seu sistema à prova de diferentes tipos de ataques e mostraram que é seguro. A velocidade e a eficiência são 100 bilhões de vezes maiores que às da fibra óptica terrestre. "Nosso trabalho lança as bases para uma rede global de comunicação quântica", destacam os responsáveis pelo estudo.

“Ninguém conseguiu fazer isso a uma distância tão grande”, destaca Juan José García-Ripoll, especialista em comunicação quântica do Conselho Superior de Pesquisa Científica (CSIC), da Espanha. “Conseguiram algo único do ponto de vista técnico. A China está à frente neste campo”, afirma.

O país passou anos investindo em novas tecnologias de comunicação quântica, tanto espaciais como terrestres. Nesta última já havia conseguido conectar Pequim e Xangai com uma rede para transmissão de chaves quânticas. Além disso, a China alcançou recordes anteriores em comunicação espacial, como a transmissão em 2017 de uma chave quântica que permitiu manter uma teleconferência impossível de ser hackeada entre Viena e Pequim, a mais de 7.000 quilômetros de distância, também usando o satélite Micius.

"A diferença é que, neste caso, o satélite agiu como uma caixa-forte que guarda a chave enquanto se move do ponto A para o B", explica Valerio Pruneri, pesquisador do Instituto de Ciências Fotônicas, em Barcelona.

"Está cada vez mais claro que cada continente precisa ter sua própria rede, não pode depender de outros para adquiri-la", diz Pruneri. O pesquisador lembra que o conceito de comunicação quântica foi cunhado na Europa, onde foram feitos os primeiros experimentos fundamentais, mas há anos a China aposta no domínio dessa tecnologia. O chefe do sistema de comunicação quântica chinês, Jian-Wei Pan, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, se formou na Universidade da Áustria,no final dos anos 90, e depois retornou a seu país para iniciar o desenvolvimento desta tecnologia.

“É uma boa notícia que a China conseguiu isso porque mostra a viabilidade tecnológica", diz Pruneri.



A revolução quântica está chegando e os cientistas chineses estão na vanguarda
Mais de uma década atrás, o físico chinês Pan Jian-Wei voltou da Europa para ajudar a supervisionar a pesquisa de algumas das tecnologias mais importantes do século XXI. Em uma conferência em Xangai neste verão, Pan e sua equipe deram uma olhada rara no trabalho que ele descreveu como uma "revolução". Eles falaram das redes de comunicações resistentes a hackers que estão construindo em toda a China, dos sensores que estão projetando para enxergar através da poluição atmosférica e nas esquinas e dos protótipos de computadores que um dia poderão esmagar o poder computacional de qualquer máquina existente.


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Todo o equipamento é baseado na tecnologia quântica - um campo emergente que pode transformar o processamento de informações e conferir grandes vantagens econômicas e de segurança nacional aos países que o dominam. Para consternação de cientistas e funcionários dos Estados Unidos, o formidável investimento da China está rapidamente tirando o país do atraso com as pesquisas ocidentais, tem áreas que o país já lidera. Pequim está investindo bilhões em pesquisa e desenvolvimento e está oferecendo aos cientistas chineses grandes vantagens para voltar para casa dos laboratórios ocidentais. A iniciativa da China ajudou a desencadear preocupações no governo Trump de que alguns tipos de colaboração científica com a China podem estar ajudando o Exército de Libertação Popular e prejudicando os interesses dos EUA.

"Os Estados Unidos devem estar preparados para um futuro em que sua predominância tecnológica tradicional enfrente novos desafios, talvez sem precedentes"
, escreveu o Centro para uma Nova Segurança Americana em um relatório recente sobre as ambições quânticas da China.

No ano passado, a China possuía quase o dobro de pedidos de patentes dos Estados Unidos em termos de tecnologia quântica, uma categoria que inclui dispositivos de comunicação e criptografia, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Patinformatics. Quem ajuda a supervisionar o programa da China é o cientista conhecido como Pan, a quem a mídia chinesa chama de "pai do quantum". De seus laboratórios na Universidade de Ciência e Tecnologia da China (USTC), em Xangai e Hefei, o jovem de 49 anos lidera uma equipe de 130 cientistas. Em 2017, a revista Nature o nomeou uma das "dez pessoas que importavam este ano", dizendo que ele "acendeu um fogo sob os esforços do país em tecnologia quântica".


