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“O que é que há, velhinho?”. A famosa pergunta foi feita, pela primeira vez, num curta-metragem intitulado “A Lebre Selvagem”, lançado em 27 de julho de 1940. Assim, há oito décadas nascia o coelho número 1 do mundo (ok, o símbolo da Páscoa pode ter mais popularidade, mas não tem um pingo da personalidade de Pernalonga, um dos personagens mais irreverentes e ousados da história da animação).
Para se ter uma ideia da presença de Bugs Bunny - nome original do personagem - no imaginário popular, ele conseguiu desbancar ninguém menos do que Mickey Mouse, ícone da Disney, como o mais querido de todos os tempos entre os protagonistas de desenhos animados, em eleição realizada pela revista americana “TV Guide”, em 2002, deixando também para trás os seus contemporâneos Gato Félix, Popeye e Tom & Jerry.
Assumir o primeiro posto não era algo difícil de se imaginar. Ao contrário de outros personagens da década de ouro da animação, Pernalonga continua mais atual do que nunca. “Ele é um dos personagens mais interessantes do cinema de animação, tendo, já nos anos 40, pervertido as convenções ao encarnar todos os gêneros que você possa imaginar, chegando a usar saia e batom em alguns desenhos”, registra o cineasta e professor Sávio Leite.
Grande admirador do trabalho de Chuck Jones, um dos celebrados animadores do irreverente coelho criado por Tex Avery e Robert Mackinson, Leite destaca que o hoje mascote dos estúdios Warner já nasceu antropomórfico (com características humanas), inspirando-se em dos dois dos quatro irmãos Max, grupo de comediantes famosos na época.