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Os doidinhos de Toronto

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Quando cheguei em Toronto me surpreendi com a quantidade de gente doida nas ruas. Já vi de tudo um pouco aqui. Gente xingando o ar, gente mandando a polícia se foder (sem polícia perto), gente gargalhando sozinha, gente com pijama sujo de dinossauro, minha esposa viu uma mulher drogadassa trocando de roupa em público pq tava com "calor". A maioria do povo só ignora ou sai de perto e eu nunca vi esse pessoal ficar violento contra alguém, apesar de já ter lido e escutado diversos relatos.

Enfim, recentemente interagi pela primeira vez com um desses doidinhos e hoje aconteceu de novo (apesar de que o segundo não era só doido, tinha droga envolvida).

Primeiro Caso

Na primeira vez foi também a primeira vez que precisei ligar pro 911. Peguei carona saindo do serviço num domingo pela manhã e desci na estação pra pegar o metrô (Yonge e Lawrence, pra quem conhece). Indo rumo à estação, uma mulher visivelmente alterada me pede ajuda, pede pra eu ligar pro 911 que ela precisa de uma ambulância. Ela tinha um cachorrinho branco sem coleira, todo bonzinho. A mulher com um inglês perfeito, provavelmente era nativa mas filha de imigrantes. Acho que tinha ascendência indiana, até pelo nome confuso que nem me lembro mais.

Quando ela me pediu pra chamar a ambulância, eu já perguntei: "O que tem de errado com você". Eis que ela me responde que está passando mal e acha que vai desmaiar. Eu mandei ela sentar e liguei pro 911. Quando atenderam eu já mandei o endereço de onde eu estava, lembrando dos ensinamentos da minha esposa que ela adquiriu vendo videos de youtube, de sempre falar o endereço no começo, caso vc não consiga terminar a mensagem xD.

Daí a mulher que atendeu o telefone: "Senhor, antes preciso saber qual a emergência: polícia, ambulância ou bombeiros". Quando ela me passou pro pessoal da ambulância, eles começaram a me fazer uma série de perguntas pra entender a situação. Desde "qual o seu relacionamento com essa pessoa" até se ela estava drogada. Eu disse que achava que estava e me perguntaram pq eu achava isso lol. Eu fiquei de intermediário pra maioria das perguntas. Eles me perguntavam e eu perguntava pra ela. Ela respondia e eu passava a resposta.

A moça mal ficava em pé direito, parecia a mulher do atividade paranormal de noite, balançando pra frente e pra trás. Demorava a me responder e parecia chapada. Toda vez que ela levantava eu falava pra sentar no chão de novo. Um monte de perguntas depois, começaram a me fazer as perguntas certas. "Ela tem diagnóstico de doença mental?" Sim! Transtorno bipolar. A coitada estava tendo um surto. Perguntaram se ela tinha usado drogas no dia, e ela disse que não.

No fim, me perguntaram se ela era violenta e se estava armada. Foi aí que me toquei do tamanho da m**** que isso podia ter virado xD Apesar dela não parecer violenta hora nenhuma, bati o olho na cintura e não vi nada, felizmente.

Com a situação definida, mulher com histórico de doença mental tendo um surto e passando mal, falaram que iam mandar a ambulância e pra eu esperar ela chegar. Pensei: me fodi, vou ficar meia hora aqui. Em menos de um minuto a ambulância para do meu lado. É sério. Não é exagero nem hipérbole. Menos de um fucking minuto. Desce uma mulher, coloca um face shield e se aproxima pra conversar. Eu pergunto se posso ir e, com a afirmativa, viro e vazo. Infelizmente eu ouvi a para-médica falando pra moça como se falasse pra uma criança: "mas você não pode levar um cachorro pro hospital".

Me partiu o coração não saber o que virou do cachorro. Mas se ele ficou pra trás, tenho certeza que alguém pegou, pq era bonitinho, dócil e bem cuidado.

Segundo Caso

Esse aconteceu hoje. Fiquei desconfiadíssimo e não tenho certeza se agi certo até agora. Acho que dei bobeira, pq podia ter me dado m****, apesar de ter corrido tudo bem.