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Pan ocasionalmente faz visitas de laboratório ao presidente Xi Jinping, que se interessa muito por seu trabalho, de acordo com a mídia chinesa. Pan também está supervisionando os planos para um novo laboratório nacional de pesquisa quântica na província de Anhui, que, segundo ele, atraiu cerca de US $ 400 milhões em financiamento do governo. No evento de Xangai, Pan ilustrou sua apresentação de slides com piadas de nerd de ciência sobre Einstein e "Star Trek". Em um aceno para o gato de Schrödinger - um experimento mental dos anos 30 que ajudou a definir um conceito quântico chamado superposição - Pan usou imagens de um felino de desenho animado em pé e deitado de costas. "Como todos sabemos, em nossa vida cotidiana, um gato só pode estar em um estado vivo ou morto", disse Pan, mas "um gato no mundo quântico pode estar em uma superposição coerente de estados vivos e mortos".

Em sua palestra, Pan detalhou como a China está utilizando qubits para proteger suas comunicações contra hackers - um dos campos em que a China tem vantagem sobre o Ocidente. Pan e sua equipe pretendem lançar uma constelação de satélites e uma rede nacional de fibra ótica que usa qubits para transmitir informações com segurança. Um link de fibra de quase 1.300 milhas que liga Pequim, Xangai e outras cidades já está em funcionamento. O mesmo acontece com um satélite da China lançado em 2016, que realizou várias experiências importantes, incluindo a facilitação de uma videoconferência resistente a hackers entre Pequim e Viena. Quando a rede estiver concluída, poderá complicar os esforços dos EUA para escutar as comunicações militares ou governamentais da China, dizem alguns cientistas ocidentais. "Eu prevejo que a China ficará preta em dois a três anos - não poderemos ler nada", disse Jonathan Dowling, professor de física da Universidade Estadual da Louisiana que passa parte do ano como professor visitante no USTC em Xangai.

Quando a tecnologia ganhar força global, a China poderá estar em uma posição forte para vendê-la, dado o grande número de patentes que suas universidades e empresas registraram para dispositivos e tecnologia relacionados à comunicação e criptografia quânticas, de acordo com a Patinformatics.

Pan creditou a Edward Snowden a motivação da pesquisa quântica da China. As revelações do ex-contratado da Agência de Segurança Nacional sobre a espionagem da NSA levaram a China a investir dinheiro no desenvolvimento de comunicações mais seguras, afirmou Pan em entrevistas publicadas.

Embora suas conversas não se concentrem em aplicações militares, grande parte da tecnologia que eles estão adotando teria usos claros nos setores comercial e de defesa, dizem os cientistas.

Os computadores quânticos podem algum dia ser capazes de decifrar todas as formas de criptografia existentes. Os sensores quânticos podem ajudar as forças armadas chinesas a rastrear e atacar as tropas inimigas com maior precisão. A universidade onde Pan trabalha, USTC, estabeleceu várias parcerias de pesquisa quântica com empresas estatais de defesa nos últimos anos, com objetivos que incluem melhorar a capacidade de combate de navios da marinha, de acordo com relatos da mídia chinesa citados no Center for a New American Papel de segurança.

"Os avanços nacionais da China em comunicações e computação quânticas ... serão alavancados para apoiar fins militares", de acordo com as autoras do artigo, Elsa Kania e John Costello, que revisaram centenas de relatórios de mídia, governo e técnicos em língua chinesa.


 


Fracer

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O conflito tá próximo.
Impossível, esquece, não existe a menor possibilidade de escalada militar entre duas potências nucleares.

E a China, ao contrário do que muita gente no ocidente pensa, está muito longe de ser um país belicoso. Ela apenas quer recuperar aquilo que roubaram dela durante os anos de humilhação.

Veja que a constituição deles é bem pacifista: http://www.xinhuanet.com/english/download/Constitution_of_the_Communist_Party_of_China.pdf

Hoje o Douglas subiu um vídeo resumindo os principais pontos da constituição, na prática o partido é uma empresa e o principal objetivo é a economia ( é ganhar dinheiro, sem fazer guerra )



Ao contrário dos EUA - que vive protagonizando guerras - os chineses não tem a menor intenção de subjugar militarmente qualquer outro país. Essa satanização, patrocinada pelo ocidente, da China, não faz muito sentido.
 

Meia-Noite

Habitué da casa
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Um pequeno resumo daquilo que todo mundo já sabe.

É um video feito por nacionalistas, então no final eles dão um jeito de enaltecer Wall Street, apesar de tudo. Um grande erro, mercado de ações e banco centrais vieram para destruir o verdadeiro capitalismo e criar monopólios.

