Giant Enemy Crab
Wyrd biõ ful ãræd
- Mensagens
- 35.413
- Reações
- 91.704
- Pontos
- 1.353
Ja vou logo informando que é sem fotos, sem nomes verdadeiros, mesmo sendo do outro lado do mundo, e algumas conversas "mais pessoais" não "estarão descritas aqui", pode ficar sem sentido pra alguns. As pessoas envolvidas não tem nem redes sociais. Sim, tem paises no mundo que não foram dominadas pelo facebook e twitter, por mais bizarro que isso possa soar pra alguns.
Enfim, é tão bizarro que a vai ter muito user achando que é mentira de qualquer jeito, ou que eu to inventando desculpas pra mim mesmo.
Não sou a pessoa "mais pegadora" do mundo, passo longe disso, mas as vezes surge uns rolos ai pra "molhar o biscoito" ou pra ter "compania pra passear no parque e cachaçar posteriormente". Normalmente o desenvolver das situações é suave, sem "chegar chocando as pessoas mais despreparadas", mas normalmente eu não ligo pra "Sentimentos ou coisa do genero", a maioria das vezes nem é eu quem da inicio a jornada, embora ja tenha feito algumas vezes (e da ultima antes dessa deu ruim..., faz anos isso).
Enfim, a algum tempo (meses) eu conheci uma menina, chamo de menina porque é uma tampinha que se colocar uniforme de escola se passa facil por estudante, nós nos damos muito bem pelos mesmos gostos, um gosta da compania do outro, do que era só compania de cachaça em grupo acabou evoluindo pra coisa individualista, de direto nós sairmos só nós dois pra ficar conversando sobre nerdices ou filosofias de banheiro, mas.... Ela tem namorado, e como estranhamente atualmente eu não ando tendo tanto problema em achar femea interessada em minha pessoa, eu ja tinha me contentado em ser o "amigay" dela, até porque mesmo se ela não tivesse, e mesmo ela viver elogiando minha pessoa, eu nunca imaginei que eu me encaixava no tipo de pessoa que ela gostaria pra namorar.
Na sexta passada nós saimos junto, em grupo, todo mundo ali se conhece bem, já tem intimidade o suficiente até pra um xingar o outro e todo mundo sair rindo no final. Na hora de ir embora ela e eu pegamos o mesmo trem, pois a residencia de nós dois é perto e eramos os unicos do grupo que mora pra esse lado. Eu ja tava bem abastecido de cerveja (tinha bebido 5 ou 6 copos de 500ML de chopps em menos de 2hs). Quando chegou na estação que era pra ela descer (normalmente eu desço umas 4 pra frente), resolvi descer com ela pois tava tarde e fiquei meio preocupado quanto a integridade fisica dela (sim, Japão não é brasil mas não custava nada além de uma caminhada de 20mins numa rua que eu adoro andar atoa).
Chegando na casa dela, como a conversa tava fluindo de uma forma que visualmente os dois queria continuar, chamei ela pra bater um rango (denovo) em algum lugar, naquele horario só restaurante e bar estaria aberto, imediatamente ela aceitou ja indicando o lugar, um "family restaurant" que tem la perto.
Então, conversa descamba pra conversar sobre sentimentos, em um certo momento quando eu comentei que há coisas que eu sinto por alguém que eu acho melhor pra todo mundo eu ficar quieto, nessa hora ela falou qeu se for coisa boa devia falar se eu achar que a pessoa é digna o suficiente pra entender, e ficou me olhando meio que esperando alguma coisa da minha parte. Na hora fiquei bem tentado de dar um "choque" nela, mas eu tava bebado, não faço nada do genero bebado.
Nesse dia não foi o toco mas deu aquela cutucada na minha inércia quanto esse "problema".
Eu ja tava cozinhando a idéia de fazer a idiotice de botar as cartas na mesa com a moça mesmo sabendo que o toco seria iminente.
Afinal, prefiro tomar um fora do que viver na duvida.
Na segunda anoite eu tinha marcado de sair pra jantar e supostamente beber com 4 molieres do trabalho (antes que pergunte, tem uma delas ali que "estudamos as linguas nativas um do outro as escondidas pois se não for escondido a coisa tem tudo pra dar muito ruim"), tinha outro cueca la junto (o chefe delas). Não sei porque o povo me chama pra esse tipo de coisa, nem trabalho diretamente com esse povo. Mas enfim, no meio da conversa, só uma ali tava se acabando na cachaça, mas pra manter a saude "pra mais tarde" eu não bebi nada.