Noite de folga do serviço e eu em casa, acessando a outer, procurando outro emprego e pá. Bateu cinco da manhã e o Tim Hortons (cafeteria) de perto da minha casa abriu. Pedi pelo app e fui lá pegar. Como minha irmã que tá no Br já devia estar acordada, liguei pra ela por vídeo no whatsapp e falava com ela enquanto andava pro café. Quando passei num ponto de ônibus, um velho começa a gritar comigo: "fuck off! get the fuck out!" eu virei pra ver o que era e o bicho tava com um cachimbo de crack fumando no ponto. Só continuei andando e pensei: "na volta, vou pelo outro lado da rua".

Cheguei, peguei o que pedi e vazei. Na saída, me vem o doidinho mancando, andando devagar pra cacete e pede pra eu esperar. Eu notei que o cara tava de boa e esperei ele chegar mais perto, mas não demais. Ele me pediu desculpas por ter gritado comigo agorinha. Eu disse que tava tudo bem e ele perguntou se eu fumava. Eu disse que não e ele perguntou se eu podia comprar um café da manhã pra ele. Com a minha resposta afirmativa, o folgado perguntou se eu podia comprar um maço de cigarros tbm. A princípio eu falei que sim, mas depois perguntei quanto era e ele me disse que uns dez dólares. Daí falei que não rolava não pq eu não podia gastar isso. Falei que o café da manhã eu dava e fomos pro Tim Hortons no passo de tartaruga dele.

Eu perguntei se ele gostava de wrap, que era o que eu tinha comprado. Ia dar os dois pra ele e comprar outros pra mim, mas ele disse que queria ver o que tinha lá. Folgado pacas, mas eu achei graça. Ele quis saber se podia ser um combo e eu disse que sim.

No caminho eu perguntei se ele tinha torcido o pé e ele me disse que é gota bolha. Disse tbm que não dormiu nada de noite, pq ficou andando de ônibus a noite toda (algo bem comum aqui com moradores de rua, principalmente no inverno, já que os ônibus tem aquecimento). Ele perguntou de onde meu sotaque era e quando eu falei que eu era brasileiro ele fez uma cara de surpresa e me perguntou se eu gostava de Rock. O estilo musical, não crack. Eu disse que gostava e ele perguntou se eu conhecia o Sepultura (!) e começou a cantar um trecho do que acho ser uma música deles. Perguntou se eu conhecia o Cavalera (?) e eu disse que não. huahuahauauha

Chegando lá, ele disse que queria um sanduíche da propaganda na televisão (aquelas de fastfood que fica passando o menu). Acho que é o mais completo que tem lá. Eu falei pra moça do caixa qual que era e ele pediu extra bacon ._. Pelo menos no meu eu tinha pedido bacon extra tbm, se não ia ficar bravo de pagar isso pro mendigo e ter pão durado pra mim ahuauhauhahuhua. Ela sacando que eu tava pagando a comida do mendigo, me olhou e eu fiz que sim com a cabeça pro bacon do cara. Daí ele falou que queria café junto e a moça olhou pra mim e disse que a gente tinha pedido só o sanduíche. Eu falei que era pra fazer o combo pro cara, eis que ele pede um café extra-large. Nisso tudo ela olhando pra mim pra conferir se eu deixava. Eu nem sabia que tinham desse tamanho lá xD. Pediu com 4 creams e 8 sweeteners. Uma bomba. Ganhou uns hashbrowns ainda. Deu 9 dólares. Eu paguei e falei "falou, bicho". Ele perguntou todo tristinho se eu não ia esperar. Eu disse que não podia, tava correndo.

Em resumo, um senhor dos seus 50 anos, fumador de crack ou algo do tipo, conhece Sepultura e sabe que é brasileira, tá aí morando na rua e mendigando comida. Como disse, fiquei bem desconfiado no começo, mas deu dó da situação do cara.

Fim

Nessas horas eu me acho meio bobo de só não tocar o f**a-se e sair andando numa situação dessas.

O tópico é isso aí, só queria compartilhar esses dois fatos com quem se interessar. Nego fica querendo saber como é morar fora: não são só flores haha
Se tiverem relatos de mendigo, doidos e panz, compartilhem com a galera uhauahhuahua

EDIT: gota não, bolha.