 
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Um pequeno resumo daquilo que todo mundo já sabe.

É um video feito por nacionalistas, então no final eles dão um jeito de enaltecer Wall Street, apesar de tudo. Um grande erro, mercado de ações e banco centrais vieram para destruir o verdadeiro capitalismo e criar monopólios.


Assistindo ...
 

Fracer

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A turma que gosta de guerra sentirá muita saudade da hegemonia americana, é guerra que não acaba mais

De Carter para Trump: "A China não desperdiçou nenhum centavo em guerras"
"Você tem medo que a China nos supere, e eu concordo com você. Mas você sabe por que a China nos superará ? Eu normalizei relações diplomáticas com Pequim em 1979, desde essa data… você sabe quantas vezes a China entrou em guerra com alguém ? Nem uma vez, enquanto nós estamos constantemente em guerra. Os EUA desfrutaram apenas 16 anos de paz em seus 242 anos de história, tornando o país a nação mais bélica da história do mundo", disse Carter. Isto é, ele disse, por causa da tendência americana de forçar outras nações a "adotar nossos princípios americanos".

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O ex-presidente americano Jimmy Carter, 94 anos, dá seu
recado ao atual, Donald Trump, 73, pela revista Newsweek


"Os Estados Unidos é a nação mais guerreira da história do mundo, pois quer impor aos Estados que respondam ao nosso governo e aos valores americanos em todo o Ocidente, e controlar as empresas que dispõem de recursos energéticos em outros países. A China, por seu lado, está investindo seus recursos em projetos de infraestrutura, ferrovias de alta velocidade intercontinentais e transoceânicos, tecnologia 6G, inteligência robótica, universidades, hospitais, portos e edifícios em vez de usá-los em despesas militares.

Quantos quilômetros de ferrovias de alta velocidade temos em nosso país ? Nós desperdiçamos trilhões em despesas militares para submeter países que procuravam sair da nossa hegemonia. A China não desperdiçou nem um centavo em guerra, e é por isso que nos ultrapassa. E se tivéssemos tomado U$ 300 bilhões para instalar infraestruturas, robôs e saúde pública nos EUA teríamos trens bala transoceânicos de alta velocidade. Teríamos pontes que não colapsam. Teríamos estradas que se mantém adequadamente. Nosso sistema de ensino seria tão bom quanto o da Coreia do Sul ou Xangai".



O negócio da China é negócio. O negócio dos EUA é a guerra'
Enquanto os EUA se concentram em guerras, a China quer a prosperidade econômica, afirma o consultor de negócios Gerald Celente, que prevê que a economia chinesa se torne a maior do mundo em menos de 10 anos.

"Os políticos mentem, mas os números não. Dê uma olhada no declínio dos EUA e no avanço da China. A tendência é inegável. Os agregados familiares com renda média dos EUA diminuíram de 61% em 1971 para 50% hoje em dia, enquanto na China esta porcentagem cresceu de 5% em 2000 (imediatamente antes de aderir à Organização Mundial do Comércio) para cerca de 35% hoje", comunicou Celente, acrescentando que Pequim se comprometeu a investir no futuro econômico do país e dos cidadãos.

"Nunca vão ouvir estas palavras dos políticos norte-americanos. Compare a visão de Xi com as ações de Donald Trump, o seu pedido de meios orçamentais massivos para um 'maior crescimento militar na história dos EUA' ... sem nenhuma palavra sobre as necessidades crescentes de criar melhores condições de vida, harmonia, avanço cultural e uma bela nação", sublinhou.

Enquanto a economia chinesa está crescendo a taxas de 6 a 7% ao ano e os EUA ficam bloqueados na zona dos 2-2,5%, Celente prevê que a China vai se tornar a maior economia nos próximos 10 anos. Os EUA têm chance de adiar o domínio chinês, mas só quando Washington parar de patrocinar as guerras e favorecer Wall Street, concluiu ele.

 

Vim do Futuro

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'Guerra fria' entre Estados Unidos e China é 'ameaça global maior que coronavírus', diz Jeffrey Sachs

Em entrevista à BBC, economista americano diz também que o mundo está caminhando para um período de "grande ruptura sem nenhuma liderança" após a pandemia.
TOPO
Por BBC
21/06/2020 11h31 Atualizado há 2 horas


O aprofundamento da guerra fria entre os EUA e a China será uma preocupação maior para o mundo do que o coronavírus, segundo o influente economista Jeffrey Sachs.
O mundo está caminhando para um período de "grande ruptura sem nenhuma liderança" após a pandemia, disse ele à BBC.
A divisão entre as duas superpotências vai exacerbar isso, alertou.
O professor da Universidade de Columbia culpou o governo dos EUA pelas hostilidades entre os dois países.
"Os EUA são uma força de divisão, não de cooperação", afirmou à BBC.

