Joguei no Quest por algumas horas. Ainda estou exausto lol
Joguei beat saber, superhot e eleven table tennis.
Joguei num espaço de uns 12m quadrados.
A surreal a sensação de poder se mover livremente sem se preocupar com um cabo enrolando em você. No começo foi até estranho, pois eu me sentia travado sendo incapaz de me mover livremente. Acho que o meu subconsciente continuava acreditando que havia um cabo me ligando a algo lol
Mas quando eu me soltei mais, foi uma experiência sem igual. Superhot é um game completamente diferente quando vc pode se mover livremente. É incrível como um jogo que vc já jogou consegue ganhar uma nova vida ao ser wireless. Seria um problema se eu fosse jogar novamente num espaço pequeno lol
Beat saber é um game onde ser wireless não muda nada IMO. Digo, é sempre bom não ter um cabo roçando nos seus ombros e costas
Mas é um game bem estático.
O ponto alto da experiência foi poder comprovar que o tracking dos controles é realmente muito bom. Eu realmente não esperava que eles fossem atingir esse nível logo no primeiro modelo standalone.
Mas o grande destaque pra mim foi o eleven table tennis. Parece que foi lançado poucos dias atrás pro Quest. Dei sorte.
Era um game que eu sempre quis muito testar no rift/vive mas nunca tive a chance.
Esse game joguei multi-player, pois tínhamos dois quests disponíveis. Então nem posso comentar sobre a AI.
Cara, o jogo é praticamente o que eu via nos vídeos do Rift/vive. Impressionante o port. A física certamente é a mesma também, pois o game é cross-play com o PC.
Foram quase 3 horas jogando só esse game. Eu não posso comparar com o esporte IRL pq a última vez que eu joguei foi há mais de 10 anos lol
Mas a física me pareceu bem coerente.
Esse é um jogo que também me senti muito confortável por não ter nenhum cabo. Me movimentei indo de um canto ao outro da mesa, me afastando bem dela. É surreal como o tracking não se perdeu, mesmo num espaço tão grande.
Enfim, foi de longe o melhor game (e superhot é muito bom), me diverti horrores.
Agora, vamos aos pontos negativos. O HMD é realmente bem front heavy. Eu mexi bastante no ajuste na minha cabeça pra ver se conseguia algo melhor, mas não deu. Dá pra ver o pq de muitos mods na Internet usando um contra-peso atrás (muitas vezes uma bateria). Mas acho que o quanto isso poderá incomodar vai variar de pessoa pra pessoa, inclusive pelo formato do rosto de cada um.
Não sei se teria sido uma ideia melhor colocar o hardware atrás ou mesmo separado do HMD.
Outro ponto são os 72Hz. Tanto no beat saber quanto no eleven ficou bem nítido pra mim o framerate mais baixo. Mas é compreensível a limitação.
Resolução e fov continuam na mesma: tem que aumentar. Sem dúvida alguma achei a imagem mais bem definida em comparação com o Rift CV1, mas ainda não chegou lá. Quanto ao fov, é difícil comparar assim (até pq faz um bom tempo já que joguei num rift), mas a sensação foi de estarem no mesmo nível. Ou seja, me incomoda bastante.
Depois de um tempo jogando eu paro de pensar nessas coisas (resolução, framerate e fov), mas o incômodo continua lá, em algum lugar rs
O peso é que foi mais difícil de abstrair, pois começa a doer o rosto, principalmente pq eu estava me movimentando pra valer no tennis (e já tinha jogado superhot e beat saber antes), e pra evitar que o HMD se movesse muito nesses movimentos mais bruscos, eu tive que deixá-lo bem firme no rosto.
Enfim, por um lado eu quero comprar agora mesmo o Quest só pra jogar eleven table tennis. Não preciso de mais nada lol
É tão bom poder jogar tênis de mesa e não ter que ficar indo atrás da bolinha kkk
A física realmente pareceu muito boa, assim como os efeitos sonoros são excelentes. O haptic feedback quando vc bate na bola é bem prazeroso, em conjunto com o som da batida. É tão real (ou próximo disso).
Mas quando eu penso no preço e nos aspectos negativos, fica mais claro pra mim que o melhor é provavelmente esperar pela segunda geração (com eye tracking, assim espero rs).
Mas isso eu tô dizendo por mim. Cada um deve testar (caso seja possível) e decidir por si se vale ou não investir já nessa primeira gen.
Por fim, não tem como vr não ter o seu espaço (e um espaço MUITO maior do que tem hoje). Precisamos de mais alguns passos em relação ao hardware, mas mesmo o quest como é hoje já é um pedaço de hardware incrível. Com certeza não dá pra deixar de imaginar os jogos que a nintendo poderia criar com um standalone assim.
Eu só espero que o Zuckerberg continue injetando dinheiro nisso.