Então tive que passar o plano pra terça-feira (ontem). De manhã (6 da manhã) eu mandei uma mensagem pra moça perguntando se ela podia me encontrar depois do trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte (nós trabalhamos perto e saimos +- no mesmo horario, normalmente), na hora eu pensei que ela fosse escolher o dia seguinte, por ser japonesa, o que me daria tempo de achar um lugar adequado nas redondezas. Comentei que tinha uma conversa particular e que se possivel não chamar ninguém, comentei que eu acho que ela sabe o que é. Ela deu a hora e o lugar que iamos nos encontrar.
Chegou meia hora antes da hora marcada ela me manda mensagem dizendo que tinha chegado no lugar e ia esperar num canto especifico la. Como era hora "marcada" eu tinha calculado meu trabalho pra acabar +- no tempo de eu poder sair do trabalho, ir la e chegar uns minutos antes do combinado. Enfim, cheguei la, ela visivelmente curiosa quanto a conversa que eu tinha comentado, mas naquela neblina entre nós dois, pois eu não tinha planejado porra nenhuma pois nesse tipo de situação, planejamento só atrapalha.
Nós saimos do lugar que estavamos e fomos pra outro, onde teriamos mais privacidade (estabelecimento alimenticio).
O começo da empreitada foi conversando sobre Pikachu, aonde as pessoas reunem coragem pra viver e fazer as merdas da vida, morar sozinho. Ai do nada, durante as divagações sobre uma pessoa idiota e uma pessoa corajosa, eu perguntei pra ela: "voce lembra quando eu disse que gostava de uma mulher, mas eu não falava nada não por falta de coragem mas porque eu sempre achei que ia dar um final muito ruim pra ambas as partes?"
ela confirmou com a cabeça,
ai falei na lata "pois é.... essa mulher é você".
ela deu uma gaguejada falando que imaginava que era outra pessoa (uma amiga dela la). Falei brincando que eu sou brasileiro e prefiro ir direto ao ponto. Olhei fixamente pra ela e falei "eu ficaria muito feliz se você fosse minha namorada".
Ela começou a repetir a palavra "dificil... muito dificil...." abaixou a cabeça e começou a gesticular pra demonstrar que tava pensando (tem umas pa de japa que é assim, sempre acho uma graça).
Então eu comentei "pode ficar tranquila se a sua resposta for não, aguento na boa issoae".
Ela falou "eu tenho namorado....", eu falei "que da pra terminar...." ela "mas ele é importante....", eu falei "eu sei... e é por isso que eu vim aqui ja preparado para o Bad End, mas claro que eu ficarei feliz se for o good end"...
Ela parou um pouco pra pensar e falou que por me achar uma pessoa gentil, inteligente, ela fica muito feliz em saber disso mas teria que recusar. E foi um blablabla(as falas dela dispararam de um jeito que tava me lembrando musica antiga do Raimundos pela velocidade) de alguns poucos segundos dela me elogiando e agradecendo e pedindo desculpas pelo toco.
Claro que deu aquele baque em mim mesmo ja tendo ido preparado para o pior, eu esperava que a situação fosse dar tão ruim que eu quase nem levei a carteira no dia, normalmente não carrego mais a carteira durante a semana, pois nem esperava que ela daria tempo pra bater um rango juntos.
Mas depois que ela parou o monologo dela eu só sorri e falei brincando "preocupa não que isso ta melhor do que eu esperava".
ela perguntou porque, eu expliquei o que eu tinha imaginado, e fiz um monologo la dando a entender que obviamente eu queria um resultado positivo mas estava bem ciente que as probabilidades estavam muito longe de estarem a meu favor, mas eu preferia um não bem dado na cara do que viver na duvida, até agradeci, brincando, que ela foi bem reta na resposta.
Ai do nada ficou um silencio na mesa, nós dois em silencio, um olhando pro outro, os olhos dela começando a ficar vermelho, sorrindo, eu pegando a batata frita que tava na mesa e comendo e sorrindo sentindo uma mistura de alivio de coice ao mesmo tempo, tava curtindo muito aquele sentimento humano, notando que ela tava meio abalada, perguntei brincando "de boa ai? quem é pra ficar chocado aqui sou eu, não roube meu lugar".