EDIT 2: me desculpem o estilo chato de escrita. Não tenho dom pra escrever literatura hahuahauhauha
 
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Brets

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Enfim, recentemente interagi pela primeira vez com um desses doidinhos e hoje aconteceu de novo (apesar de que o segundo não era só doido, tinha droga envolvida).

Primeiro Caso

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Quando ela me pediu pra chamar a ambulância, eu já perguntei: "O que tem de errado com você". Eis que ela me responde que está passando mal e acha que vai desmaiar. Eu mandei ela sentar e liguei pro 911. Quando atenderam eu já mandei o endereço de onde eu estava, lembrando dos ensinamentos da minha esposa que ela adquiriu vendo videos de youtube, de sempre falar o endereço no começo, caso vc não consiga terminar a mensagem xD.

Daí a mulher que atendeu o telefone: "Senhor, antes preciso saber qual a emergência: polícia, ambulância ou bombeiros". Quando ela me passou pro pessoal da ambulância, eles começaram a me fazer uma série de perguntas pra entender a situação. Desde "qual o seu relacionamento com essa pessoa" até se ela estava drogada. Eu disse que achava que estava e me perguntaram pq eu achava isso lol. Eu fiquei de intermediário pra maioria das perguntas. Eles me perguntavam e eu perguntava pra ela. Ela respondia e eu passava a resposta.

A moça mal ficava em pé direito, parecia a mulher do atividade paranormal de noite, balançando pra frente e pra trás. Demorava a me responder e parecia chapada. Toda vez que ela levantava eu falava pra sentar no chão de novo. Um monte de perguntas depois, começaram a me fazer as perguntas certas. "Ela tem diagnóstico de doença mental?" Sim! Transtorno bipolar. A coitada estava tendo um surto. Perguntaram se ela tinha usado drogas no dia, e ela disse que não.

No fim, me perguntaram se ela era violenta e se estava armada. Foi aí que me toquei do tamanho da m**** que isso podia ter virado xD Apesar dela não parecer violenta hora nenhuma, bati o olho na cintura e não vi nada, felizmente.

Com a situação definida, mulher com histórico de doença mental tendo um surto e passando mal, falaram que iam mandar a ambulância e pra eu esperar ela chegar. Pensei: me fodi, vou ficar meia hora aqui. Em menos de um minuto a ambulância para do meu lado. É sério. Não é exagero nem hipérbole. Menos de um fucking minuto. Desce uma mulher, coloca um face shield e se aproxima pra conversar. Eu pergunto se posso ir e, com a afirmativa, viro e vazo. Infelizmente eu ouvi a para-médica falando pra moça como se falasse pra uma criança: "mas você não pode levar um cachorro pro hospital".

Me partiu o coração não saber o que virou do cachorro. Mas se ele ficou pra trás, tenho certeza que alguém pegou, pq era bonitinho, dócil e bem cuidado.

Segundo Caso

Esse aconteceu hoje. Fiquei desconfiadíssimo e não tenho certeza se agi certo até agora. Acho que dei bobeira, pq podia ter me dado m****, apesar de ter corrido tudo bem.

Noite de folga do serviço e eu em casa, acessando a outer, procurando outro emprego e pá. Bateu cinco da manhã e o Tim Hortons (cafeteria) de perto da minha casa abriu. Pedi pelo app e fui lá pegar. Como minha irmã que tá no Br já devia estar acordada, liguei pra ela por vídeo no whatsapp e falava com ela enquanto andava pro café. Quando passei num ponto de ônibus, um velho começa a gritar comigo: "fuck off! get the fuck out!" eu virei pra ver o que era e o bicho tava com um cachimbo de crack fumando no ponto. Só continuei andando e pensei: "na volta, vou pelo outro lado da rua".

Cheguei, peguei o que pedi e vazei. Na saída, me vem o doidinho mancando, andando devagar pra cacete e pede pra eu esperar. Eu notei que o cara tava de boa e esperei ele chegar mais perto, mas não demais. Ele me pediu desculpas por ter gritado comigo agorinha. Eu disse que tava tudo bem e ele perguntou se eu fumava. Eu disse que não e ele perguntou se eu podia comprar um café da manhã pra ele. Com a minha resposta afirmativa, o folgado perguntou se eu podia comprar um maço de cigarros tbm. A princípio eu falei que sim, mas depois perguntei quanto era e ele me disse que uns dez dólares. Daí falei que não rolava não pq eu não podia gastar isso. Falei que o café da manhã eu dava e fomos pro Tim Hortons no passo de tartaruga dele.

