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Adorava esse programa, tinha matérias ótimas, muito bem feitas, sempre com temas interessantes com esse.
Pena que hoje não existe canais com esse tipo de reportagem de cunho social e conflito de valores.
Conduto,o tópico foi para uma viés política, mesmo porque a reportagem da espaço para isso e portanto para o assunto ser amplamente discutido,movi para a seção mais coerente.
A banalização de rótulos é algo sem sentido, existem pessoas que tem visões naquele momento, com seus valores e não produtos. Essa sua linha de raciocínio procura um monstro, um bicho papão, nesse caso vermelho, que é o gerador de todos os males da sociedade, algo que soa cego, deixando de compreender que erros ocorrem por decisões equivocadas.
Não estou expondo que tudo que escreveu está em desacordo ao que penso, pelo contrário, de fato houve uma imigração descontrolada para as grandes metrópoles,que acredito ter ocorrido mais pela falta de oportunidade da região norte e nordeste. Essa ocorrência foi sem nenhum planejamento,onde não houve preocupação com o seu avanço local e nem com a qualidade de vida de cada um.
Pessoas chegavam, trabalhavam ou mesmo não conseguiam se incluir no mercado e ocupavam determinadas áreas, sem todo cuidado necessário, como saneamento básico, escolas,segurança e diversos outros elementos importantes no desenvolvimento cultural e social.
Na época tais problemas não pareciam influenciar a cidade e muito menos os gestores perdiam seu tempo preocupados com a consequência dessa imigração, mas isso não é devido a valores de um lado ou outro e sim das decisões governamentais, que geriram de forma equivocada essa expansão populacional, ocasionando todos esses problemas.
Se pegarmos São Paulo como exemplo, a gestão de praticamente um século foi de direita e seu texto joga todos problemas de desenvolvimento urbano á esquerda, esquecendo que essa nem sequer administrava o estado e ainda, como escrito, rotulando decisões errôneas que ocorreram a uma sombra, um inimigo de valores iguais e com um pensamento constante.
As vezes transparece que estamos na época da guerra fria, ou que somos um Capitão America, combatendo um Red Skull, sendo a centralização dos problemas sociais,culturais, pertencentes a um lado de influência, que estando ou não administrando o estado, é culpado por todas as más decisões.
Não acho que é nem tanto o céu e nem tanto a terra, temos que imputar a culpa sobre decisões ao pensamento individual, a quem é de direito, indiferente se suas visões compreendem mais um lado ou outro, porque não há uma uniformidade de ideias, um produto que contêm um rotulo de seus valores e sim o reflexo e análise pessoal naquele momento, sendo esse certo ou não.
Cito outro exemplo de como esse tipo de pensamento na base da restrição e rotulação,leva ao erro, se pegarmos um dos presidentes que particularmente mais valorizo e considero do Brasil, o Fernando Henrique Cardoso e usarmos a linha de raciocínio que descreveu, cairia na esquerda, pois é sociólogo, ajudou a fundar o partido de centro esquerda(PSDB),foi criador de programas sociais que sintetizaram o bolsa família e hoje um dos ícones em busca da descriminalização das drogas, mas pense bem, isso de fato seria algo real ou mesmo justo a figura que ele representou e ainda representa?
Pena que hoje não existe canais com esse tipo de reportagem de cunho social e conflito de valores.
Conduto,o tópico foi para uma viés política, mesmo porque a reportagem da espaço para isso e portanto para o assunto ser amplamente discutido,movi para a seção mais coerente.
Você expôs as causas e imputou os problemas a uma vertente da qual não lhe agrada,como se a culpa fosse devido a meramente uma filosofia de pensamento e não por uma gestão.Olha, vou entrar em política e a e vomitar conservadorismo, se ninguém quiser ouvir besteira, evite o spoiler.
