O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


País não cria vagas com ganhos acima de 2 salários mínimos há 14 anos

Doug.Exausto

Bam-bam-bam
Mensagens
2.191
Reações
4.949
Pontos
303
Ao longo do tempo, o mercado de trabalho passou a trocar empregos de maior qualidade por postos de menor rendimento

O Brasil não cria vagas com rendimento acima de dois salários mínimos há 14 anos. Levantamento feito pelo GLOBO com base nos microdados do Caged, o registro de vagas com carteira assinada do governo, mostra que a partir de 2006 não houve saldo positivo nas contratações para qualquer faixa de renda com remuneração superior a duas vezes o piso nacional.

Incluindo os dados de 2019, divulgados na última sexta-feira, o país extinguiu 6,7 milhões de empregos com renda mais alta desde 2006.

Ao longo do tempo, o mercado de trabalho passou a trocar vagas de maior qualidade por postos de menor rendimento. Foram criados 19,2 milhões de postos de trabalho desde 2006, porém, todos com renda de até 2 salários mínimos.

Considerando o saldo entre vagas fechadas e geradas, o mercado absorveu 12,5 milhões de trabalhadores. O resultado é uma economia que vem se tornando cada vez mais de baixos salários, indiferente até mesmo aos momentos de grande dinamismo, entre 2010 e 2013.

Especialistas avaliam que o quadro é estrutural. Parte do fenômeno pode ser explicado pelo modelo de crescimento econômico das últimas décadas, baseado no consumo das famílias e com baixas taxas de investimento.

Outro fator importante é a política de valorização do salário mínimo, vigente até 2018. Entre 2005 e 2019, o piso nacional subiu 74% acima da inflação. O ganho real é considerado positivo e necessário pelos economistas. O problema é que não foi acompanhado do aumento da produtividade da economia. No mesmo período, a produtividade da hora trabalhada avançou apenas 18%, segundo dados do Ibre/FGV.

Pela régua do salário mínimo, vamos encontrar cada vez mais pessoas ganhando próximo a ele, pois o piso cresceu mais rápido do que as outras remunerações. E nos últimos anos, o que vimos foram empregos criados com uma remuneração cada vez menor ou estagnada — ressalta Hélio Zylberstajn, professor da FEA/USP e coordenador do Salariômetro da Fipe.

A lenta recuperação do mercado de trabalho, com a criação de 1,1 milhão de postos formais de trabalho no acumulado de 2018 e 2019, após a perda de mais de 3 milhões desde a recessão iniciada em 2015, ajuda a entender as dificuldades.

Graduados sem lugar
O trabalhador volta a assinar a carteira hoje ganhando, em média, 10% menos que antes da demissão. Para o empregador, é uma maneira de ajustar o descolamento entre o crescimento dos salários e o da produtividade, tendo a seu favor uma oferta muito maior de trabalhadores do que vagas disponíveis.

— A produtividade cresceu muito menos que o valor do mínimo. Isso significa que o piso ficou muito alto para a economia brasileira. O empregador não vai contratar o trabalhador por mais, a não ser que ele seja muito qualificado — explica José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.

Economia de salários baixos
Brasil não consegue criar novos postos de trabalho com remuneração acima de dois salários mínimos

103785103785


Essa dinâmica acabou expulsando muita gente nos dois extremos do mercado formal, no qual estão os empregos com algum tipo de proteção social. Trabalhadores sem qualificação migraram para a informalidade, enquanto profissionais de maior escolaridade enfrentam dificuldades para encontrar oportunidades com remuneração compatível com a sua formação.

Só entre 2012 e 2019, segundo dados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE, a proporção de profissionais com ensino superior no país saltou de 14% para 19% da força total de trabalhadores. São quase 7 milhões de graduados que entraram no mercado nos últimos oito anos, justamente em um momento em que as melhores vagas minguaram ano a ano.

No ano passado, houve sinais de reação do mercado de trabalho com a criação de 644 mil vagas, o melhor desempenho em seis anos. O problema é que nos principais setores da economia, como comércio, indústria e serviços, não houve saldo positivo em vagas com rendimento acima de 1,5 salário mínimo. Houve criação, ainda que marginal, de postos com renda entre 1,5 e dois pisos nacionais na construção civil, que iniciou processo de recuperação após a crise.

Frustração no mercado
Graduada em História e com duas especializações no currículo, Danielle Senna, de 32 anos, teve dificuldades para ganhar, como professora, um salário que consideraria satisfatório para sua formação. A crise na área de educação fez com que ela trocasse a docência pela área administrativa de um hotel, mas ainda assim não ganha mais de R$ 2 mil.

— Com as responsabilidades da minha função, acho que poderia ganhar mais. Porém, o mercado não permite escolher muito. Isso me limita. Foi bem decepcionante no início, após a faculdade — lamenta.

Um dos resultados dessa insatisfação salarial entre os mais qualificados é o avanço da informalidade entre eles ou outras modalidades de trabalho, como a prestação de serviços como autônomo ou como microempreendedor individual (MEI). Muitas empresas preferem contratar serviços assim em vez de empregar um trabalhador fixo. Dessa forma, esses profissionais conseguem remuneração mais elevada do que teriam com carteira assinada.

Para José Pastore, sociólogo especialista em relações do trabalho e emprego, a melhora do mercado brasileiro só acontecerá com a retomada do protagonismo do setor industrial e da construção, responsáveis por empregar profissionais mais qualificados e com melhores salários. Entre 2005 e 2018, a participação da indústria perdeu cerca de 8 pontos percentuais em tudo o que é produzido no país, o PIB.

— Precisamos de crescimento sustentável de seis a sete anos, com taxa de 4% ao ano, para começar a ter crescimento de serviços mais sofisticados — afirma Pastore.

Na avaliação de Zylberstajn, é necessário que o país invista na melhoria da qualificação profissional e no aumento da produtividade para que o avanço dos salários possa se refletir em aumento de poder de compra e da poupança.

