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Tópico oficial Pedro Castillo vence Fujimori e é eleito presidente do Peru

Wolf.

Canis lupus
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Pedro Castillo vence Fujimori e é eleito presidente do Peru
Professor de escola rural era praticamente desconhecido no país até quatro anos atrás e levou a esquerda ao poder

  • INTERNACIONAL | Do R7, com AFP
  • 10/06/2021 - 17H54(ATUALIZADO EM 10/06/2021 - 18H00)
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Castillo saúda apoiadores no seu comitê central de campanha em Lima, capital do PeruLUKA GONZÁLEZ / AFP - 7.6.2021

O candidato do partido Perú Libre, o esquerdista Pedro Castillo, de 51 anos, venceu o segundo turno da eleição presidencial peruana contra a direitista Keiko Fujimori, por uma vantagem muito pequena.

Segundo a apuração divulgada pela ONPE, órgão eleitoral do país, Castillo teve 50,199% dos votos válidos (8.800.486 no total), contra 49,801% (8.730.712) da adversária. A votação teve uma enorme participação popular, com mais de 74,7% do eleitorado indo às urnas.

Fujimori ainda tenta, na justiça, a anulação de algumas das atas em uma tentativa de reverter o resultado, mas observadores independentes não viram indício de fraude sistêmica alegadas pelo partido dela.

Castillo deu aulas em uma escola rural durante 24 anos e saiu do anonimato em 2017, quando liderou uma greve nacional de professores e despontou com o discurso de "não haver mais pobres em um país rico".

O novo presidente peruano é casado e tem três filhos. Sua mistura de moral conservadora e reivindicações sociais por mudança se adaptou bem a um país onde a religião costuma ser um fator eleitoral decisivo. Ele costuma citar passagens bíblicas para justificar sua rejeição ao aborto, ao casamento homossexual e à eutanásia.

Com um chapéu branco típico de Cajamarca, percorreu o país até a cavalo para obter votos. "O povo se identifica com quem nasceu no mesmo meio", afirmou o candidato durante a campanha.

Do anonimato para a presidência

A greve nacional de 2017 durou quase 80 dias, exigindo um aumento salarial e a eliminação de um sistema polêmico de avaliação de professores.

A mobilização dos professores deixou 3,5 milhões de alunos de escolas públicas do país sem aulas e encurralou o então presidente Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, que inicialmente se recusou a dialogar com os grevistas até ceder e aceitar a maioria das demandas.

Numa tentativa de deslegitimar a greve, o então ministro do Interior, Carlos Basombrío, disse que os líderes do movimento estavam ligados ao Movadef, o braço político da derrotada guerrilha maoísta do Sendero Luminoso, um grupo ilegal considerado terrorista no Peru.

"Rejeito categoricamente as denúncias", respondeu Castillo, que integrou em Cajamarca as "rondas camponesas", as armadas que resistiram às incursões de Sendero nos dias difíceis do conflito interno (1980-2000).

"Planejamos mudanças, não remendos ou reformas como outros candidatos de esquerda", disse Castillo durante a campanha.

As propostas de Castillo

A esquerda peruana chegou às eleições dividida com quatro candidatos, entre eles Verónika Mendoza e o ex-padre católico Marco Arana, além de Castillo.

A proposta eleitoral do Perú Libre se baseia em três pilares: saúde, educação e agricultura. Segundo Castillo, esses são os setores prioritários para promover o desenvolvimento do Peru.

Uma de suas principais promessas de campanha é criar um milhão de empregos no primeiro ano de governo.

Além disso, planeja também convocar uma Assembleia Constituinte para redigir uma nova Constituição em seis meses para substituir a atual, que favorece a economia de livre mercado.

A Constituição de 1993 é um legado do governo populista de direita de Alberto Fujimori (1990-2000), pai de Keiko. A rival de Castillo se opõe a mudar a Carta Magna.

O candidato também promete expulsar os estrangeiros que cometem crimes, em alusão tácita aos imigrantes venezuelanos que chegaram desde 2017.

Perú Libre é um dos poucos partidos peruanos de esquerda que defende o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro e o candidato anunciou que se chegar ao poder o país recuperaria o controle de sua energia e riquezas minerais, como gás, lítio e ouro, agora sob controle de multinacionais. No entanto, não especificou como o fará.