Talvez até surja Wall of Text (vindo deste ser, é quase certeza)
A solução hoje, é fazer como estavam fazendo, por mais que soe ruim. Policiais parando ônibus e decidindo pelos métodos que eles conhecem, quem é arriscado seguir e quem não.Quase toda a história do Brasil é uma história de pessoas comuns contra donos do poder.
Neste ponto, por mais que eu não curta marxismo, há uma certa razão no lance de luta de classes (sempre admiti que há lógica nos fatos percebidos pelo marxismo, só não há nas conclusões).
Foi assim entre índios e colonizadores. Negros e donos de escravos. Imigrantes e donos de fazenda. Nobres e empreendedores. Donos de terra e citadinos....
E, se houve esses conflitos, houve tbm muitos acordos e acertos.
Mas até 50 anos atrás, o Brasil era um país especialmente agrário e grande parte das pessoas viviam no campo. Viviam mal.
E então, com o crescimento das cidades e mecanização do campo, elas vieram pra cidade. Cidades que, por um lado estavam ávidas por mão-de-obra e mercado consumidor e por outra despreparados para a vinda desse povo.
Um exemplo seria a cidade de São Paulo, ávida por nordestinos para construir casa, parques e edifícios mas achando que eles viriam, fariam o trabalho duro e voltariam todos felizes para casa depois de tudo feito. O que era e é surreal (ou burro). Os filhos desses caras nasceram e foram criados em São Paulo. E, ao invés de aceitar e aglutinar essas pessoas, os expulsou para favelões sem acesso ao melhor que a cidade tinha a oferecer. Eles então reproduziram seu universo em São Paulo. O que os tornou ainda mais diferentes de paulistanos. E os expulsou mais ainda. E eles se viraram pra subculturas.
Se por um lado essa análise marxista tá mais ou menos correta, por outro lado, desde o fim do Regime Militar, ações "corretas" são sempre minadas por uma parte das pessoas (que chamamos de esquerdistas) que lutam por essa gente, mas lutam de forma errada.
No Rio, quando migrantes chegaram e passaram a desmatar e construir favelas nas encostas de morros - algo que os militares impediam - surgiram grupos para mostrar na mídia como isso era cruel, como era errado impedir que as pessoas viessem para trabalhar. Foi Brizola quem liberou a ocupação desordenada das encostas (se não me falha a memória, o note tá horrível hoje e não rola pesquisar - qualquer um pode pesquisar e me desmentir ou confirmar) e começaram a multiplicar as favelas que já existiam.
Entenda que os mesmos grupos paladínicos que lutaram para o poder público deixar essa gente ficar, tinha tanta coisa mais importante pelo que lutar, que depois de conseguirem que eles pudessem morar lá, foram se ocupar com outras coisas mais importantes. Nisso, essa turma vivia sem escola, sem ruas, sem esgoto, sem educação.
Fácil falar que a alternativa do governo era errada, porque realmente era - se não me engano, ou só impediam eles de construir ou davam 500 cruzeiros e mandavam pra longe - mas a propor a alternativa de "deixa fazer" sem aceitar também que era uma má escolha é foda. Me lembro quanto me indignava quando lia nos jornais aqueles conservadores hipócritas dizendo "essa turma vai virar um problema, a cidade não tem como sustentar todos eles... Vão virar marginais!" ainda que fosse o que iria acontecer.
Entendam que ao dizer que "eles virariam problema pra cidade e viraram" estou fazendo uma análise o mais imparcial possível, criminalidade e cia realmente são um problema.
Então, por motivos ideológicos e humanistas (totalmente válidos) as pessoas lutaram para essa gente toda poder ficar. Mas não tinham propostas do que fazer com elas. Claro, você ouvia dizerem nas escolas que essa gente era miserável, que o governo tinha a obrigação de dar infra-estrutra, saneamento básico, etc pra elas e não dava. Era verdade. Mas será que era exequível?