— É preciso produzir mais para poder consumir mais. O crescimento do valor adicionado nas empresas é o que vai levar ao aumento dos salários, que vai impactar o consumo e o poder de compra — conclui.

No Estado do Rio, só vagas de até R$ 1.497
A recuperação do mercado de trabalho formal no Rio de Janeiro em 2019, que registrou o melhor saldo no balanço entre admissões e demissões desde 2014, com 16.829 novas vagas, foi puxada pela geração de postos de trabalho de baixa remuneração.

Dados do Caged divulgados na última sexta-feira apontam que o estado só obteve saldo positivo para aqueles que recebem até 1,5 salário mínimo, o equivalente a R$ 1.497, considerando o piso nacional de 2019. Para os níveis salariais mais elevados, o balanço ficou no vermelho, com a dispensa de trabalhadores maior que o total de contratações.

Foram gerados no ano passado cerca de 55 mil postos de trabalho de até 1,5 salário mínimo. Computados com a eliminação de 46 mil vagas de salário superior a esse patamar, culminaram no saldo de empregos no Rio em 2019 (que considera também vencimentos não declarados).

O Rio segue a a tendência dos demais estados brasileiros, onde a recuperação econômica ainda não resultou na melhoria dos salários ofertados.

Na capital fluminense, que terminou como a pior cidade do país na geração de postos de trabalho em números absolutos, o cenário se repete. O saldo negativo de 6.640 só não foi pior devido à geração adicional de 23 mil vagas com remuneração até 1,5 salário mínimo. Acima desse patamar, houve a eliminação de mais de 30 mil postos com salários acima, na indústria, serviços e construção civil.

Entre as capitais, somente Florianópolis (SC) e Vitória (ES) conseguiram obter geração de vagas acima de 1,5 salário. Nessas cidades, novas vagas foram criadas para quem ganha até R$ 1.998 — o equivalente a dois mínimos.


Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/p...ima-de-2-salarios-minimos-ha-14-anos-24211895
 
D

Deleted member 219486

Vai ser difícil poupar ou investir numa previdência privada para dar conta de esperar chegar o tempo da aposentadoria. Hoje o custo de vida é muito alto para essas coisas, se paga as despesas e alimentação não sobrando nada com o salário médio do trabalhador.
 
Foi editado por um moderador:

sebastiao coelho neto

Lenda da internet
Mensagens
23.824
Reações
54.877
Pontos
1.839
aí vc pensa, o cara estuda feito condenado, se forma, não consegue nada digno e acaba indo fazer concurso. Dá pra culpar um cara desses? Pra mim, não.

E Já me antecipando as criticas ao meu comentário, não quero defender em nada os governos anteriores ou demonizar o empresariado que não paga salários dignos. O problema é bem mais complexo, indo de oferta/procura de emprego motivada por N fatores a outros como infraestrutura/burocracia que afasta investidores. Além de claro, os empresários que só querem mesmo pagar salário de fome, mesmo com economia pujante.
 

Baralho

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
9.135
Reações
32.118
Pontos
503
O que comprova que aumento de Estado e intervencionismo/regulacionismo na economia pelo governo, não implica em politica de geração de empregos.

De 2005 até início de 2020 (são 15 anos incompletos) não faltou investimento via governo federal em função do pré-sal (refinaria da Petrobras no NE e retomada dos estaleiros), além da política das campeãs nacionais de suborno e caixa 2 (Oi, Oderbrecht, e outras) em setores ditos estratégicos.

Por outro lado, leis trabalhistas e mais regulações (como lei das domésticas, que extinguiu empregos no setor) além do eterno salário-mínimo, que impede a entrada de mão-de-obra de qualificação mínima, para que empregada, possa subir a escada e, por consequência, produtividade e salário, melhorando os números nas camadas seguintes.
 


antonioli

O Exterminador de confusões
Membro STAFF
VIP
GOLD
Mensagens
103.114
Reações
172.176
Pontos
2.599
baseado no consumo das famílias e com baixas taxas de investimento.
Essa é uma das partes mais relevantes de todas. Boa parte achava muito bonito consumir, viajar de avião e outras coisas mas não compreendeu o cenário econômico por trás disso tudo.

Agora só reformas estruturais de verdade para mudarem o quadro no médio-longo prazo.
 

Aloeh

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
8.476
Reações
6.614
Pontos
799
Outro fator importante é a política de valorização do salário mínimo, vigente até 2018. Entre 2005 e 2019, o piso nacional subiu 74% acima da inflação. O ganho real é considerado positivo e necessário pelos economistas. O problema é que não foi acompanhado do aumento da produtividade da economia. No mesmo período, a produtividade da hora trabalhada avançou apenas 18%, segundo dados do Ibre/FGV.

Basicamente tá aqui a resposta. A produtividade sobe 18%, sobem na caneta da 74%. O dinheiro tem que sair de algum lugar.

Tem muita profissão inflada artificialmente pegando o dinheiro de profissão com o salário defasado por aí.

Em termos brutos, é tudo muito pouco, mas quando vê a porcentagem vai ficando mais claro.
 

geist

Lenda da internet
Mensagens
22.304
Reações
90.156
Pontos
1.503
Eu venho falando isso há anos. No tópico dos desempregadOS falei várias vezes.
O grosso das vagas de emprego que se vê aqui em SP estão na casa dos 1200 ~ 1600 bruto. Acima disso já é mais complicado, tem poucas e exigem experiência e estudos específicos. Sem contar que muitas dessas vagas que pagam menos exigem mais horas de dedicação, não raro com escala aos sábados e domingos.

O que segura ainda muita família do colapso são os aposentados. Conforme forem morrendo veremos uma situação complicada, vai ter que morar todo mundo junto pra conseguir sustentar uma casa.
 

