A Sony vem construindo um grande momentum, com um marketing bastante adaptativo, com uma capacidade de previsão dos passos do concorrente acima da média. Ela sempre fez isso, e em geral de maneira “trollica”, vide o púlpito do preço do PSX versus Saturn, a publicidade adulta do seu primeiro console vs a infantil do N64, assim dominando a batalha por melhor reputação, as revelações do PS2 ou os esquetes com DRM e Always Online do Xbox One.
Ela está comandando a narrativa, e construindo um alicerce. A Microsoft vai basicamente soltar em novembro a mesma info de que o Scarlett sai em 2020, on the Hollidays, o que é a mesma coisa, só que menos impactante.
Uma coisa é FATO: um dos piores momentos pra se anunciar um console nos dias de hoje é num grande evento como a E3. Nesse nosso mundo de estimulação neuronal intensa por redes sociais, onde notícias vão e vêm num piscar de olhos, dividir palco de um Next Gen reveal com outras quinhentas notícias que uma E3 produz é uma grande besteira.
Você anuncia o
PS5 numa E3, a IGN, a Gamespot, a UsGamer, a EGM, todas soltam cada uma um video sobre o acontecido, as redes sociais reagem, os fóruns debulham a notícia, mas, daí a 40 minutos, a IGN, a Gamespot, a UsGamer e a EGM têm que fazer um video sobre o anúncio de Breath of the Wild 2 pro
Switch, e tudo meio que some na maresia náutica. Dividir atenção e falatório de uma coisa grande como essa com qualquer outra coisa é nocivo.
A Sony então provavelmente fará um evento isolado praticamente só pra mostrar o
PS5, com pouca coisa não-correlacionada a mais, ou literalmente NADA, e provavelmente será antes da E3.
A internet inteira só vai falar disso por algumas semanas, assim como aconteceu hoje.
Quando a grande feira (E3 2020) chegar, a Sony sobe ao palco novamente só pra administrar a partida, pra re-apresentar algumas coisas, e aprofundar em elementos do hardware e especialmente nos games, via Deep Dive.
E assim será.