"É uma potência que tenta criar uma nova guerra fria com a China. Se isso prosperar - se esse tipo de abordagem for usado, não voltaremos ao normal; na verdade, entraremos em uma controvérsia maior e em um maior perigo de fato."


As tensões crescem

Os comentários de Sachs ocorrem quando as tensões entre os EUA e a China continuam a crescer em várias frentes - não apenas no comércio.
Nesta semana, o presidente Trump assinou legislação autorizando sanções dos EUA contra autoridades chinesas responsáveis pela repressão aos muçulmanos na província de Xinjiang.
E, em entrevista ao "Wall Street Journal", Trump disse acreditar que a China pode ter incentivado a propagação internacional do vírus como uma maneira de desestabilizar as economias concorrentes.
O governo Trump também tem como alvo empresas chinesas, em particular a gigante chinesa de telecomunicações Huawei, que Washington diz estar sendo usada para ajudar Pequim a espionar seus clientes. A China nega isso, assim como a Huawei.
Mas a posição dura do presidente Trump sobre a China e a Huawei pode ter sido parte de uma manobra política para ser reeleito - pelo menos de acordo com um novo livro do ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton.
Sachs concorda que atingir a Huawei nunca foi simplesmente uma preocupação de segurança.
"Os EUA ficaram para trás em relação ao 5G, que é uma parte crítica da nova economia digital. E a Huawei estava ganhando uma participação cada vez maior dos mercados globais. Os EUA inventaram, na minha opinião, a visão de que a Huawei é uma ameaça global. E se apoiaram muito nos aliados dos EUA ... para tentar romper as relações com a Huawei", disse ele.

A tensão aumenta

Os EUA não são o único país com o qual a China está em conflito.
Nesta semana, as tensões aumentaram na fronteira Índia-China, com pelo menos 20 soldados indianos mortos em alguns dos piores casos de violência que os dois lados viram em quase cinquenta anos.
E a China tem ativamente financiado projetos econômicos no Paquistão, Mianmar, Sri Lanka e Nepal - vizinhos mais próximos da Índia. Por isso, a Índia teme que Pequim esteja tentando interromper sua influência na região.
Sachs diz que a ascensão da China é preocupante para seus vizinhos na Ásia - especialmente se ela não fizer mais para mostrar que está tentando crescer de maneira pacífica e cooperativa.

"Se eu acredito que a China poderia fazer mais para aliviar medos que são muito reais? Acredito que sim", afirmou.

"A grande escolha, francamente, está nas mãos da China. Se a China for cooperativa, se envolver em diplomacia, cooperação regional e multilateralismo, em outras palavras, "soft power", porque é um país muito poderoso... Daí acho que a Ásia tem uma incrível futuro brilhante."


https://g1.globo.com/mundo/noticia/...maior-que-coronavirus-diz-jeffrey-sachs.ghtml
 

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O professor da Universidade de Columbia culpou o governo dos EUA pelas hostilidades entre os dois países.
"Os EUA são uma força de divisão, não de cooperação", afirmou à BBC.
Não se coopera com um país hostil e que abertamente ameaça a soberania de vizinhos, incluindo suas águas territoriais.
A China foi longe demais. A resposta foi até tardia, por culpa do Bobama.

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É muito fácil viver nos EUA e criticar seu presidente. Quero ver o bonitão aí ir viver na China e criticar o Xi.
 
D

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Não se coopera com um país hostil e que abertamente ameaça a soberania de vizinhos, incluindo suas águas territoriais.
A China foi longe demais. A resposta foi até tardia, por culpa do Bobama.

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É muito fácil viver nos EUA e criticar seu presidente. Quero ver o bonitão aí ir viver na China e criticar o Xi.

Os políticos da China mostraram sua verdadeira face, o que resta ao mundo é tentar se unir tentando fechar as lacunas e diminuir a dependência desse país. Já tem político tentando cooperar com os comunistas...
 

mfalan

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Não se coopera com um país hostil e que abertamente ameaça a soberania de vizinhos, incluindo suas águas territoriais.
A China foi longe demais. A resposta foi até tardia, por culpa do Bobama.