PicaPauBiruta

Bam-bam-bam
Mensagens
4.902
Reações
19.445
Pontos
303
leis trabalhistas que já passaram da hora de serem extintas, burrocracia estatal que ferra com quem quer produzir , gerar renda e até contratar, sindicatos que nunca deveriam existir , já que não passam de cabides de empregos para vagabundos e parasitas , economia em frangalhos devido a intervenção estatal em tudo e todos, políticos estadistas/socialistas/protecionistas pra tudo quanto é lado, o gado ruminante sendo gado ruminante e odiando o capitalismo ( mesmo dependendo dele pra tudo ), insegurança jurídica devido ao serviço de justiça ser monopólio estatal, jovens cada vez mais burros e idiotas que fazem faCUdade de humanas e afins para endeusar o coletivismo e pedirem por mais estado , afinal estudar e produzir pra que, se eles podem usar a máquina estatal para roubar de quem produz e repassar para eles , um bando de vagabundos, enfim tá tudo de errado nesse lixo de pais, desde o gado ruminante eleitoral que acha mesmo que político são os "representante do povo" , até os próprios políticos que se acham os deuses da sabedoria e que eles devem comandar e cagar regras na cabeça de tudo e todos, aí temos como resultado um país de terceiro mundo, extremamente atrasado em praticamente todos os setores, com uma galera enorme que acha que diploma debaixo do braço é sinônimo de educação , os poucos empresários heróis que tentam empreender nesse lixo de pais sendo saqueados dia a pós dia pelo estado ,o que dificulta a produção e a contratação e chegamos a essa notícia de que o país está estagnado há mais de 14 anos , pra quem tem um mínimo de bom senso e já ouviu e estudou um pouco de economia e escola Austríaca, já sabe disso há tempos, agora para a grande maioria do gado ruminante eleitoral infelizmente eles ainda acham mesmo que isso se resolve elegendo mais parasitas para "estimular a economia" e gerar mais empregos através da impressora estatal :facepalm:facepalm:facepalm:facepalm
 

PhylteR

F1 King
GOLD
Mensagens
33.487
Reações
38.640
Pontos
2.069
É fato que o salário não acompanha o custo de vida há muito tempo. Hoje, quem ganha 2 mil, só sobrevive - especialmente em capitais.

Mencionaram floripa na matéria, mas pro cara morar lá ganhando 1900 reais, só muito longe da ilha e pegando 2 horas de ônibus pra chegar onde floripa realmente está.
 

Tião esqueletico

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
5.740
Reações
8.982
Pontos
753
É só ir morar em alguma cidadezinha no sertão do nordeste

Aluguel : 200 reais
àgua : 50 reais
Luz : 50 reais
Cesta básica : 200 reais


total de custo de vida : 500 reais

dá pra viver com um salário minimo de boa

ainda sobra um bom dinheiro para cerveja , putaria e poupança
 

geist

Lenda da internet
Mensagens
22.304
Reações
90.156
Pontos
1.503
É só ir morar em alguma cidadezinha no sertão do nordeste

Aluguel : 200 reais
àgua : 50 reais
Luz : 50 reais
Cesta básica : 200 reais


total de custo de vida : 500 reais

dá pra viver com um salário minimo de boa

ainda sobra um bom dinheiro para cerveja , putaria e poupança

Se o aluguel é tão barato a cesta básica não será... e vice versa.
Muitos lugares não pagam água. Só luz. Mas tem custo com internet também, que segue o mesmo princípio da cesta básica - aluguel.
 

Tião esqueletico

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
5.740
Reações
8.982
Pontos
753
Se o aluguel é tão barato a cesta básica não será... e vice versa.
Muitos lugares não pagam água. Só luz. Mas tem custo com internet também, que segue o mesmo princípio da cesta básica - aluguel.

Que ?

Por que a cesta básica nao será ?

Custo com internet ? pessoal desses lados nem sabem o que é isso direito kkkk

mas nao serei injusto , irei verificar com contato que mora la no sertao de Pernambuco quanto custa a internet

esse caso que eu peguei é real , nao é achismo
 

Tião esqueletico

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
5.740
Reações
8.982
Pontos
753
Retornando

40 reais de internet de 4 mega de velocidade

pagam 70 de luz e 40 de água

compra poderia ser 300 , mas comem o que querem , gastam 600 reais mensais para duas pessoas


ou seja , custo de vida :

Nesse caso nao pagam aluguel ,possuem casa própria ( pagaram 10 mil , hoje vale 70 mil)
água : 40 reais
Luz : 70 reais
Cesta básica : 600 reais
Internet 40 reais


custo de vida mensal : 750 reais

cada um ganha um salário mínimo e ainda possuem um barraquinho que vendem refeições e bebidas , da qual tiram por volta de 800 reais liquido ( trabalham só de terça e quinta que é o dia da feira na cidade)


estou falando dos pais da minha mulher que moram no sertao do Pernambuco



Os 200 reais de aluguel , eu tirei como referencia da minha cunhada que mora aqui em SP , investiu numa casa lá ( na epoca pagou 30 mil ) e cobra 200 reais de aluguel mensal

é como se fosse o valor de uma casa aqui em SP que cobram 800 reais de aluguel


Pra tudo tem jeito nessa vida

só nao pra morte



Nego quer pegar como referencia custo de vida no centro de SP , é obvio que com 2 mil voce vai passar sufoco....mesma coisa Nova York , Tokyo e grandes cidades pelo mundo que possuem custo de vida bem elevado no centro


eu moro a 40 minutos do centro de São Paulo na Zona Leste e para mim está de bom tamanho.

Minha irma mudou para o centro de SP a um ano ( praça Roosevelt) e paga 2.200 de aluguel mais 300 de condominio ( total 2.500). Eu falo que é loucura mas cada um na sua.

meu custo de vida hoje está em 1.750,00 sem somar os 550,00 da escola da minha filha , com escola fica 2.300,00
 

geist

Lenda da internet
Mensagens
22.304
Reações
90.156
Pontos
1.503
Que ?

Por que a cesta básica nao será ?

Custo com internet ? pessoal desses lados nem sabem o que é isso direito kkkk

mas nao serei injusto , irei verificar com contato que mora la no sertao de Pernambuco quanto custa a internet

esse caso que eu peguei é real , nao é achismo

Pelas minhas viagens noto que quanto mais afastado dos grandes centros, mais o alguel é barato e mais os itens da cesta básica são caros, principalmente de higiene.
Internet nos grandes centros costuma ter preço aceitável pela velocidade, já em lugares afastados normalmente há um só provedor (a rádio muitas vezes) e que não oferece bom preço pela velocidade.
 

