Karazul
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Retrato do artista quando jovem - James Joyce - Nota 10/10
Nas minhas pesquisas para a leitura do Graça Infinita do David Foster Wallace, acabei sendo encontrado por este livro do Mestre James Joyce. Livro que serviu de inspiração para o autor americano em razão de sua estrutura e composição de linguagem. Joyce cria sua obra como romance de formação, em alemão o famigerado Bildungsroman, estrutura em que o personagem vai se desenvolvendo ao longo do romance, mas diferentemente dos outros livros do tipo, como Vermelho e o Negro, por exemplo, a linguagem usada no romance também vai se desenvolvendo. A linguagem de Stephen Dedalus - personagem principal e alterego do Joyce - muda ao longo do livro, começando na expressão de um bebe, depois na de um jovem idiota, para terminar na de um filosofo rs. A linguagem usada na parte final do livro, quando o personagem está na Universidade, é praticamente como de um tratado filosófico, complexa, densa, difícil, mas intrigante. Li o primeiro capítulo de Ulysses e a parte final do Retrato é mais complicada para se ter ideia.
Além disso, Joyce mostra o desenvolvimento espiritual do personagem, ou dele próprio, e posso dizer que é absurdamente foda. As partes da confissão e da descrição do inferno são sensacionais. Claramente inspiradas em Dante, Blake e em Irmãos Karamazov.
A partir da técnica de fluxo de consciência, o Joyce coloca o leitor dentro dos pensamentos do personagem e tudo fica caótico, bizarro e doentio. A impressão que dá é que o Joyce sempre queria ir além de tudo o que já foi feito e o cara é bastante foda, conseguiu. Recomendo fortemente.
Nas minhas pesquisas para a leitura do Graça Infinita do David Foster Wallace, acabei sendo encontrado por este livro do Mestre James Joyce. Livro que serviu de inspiração para o autor americano em razão de sua estrutura e composição de linguagem. Joyce cria sua obra como romance de formação, em alemão o famigerado Bildungsroman, estrutura em que o personagem vai se desenvolvendo ao longo do romance, mas diferentemente dos outros livros do tipo, como Vermelho e o Negro, por exemplo, a linguagem usada no romance também vai se desenvolvendo. A linguagem de Stephen Dedalus - personagem principal e alterego do Joyce - muda ao longo do livro, começando na expressão de um bebe, depois na de um jovem idiota, para terminar na de um filosofo rs. A linguagem usada na parte final do livro, quando o personagem está na Universidade, é praticamente como de um tratado filosófico, complexa, densa, difícil, mas intrigante. Li o primeiro capítulo de Ulysses e a parte final do Retrato é mais complicada para se ter ideia.
Além disso, Joyce mostra o desenvolvimento espiritual do personagem, ou dele próprio, e posso dizer que é absurdamente foda. As partes da confissão e da descrição do inferno são sensacionais. Claramente inspiradas em Dante, Blake e em Irmãos Karamazov.
A partir da técnica de fluxo de consciência, o Joyce coloca o leitor dentro dos pensamentos do personagem e tudo fica caótico, bizarro e doentio. A impressão que dá é que o Joyce sempre queria ir além de tudo o que já foi feito e o cara é bastante foda, conseguiu. Recomendo fortemente.
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