Do nada ela começou a chorar. E depois disso ela chorou por quase 5hs, as vezes parava, normalmente eu buscava o comentarios ou piadas mais infames, normalmente sobre mim mesmo pra tentar animar ela. Ai ela parava de chorar, começava a olhar pra mim fixamente, e voltava a chorar, gastando os paninhos de papel dela tudo (foram ao todo 3 pacotes e metade dos guardanapos da mesa do local).
De começo ela alegava não saber porque tava chorando,
falei brincando que é porque ela é gentil o suficiente pra ficar triste pela desgraça alheia.
Depois de uns "vai e vem de lagrimas" e o pote de batata fritas ja acabado, eu falei que ia pedir mais comida, mais pano e um copo de chá pra ela, falei brincando "quem devia estar sendo consolado agora sou eu" com um sorriso, ai ela tentou engolir o choro. Peguei o menu e fui la no balcão fazer o pedido, dei uma enrolada de propósito pra ver se a guria dava uma relaxada.
Quando voltei, dei o copo de chá pra ela, ela tava bem mais tranquila, comecei a estudar uma maneira de puxar assunto sem fazer aquela bomba de lagrimas voltar a funcionar. Ai ela vendo que eu tava numa situação estranhamente dificil, ela começou a falar.
Falou que ela ja deu toco em outras pessoas e ela nunca ligou, e não sabe ao certo porque esta chorando daquele jeito dessa vez, ela falou que suspeita ter ficado sentida do jeito que tava porque ela queria ver eu feliz, que de todo mundo que ela conhece eu pareço ser a pessoa que mais merece ser feliz, mas a minha reação foi tão sincera e "fria" que pareceu que eu ja to calejado em se foder (o que é uma suspeita bastante verdadeira dela). Comentei que é a vida, parafraseei o Rock Balboa naquele monologo sobre apanhar e ficar em pé(dando os devidos créditos) e ela voltou a chorar.
As vezes ela comentava que eu parecia estar escondendo o sofrimento (o que de todo também não era mentira, afinal, ninguém normal fica de boa depois de um fora de alguém que admira), e voltava a chorar.
Depois ficamos conversando, já que eu tinha aberto as porteiras da sinceridade, a conversa passou a ser uma franqueza que eu sinceramente tava achando bem mais util que consulta com psicologo, normalmente a conversa toda foi regada a lagrimas dela. Fiquei meio preocupado quanto ao estado emocional da moça, acabei acompanhando ela até a casa dela, no caminho até falei brincando "e essa é a provavel ultima vez que lhe acompanho até a sua casa, aproveitar que tenho motivos pra caminhar por aqui, tão bonito esse bairro". Ela quase implorou pra eu não sumir e tentar, na medida do possivel, ainda ser parça dela (sim... ja tava na friendzone e ela só tava tentando manter eu la...).
Em algum momento no "restaurante" ela chegou a oferecer a amiga dela, falei brincando "depois de hoje, se eu saio com uma amiga sua vai ficar uma situação tão bizarra que é melhor não.... outra que hoje voce percebeu que eu sou idiota o suficiente pra fazer as merdas sozinho".
Resumo:
Eu tomo o fora e eu quem tem que consolar quem deu o fora.
Um "macho alpha da OS" provavelmente dirá que eu devia ter ligado o f**a-se e blablabla. Mas não é do meu feitio dar uma de pombo xadrezista, então tentei na medida do possivel cumprir com o que eu tinha falado poucas horas antes, que eu gostava dela, blablabla, então pelo menos até dropar ela na casa dela em segurança, eu preferi "ser homem honrando a própria palavra". Depois que dropasse eu ja tava preparado "pra dar uma sumida" mesmo ela pedindo pra não.
Mas o bizarro foi o que aconteceu no outro dia....
Obviamente eu fiquei preocupado com a choração da moça....
E ela obviamente ficou preocupada comigo (foi ela quem me procurou no outro dia logo cedo).