Tauron

Bam-bam-bam
Mensagens
4.074
Reações
28.879
Pontos
453
É o que acontece quando é o estado, e não o empresário que decide a remuneração do funcionário, impede quem não tem qualificação/experiência de conseguir o primeiro emprego e achata a remuneração de quem tem qualificação/experiência.

Mas você sabe, não é? É por uma boa causa, pra defender os trabalhadores...
 

-Mauricio

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
2.863
Reações
6.460
Pontos
703
Eu lembro que antigamente um gerente de loja formado em administração ganhava umas 4 ou 5x mais que um balconista com salário mínimo. Hoje em dia eu vejo muitas vagas pagando R$ 1.500,00 - R$ 2.000,00 para um gerente e R$ 500,00 - 700,00 para os estagiários serem balconistas. A proporção de estagiário em relação aos efetivos aumentou bastante.

Com o crescimento do Uber também é perceptível que as empresas sentiram a falta de vendedores externos. No auge da crise, entre 2014 e 2015, quando o Uber ainda tava engatinhando, as empresas pagavam 1 salário mínimo + comissão + combustível para vendedores externos que tivessem carro próprio. Aí mais ou menos em 2016 a galera toda foi virar Uber. Hoje equilibrou, mas a prioridade ainda é contratar estagiário com carro próprio para ser vendedor externo.

Os únicos salários que aumentaram foram de cientistas de dados, programadores e médicos. Esse último por intervenção estatal que kikou os escravos cubanos, além de impedir, temporariamente, a criação de novas vagas para o curso. Um médico especialista em psiquiatria com 2 anos de experiência na área, por exemplo, ganha seus R$ 15k num hospital particular. Nenhuma outra profissão paga metade disso para quem pouco tempo de experiência.

Eu ainda acho muito mais fácil e barato um engenheiro passar num concurso com vencimento inicial de 5k do que passar numa seleção de trainee de uma multinacional para ganhar os mesmos 5k. Mas o pessoal cai em propaganda de carreira. Claro que não vou negar que uma multinacional ou uma ótima empresa não deixam de lhe proporcionar um altíssimo crescimento produtivo, o que pode ser ótimo para empreender depois e crescer do seu jeito.

É só ir morar em alguma cidadezinha no sertão do nordeste

Aluguel : 200 reais
àgua : 50 reais
Luz : 50 reais
Cesta básica : 200 reais


total de custo de vida : 500 reais

dá pra viver com um salário minimo de boa

ainda sobra um bom dinheiro para cerveja , putaria e poupança

Para ser ganhar um salário mínimo como empregado em cidade pequena do nordeste você tem que estar trabalhando na prefeitura.

Um balconista de padaria, açougue, mercearia ou supermercado numa cidadezinha do sertão nordestino não ganha nem R$ 700,00.
 

Cafetão Chinês

Mil pontos, LOL!
Mensagens
8.023
Reações
43.057
Pontos
1.003
aí vc pensa, o cara estuda feito condenado, se forma, não consegue nada digno e acaba indo fazer concurso. Dá pra culpar um cara desses? Pra mim, não.

E Já me antecipando as criticas ao meu comentário, não quero defender em nada os governos anteriores ou demonizar o empresariado que não paga salários dignos. O problema é bem mais complexo, indo de oferta/procura de emprego motivada por N fatores a outros como infraestrutura/burocracia que afasta investidores. Além de claro, os empresários que só querem mesmo pagar salário de fome, mesmo com economia pujante.
Para ver como até em um cara supostamente de direita como você, a mentalidade do empresário sovina (e portanto o culpado pelos baixos salários) ainda está de alguma forma impregnada. Isso explica muito de como as coias chegaram a esse patamar.

O anormal e surreal seria se os empresários ainda conseguissem pagar bons salários no Brasil. Com todos os impostos, burocracia, regulações e legislações trabalhistas oriundas do getulismo (cada empregado custa em média 2 vezes o valor de seu salário).

É por isso que "economia pujante" citada, nunca passou de mera ilusão desenvolvimentista nesse país. Nunca se viu.

Enquanto isso, os empresários americanos, europeus e até mesmo chineses, supostamente mais "avarentos e mesquinhos" que os nossos, pagam salários melhores do que os daqui.
 
Ultima Edição:

Baneman

Discípulo de São Jorge
VIP
Mensagens
16.599
Reações
30.338
Pontos
1.253
Os únicos salários que aumentaram foram de cientistas de dados, programadores e médicos. Esse último por intervenção estatal que kikou os escravos cubanos, além de impedir, temporariamente, a criação de novas vagas para o curso. Um médico especialista em psiquiatria com 2 anos de experiência na área, por exemplo, ganha seus R$ 15k num hospital particular. Nenhuma outra profissão paga metade disso para quem pouco tempo de experiência.

Graças a Deus pagam bem pra médico, na real pagam até mais do que esses 15k médico, conheço um recém formado que tirou 30k em dezembro (trabalhando igual um condenado) e arrumou um trabalho na UBS agora em Janeiro, 14k por 40h semanais, seg a sex 8h, sonho da porra.


Enviado de meu SM-G9600 usando o Tapatalk
 

Tião esqueletico

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
5.740
Reações
8.982
Pontos
753
Eu lembro que antigamente um gerente de loja formado em administração ganhava umas 4 ou 5x mais que um balconista com salário mínimo. Hoje em dia eu vejo muitas vagas pagando R$ 1.500,00 - R$ 2.000,00 para um gerente e R$ 500,00 - 700,00 para os estagiários serem balconistas. A proporção de estagiário em relação aos efetivos aumentou bastante.