 
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Doug.Exausto

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Desde que a Operação Lava-Jato chegou no Peru, a crise institucional foi grande com seguidos impeachments de presidentes e constantes atritos entre congresso e o executivo .Em ambientes de bastante turbulência política como esse, sempre surgem os extremos no cenário político. Peru é só mais um exemplo.
 

Doug.Exausto

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Eleições na américa latina frequentemente (para não dizer sempre) são personalistas, muitas vezes sobre carisma ou se projetar no candidato (" homem do povo"), creio que deva ter sido o caso desse candidato de extrema esquerda. O regime presidencialismo por aqui não parece ser tão efetivo dada instabilidade política (com exceção de 1 ou outro país).
 


Ultima Weapon

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Este cara ai parece a soma de tudo de ruim que há em Lula e Bolsonaro, impressionante, até ofusca a filha corrupta do ditador.
 
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Doydis

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Explica isso aí amigo não vão ter eleições no Brasil em 2022?

Povo não entende ou faz comparações/previsões no mínimo descabidas.

Esse gordinho aqui resolveu o problema:

EmFXywAXIAMSblN
 

Protogen

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A sindicalista vagal vai ganhar "tranqüilamente" e isso vai ser uma prévia do que vai rolar aqui em 2022.
 

Monogo

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Eu to imaginando que tipo de decrepto a criatura deve ser, pra receber o titulo de extrema esquerda da midia.
 

Leonzeiro

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Tava pesquisando aqui sobre os candidatos e vi que esse Pedre Castillo é de esquerda,mas é dá esquerda "raiz".
Ele diz ser contra o aborto,casamento gay e Ideologia de gênero.Talvez,esse lado "conservador" dele também explique seu favoritismo.
Pesquisas apontam que ele ganha.



 

Protogen

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Aquele 51 a 49 de virada no finalzinho do segundo tempo a favor da esquerda :viraolho
 

Setzer1

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Aquele 51 a 49 de virada no finalzinho do segundo tempo a favor da esquerda :viraolho

No Peru as capitais (mais a direita) contam seus votos +rápido que o interior do Peru que é de difícil acesso e com tendência a esquerda.

Não importa quem ganhe nessa eleição, Peru ta fudido.

Fujimori e sua filha pra quem não sabe era gente que fez programa de esterilização forçada de pobres (320mil homens e mulheres foram esterilizados a força sem anestesia e acompanhamento pós operatorio entre 1996-2000) e lanço esquadrões da morte que tocaram o terror no interior do país (Matando indiscriminadamente sob pretexto da aldeia/vila estar acobertando guerrilheiros), motivo pelo qual o sobrenome fujimore é odiado nesses cantos e não duvido que ela tome um tiro se resolver pisar nessas vilas.

Logo não só falho em destruir a guerrilha comunista como deu novo gás pra ela (ja que o interior se viu obrigado a correr pra guerrilha por proteção) e tb gerou outro tipo de guerrilha, "anti-colonizadora". (Pró nativos e pelo fim do Peru como país e reinstituição dos descendentes incas no poder).

Somente em 2021 foi reconhecido o direito dessas vitimas a reparação.
E o processo contra fujimore por esse crime começou em março.


Esse candidato tb não ouvi coisas boas mas não gasto mto tempo olhando politica peruana pra me informar sobre candidato que se não ganhar volta pra obscuridade internacional. Se virar presidente eu gasto 1 hora um dia desse pra me inteirar do que ele defende de fato.
 
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PT manifestou nota oficial apoiando o Bolsonaro da esquerda em virtude da batalha contra o neoliberalismo, que piada.

Grande fenômeno a virtual vitória desse cara, peruanos chegaram ao fundo do poço. Não que a Fujimori seja necessariamente melhor mas à princípio seu maior crime foi meramente passar pano pra atos fascistas.
 

Sgt. Kowalski

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Observadores internacionais contestam Keiko e afirmam que eleição no Peru foi limpa


As acusações de fraude na eleição presidencial peruana, feitas por Keiko Fujimori, perderam força poucas horas depois. Com 96, 79% das urnas apuradas, ela aparece nesta terça-feira (8) com 49,74% dos votos, atrás de Pedro Castillo, que lidera com 50,25%.