Como o sentimento de preocupação era reciproco e meu pinto não ia cair se eu retribuir o tempo que ela havia me concedido,
Quando cheguei no local marcado eu começei a ficar tão chocado que sai mais preocupado com o psicologico da guria do que do dia anterior... Fiquei pensando "carai pelo jeito causei uma tela azul nela tão nervoso que precisa de uma restauração de sistema com hotfix".
mas essa, se eu digitar, vai ser só amanhã, pois vou dormir agora.
Enfim, é tão bizarro que a vai ter muito user achando que é mentira de qualquer jeito, ou que eu to inventando desculpas pra mim mesmo.
Não sou a pessoa "mais pegadora" do mundo, passo longe disso, mas as vezes surge uns rolos ai pra "molhar o biscoito" ou pra ter "compania pra passear no parque e cachaçar posteriormente". Normalmente o desenvolver das situações é suave, sem "chegar chocando as pessoas mais despreparadas", mas normalmente eu não ligo pra "Sentimentos ou coisa do genero", a maioria das vezes nem é eu quem da inicio a jornada, embora ja tenha feito algumas vezes (e da ultima antes dessa deu ruim..., faz anos isso).
Enfim, a algum tempo (meses) eu conheci uma menina, chamo de menina porque é uma tampinha que se colocar uniforme de escola se passa facil por estudante, nós nos damos muito bem pelos mesmos gostos, um gosta da compania do outro, do que era só compania de cachaça em grupo acabou evoluindo pra coisa individualista, de direto nós sairmos só nós dois pra ficar conversando sobre nerdices ou filosofias de banheiro, mas.... Ela tem namorado, e como estranhamente atualmente eu não ando tendo tanto problema em achar femea interessada em minha pessoa, eu ja tinha me contentado em ser o "amigay" dela, até porque mesmo se ela não tivesse, e mesmo ela viver elogiando minha pessoa, eu nunca imaginei que eu me encaixava no tipo de pessoa que ela gostaria pra namorar.
Na sexta passada nós saimos junto, em grupo, todo mundo ali se conhece bem, já tem intimidade o suficiente até pra um xingar o outro e todo mundo sair rindo no final. Na hora de ir embora ela e eu pegamos o mesmo trem, pois a residencia de nós dois é perto e eramos os unicos do grupo que mora pra esse lado. Eu ja tava bem abastecido de cerveja (tinha bebido 5 ou 6 copos de 500ML de chopps em menos de 2hs). Quando chegou na estação que era pra ela descer (normalmente eu desço umas 4 pra frente), resolvi descer com ela pois tava tarde e fiquei meio preocupado quanto a integridade fisica dela (sim, Japão não é brasil mas não custava nada além de uma caminhada de 20mins numa rua que eu adoro andar atoa).
Chegando na casa dela, como a conversa tava fluindo de uma forma que visualmente os dois queria continuar, chamei ela pra bater um rango (denovo) em algum lugar, naquele horario só restaurante e bar estaria aberto, imediatamente ela aceitou ja indicando o lugar, um "family restaurant" que tem la perto.
Então, conversa descamba pra conversar sobre sentimentos, em um certo momento quando eu comentei que há coisas que eu sinto por alguém que eu acho melhor pra todo mundo eu ficar quieto, nessa hora ela falou qeu se for coisa boa devia falar se eu achar que a pessoa é digna o suficiente pra entender, e ficou me olhando meio que esperando alguma coisa da minha parte. Na hora fiquei bem tentado de dar um "choque" nela, mas eu tava bebado, não faço nada do genero bebado.
Nesse dia não foi o toco mas deu aquela cutucada na minha inércia quanto esse "problema".
Eu ja tava cozinhando a idéia de fazer a idiotice de botar as cartas na mesa com a moça mesmo sabendo que o toco seria iminente.
Afinal, prefiro tomar um fora do que viver na duvida.
Na segunda anoite eu tinha marcado de sair pra jantar e supostamente beber com 4 molieres do trabalho (antes que pergunte, tem uma delas ali que "estudamos as linguas nativas um do outro as escondidas pois se não for escondido a coisa tem tudo pra dar muito ruim"), tinha outro cueca la junto (o chefe delas). Não sei porque o povo me chama pra esse tipo de coisa, nem trabalho diretamente com esse povo. Mas enfim, no meio da conversa, só uma ali tava se acabando na cachaça, mas pra manter a saude "pra mais tarde" eu não bebi nada.