Com o crescimento do Uber também é perceptível que as empresas sentiram a falta de vendedores externos. No auge da crise, entre 2014 e 2015, quando o Uber ainda tava engatinhando, as empresas pagavam 1 salário mínimo + comissão + combustível para vendedores externos que tivessem carro próprio. Aí mais ou menos em 2016 a galera toda foi virar Uber. Hoje equilibrou, mas a prioridade ainda é contratar estagiário com carro próprio para ser vendedor externo.

Os únicos salários que aumentaram foram de cientistas de dados, programadores e médicos. Esse último por intervenção estatal que kikou os escravos cubanos, além de impedir, temporariamente, a criação de novas vagas para o curso. Um médico especialista em psiquiatria com 2 anos de experiência na área, por exemplo, ganha seus R$ 15k num hospital particular. Nenhuma outra profissão paga metade disso para quem pouco tempo de experiência.

Eu ainda acho muito mais fácil e barato um engenheiro passar num concurso com vencimento inicial de 5k do que passar numa seleção de trainee de uma multinacional para ganhar os mesmos 5k. Mas o pessoal cai em propaganda de carreira. Claro que não vou negar que uma multinacional ou uma ótima empresa não deixam de lhe proporcionar um altíssimo crescimento produtivo, o que pode ser ótimo para empreender depois e crescer do seu jeito.



Para ser ganhar um salário mínimo como empregado em cidade pequena do nordeste você tem que estar trabalhando na prefeitura.

Um balconista de padaria, açougue, mercearia ou supermercado numa cidadezinha do sertão nordestino não ganha nem R$ 700,00.


a única e ultima vez que estive no sertao nordestino e fiquei dez dias , nao era isso nao heim

lembro bem de uma amiga da minha mulher que era radialista na cidade e tirava um salario minimo na epoca e creio que a maioria do pessoal lá tira nessa faixa, nao menos que isso ,até pode ter um caso ou outro mas nao era o padrão.

O irmao da minha mulher trabalha como moto taxi e ele diz que tira por volta de 1500 reais

agora detalhe , la eles trabalham bem na amaciota , bem tranquilo...lojas abrem as 09 00 da manha , 12 00 fecha pra almoço e voltam as 14 00 ,as 17 00 já está tudo fechado


é outro estilo de vida , cultura muito diferente ,parece até que eu estava em outro pais
 

JmB!

Lenda da internet
Mensagens
13.019
Reações
13.312
Pontos
1.684
Se o Brasil tivesse investido em educação de base este problema (possivelmente) não teria acontecido...

Falta no Brasil criatividade empreendedora, incentivo empreendedor e vontade/confiança empreendedora.
E porque a educação de base é mais importante do que a faculdade para a realização destas coisas?

Simples! É dela que deveria vir a vontade "de ser alguém na vida" e te dar direção e disposição de tentar.

Mas aqui ACONTECE COMPLETAMENTE O OPOSTO, A PESSOA ENTRA NA FACULDADE PRA SABER SE QUER FAZER ISSO OU AQUILO.
Como resultado temos uma inflação de formandos.
A FACULDADE DEVERIA SER UM FATOR DE COMPLEMENTO E NÃO DE NECESSIDADE...

Uma alusão prática: No município de SP EXISTEM CENTENAS (OU TALVEZ MILHARES) de salões de beleza, praticamente um em cada esquina e qual é o resultado disso?
Sim, salões vazios!
É o BRASIL em sua essência.

T+
 

Beren_

Mil pontos, LOL!
Mensagens
13.473
Reações
29.117
Pontos
1.053
aí vc pensa, o cara estuda feito condenado, se forma, não consegue nada digno e acaba indo fazer concurso. Dá pra culpar um cara desses? Pra mim, não.

E Já me antecipando as criticas ao meu comentário, não quero defender em nada os governos anteriores ou demonizar o empresariado que não paga salários dignos. O problema é bem mais complexo, indo de oferta/procura de emprego motivada por N fatores a outros como infraestrutura/burocracia que afasta investidores. Além de claro, os empresários que só querem mesmo pagar salário de fome, mesmo com economia pujante.

Só fiquei curioso com uma coisa. O que é um salário "digno" para um empresário pagar?

Como voce define e mede isso para poder calcular?
 

Beren_

Mil pontos, LOL!
Mensagens
13.473
Reações
29.117
Pontos
1.053
Ao longo do tempo, o mercado de trabalho passou a trocar empregos de maior qualidade por postos de menor rendimento

O Brasil não cria vagas com rendimento acima de dois salários mínimos há 14 anos. Levantamento feito pelo GLOBO com base nos microdados do Caged, o registro de vagas com carteira assinada do governo, mostra que a partir de 2006 não houve saldo positivo nas contratações para qualquer faixa de renda com remuneração superior a duas vezes o piso nacional.

14 anos. Não sei como não disseram que é culpa do atual presidente.

Incluindo os dados de 2019, divulgados na última sexta-feira, o país extinguiu 6,7 milhões de empregos com renda mais alta desde 2006.

Ao longo do tempo, o mercado de trabalho passou a trocar vagas de maior qualidade por postos de menor rendimento. Foram criados 19,2 milhões de postos de trabalho desde 2006, porém, todos com renda de até 2 salários mínimos.

Considerando o saldo entre vagas fechadas e geradas, o mercado absorveu 12,5 milhões de trabalhadores. O resultado é uma economia que vem se tornando cada vez mais de baixos salários, indiferente até mesmo aos momentos de grande dinamismo, entre 2010 e 2013.

Especialistas avaliam que o quadro é estrutural. Parte do fenômeno pode ser explicado pelo modelo de crescimento econômico das últimas décadas, baseado no consumo das famílias e com baixas taxas de investimento.


Sério que agora. Só DEPOIS de ocorrido, os "economistas mainstream" estão entendendo o que outros já avisam desde o começo baseado em teoria econômica? ^^

103979

Outro fator importante é a política de valorização do salário mínimo, vigente até 2018. Entre 2005 e 2019, o piso nacional subiu 74% acima da inflação. O ganho real é considerado positivo e necessário pelos economistas. O problema é que não foi acompanhado do aumento da produtividade da economia. No mesmo período, a produtividade da hora trabalhada avançou apenas 18%, segundo dados do Ibre/FGV.