Na noite desta segunda-feira (7), a candidata direitista afirmou que foram detectadas "diversas irregularidades" na votação, o que acarretaria uma "fraude sistemática" no pleito no país.

O Júri Nacional de Eleições, porém, informou que a Missão de Observadores da União Interamericana de Órgãos Eleitorais apresentou relatório no qual afirma que o pleito ocorreu de modo regular e com êxito.

A declaração foi corroborada pela Missão de Observação Eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos), liderada pelo ex-chanceler do Paraguai Rubén Ramírez Lezcano. Para o órgão, eventuais inconformidades "não comprometeram a eleição como um todo" e podem ser "resolvidas pela via legal".

Em entrevista coletiva, Keiko exibiu vídeos e fotos como supostas evidências de que atas eleitorais — espécie de resumos da votação nas seções— foram alteradas. Os registros também mostrariam treinamento oferecido a mesários e fiscais de Castillo para cometer atos ilegais que garantissem sua vitória.

No Peru, são os chefes das seções eleitorais que reúnem os votos de cada local em uma ata, vigiados por outros funcionários. Um dos vídeos exibidos mostra um apoiador de Castillo ordenando que os mesários chegassem antes dos demais integrantes da seção para ter a certeza de que poderiam controlar a ata.

O analista Fernando Tuesta, ex-titular da Onpe, o órgão eleitoral peruano, diz que a atitude de Keiko ao apontar uma possível fraude é "repugnante". "Ela já deixou de reconhecer os resultados em oportunidades anteriores. E, devido a essa posição, levou o país a níveis de ingovernabilidade que sofremos até hoje."

Um dia antes, durante o café da manhã com eleitores que é uma tradição dos candidatos presidenciais, ela disse que aceitaria os resultados e assumiu um compromisso de respeitar a vontade popular. "Será a decisão que o nosso país definir, se tenho que servir como presidente do Peru ou como uma simples cidadã", afirmou, no domingo (6).

O discurso de Keiko, no entanto, foi mudando de tom conforme a apuração avançava e Castillo assumia a liderança. A pequena diferença, que na manhã desta terça equivale a cerca de 87 mil votos, reflete a polarização da cena política peruana enquanto o país escolhe a quinta pessoa a ocupar a Presidência desde 2018.

A pesquisa de boca de urna do Instituto Ipsos, divulgada logo após o fechamento das urnas no domingo, dava vitória à direitista —50,3% dos votos contra 49,7% de Castillo. Mais tarde, porém, uma contagem rápida feita pelo mesmo instituto revelou um resultado inverso, com 50,2% para o professor de escolas rurais e 49,8% para a ex-congressista.

Se a vitória de Castillo se concretizar, ele será o primeiro presidente peruano sem vínculos com as elites políticas, econômicas e culturais. Sindicalista e professor do ensino médio, ele ficou conhecido nacionalmente ao liderar greves de docentes, a mais famosa delas em 2017.

Castillo defende maiores salários aos empregados do setor da educação, tem um discurso anticorrupção e propõe dissolver o Tribunal Constitucional e a Constituição de 1993 —segundo ele, os responsáveis por permitir práticas irregulares.

Um sucesso dele representa, também, a terceira derrota de Keiko nas urnas —ela já foi candidata em 2011 e em 2016, perdendo ambas as vezes no segundo turno.

Como consequência, a política, que assumiu há 15 anos a tarefa de reconstruir quase das cinzas o movimento político de direita fundado por seu pai em 1990, teria que ir a julgamento sob risco de acabar na prisão.

Keiko é investigada pelo caso das contribuições ilegais da empreiteira brasileira Odebrecht, um escândalo que afetou também quatro ex-presidentes peruanos, e já passou 16 meses em prisão preventiva por isso.

Se ela inverter o resultado e vencer, abrirá um precedente ao ser a primeira mulher nas Américas a chegar ao poder seguindo os passos de seu pai, cujo mandato foi marcado por uma série de denúncias de violações de direitos humanos.
O vencedor do pleito deve tomar posse em 28 de julho, e o mandatário ou mandatária precisará assumir as rédeas de um país em crise que já teve quatro líderes diferentes desde 2018.
 
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