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Os pobres numa sociedade livre

John Matrix

Habitué da casa
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Ótimo texto de Albert Esplugas Boter, postado no blog "Áustríaco".

Ele derruba o argumento daqueles que defendem a intervenção do Estado para "defender" os pobres. Discorre sobre a regulamentação excessiva de setores da economia, saúde e caridade privada.





Os Pobres numa Sociedade Livre

Quando alguém defende a não intervenção do Estado em uma discussão, cedo ou tarde deverá enfrentar a insistente questão, geralmente lançada com acusações de egoísmo e insensibilidade: “mas se o Estado não garantir serviços mínimos, o que acontecerá com os pobres?”

Antes de tudo, o liberalismo não é uma teoria moral, mas uma teoria da justiça e, enquanto tal versa unicamente sobre o uso legítimo da violência. Ao denunciar a redistribuição da riqueza e os “direitos” sociais, não estamos dizendo nada acerca dos benefícios ou prejuízos da generosidade ou da solidariedade, mas mostrando a injustiça em confiscar a propriedade de alguns para benefício de outros, de forçar alguns a servir outros. O liberalismo condena o roubo, mas em absoluto corresponde dizer aos homens se devem ser egoístas ou altruístas.

Dito isto, como aponta Roderick Long, “uma pessoa faminta necessita algo para comer, e ninguém pode comer um direito. Com base na generosidade e na compaixão, portanto, um sistema que garanta um direito à alimentação, mas não seja muito eficiente em prover alimento, seguramente seja menos desejável que um sistema que forneça alimento de forma sustentada mas não reconheça nenhum direito à alimentação”. É o mercado e não o Estado que melhor provê alimentos. A solução da pobreza não passa pelas medidas socialistas que convertem em pobres os que não eram e que impedem os pobres de deixar de ser.

Interessante notar: se nenhum indivíduo numa sociedade livre está disposto a socorrer os pobres, estes passarão fome. Mas num contexto estatista, o político sem o mínimo apoio social, não fará absolutamente nada em favor do necessitado. Em caso da maioria dos cidadãos rejeitar ajuda ao pobre, o político tampouco fará algo, mas a minoria solidária, todavia, pode alimentá-lo mediante a iniciativa privada. Em caso da maioria das pessoas serem solidárias, o político assistirá os pobres, mas a cidadania por si mesma haverá ajudado igualmente. Conclusão: o político sobra.

Em uma sociedade livre não haveria leis de salário mínimo ou regulações trabalhistas que ao elevar os custos de contratação condenam ao desemprego uma parte da população. Nem se requereria permissão para iniciar um negócio nem se emitiriam licenças que restringissem a concorrência e encarecem os serviços (a saúde, por exemplo). O custo de habitação, de energia, da comida etc. cairia se o Estado não intervisse nestes setores, o que beneficiaria as classes mais humildes. Os efeitos assimétricos da expansão creditícia que afetam especialmente os pobres (pois compram a preços mais altos antes que tenha se elevado seus salários) não teriam lugar se houvesse liberdade monetária. Por outro lado, a caridade privada é muito mais eficiente que a pública, pois os doadores podem perder a confiança nas organizações que julgarem incompetentes, enquanto que o Estado se nutre coercitivamente e nele não há incentivos para proceder com eficácia e honradez.Ademais, como conseqüência de uma maior prosperidade e emprego e uma taxa menor ou inexistente de impostos, as pessoas possuiriam mais recursos para fazer caridade.

Portanto, em uma sociedade livre haveria menos pobres, a caridade chegaria a seu destino numa maior proporção e as pessoas possuiriam mais dinheiro para fazer doações. Assim, numa discussão nós mesmos é que devemos perguntar: “na ausência de uma irrestrita liberdade de mercado, o que acontecerá com os pobres?



http://austriaco.blogspot.com/2007/07/os-pobres-em-uma-sociedade-livre-por.html
 

finntroll

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Tratem de repensar o Estado e a práxis política, aí os modelos liberais se encaixariam no mundo real.

Às vezes eu penso que nas sociais o positivismo tenha feito tanto mal como o marxismo.
 

finntroll

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Colt Malone;2644709 disse:
Texto fera.
Estado gordo só serve para atrapalhar todos, sejam ricos ou pobres.

O texto não se refere diretamente ao tamanho do Estado, mas sim a sua intervenção aonde supostamente o mercado não alcança ou regula.
 