Elementar meu caro Sherlock. Produtividade é o que gera riqueza. Mais uma que passou batido pros empíricos de plantão.

Sai aumentando salário arbitrariamente, tabelado, quem produz simplesmente começa, gradualmente, a produzir menos, empregar menos já que o custo de empregar é alto e o risco somente aumenta. Junta-se a outras situações e manipulações , e quem pode vai embora. E aos poucos veio a desindustrialização.


Pela régua do salário mínimo, vamos encontrar cada vez mais pessoas ganhando próximo a ele, pois o piso cresceu mais rápido do que as outras remunerações. E nos últimos anos, o que vimos foram empregos criados com uma remuneração cada vez menor ou estagnada — ressalta Hélio Zylberstajn, professor da FEA/USP e coordenador do Salariômetro da Fipe.

A lenta recuperação do mercado de trabalho, com a criação de 1,1 milhão de postos formais de trabalho no acumulado de 2018 e 2019, após a perda de mais de 3 milhões desde a recessão iniciada em 2015, ajuda a entender as dificuldades.

Vamos proteger os pobres deixando todo mundo mais pobre.

Graduados sem lugar
O trabalhador volta a assinar a carteira hoje ganhando, em média, 10% menos que antes da demissão. Para o empregador, é uma maneira de ajustar o descolamento entre o crescimento dos salários e o da produtividade, tendo a seu favor uma oferta muito maior de trabalhadores do que vagas disponíveis.

— A produtividade cresceu muito menos que o valor do mínimo. Isso significa que o piso ficou muito alto para a economia brasileira. O empregador não vai contratar o trabalhador por mais, a não ser que ele seja muito qualificado — explica José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.

Logico. Salário "digno" é o salário que corresponde a justa produtividade do funcionário e valor gerado para empresa, dada as devidas proporções na linha de produção. Qualquer coisa fora isso é pura arbitrariedade. Quanto mais produtivo, mais especializado, mais ele vale para empresa e portanto mais pode vir a ganhar.

Mas, como existe o minimo e pisos. Paga-se baseado neles e pronto.

Economia de salários baixos
Brasil não consegue criar novos postos de trabalho com remuneração acima de dois salários mínimos

Essa dinâmica acabou expulsando muita gente nos dois extremos do mercado formal, no qual estão os empregos com algum tipo de proteção social. Trabalhadores sem qualificação migraram para a informalidade, enquanto profissionais de maior escolaridade enfrentam dificuldades para encontrar oportunidades com remuneração compatível com a sua formação.

Que absurdo. Pessoas fugindo da beleza da CLT que os protege e beneficia para ir trabalhar por conta própria.

Só entre 2012 e 2019, segundo dados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE, a proporção de profissionais com ensino superior no país saltou de 14% para 19% da força total de trabalhadores. São quase 7 milhões de graduados que entraram no mercado nos últimos oito anos, justamente em um momento em que as melhores vagas minguaram ano a ano.

No ano passado, houve sinais de reação do mercado de trabalho com a criação de 644 mil vagas, o melhor desempenho em seis anos. O problema é que nos principais setores da economia, como comércio, indústria e serviços, não houve saldo positivo em vagas com rendimento acima de 1,5 salário mínimo. Houve criação, ainda que marginal, de postos com renda entre 1,5 e dois pisos nacionais na construção civil, que iniciou processo de recuperação após a crise.

Frustração no mercado
Graduada em História e com duas especializações no currículo, Danielle Senna, de 32 anos, teve dificuldades para ganhar, como professora, um salário que consideraria satisfatório para sua formação. A crise na área de educação fez com que ela trocasse a docência pela área administrativa de um hotel, mas ainda assim não ganha mais de R$ 2 mil.

— Com as responsabilidades da minha função, acho que poderia ganhar mais. Porém, o mercado não permite escolher muito. Isso me limita. Foi bem decepcionante no início, após a faculdade — lamenta.

Pois é. No mercado de verdade, acumular graduações de nada adianta se voce não desenvolve habilidades praticas.
E por mais que tentem sufocar o mercado, ele sempre dá um jeito de voltar e e respirar.

Um dos resultados dessa insatisfação salarial entre os mais qualificados é o avanço da informalidade entre eles ou outras modalidades de trabalho, como a prestação de serviços como autônomo ou como microempreendedor individual (MEI). Muitas empresas preferem contratar serviços assim em vez de empregar um trabalhador fixo. Dessa forma, esses profissionais conseguem remuneração mais elevada do que teriam com carteira assinada.

Para José Pastore, sociólogo especialista em relações do trabalho e emprego, a melhora do mercado brasileiro só acontecerá com a retomada do protagonismo do setor industrial e da construção, responsáveis por empregar profissionais mais qualificados e com melhores salários. Entre 2005 e 2018, a participação da indústria perdeu cerca de 8 pontos percentuais em tudo o que é produzido no país, o PIB.

É interessante o viés que vem sempre carregado, de que ser MEI ou autônomo é "pior" do que ser funcionário. Mesmo estando claro que desta forma conseguem melhor remuneração.

— Precisamos de crescimento sustentável de seis a sete anos, com taxa de 4% ao ano, para começar a ter crescimento de serviços mais sofisticados — afirma Pastore.

Na avaliação de Zylberstajn, é necessário que o país invista na melhoria da qualificação profissional e no aumento da produtividade para que o avanço dos salários possa se refletir em aumento de poder de compra e da poupança.

É preciso produzir mais para poder consumir mais. O crescimento do valor adicionado nas empresas é o que vai levar ao aumento dos salários, que vai impactar o consumo e o poder de compra — conclui.

Lei de Saw.
Agora, como que vai crescer eles não falam né? Só fala que "precisa aumentar a produtividade". Mas como fazer isso num mercado inóspito e regulado como temos?




