ganondorfan
Bam-bam-bam
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Boa tarde nobres,
primeiro quero dizer que na atual fase da minha vida, venho tendo problemas de um modo geral em apreciar jogos de videogame, a grande questão é que eu me sinto culpado quando acontece aquele fenômeno de me desligar da realidade e logo perco o interesse em jogar o jogo.
Entretanto, esse game venho esperando de longa data, curti muito o primeiro no X360 e sabia que o que estava por vir seria algo grandioso, acredito que elogiar o jogo nessa altura do campeonato seja chover no molhado, logo vou retratar como consegui transformar minhas experiências com RDR2 em algo muito mais divertido.
Primeiramente o jogo te embala numa série de tutoriais que apresentam um amontoado de mecânicas do jogo, todas estas muito bem feitas por sinal, mas que causam um certo peso nos ombros do jogador, tornando toda decisão muito pesada para ser feita, visto o enorme número de desdobramentos. O tamanho do mundo também oprime o jogador, visto que o fast travel é dificultado, pelo menos no início do jogo.
No princípio, eu estava me sentindo estressado em participar de missões mais elaboradas, por não conhecer bem as mecânicas de jogo e por já ter uma ideia da complexidade ao me basear nos Heists de GTAV, logo estava evitando, porém tive uma grata surpresa com a missão do Roubo ao Trem, foi divertido e fluído, mas logo no final dessa missão quando o Dutch diz para eu fazer o que quiser com os reféns, eu me peguei sendo um bom Arthur, não consegui atirar neles embora eu estivesse sedento para ver de perto a mecânica de tiro do jogo, pedi para os senhores em questão para entrarem dentro do vagão, porém minha curiosidade foi maior e atirei na perna de um deles, achei espetacular o buraco de bala, o sangue e a reação, porém logo depois senti uma espécie de culpa, aqueles personagens realmente conseguiram me tocar moralmente de alguma forma, quer dizer, o que o Arthur faz com os outros quando não tem ninguém olhando, afinal de contas esses caras estavam só trabalhando, o dinheiro nem era deles.
Saí dessa experiência me sentindo meio estranho e notei que a partir disso eu sentia extrema dificuldade em "ser mau" dentro do jogo, as situações que me permitiam agir desta forma sempre apareciam carregadas de emoção contextual, você vê o desespero na cara do NPC e fica pensativo, além disso eu me sentia experimentando o jogo de uma forma moralmente não muito divertida. Chegou ao ponto que em qualquer situação adversa dentro das cidades eu me rendia e deixava o xerife me prender, o jogo apesar de tecnicamente perfeito não estava me divertindo, daí resolvi chutar o balde.
Começou numa missão de cobrar as dívidas do agiota do acampamento, minha missão era receber, mesmo que para isso fosse necessário engrossar com os devedores, o primeiro achei dentro da residência dele, ele desconversou e depois de uma surra, fui obrigado a pilhar a casa dele, na saída fiz o inimaginável, amarrei ele e pus uma bala em sua cabeça ainda no chão, morreu ali, no meio da cozinha da própria casa.
O segundo tentou fugir de mim a galope com seu cavalo, tão logo eu o prendi com meu laço ele começou a falar onde escondia seus pertences, após extrair a informação e o mapa ele me pediu para soltá-lo, novamente meu alter ego malvado o posicionou nos trilhos do trem ainda amarrado e aguardou pacientemente a vindoura morte desse sujeito irritante.
A partir desse ponto, eu comecei a enxergar o jogo como um misto de oportunidades, uma pessoa sozinha que nada tem a me oferecer passou de um cara do bem para um presa, comecei a efetuar mortes por toda parte, esconder os corpos, pilhar os espólios e assim por diante. Ontem entrei numa barbearia e um bêbado estava mexendo comigo, normalmente eu me manteria longe de confusão dentro da cidade, porém o novo Arthur não leva desaforo para casa, iniciei um briga ali mesmo dentro do bar, o cara era resistente, me desarmou quando tentei baleá-lo, a luta continuou e terminou com ele nocauteado, roubei o chapéu dele, peguei meu revolver e garanti que ele nunca mais acordaria novamente, saí do saloon em disparada, chamei meu Cavalo Epona, e parti rumando para Oeste a todo vapor.
Não estou dizendo que todos devem jogar desta forma, mas ontem, eu consegui sentir o feeling do jogo, e o amontoado de mecânicas existentes não me parecia mais um peso a se carregar o tempo todo, eu só precisava saber navegar bem entre elas para extrair do jogo a melhor experiência para mim. Acredito que muita gente que embarca nesse jogo para ter uma satisfação rápida pode sim se frustrar, ou até mesmo aquelas pessoas assim como eu, que está acostumada a ser guiada pelo game designer pode achar tudo muito enfadonho.