Colt Malone

Bam-bam-bam
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finntroll;2644720 disse:
O texto não se refere diretamente ao tamanho do Estado, mas sim a sua intervenção aonde supostamente o mercado não alcança ou regula.

Ta, mas eu nao queria postar isso, queria postar sobre Estado gordo. :p
 


Deslock

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A Caixa Econômica Federal, que é do governo, deveria financiar a casa para TODOS, só que no conjunto de trâmites internos, somente uma pequena parcela tem realmente o direito de financiar a casa por ela, e diga de passagem, é uma via crucis.

Qual o verdadeiro tamanho do estado? E qual é o tamanho ideal que o estado deve assumir? Os Estados Unidos cresceu bastante tecnologicamente depois que o estado deu uma injeção de grana nos institutos de pesquisa em virtude da guerra fria. Qual o resultado: bom, hoje estamos nos comunicando via internet, usando celulares e tendo os benefícios de uma conexão a cabo (o que não iria vir nem por um decreto se ainda houvesse os grupos estatais, tal como telerj, telesp entre outros. Quanto a Vale do Rio Doce cresceu depois que foi privatizada.

A existência de pobres e miseráveis é tanto comum nos países capitalistas quanto nos comunistas e não há interesse nenhum dos governantes em diminuir esta taxa senão não teriam massa de manobra que os apóiem em um ato qualquer.

O que eu ACHO o caminho correto a ser seguido é tal como a iniciativa do SEBRAE, em dar conhecimento as pessoas de abrirem um pequeno negócio, trabalharem em conjunto e tirar soluções para a comunidade e para os trabalhadores.
 

finntroll

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John Matrix;2644770 disse:
Estes são os melhores textos que eu já li sobre o Welfare State

http://www.mises.org/story/2218

http://www.mises.org/story/2620

http://www.mises.org/story/2218

Nunca vi uma crítica tão ruim ao welfare state como este texto.

"So was the rule everywhere before the welfare state: your parents who took "care of you financially as a child — you may need to help them in the future. This basic element of family life seems to be mind-boggling to supporters of the welfare state."

"Family was an integral way of caring for individuals as a whole for centuries. Supporters of the welfare state forget the past."

"The death of the family is the life of the state."

Quem esqueceu o passado neste texto foi o autor. Vai contra a própria história da família. As diferentes formas de como a família foi constituída durante a história é que criaram o Estado. É muito ingênuo crer na imutabilidade das formas familiares.

http://www.mises.org/story/2620

Este texto é contraditório ao que tu postou. Ele ataca o welfare state moralmente. não era o liberalismo a teoria da justiça e não da moral? De fato não existe dissociação entre estas duas esferas.

No fim ainda háArgumento ad nauseum do equilíbrio do mercado. Myrdal já mostrou que o livre mercado tende à desigualdade.
 

finntroll

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Deslock;2644792 disse:
A Caixa Econômica Federal, que é do governo, deveria financiar a casa para TODOS, só que no conjunto de trâmites internos, somente uma pequena parcela tem realmente o direito de financiar a casa por ela, e diga de passagem, é uma via crucis.

Qual o verdadeiro tamanho do estado? E qual é o tamanho ideal que o estado deve assumir? Os Estados Unidos cresceu bastante tecnologicamente depois que o estado deu uma injeção de grana nos institutos de pesquisa em virtude da guerra fria. Qual o resultado: bom, hoje estamos nos comunicando via internet, usando celulares e tendo os benefícios de uma conexão a cabo (o que não iria vir nem por um decreto se ainda houvesse os grupos estatais, tal como telerj, telesp entre outros. Quanto a Vale do Rio Doce cresceu depois que foi privatizada.

A existência de pobres e miseráveis é tanto comum nos países capitalistas quanto nos comunistas e não há interesse nenhum dos governantes em diminuir esta taxa senão não teriam massa de manobra que os apóiem em um ato qualquer.

O que eu ACHO o caminho correto a ser seguido é tal como a iniciativa do SEBRAE, em dar conhecimento as pessoas de abrirem um pequeno negócio, trabalharem em conjunto e tirar soluções para a comunidade e para os trabalhadores.

Concordo, a questão é repensar o Estado, já que abolir me parece impossível.
 

John Matrix

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finntroll;2644827 disse:
http://www.mises.org/story/2218

Nunca vi uma crítica tão ruim ao welfare state como este texto.