No Estado do Rio, só vagas de até R$ 1.497
A recuperação do mercado de trabalho formal no Rio de Janeiro em 2019, que registrou o melhor saldo no balanço entre admissões e demissões desde 2014, com 16.829 novas vagas, foi puxada pela geração de postos de trabalho de baixa remuneração.

Dados do Caged divulgados na última sexta-feira apontam que o estado só obteve saldo positivo para aqueles que recebem até 1,5 salário mínimo, o equivalente a R$ 1.497, considerando o piso nacional de 2019. Para os níveis salariais mais elevados, o balanço ficou no vermelho, com a dispensa de trabalhadores maior que o total de contratações.

Foram gerados no ano passado cerca de 55 mil postos de trabalho de até 1,5 salário mínimo. Computados com a eliminação de 46 mil vagas de salário superior a esse patamar, culminaram no saldo de empregos no Rio em 2019 (que considera também vencimentos não declarados).

O Rio segue a a tendência dos demais estados brasileiros, onde a recuperação econômica ainda não resultou na melhoria dos salários ofertados.

Na capital fluminense, que terminou como a pior cidade do país na geração de postos de trabalho em números absolutos, o cenário se repete. O saldo negativo de 6.640 só não foi pior devido à geração adicional de 23 mil vagas com remuneração até 1,5 salário mínimo. Acima desse patamar, houve a eliminação de mais de 30 mil postos com salários acima, na indústria, serviços e construção civil.

Entre as capitais, somente Florianópolis (SC) e Vitória (ES) conseguiram obter geração de vagas acima de 1,5 salário. Nessas cidades, novas vagas foram criadas para quem ganha até R$ 1.998 — o equivalente a dois mínimos.


Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/p...ima-de-2-salarios-minimos-ha-14-anos-24211895
 

sebastiao coelho neto

Lenda da internet
Mensagens
23.824
Reações
54.877
Pontos
1.839
Para ver como até em um cara supostamente de direita como você, a mentalidade do empresário sovina ainda está de alguma forma impregnada.
Isso explica muito de como as coias chegaram a esse patamar.

O anormal e surreal seria se os empresários ainda conseguissem pagar bons salários no Brasil. Com todos os impostos, burocracia, regulações e legislações trabalhistas oriundas do getulismo (cada empregado custa em média 2 vezes o valor de seu salário).

É por isso que "economia pujante" citada, nunca passou de mera ilusão desenvolvimentista nesse país. Nunca se viu.

Enquanto isso, os empresários americanos, europeus e até mesmo chineses, supostamente mais "avarentos e mesquinhos" que os nossos, pagam salários melhores do que os daqui.
Mas há empresários sovinas. Só que isso não significa dizer que todos seriam. E quando falo em economia pujante, me refiro a várias épocas e não só ao periodo de crescimento artificial do governo petista. Houveram outros períodos de crescimento, como o início do plano real e mesmo assim havia empresários que pagavam bem e outros que pagavam mal. É normal isso. Você se focou no detalhe e não no principal. Há empresários que querem pagar melhor mas não podem.

Só fiquei curioso com uma coisa. O que é um salário "digno" para um empresário pagar?

Como voce define e mede isso para poder calcular?
Isso é bem relativo, depende da pessoa e do ramo. Uma forma seria ver qual era o salário de uma categoria e se o mesmo, descontando a inflação, é igual ao de hoje. Outra forma é ver se uma pessoa com diploma superior recebe um salário de graduado ou se é o piso de técnico.

Mas independente do critério pra saber se o salário é digno ou não, se na iniciativa privada o pagamento é bem menor que no serviço público é claro que os que trocam um pelo outro acham que o empresariado paga pouco.
 

Goris

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
21.829
Reações
76.867
Pontos
553
Só fiquei curioso com uma coisa. O que é um salário "digno" para um empresário pagar?

Como voce define e mede isso para poder calcular?
Isso é bem relativo, depende da pessoa e do ramo. Uma forma seria ver qual era o salário de uma categoria e se o mesmo, descontando a inflação, é igual ao de hoje. Outra forma é ver se uma pessoa com diploma superior recebe um salário de graduado ou se é o piso de técnico.

Mas independente do critério pra saber se o salário é digno ou não, se na iniciativa privada o pagamento é bem menor que no serviço público é claro que os que trocam um pelo outro acham que o empresariado paga pouco.
Acho que essa sua medida não é muito apurada. Digo, eu sou dos anos 70. Quando eu era criança - num país de analfabetos - quem tinha primeiro grau completo era rei. Nisso tinha um salário maior. O segundo grau era, na verdade, ainda mais que nossa universidade hoje. Muita gente com apenas o primeiro ano do segundo grau já tinha oportunidades imensas. E um salário adequado.

Hoje, um entregador de papel na rua tem segundo grau. Dizer que seria digno esse entregador de papel ganhar o mesmo que um cara do segundo grau ganhava em 1985 tirando a inflação vai pra ele ganhar o tanto quanto um titulado ganha. Sendo que ele não tem tal estudo.

A outra métrica "O suficiente pra uma vida digna" é ainda mais arbitrário.

Tipo, meu pai começou a trabalhar morando num bairro distante do emprego, era mais de uma hora de caminhada a pé pro trabalho (sei porque eu fazia metade desse trajeto a pé tbm), ganhando um salário digno que dava pra ele se alimentar, vestir e ter alguns luxos... Tipo, na nossa casa tinha uma TV, uma antena de UHF e uma vitrola na sala, que tínhamos que escolher qual ligar na tomada (o UHF era daqueles que tinha uma saída de tomada pra ligar a TV). No quarto, cama, penteadeira e guarda-roupas. Na cozinha um daqueles fogões lindos dos anos 70 com aquele azul bebê carro fiat muito da moda, geladeira, armário e mesa. No meu quarto e de meu irmão o guarda-roupas e a beliche. Ah, nosso primo mais velho dava as roupas dele quando ele crescia pra gente, que tomava conta o máximo possível e entregava ela pro primo mais novo quando não nos servia mais. Os chinelos havaiana, quando estragavam colocávamos um grampo de cabelo e usávamos ainda mais meses antes de comprar um novo.