Eu perguntei se ele gostava de wrap, que era o que eu tinha comprado. Ia dar os dois pra ele e comprar outros pra mim, mas ele disse que queria ver o que tinha lá. Folgado pacas, mas eu achei graça. Ele quis saber se podia ser um combo e eu disse que sim.

No caminho eu perguntei se ele tinha torcido o pé e ele me disse que é gota. Disse tbm que não dormiu nada de noite, pq ficou andando de ônibus a noite toda (algo bem comum aqui com moradores de rua, principalmente no inverno, já que os ônibus tem aquecimento). Ele perguntou de onde meu sotaque era e quando eu falei que eu era brasileiro ele fez uma cara de surpresa e me perguntou se eu gostava de Rock. O estilo musical, não crack. Eu disse que gostava e ele perguntou se eu conhecia o Sepultura (!) e começou a cantar um trecho do que acho ser uma música deles. Perguntou se eu conhecia o Cavalera (?) e eu disse que não. huahuahauauha

Chegando lá, ele disse que queria um sanduíche da propaganda na televisão (aquelas de fastfood que fica passando o menu). Acho que é o mais completo que tem lá. Eu falei pra moça do caixa qual que era e ele pediu extra bacon ._. Pelo menos no meu eu tinha pedido bacon extra tbm, se não ia ficar bravo de pagar isso pro mendigo e ter pão durado pra mim ahuauhauhahuhua. Ela sacando que eu tava pagando a comida do mendigo, me olhou e eu fiz que sim com a cabeça pro bacon do cara. Daí ele falou que queria café junto e a moça olhou pra mim e disse que a gente tinha pedido só o sanduíche. Eu falei que era pra fazer o combo pro cara, eis que ele pede um café extra-large. Nisso tudo ela olhando pra mim pra conferir se eu deixava. Eu nem sabia que tinham desse tamanho lá xD. Pediu com 4 creams e 8 sweeteners. Uma bomba. Ganhou uns hashbrowns ainda. Deu 9 dólares. Eu paguei e falei "falou, bicho". Ele perguntou todo tristinho se eu não ia esperar. Eu disse que não podia, tava correndo.

Em resumo, um senhor dos seus 50 anos, fumador de crack ou algo do tipo, conhece Sepultura e sabe que é brasileira, tá aí morando na rua e mendigando comida. Como disse, fiquei bem desconfiado no começo, mas deu dó da situação do cara.

Fim

Nessas horas eu me acho meio bobo de só não tocar o f**a-se e sair andando numa situação dessas.

O tópico é isso aí, só queria compartilhar esses dois fatos com quem se interessar. Nego fica querendo saber como é morar fora: não são só flores haha
Se tiverem relatos de mendigo, doidos e panz, compartilhem com a galera uhauahhuahua

Gostei demais do relato, ainda não tive o prazer de viajar para o exterior, mas ainda terei minha chance.
 

Ex-peão louco

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Gostei demais do relato, ainda não tive o prazer de viajar para o exterior, mas ainda terei minha chance.

É uma experiência muito diferente. Se vê gente do mundo todo em uma cidade cosmopolita assim. Acho que o que menos vejo é canadense onde moro hoje. Filipinos, Chineses, Coreanos e Iranianos é o que mais tem no meu bairro. Tô olhando pra mudar mais pro centro, lá vai mudar um pouco a demografia, mas não sei ainda como é.
 

Brets

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É uma experiência muito diferente. Se vê gente do mundo todo em uma cidade cosmopolita assim. Acho que o que menos vejo é canadense onde moro hoje. Filipinos, Chineses, Coreanos e Iranianos é o que mais tem no meu bairro. Tô olhando pra mudar mais pro centro, lá vai mudar um pouco a demografia, mas não sei ainda como é.

Vale a pena economicamente ainda? visto que Canadá viu oásis de estrangeiros ?
 

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Vale a pena economicamente ainda? visto que Canadá viu oásis de estrangeiros ?