E esse povo todo veio, teve seus filhos, pegou a cultura ishperta carioca, juntou com clamor social e se multiplicou. E, sem emprego, começou a descer o morro pro asfalto. Lembro de uma matéria dos anos 80 em que "fazer o asfalto" era gíria do morro pra roubar ou se prostituir.
De novo, a turma da esquerda viu o problema e começou a fazer barulho.
Governos vinham com propostas, algumas exequíveis, outras nem tanto... Mas qualquer proposta de se resolver os problemas quando eles ainda eram pequenos sempre encontravam oposição cerrada - pior que, na época, eu era um desses opositores. Não sou dessa época, mas houve época que o governo incentivava músicas ufanistas e muitas delas tentavam colocar uma nova cultura no morro, de ovacionar o trabalhador. Elas eram tidas como tentativa de manipulação e, novamente, a turma da esquerda rechaçava essa tentativa de "destruir" a cultura do morro.
Basciamente tava ruim, o governo tinha que fazer algo, mas qualquer coisa que o governo ia fazer, era bombardeada. No fundo, o governo acabava fazendo entre nada e muito pouco.
Uns anos atrás, quando a cultura do funk surgiu, quando ainda era pequena e dava pra controlar, grupos do governo, ligados ao pessoal conservador, tentou domar ou proibir bailes funk, pelo barulho, pela relação entre sexualidade infanto-juvenil, pela ligação com drogas e prostituição e... A turma da esquerda saiu matando, declarando que era contra os direitos humanos, que era moralmente errado, que o governo não podia fazer isso. Hoje, podemos ver aqui mesmo na OS tópicos em que meninas de 10 anos estão se protituindo, tendo DSTs, e pior de tudo, engravidando e tendo que deixar a escola e diminuindo ainda mais as chances de melhorar. E vc vê essa turma xingando quem não deixa essas gurias exercerem sua sexualidade (com 10 anos, porra!).
Lembro que o governo tentou liberar leis de controle de natalidade. A galera de esquerda era contra, afinal era uma forma dos ricos impedirem os pobres de terem filhos enquanto eles tinham quantos filhos quisessem e veja, os mais ricos tinha poucos filhos! Mas isso não era desculpa. Os ricos não podem impor suas crenças nos pobres. E lá se vai a esquerda, por motivos ideológicos, ir contra o que é melhor pra todos.
Hoje, se alguém faz uma proposta qualquer que seja, sempre vai ter gente de esquerda sendo contra. A alternativa? Não temos que fazer isso, temos que sentar e pensar em alternativas! O pior é que nos anos 00 surgiram alternativas aos problemas dos anos 80 e diziam cheios de superioridade "se o governo tivesse feito isso (que só pensamos hoje) naquela época, o Brasil seria um paraíso.
Hoje nossos problemas são o que fazer com jovens infratores. A solução é educação. Mas e se esses jovens não quiserem educação? Não, eles vão querer. Melhor largar um cara de 17 anos na rua após ele estuprar e matar 37 pessoas que tirar o direito dele à ser menor e o prender. Mas isso vai solucionar algo? Não importa. O importante é impedir os conservadores malignos de prender nossos jovens. Nos anos 30 a gente descobre a melhor solução.
Tipo, se tivessem impedido as pessoas de morarem em favelas nos anos 70 e 80, seria diferente. Mas não o fizemos. Se tivéssemos impedido que uma cultura que expusesse jovens a sexo cada vez mais cedo nos anos 80 e 90, tudo seria diferente. Mas não impedimos. Se tivéssemos dado às mães o controle de natalidade nos anos 90 e 00, gerando tanta gente sem emprego e sem futuro, tudo seria diferente. Mas não o fizemos. Se começassemos a colocar na prisão infratores menores de idade, de acordo com o crime, nos anos 00 e 10, tudo seria diferente. Mas não o fazemos.