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É muito fácil viver nos EUA e criticar seu presidente. Quero ver o bonitão aí ir viver na China e criticar o Xi.

Só essa parte mostra a ingenuidade dele:

"A grande escolha, francamente, está nas mãos da China. Se a China for cooperativa, se envolver em diplomacia, cooperação regional e multilateralismo, em outras palavras, "soft power", porque é um país muito poderoso... Daí acho que a Ásia tem uma incrível futuro brilhante."

Como se o Partidão fosse fazer isso. :klolwtf

Como disse o Olavo:

Por trás de todo liberal há um cu aberto implorando por uma pica comunista.
 

Vim do Futuro

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Os políticos da China mostraram sua verdadeira face, o que resta ao mundo é tentar se unir tentando fechar as lacunas e diminuir a dependência desse país. Já tem político tentando cooperar com os comunistas...
Não nego que qualquer potência global tenha seus interesses econômicos e políticos ao redor do globo. A Rússia mesmo é uma que tenta estender seus braços. Até militarmente (Ucrânia e Síria - talvez Líbia). Mas a China já ultrapassou qualquer posição tolerável. A única forma de frear seu ímpeto é com uma aliança entre uns 7/8 países mais afetados (começando pela Índia).
 
D

Deleted member 219486

Não nego que qualquer potência global tenha seus interesses econômicos e políticos ao redor do globo. A Rússia mesmo é uma que tenta estender seus braços. Até militarmente (Ucrânia e Síria - talvez Líbia). Mas a China já ultrapassou qualquer posição tolerável. A única forma de frear seu ímpeto é com uma aliança entre uns 7/8 países mais afetados (começando pela Índia).

A China quer dominação global, quando ela tiver o controle de empresas chaves no exterior os países estarão em maus lençóis. A Rússia busca mais controle local.
Ficam construindo ilhas artificiais fora do território já demonstra como é o modo de agir deles.
 

Vim do Futuro

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A China quer dominação global, quando ela tiver o controle de empresas chaves no exterior os países estarão em maus lençóis. A Rússia busca mais controle local.
Ficam construindo ilhas artificiais fora do território já demonstra como é o modo de agir deles.
O único ponto que eu acho que a China pode ter razão é sobre Hong Kong. Mas é preciso ver que o povo dá ilha não deseja voltar ao domínio da China.
No resto a China não tem razão alguma. Aliás, se a Índia fosse usar a mesma régua, ela poderia anexar quase todos os países ao redor já que eles foram seu território há 400 ou 500 anos. E a Rússia poderia querer o Alasca de volta e a Bolívia pedir o Acre. E isso que nem falei da Europa.
 

Fracer

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Hoje a Rússia comemorou o aniversário da derrota alemã na segunda guerra mundial
 

D'Anconia

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O imperialismo americano visa manter sua economia pujante e para manter a pujança da economia é necessário liberdade para os países negociarem entre si. Isso é básico do capitalismo. Essa é a "beleza" (se é que se pode definir assim) do objetivo dos EUA. Já o imperialismo chinês não visa o crescimento da sua economia como um fim em si mesmo, e esse é o ponto crucial. A China usa sua capacidade econômica crescente para dominar o mundo sob a influência do comunismo. Mesmo a abertura do mercado chinês ao Ocidente serve aos propósitos do Partido Comunista Chinês. Aí mora o risco. Não há apresso por parte dos líderes chineses para com as liberdades básicas sequer do seu povo (vide a escalada autoritária em Hong Kong). A liberdade e o arbítrio só serão tolerados enquanto convenientes. Para eles, a liberdade é como uma peça de xadrez (cavalo) facilmente descartável quando os propósitos do jogo assim demandarem. Há realmente alguém que acredite que os líderes comunistas respeitarão liberdades de outros povos, sendo que as suprimem de seu próprio povo? Devemos agradecer aos céus pelo fato de EUA e Europa ainda serem atores globais capazes de fazerem frente ao ímpeto chinês, pois só sabemos o quanto a liberdade é fundamental quando a vemos em risco, e estamos tão embebidos de liberdades aqui no Ocidente que mau notamos quando elas são vagarosamente tolhidas de nós. Para alguns, a liberdade vale mais que a vida.

Já ouviram essa frase: não é pelo bem do povo, é pelo bem do partido.
 