Diz pra turismo? Eu diria que sim, esse tanto de gente diferente enriquece o lugar. Acho que no futuro tem risco de virar uma m****, mas não hoje.

Agora se diz morar mais pro centro, agora que tá valendo. Os preços caíram muito por causa do tanto de imigrante que teve que voltar e do tanto de gente que perdeu emprego e tal.
 

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Cara, tua é uma boa alma. Eu não tenho essa segurança de interagir muito com mendigos, sempre tô com um pé e meio atrás.
Legal seus relatos.

No Brasil eu tbm não tinha coragem. Morria de medo. Aqui eu relaxei um pouco, sei lá.
E esses dois não estavam agressivos, então meio que tudo bem. Mas eu fico pensando que não devia ter ajudado esse último.
 

Brets

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Diz pra turismo? Eu diria que sim, esse tanto de gente diferente enriquece o lugar. Acho que no futuro tem risco de virar uma m****, mas não hoje.

Agora se diz morar mais pro centro, agora que tá valendo. Os preços caíram muito por causa do tanto de imigrante que teve que voltar e do tanto de gente que perdeu emprego e tal.
Seria moradia e emprego mesmo, sei que Canada e austrália estão em alta, para mudanças de vida.
 

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Seria moradia e emprego mesmo, sei que Canada e austrália estão em alta, para mudanças de vida.

Cara, ainda são (e vão continuar sendo por um bom tempo mesmo que caguem em tudo) países de primeiro mundo.
Morada aqui nas capitais, é cara. Emprego paga bem, mas o teto não é tão alto quanto nos EUA.
 

Brets

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Cara, ainda são (e vão continuar sendo por um bom tempo mesmo que caguem em tudo) países de primeiro mundo.
Morada aqui nas capitais, é cara. Emprego paga bem, mas o teto não é tão alto quanto nos EUA.
Posta mais experiências do dia a dia, coisas corriqueiras.
 

Ex-peão louco

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Posta mais experiências do dia a dia, coisas corriqueiras.

Vou pensar em mais coisas pra postar. Agora a vida tá meio parada, né. Tudo fechado.
Quando lembrar de algo faço outro tópico no vale-tudo, pq esse foi movido e vai morrer aqui.
 

Genezy!

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Duolks

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Acho que o fato de eles estarem soltos tem a ver com isso.
Dizem ser mais humano não institucionalizar gente doida, eu tenho minhas dúvidas.

Foi um rolo que teve anos atrás onde o governo deu uma gigantesca inviabilizada em internação em hospital psiquiátricos sem ser pagando uma fortuna (mais ou menos pela idiotice que vc comentou), ai as pessoas para não terem que aguentar os loucos dentro de casa o dia inteiro "empurram" eles para ir para a rua, nem que seja para ficarem rodando o dia todo e voltarem a noite...

Inclusive tinha uma época que no metrô se tinha o costume de ficar encostado nas paredes pq tinha muito louco ficando nas plataformas e as pessoas tinham medo de serem empurradas, foi um dos primeiros conselhos que um conhecido meu que tinha imigrado recebeu de colegas no trampo.
 

Goris

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Dado Dolabella feelings.

Vai reencontrar a maluca, vai se tornar melhor amiga dele. Vão se juntar para encontrar o cachorro perdido, um ano depois encontram e diz "Vou lá com lá pegar o cachorinho" e some.

Tsc, conheco esse truque.
 

overoad

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No Brasil eu tbm não tinha coragem. Morria de medo. Aqui eu relaxei um pouco, sei lá.
E esses dois não estavam agressivos, então meio que tudo bem. Mas eu fico pensando que não devia ter ajudado esse último.
Acho que foi válido ajudar. Não foi dinheiro vivo que ele poderia usar pra drogas. Foi alimento mesmo, e ele ainda perguntou se não ia ficar com ele, ou seja, conferir que ele não ia tentar vender pra comprar droga.

Mesmo que ele fosse folgado, pelo que entendi ele tem problemas mentais, provavelmente causados ou potencializados pelas drogas.

Tu fez uma boa ação, alimentou uma pessoa com fome. Fez o correto. Fez o que é humano.
 