O fato é que há soluções ruins. Mas são soluções. E por motivos ideológicos, muita gente luta contra elas. Aí o problema que é pequeno cresce e essas pessoas que foram contra eliminar o problema pequeno se justificam dizendo como ele é grande agora, pra nao o solucionar hoje.
Basta ver qualquer tópico com grandes problemas sociais. Existe uma solução dura, mas que soluciona. Mas qualquer um que prega essa solução é comparado a nazistas, gente sem empatia ou manipulados pela mídia golpista.
É a solução ideal?
Não! Longe disso. É horrível.
Mas é melhor um cara perder um dia de praia (ou começar a agir de forma mais civilizada) ou vinte pessoas serem agredidas, terem seus bens furtados e o escambau?
De novo, não é a melhor opção. Mas é menos pior que o que aconteceu desde que a "Justiça" impediu a seleção preventiva de pessoas pela polícia.
O problema é que o bandido não segue regras. Algo que a turma mais de esquerda esquece. Como vem esquecendo há 50 anos.[/spoiler]
Pronto, podem me chamar de coxinha nazista.
A banalização de rótulos é algo sem sentido, existem pessoas que tem visões naquele momento, com seus valores e não produtos. Essa sua linha de raciocínio procura um monstro, um bicho papão, nesse caso vermelho, que é o gerador de todos os males da sociedade, algo que soa cego, deixando de compreender que erros ocorrem por decisões equivocadas.
Não estou expondo que tudo que escreveu está em desacordo ao que penso, pelo contrário, de fato houve uma imigração descontrolada para as grandes metrópoles,que acredito ter ocorrido mais pela falta de oportunidade da região norte e nordeste. Essa ocorrência foi sem nenhum planejamento,onde não houve preocupação com o seu avanço local e nem com a qualidade de vida de cada um.
Pessoas chegavam, trabalhavam ou mesmo não conseguiam se incluir no mercado e ocupavam determinadas áreas, sem todo cuidado necessário, como saneamento básico, escolas,segurança e diversos outros elementos importantes no desenvolvimento cultural e social.
Na época tais problemas não pareciam influenciar a cidade e muito menos os gestores perdiam seu tempo preocupados com a consequência dessa imigração, mas isso não é devido a valores de um lado ou outro e sim das decisões governamentais, que geriram de forma equivocada essa expansão populacional, ocasionando todos esses problemas.
Se pegarmos São Paulo como exemplo, a gestão de praticamente um século foi de direita e seu texto joga todos problemas de desenvolvimento urbano á esquerda, esquecendo que essa nem sequer administrava o estado e ainda, como escrito, rotulando decisões errôneas que ocorreram a uma sombra, um inimigo de valores iguais e com um pensamento constante.
As vezes transparece que estamos na época da guerra fria, ou que somos um Capitão America, combatendo um Red Skull, sendo a centralização dos problemas sociais,culturais, pertencentes a um lado de influência, que estando ou não administrando o estado, é culpado por todas as más decisões.
Não acho que é nem tanto o céu e nem tanto a terra, temos que imputar a culpa sobre decisões ao pensamento individual, a quem é de direito, indiferente se suas visões compreendem mais um lado ou outro, porque não há uma uniformidade de ideias, um produto que contêm um rotulo de seus valores e sim o reflexo e análise pessoal naquele momento, sendo esse certo ou não.
Cito outro exemplo de como esse tipo de pensamento na base da restrição e rotulação,leva ao erro, se pegarmos um dos presidentes que particularmente mais valorizo e considero do Brasil, o Fernando Henrique Cardoso e usarmos a linha de raciocínio que descreveu, cairia na esquerda, pois é sociólogo, ajudou a fundar o partido de centro esquerda(PSDB),foi criador de programas sociais que sintetizaram o bolsa família e hoje um dos ícones em busca da descriminalização das drogas, mas pense bem, isso de fato seria algo real ou mesmo justo a figura que ele representou e ainda representa?
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