"So was the rule everywhere before the welfare state: your parents who took "care of you financially as a child — you may need to help them in the future. This basic element of family life seems to be mind-boggling to supporters of the welfare state."

"Family was an integral way of caring for individuals as a whole for centuries. Supporters of the welfare state forget the past."

"The death of the family is the life of the state."

Quem esqueceu o passado neste texto foi o autor. Vai contra a própria história da família. As diferentes formas de como a família foi constituída durante a história é que criaram o Estado. É muito ingênuo crer na imutabilidade das formas familiares.

http://www.mises.org/story/2620

Este texto é contraditório ao que tu postou. Ele ataca o welfare state moralmente. não era o liberalismo a teoria da justiça e não da moral? De fato não existe dissociação entre estas duas esferas.

No fim ainda háArgumento ad nauseum do equilíbrio do mercado. Myrdal já mostrou que o livre mercado tende à desigualdade.



1- Você leu o texto? A "história" da família pouco tem a ver com o estado, é uma instituição "anárquica", não foi necessário o estado para que ela surgisse. A sua formação é própria da natureza humana, e foi sendo modificado com o tempo pelos avanços da civilização;
 

finntroll

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John Matrix;2644884 disse:
1- Você leu o texto? A "história" da família pouco tem a ver com o estado, é uma instituição "anárquica", não foi necessário o estado para que ela surgisse. A sua formação é própria da natureza humana, e foi sendo modificado com o tempo pelos avanços da civilização;

li cara. E é verdade que nao precisou do Estado para surgir, porque ela CRIOU o estado. Já leu "A origem da família da propriedade privada e do estado"?
 

kji

Larva
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finntroll;2644827 disse:
http://www.mises.org/story/2218

Nunca vi uma crítica tão ruim ao welfare state como este texto.

"So was the rule everywhere before the welfare state: your parents who took "care of you financially as a child — you may need to help them in the future. This basic element of family life seems to be mind-boggling to supporters of the welfare state."

"Family was an integral way of caring for individuals as a whole for centuries. Supporters of the welfare state forget the past."

"The death of the family is the life of the state."

Quem esqueceu o passado neste texto foi o autor. Vai contra a própria história da família. As diferentes formas de como a família foi constituída durante a história é que criaram o Estado. É muito ingênuo crer na imutabilidade das formas familiares.

http://www.mises.org/story/2620

Este texto é contraditório ao que tu postou. Ele ataca o welfare state moralmente. não era o liberalismo a teoria da justiça e não da moral? De fato não existe dissociação entre estas duas esferas.

No fim ainda háArgumento ad nauseum do equilíbrio do mercado. Myrdal já mostrou que o livre mercado tende à desigualdade.

QFE!!! parabéns!
 

Deslock

Bam-bam-bam
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finntroll;2644844 disse:
Concordo, a questão é repensar o Estado, já que abolir me parece impossível.

Nem os ditos blocos econômicos gigantes tentam abolir, mesmo adotando moeda única pois o nacionalismo é algo predominante.

O Estado deveria se preocupar, ao meu ver, em 4 questões:

a) desenvolvimento educacional

b) desenvolvimento científico

c) amparo a diferentes esferas de saúde

d) segurança pública e de ordem nacional (subentendam os militares e forças de apoio)

Não vejo razão alguma para mantermos empresas que geram divisas nas mãos de incompetentes que não sabem o que se trata a empresa em si. A Petrobrás é administrada nos altos escalões de conchavo politico que não sabe porra nenhuma de negociação internacional (quem sabe mesmo é o pessoal de escalão intermediário e baixo e que faz a empresa andar).

SE a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil fossem privatizados, eles seriam realmente bancos uteis a população, não a marmotagens de políticos fraudulentos.

Quantos aeroportos poderiam já ter sido privatizados? Quantas rodoviárias federais (pra não falar fedorentas) poderiam ter seus trechos com pedágio (se as empresas que são beneficiadas com pedágio são obrigadas a manter o trecho impecável, para que serve o IPVA se todas as estradas fossem privatizadas?)

Tem muita coisa errada sim, mas boa parte da miséria é causada pela falta de organização dos mesmos em buscar soluções e colocam a culpa ou no governo ou nas empresas, mas só que se esquecem de buscar estudar mais, se especializar mais, etc e isso ninguém pode fazer por eles, só a força de vontade de melhorar de vida.
 
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