Então tive que passar o plano pra terça-feira (ontem). De manhã (6 da manhã) eu mandei uma mensagem pra moça perguntando se ela podia me encontrar depois do trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte (nós trabalhamos perto e saimos +- no mesmo horario, normalmente), na hora eu pensei que ela fosse escolher o dia seguinte, por ser japonesa, o que me daria tempo de achar um lugar adequado nas redondezas. Comentei que tinha uma conversa particular e que se possivel não chamar ninguém, comentei que eu acho que ela sabe o que é. Ela deu a hora e o lugar que iamos nos encontrar.
Chegou meia hora antes da hora marcada ela me manda mensagem dizendo que tinha chegado no lugar e ia esperar num canto especifico la. Como era hora "marcada" eu tinha calculado meu trabalho pra acabar +- no tempo de eu poder sair do trabalho, ir la e chegar uns minutos antes do combinado. Enfim, cheguei la, ela visivelmente curiosa quanto a conversa que eu tinha comentado, mas naquela neblina entre nós dois, pois eu não tinha planejado porra nenhuma pois nesse tipo de situação, planejamento só atrapalha.
Nós saimos do lugar que estavamos e fomos pra outro, onde teriamos mais privacidade (estabelecimento alimenticio).
O começo da empreitada foi conversando sobre Pikachu, aonde as pessoas reunem coragem pra viver e fazer as merdas da vida, morar sozinho. Ai do nada, durante as divagações sobre uma pessoa idiota e uma pessoa corajosa, eu perguntei pra ela: "voce lembra quando eu disse que gostava de uma mulher, mas eu não falava nada não por falta de coragem mas porque eu sempre achei que ia dar um final muito ruim pra ambas as partes?"
ela confirmou com a cabeça,
ai falei na lata "pois é.... essa mulher é você".
ela deu uma gaguejada falando que imaginava que era outra pessoa (uma amiga dela la). Falei brincando que eu sou brasileiro e prefiro ir direto ao ponto. Olhei fixamente pra ela e falei "eu ficaria muito feliz se você fosse minha namorada".
Ela começou a repetir a palavra "dificil... muito dificil...." abaixou a cabeça e começou a gesticular pra demonstrar que tava pensando (tem umas pa de japa que é assim, sempre acho uma graça).
Então eu comentei "pode ficar tranquila se a sua resposta for não, aguento na boa issoae".
Ela falou "eu tenho namorado....", eu falei "que da pra terminar...." ela "mas ele é importante....", eu falei "eu sei... e é por isso que eu vim aqui ja preparado para o Bad End, mas claro que eu ficarei feliz se for o good end"...
Ela parou um pouco pra pensar e falou que por me achar uma pessoa gentil, inteligente, ela fica muito feliz em saber disso mas teria que recusar. E foi um blablabla(as falas dela dispararam de um jeito que tava me lembrando musica antiga do Raimundos pela velocidade) de alguns poucos segundos dela me elogiando e agradecendo e pedindo desculpas pelo toco.
Claro que deu aquele baque em mim mesmo ja tendo ido preparado para o pior, eu esperava que a situação fosse dar tão ruim que eu quase nem levei a carteira no dia, normalmente não carrego mais a carteira durante a semana, pois nem esperava que ela daria tempo pra bater um rango juntos.
Mas depois que ela parou o monologo dela eu só sorri e falei brincando "preocupa não que isso ta melhor do que eu esperava".
ela perguntou porque, eu expliquei o que eu tinha imaginado, e fiz um monologo la dando a entender que obviamente eu queria um resultado positivo mas estava bem ciente que as probabilidades estavam muito longe de estarem a meu favor, mas eu preferia um não bem dado na cara do que viver na duvida, até agradeci, brincando, que ela foi bem reta na resposta.
Ai do nada ficou um silencio na mesa, nós dois em silencio, um olhando pro outro, os olhos dela começando a ficar vermelho, sorrindo, eu pegando a batata frita que tava na mesa e comendo e sorrindo sentindo uma mistura de alivio de coice ao mesmo tempo, tava curtindo muito aquele sentimento humano, notando que ela tava meio abalada, perguntei brincando "de boa ai? quem é pra ficar chocado aqui sou eu, não roube meu lugar".