Night Sky

Bam-bam-bam
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Teve um pastor da igreja que eu frequentava que contou de uma vez que ele estava na padaria tomando um café e entrou um mendigo que pediu para ele pagar um café, mas ele respondeu "não" bem ríspido e o mendigo foi embora.

Com isso esse pastor não se sentiu bem por ter agido assim e saiu da padaria para ver se ainda avistava o mendigo, mas não viu ninguém, ainda olhou em uma rua e depois em outra, mas não conseguiu encontrar. Acabou voltando à padaria para terminar o café, mas ficou triste por ter agido dessa forma.

Sobre o tópico, acho válido ter ajudado, ainda mais alguém que você viu que estava realmente precisando.
 

Illidan

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Eu estive lá em 2013, um mês.
put* lugar maravilhoso. Nesse tempo nunca presenciei nada disso. Isso que andei muito pela cidade.
Se essa porra degringolou dessa forma em tão pouco tempo, é muito triste. Era um dos lugares que me mudaria fácil.

Por acaso seria políticas esquerdistas dos prefeitos de dai ? Acertei né ?
 
D

Deleted member 219486

Eu estive lá em 2013, um mês.
put* lugar maravilhoso. Nesse tempo nunca presenciei nada disso. Isso que andei muito pela cidade.
Se essa porra degringolou dessa forma em tão pouco tempo, é muito triste. Era um dos lugares que me mudaria fácil.

Por acaso seria políticas esquerdistas dos prefeitos de dai ? Acertei né ?


Cara, é a imigração desenfreada. De um jeito ou de outro ela tem seus problemas, tem pessoas que não conseguem emprego e as que conseguem acabam ocupando a vaga de alguém nativo do país.
 

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Mais um caso hoje. Esse eu não tive interação e nem um desfecho mórbido, já adianto. Estava no ônibus a caminho da estação de metrô e sobe um doido. Ele não causa problema a ninguém. Senta e pronto.

Descalço de um pé e só com uma meia no outro, todo sujo e com roupas descombinadas e rasgadas, é fácil ver que é doido.

Na estação, perdi o trem por poucos segundos. Fico aguardando o próximo quando o vejo dançando freneticamente de longe. Rodopiando sobre uma perna só, enquanto a outra levanta e bate no chão.

Ouvi umas vozes alteradas e tirei o fone pra tentar distinguir o que era. Como não vi nada, vou pro outro lado da plataforma e vejo um "policial" do transporte perto do cara, os dois já do outro lado. A dança estava diferente, ele só batia cabeça parado no mesmo lugar. O puliça tava meio alterado.

Nisso, começa a vir o trem, o puliça vira e começa a fazer gestos pra diminuir a velocidade na chegada e aponta discretamente pro doidinho. Ele obviamente tava com medo dele pular ou cair nos trilhos.

O trem freia tanto que para antes de ficar completamente na plataforma, depois acelera um pouco até se ajustar e foi isso.

O que me surpreendeu nesse caso foi que eu fiquei morbidamente encarando o doido na curiosidade caso ele pulasse. Sei lá haha

Eu estive lá em 2013, um mês.
put* lugar maravilhoso. Nesse tempo nunca presenciei nada disso. Isso que andei muito pela cidade.
Se essa porra degringolou dessa forma em tão pouco tempo, é muito triste. Era um dos lugares que me mudaria fácil.

Por acaso seria políticas esquerdistas dos prefeitos de dai ? Acertei né ?

Cara, até político de direita aqui é esquerdista. Não dá pra excluir ninguém. Não vou condenar 100% tbm, pq essas políticas migratórias costumam ser dessa turma e foi isso que me ajudou a vir xD.

Cara, é a imigração desenfreada. De um jeito ou de outro ela tem seus problemas, tem pessoas que não conseguem emprego e as que conseguem acabam ocupando a vaga de alguém nativo do país.

Eu diria que não tem nada a ver. Doido tem em toda comunidade, a questão é como os tratam. No Brasil geralmente tem hostilidade da população e da polícia, os caras são treinados a não importunar e (acho) que existe internação forçada. Aqui não. Então os caras ficam soltos viajando pela cidade de metrô. Ah, tem isso tbm, os funcionários fazem vista grossa pra esse pessoal quando eles não pagam a fare no transporte público (o que acontece quase sempre).
 