Isso, por incrível que possa parecer, era uma vida digna.

Hoje, uma pessoa pobre - e falo com conhecimento de causa - tem um celular pra cada membro da família, algumas vezes um celular que nem eu - que não sou rico, mas tbm não tão pobre - tenho (já vi gente da minha equipe com iphone numa mão e falando que o salário não dá pra nada), TV de Led na sala, no quarto e, em muitos casos, no quarto dos filhos. Na sala, aparelho da Sky (ou AZBox), aparelho de som (que mesmo que nunca use, tá lá), estante/rack PS4 (ou Xbox 360 pra jogos piratas), roteador pra wi-fi, pagando internet pro provedor, colocando todo mês 30 reais de créditos no celular próprio e da esposa... No quarto notebook em cima da cama, rack pra TV, quarda-roupas do tamanho da parede... Cozinha com cafeteira elétrica, sanduicheira elétrica, microondas, fogão, geladeira e o escambau. Roupas doadas? Não só não usa como acharia um ultraje "coisa de pobre" alguém propor isso. Ah, as roupas velhas? Viram pano de chão ou vão pro lixo. Não é maldade, é que doar dá trabalho. Isso quando não penso da mulher do "Essa bolsa-família não compra nem uma calça de 300 reais pra minha filha" (com o detalhe que, fora um terno pra casamentos e etc, nenhuma roupa minha custou 300, 200 ou 150 reais... Isso que 300 reais 10 anos atrás seria uns 500/600 reais hoje).

De repente, o cara que hoje acha que o salário não dá pra viver uma vida digna seria um rico, burguês mesmo, se o cara do passado viajasse no tempo.

Vida digna é beeeeem do lugar, da cultura, da própria pessoa...
 

sebastiao coelho neto

Lenda da internet
Mensagens
23.824
Reações
54.877
Pontos
1.839
Acho que essa sua medida não é muito apurada. Digo, eu sou dos anos 70. Quando eu era criança - num país de analfabetos - quem tinha primeiro grau completo era rei. Nisso tinha um salário maior. O segundo grau era, na verdade, ainda mais que nossa universidade hoje. Muita gente com apenas o primeiro ano do segundo grau já tinha oportunidades imensas. E um salário adequado.

Hoje, um entregador de papel na rua tem segundo grau. Dizer que seria digno esse entregador de papel ganhar o mesmo que um cara do segundo grau ganhava em 1985 tirando a inflação vai pra ele ganhar o tanto quanto um titulado ganha. Sendo que ele não tem tal estudo.

A outra métrica "O suficiente pra uma vida digna" é ainda mais arbitrário.

Tipo, meu pai começou a trabalhar morando num bairro distante do emprego, era mais de uma hora de caminhada a pé pro trabalho (sei porque eu fazia metade desse trajeto a pé tbm), ganhando um salário digno que dava pra ele se alimentar, vestir e ter alguns luxos... Tipo, na nossa casa tinha uma TV, uma antena de UHF e uma vitrola na sala, que tínhamos que escolher qual ligar na tomada (o UHF era daqueles que tinha uma saída de tomada pra ligar a TV). No quarto, cama, penteadeira e guarda-roupas. Na cozinha um daqueles fogões lindos dos anos 70 com aquele azul bebê carro fiat muito da moda, geladeira, armário e mesa. No meu quarto e de meu irmão o guarda-roupas e a beliche. Ah, nosso primo mais velho dava as roupas dele quando ele crescia pra gente, que tomava conta o máximo possível e entregava ela pro primo mais novo quando não nos servia mais. Os chinelos havaiana, quando estragavam colocávamos um grampo de cabelo e usávamos ainda mais meses antes de comprar um novo.

Isso, por incrível que possa parecer, era uma vida digna.

Hoje, uma pessoa pobre - e falo com conhecimento de causa - tem um celular pra cada membro da família, algumas vezes um celular que nem eu - que não sou rico, mas tbm não tão pobre - tenho (já vi gente da minha equipe com iphone numa mão e falando que o salário não dá pra nada), TV de Led na sala, no quarto e, em muitos casos, no quarto dos filhos. Na sala, aparelho da Sky (ou AZBox), aparelho de som (que mesmo que nunca use, tá lá), estante/rack PS4 (ou Xbox 360 pra jogos piratas), roteador pra wi-fi, pagando internet pro provedor, colocando todo mês 30 reais de créditos no celular próprio e da esposa... No quarto notebook em cima da cama, rack pra TV, quarda-roupas do tamanho da parede... Cozinha com cafeteira elétrica, sanduicheira elétrica, microondas, fogão, geladeira e o escambau. Roupas doadas? Não só não usa como acharia um ultraje "coisa de pobre" alguém propor isso. Ah, as roupas velhas? Viram pano de chão ou vão pro lixo. Não é maldade, é que doar dá trabalho. Isso quando não penso da mulher do "Essa bolsa-família não compra nem uma calça de 300 reais pra minha filha" (com o detalhe que, fora um terno pra casamentos e etc, nenhuma roupa minha custou 300, 200 ou 150 reais... Isso que 300 reais 10 anos atrás seria uns 500/600 reais hoje).

De repente, o cara que hoje acha que o salário não dá pra viver uma vida digna seria um rico, burguês mesmo, se o cara do passado viajasse no tempo.

Vida digna é beeeeem do lugar, da cultura, da própria pessoa...
Minha comparação com o passado é de acordo com o cargo, não com a formação. Por exemplo, um engenheiro hoje ganha o equivalente a um de 20 anos atrás? É um exemplo de métrica. Pode-se discordar ou não porque, como disse no início, achar digno ou não é questão de cada um.
 

Bat Esponja

Lenda da internet
Mensagens
33.156
Reações
68.937
Pontos
1.529
Mas só em setores de alta tecnologia, como para desenvolver a mandioca atômica e estocagem de vento.
Eu comecei a estranhar quando perguntavam da inflação e ela respondia que pelo menos tinha empregos

Ótimo plano pra conter a inflação lol
 
Topo Fundo