D

Deleted member 219486

O imperialismo americano visa manter sua economia pujante e para manter a pujança da economia é necessário liberdade para os países negociarem entre si. Isso é básico do capitalismo. Essa é a "beleza" (se é que se pode definir assim) do objetivo dos EUA. Já o imperialismo chinês não visa o crescimento da sua economia como um fim em si mesmo, e esse é o ponto crucial. A China usa sua capacidade econômica crescente para dominar o mundo sob a influência do comunismo. Mesmo a abertura do mercado chinês ao Ocidente serve aos propósitos do Partido Comunista Chinês. Aí mora o risco. Não há apresso por parte dos líderes chineses para com as liberdades básicas sequer do seu povo (vide a escalada autoritária em Hong Kong). A liberdade e o arbítrio só serão tolerados enquanto convenientes. Para eles, a liberdade é como uma peça de xadrez (cavalo) facilmente descartável quando os propósitos do jogo assim demandarem. Há realmente alguém que acredite que os líderes comunistas respeitarão liberdades de outros povos, sendo que as suprimem de seu próprio povo? Devemos agradecer aos céus pelo fato de EUA e Europa ainda serem atores globais capazes de fazerem frente ao ímpeto chinês, pois só sabemos o quanto a liberdade é fundamental quando a vemos em risco, e estamos tão embebidos de liberdades aqui no Ocidente que mau notamos quando elas são vagarosamente tolhidas de nós. Para alguns, a liberdade vale mais que a vida.

Já ouviram essa frase: não é pelo bem do povo, é pelo bem do partido.

Você acha que os bilionários chineses são cidadãos com liberdade num país com esse regime? São apenas marionetes isso para a expansão chinesa fora do território, quando eles comprarem a cadeia que limita a dominação estaremos ferrados.
 

D'Anconia

Bam-bam-bam
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Você acha que os bilionários chineses são cidadãos com liberdade num país com esse regime? São apenas marionetes isso para a expansão chinesa fora do território, quando eles comprarem a cadeia que limita a dominação estaremos ferrados.

Exatamente.

Ninguém, absolutamente ninguém possui liberdade plena de consciência na China. Do camponês das plantações de arroz ao bilionário do setor de informática, do empregado de fábrica ao membro do primeiro escalão do Partido Comunista Chinês, todos devem ser alinhados com o pensamento e os objetivos do partido. Não há exceções. É que para a maioria de nós ocidentais esse tipo de descrição soa meio ficcional.
 

Fracer

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Exatamente.

Ninguém, absolutamente ninguém possui liberdade plena de consciência na China. Do camponês das plantações de arroz ao bilionário do setor de informática, do empregado de fábrica ao membro do primeiro escalão do Partido Comunista Chinês, todos devem ser alinhados com o pensamento e os objetivos do partido. Não há exceções. É que para a maioria de nós ocidentais esse tipo de descrição soa meio ficcional.
Eles tem tanto apresso pela liberdade que tem até um exército de libertação

Dedicado a todos os membros do Exército de Libertação Popular. Passado, presente, e futuro com nossa gratidão


 

Baralho

Ei mãe, 500 pontos!
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Por enquanto, um conflito em grande escala no noroeste indiano, não deve ocorrer.
Não é pelo fato de a Índia ser potência nuclear que não haverá guerra com a China, mas pelo fato de a Índia poder lançar ogivas com foguetes próprios.

É o tipo de coisa que, mesmo países com tecnologia de fabricação da ogiva, mas sem desenvolvimento de ICBM não tem.
Caso do Brasil, por exemplo.

Sobre os objetivos da expansão imperialista (mídias, entretenimento, armamentos, tecnologia, eletrônicos) chinesa, é parte da estratégia, e impacta negativamente seus concorrentes nesse setor (de alto valor agregado, diga-se) como os Eua e UE.

Porém, esses últimos tendem a aceitar regimes democráticos, mesmo que com alternância de orientações políticas (que o diga o Brasil que quitou da Alca em 2003 e só voltou a negociar com a Ocde após janeiro de 2019).

No caso de Pequim há uma incógnita, pois o país asiático busca em contrapartida às suas exportações, garantir suprimentos em escala muito maior, como minério e sobretudo, alimentos, e o noroeste argentino e o centro-oeste brasileiro são vitais pra isso.

Não esqueça-se que uma das maiores comercializadoras de cereais argentina está sendo estatizada, e parte do eleitorado lá, só agora está despertando pra o tamanho do imbróglio.

De novo, não seria surpresa o PCC estar patrocinando o foro de SP, nos bastidores de desestabilizações (estudantes, BLM, antifas, por ex.) em países governados pela direita, como no Chile e no Brasil esse ano, e até nos Estados Unidos.
 
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