Sobre o game, não tem que ter pergunta troncha e sem sentido. Ele é uma visual novel. É o gênero dele. Ele foi concebido assim. Ele é assim, ô espertão. Os caras sentaram pra fazer uma visual novel, e não pew pew. Foi pra isso que eles se reuniram. Esse era o objetivo.
Então, não adianta perguntar:
- Por que esse jogo é sem ação? Porque ele é uma visual novel, oras. É o gênero dele.
- Por que esse jogo tem tanta conversa? Porque ele é uma visual novel, meu camarada.
- Por que o persongem não dá dash morro acima, não loota caçamba de lixo com picareta e não tem moicano rosa-shock? Porque é uma visual novel, caboclo, com tema futurista e distópico.
A pergunta que tem que ser feita quando se analisa esse tipo de jogo é:
- Dentro do gênero e da proposta, o jogo foi eficiente e qualificado?
Não interessa, para fins de análise, se eu gosto ou não do estilo. Não vem ao caso. Ou não deveria vir. Quem leva em conta gosto de gênero e estilo na hora de avaliar acaba zerando a nota dum Puzzle Bubble porque não dá pra dar headshot no colega sem mouse.
Como disseram, é um game que a Sony buscou para compor a biblioteca de seu console, e atender ali uns 1 a 2 milhões de pessoas que curtem o estilo e que estão órfãos de opção, dentre os quais eu NÃO me incluo, pois não gosto do estilo (como não gostava dos point and clicks da década de 90).
Ter alguém que atende esse público é louvável.
Por isso, espero que a Quantic Dreams siga fazendo exatamente a mesma coisa que sempre fez, se não o gênero falece, e variedade sempre é bom.