Icaruszin

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c***lho, eu passei por uma situação praticamente igual ao seu primeiro caso, só que nos EUA. Fui tirar o lixo (isso era quase 22h), me chega um cara na rua e me pergunta aonde era o hospital mais próximo e me pede pra ligar pro 911, que ele tinha caído e batido a cabeça e achava que tinha tido uma concussão, pq não lembrava qual era o nome dele e tal. Nisso, um casal que tava passando na hora parou e ligou no meu lugar.

No meio da ligação, o cara me solta que tava mentindo, que ele tinha transtorno bipolar e só tava com medo de ficar sozinho à noite :klolz

Mas lembro que tive a mesma surpresa que vc, mandaram uma ambulância e o cara pediu pra fazer companhia a ele enquanto a ambuância chegava. E eu achando "porra, vou ficar uma meia hora aqui", e a ambulância me chegou em 5 minutos.

Mas é foda, eu fiquei super grilado do cara tentar me assaltar ou algo do tipo, já que eu moro numa área bem isolada e não faço ideia de como ele foi parar lá.
 
D

Deleted member 219486

Mais um caso hoje. Esse eu não tive interação e nem um desfecho mórbido, já adianto. Estava no ônibus a caminho da estação de metrô e sobe um doido. Ele não causa problema a ninguém. Senta e pronto.

Descalço de um pé e só com uma meia no outro, todo sujo e com roupas descombinadas e rasgadas, é fácil ver que é doido.

Na estação, perdi o trem por poucos segundos. Fico aguardando o próximo quando o vejo dançando freneticamente de longe. Rodopiando sobre uma perna só, enquanto a outra levanta e bate no chão.

Ouvi umas vozes alteradas e tirei o fone pra tentar distinguir o que era. Como não vi nada, vou pro outro lado da plataforma e vejo um "policial" do transporte perto do cara, os dois já do outro lado. A dança estava diferente, ele só batia cabeça parado no mesmo lugar. O puliça tava meio alterado.

Nisso, começa a vir o trem, o puliça vira e começa a fazer gestos pra diminuir a velocidade na chegada e aponta discretamente pro doidinho. Ele obviamente tava com medo dele pular ou cair nos trilhos.

O trem freia tanto que para antes de ficar completamente na plataforma, depois acelera um pouco até se ajustar e foi isso.

O que me surpreendeu nesse caso foi que eu fiquei morbidamente encarando o doido na curiosidade caso ele pulasse. Sei lá haha



Cara, até político de direita aqui é esquerdista. Não dá pra excluir ninguém. Não vou condenar 100% tbm, pq essas políticas migratórias costumam ser dessa turma e foi isso que me ajudou a vir xD.



Eu diria que não tem nada a ver. Doido tem em toda comunidade, a questão é como os tratam. No Brasil geralmente tem hostilidade da população e da polícia, os caras são treinados a não importunar e (acho) que existe internação forçada. Aqui não. Então os caras ficam soltos viajando pela cidade de metrô. Ah, tem isso tbm, os funcionários fazem vista grossa pra esse pessoal quando eles não pagam a fare no transporte público (o que acontece quase sempre).

Eu não quis desenvolver argumentos, porém se você se aprofundar na relação comportamental vai ver que faz sentido, talvez não no caso específico mas de forma abrangente sim.
 

Ex-peão louco

Mad Spy
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Eu não quis desenvolver argumentos, porém se você se aprofundar na relação comportamental vai ver que faz sentido, talvez não no caso específico mas de forma abrangente sim.

Então tem mais doido em países de primeiro mundo que no Brasil?
Desenvolve o argumento aí então, oras.
 
D

Deleted member 219486

Então tem mais doido em países de primeiro mundo que no Brasil?
Desenvolve o argumento aí então, oras.

O progressismo está sendo difundido em vários países, independente da situação econômica, as pessoas vão perdendo a noção de realidade e consequentemente sentimentos como empatia. Se tornam uma repetição das influências de uma narrativa tendenciosa.
Isso se vê no dia a dia, num país culturalmente atrasado as pessoas tem chance de serem manipuladas mais facilmente e a decadência pessoal atingir níveis mais extremos. Geralmente observamos isso em relação a casos de violências, comportamentos adversos.
A loucura tá sendo o novo normal.
 
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