Bom pessoal, essa está sendo minha experiência e fica como dica também a questão do estilo do jogo, como peça de entretenimento vale tudo para se divertir.
primeiro quero dizer que na atual fase da minha vida, venho tendo problemas de um modo geral em apreciar jogos de videogame, a grande questão é que eu me sinto culpado quando acontece aquele fenômeno de me desligar da realidade e logo perco o interesse em jogar o jogo.
Entretanto, esse game venho esperando de longa data, curti muito o primeiro no X360 e sabia que o que estava por vir seria algo grandioso, acredito que elogiar o jogo nessa altura do campeonato seja chover no molhado, logo vou retratar como consegui transformar minhas experiências com RDR2 em algo muito mais divertido.
Primeiramente o jogo te embala numa série de tutoriais que apresentam um amontoado de mecânicas do jogo, todas estas muito bem feitas por sinal, mas que causam um certo peso nos ombros do jogador, tornando toda decisão muito pesada para ser feita, visto o enorme número de desdobramentos. O tamanho do mundo também oprime o jogador, visto que o fast travel é dificultado, pelo menos no início do jogo.
No princípio, eu estava me sentindo estressado em participar de missões mais elaboradas, por não conhecer bem as mecânicas de jogo e por já ter uma ideia da complexidade ao me basear nos Heists de GTAV, logo estava evitando, porém tive uma grata surpresa com a missão do Roubo ao Trem, foi divertido e fluído, mas logo no final dessa missão quando o Dutch diz para eu fazer o que quiser com os reféns, eu me peguei sendo um bom Arthur, não consegui atirar neles embora eu estivesse sedento para ver de perto a mecânica de tiro do jogo, pedi para os senhores em questão para entrarem dentro do vagão, porém minha curiosidade foi maior e atirei na perna de um deles, achei espetacular o buraco de bala, o sangue e a reação, porém logo depois senti uma espécie de culpa, aqueles personagens realmente conseguiram me tocar moralmente de alguma forma, quer dizer, o que o Arthur faz com os outros quando não tem ninguém olhando, afinal de contas esses caras estavam só trabalhando, o dinheiro nem era deles.
Saí dessa experiência me sentindo meio estranho e notei que a partir disso eu sentia extrema dificuldade em "ser mau" dentro do jogo, as situações que me permitiam agir desta forma sempre apareciam carregadas de emoção contextual, você vê o desespero na cara do NPC e fica pensativo, além disso eu me sentia experimentando o jogo de uma forma moralmente não muito divertida. Chegou ao ponto que em qualquer situação adversa dentro das cidades eu me rendia e deixava o xerife me prender, o jogo apesar de tecnicamente perfeito não estava me divertindo, daí resolvi chutar o balde.
Começou numa missão de cobrar as dívidas do agiota do acampamento, minha missão era receber, mesmo que para isso fosse necessário engrossar com os devedores, o primeiro achei dentro da residência dele, ele desconversou e depois de uma surra, fui obrigado a pilhar a casa dele, na saída fiz o inimaginável, amarrei ele e pus uma bala em sua cabeça ainda no chão, morreu ali, no meio da cozinha da própria casa.
O segundo tentou fugir de mim a galope com seu cavalo, tão logo eu o prendi com meu laço ele começou a falar onde escondia seus pertences, após extrair a informação e o mapa ele me pediu para soltá-lo, novamente meu alter ego malvado o posicionou nos trilhos do trem ainda amarrado e aguardou pacientemente a vindoura morte desse sujeito irritante.
A partir desse ponto, eu comecei a enxergar o jogo como um misto de oportunidades, uma pessoa sozinha que nada tem a me oferecer passou de um cara do bem para um presa, comecei a efetuar mortes por toda parte, esconder os corpos, pilhar os espólios e assim por diante. Ontem entrei numa barbearia e um bêbado estava mexendo comigo, normalmente eu me manteria longe de confusão dentro da cidade, porém o novo Arthur não leva desaforo para casa, iniciei um briga ali mesmo dentro do bar, o cara era resistente, me desarmou quando tentei baleá-lo, a luta continuou e terminou com ele nocauteado, roubei o chapéu dele, peguei meu revolver e garanti que ele nunca mais acordaria novamente, saí do saloon em disparada, chamei meu Cavalo Epona, e parti rumando para Oeste a todo vapor.
Não estou dizendo que todos devem jogar desta forma, mas ontem, eu consegui sentir o feeling do jogo, e o amontoado de mecânicas existentes não me parecia mais um peso a se carregar o tempo todo, eu só precisava saber navegar bem entre elas para extrair do jogo a melhor experiência para mim. Acredito que muita gente que embarca nesse jogo para ter uma satisfação rápida pode sim se frustrar, ou até mesmo aquelas pessoas assim como eu, que está acostumada a ser guiada pelo game designer pode achar tudo muito enfadonho.
Bom pessoal, essa está sendo minha experiência e fica como dica também a questão do estilo do jogo, como peça de entretenimento vale tudo para se divertir.