Do nada ela começou a chorar. E depois disso ela chorou por quase 5hs, as vezes parava, normalmente eu buscava o comentarios ou piadas mais infames, normalmente sobre mim mesmo pra tentar animar ela. Ai ela parava de chorar, começava a olhar pra mim fixamente, e voltava a chorar, gastando os paninhos de papel dela tudo (foram ao todo 3 pacotes e metade dos guardanapos da mesa do local).
De começo ela alegava não saber porque tava chorando,
falei brincando que é porque ela é gentil o suficiente pra ficar triste pela desgraça alheia.
Depois de uns "vai e vem de lagrimas" e o pote de batata fritas ja acabado, eu falei que ia pedir mais comida, mais pano e um copo de chá pra ela, falei brincando "quem devia estar sendo consolado agora sou eu" com um sorriso, ai ela tentou engolir o choro. Peguei o menu e fui la no balcão fazer o pedido, dei uma enrolada de propósito pra ver se a guria dava uma relaxada.
Quando voltei, dei o copo de chá pra ela, ela tava bem mais tranquila, comecei a estudar uma maneira de puxar assunto sem fazer aquela bomba de lagrimas voltar a funcionar. Ai ela vendo que eu tava numa situação estranhamente dificil, ela começou a falar.
Falou que ela ja deu toco em outras pessoas e ela nunca ligou, e não sabe ao certo porque esta chorando daquele jeito dessa vez, ela falou que suspeita ter ficado sentida do jeito que tava porque ela queria ver eu feliz, que de todo mundo que ela conhece eu pareço ser a pessoa que mais merece ser feliz, mas a minha reação foi tão sincera e "fria" que pareceu que eu ja to calejado em se foder (o que é uma suspeita bastante verdadeira dela). Comentei que é a vida, parafraseei o Rock Balboa naquele monologo sobre apanhar e ficar em pé(dando os devidos créditos) e ela voltou a chorar.
As vezes ela comentava que eu parecia estar escondendo o sofrimento (o que de todo também não era mentira, afinal, ninguém normal fica de boa depois de um fora de alguém que admira), e voltava a chorar.
Depois ficamos conversando, já que eu tinha aberto as porteiras da sinceridade, a conversa passou a ser uma franqueza que eu sinceramente tava achando bem mais util que consulta com psicologo, normalmente a conversa toda foi regada a lagrimas dela. Fiquei meio preocupado quanto ao estado emocional da moça, acabei acompanhando ela até a casa dela, no caminho até falei brincando "e essa é a provavel ultima vez que lhe acompanho até a sua casa, aproveitar que tenho motivos pra caminhar por aqui, tão bonito esse bairro". Ela quase implorou pra eu não sumir e tentar, na medida do possivel, ainda ser parça dela (sim... ja tava na friendzone e ela só tava tentando manter eu la...).
Em algum momento no "restaurante" ela chegou a oferecer a amiga dela, falei brincando "depois de hoje, se eu saio com uma amiga sua vai ficar uma situação tão bizarra que é melhor não.... outra que hoje voce percebeu que eu sou idiota o suficiente pra fazer as merdas sozinho".
Resumo:
Eu tomo o fora e eu quem tem que consolar quem deu o fora.
Um "macho alpha da OS" provavelmente dirá que eu devia ter ligado o f**a-se e blablabla. Mas não é do meu feitio dar uma de pombo xadrezista, então tentei na medida do possivel cumprir com o que eu tinha falado poucas horas antes, que eu gostava dela, blablabla, então pelo menos até dropar ela na casa dela em segurança, eu preferi "ser homem honrando a própria palavra". Depois que dropasse eu ja tava preparado "pra dar uma sumida" mesmo ela pedindo pra não.
Mas o bizarro foi o que aconteceu no outro dia....
Obviamente eu fiquei preocupado com a choração da moça....
E ela obviamente ficou preocupada comigo (foi ela quem me procurou no outro dia logo cedo).
Como o sentimento de preocupação era reciproco e meu pinto não ia cair se eu retribuir o tempo que ela havia me concedido,
Quando cheguei no local marcado eu começei a ficar tão chocado que sai mais preocupado com o psicologico da guria do que do dia anterior... Fiquei pensando "carai pelo jeito causei uma tela azul nela tão nervoso que precisa de uma restauração de sistema com hotfix".
mas essa, se eu digitar, vai ser só amanhã, pois vou dormir agora.