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Por que o Sega Saturn falhou?

pavomba

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1) Arquitetura horrível: O Saturn nasceu como um projeto 2D que enjambraram o 3D por cima, e a má documentação em inglês.

2) Inveja fodida da Sega of Japan: A SoJ ficou com inveja do sucesso do Genesis no ocidente, o Mega Drive no Japão ficou atrás do PC Engine, e por isso forçou um lançamento adiantado supresa e as constantes brigas levaram a saida de Kalinske e depois o cancelamento do Sonic X-Treme, que levou Bernie Stolar a encomendar o Dreamcast (ele só topou ser presidente da Sega of America nessa condição).

3) O péssimo lançamento americano: O Saturn estava planejado para Setembro de 95, a tempo suficiente de ter vários jogos para o periodo de lançamento e fim de ano, ai com a decisão da SoJ de lançar adiantado, as thirds foram pegas de surpresa e não tinham software pronto, e o console só saiu com 3 jogos, 100 dólares mais caro que o PS1, e ainda por cima redes grandes como a Toy R Us que não receberam o console ficaram putas e boicotaram.
 

extremepower

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1) Arquitetura horrível: O Saturn nasceu como um projeto 2D que enjambraram o 3D por cima, e a má documentação em inglês.

2) Inveja fodida da Sega of Japan: A SoJ ficou com inveja do sucesso do Genesis no ocidente, o Mega Drive no Japão ficou atrás do PC Engine, e por isso forçou um lançamento adiantado supresa e as constantes brigas levaram a saida de Kalinske e depois o cancelamento do Sonic X-Treme, que levou Bernie Stolar a encomendar o Dreamcast (ele só topou ser presidente da Sega of America nessa condição).

3) O péssimo lançamento americano: O Saturn estava planejado para Setembro de 95, a tempo suficiente de ter vários jogos para o periodo de lançamento e fim de ano, ai com a decisão da SoJ de lançar adiantado, as thirds foram pegas de surpresa e não tinham software pronto, e o console só saiu com 3 jogos, 100 dólares mais caro que o PS1, e ainda por cima redes grandes como a Toy R Us que não receberam o console ficaram putas e boicotaram.
Foi como eu disse, a própria "Cega" se fudeu sozinha.

O Kalinske acha que se a Sega não tivesse pulado fora do acordo com a Sony, no projeto do Saturn, ela seria líder isolada até hoje na indústria.

A Sega foi arrogante, mesquinha e até infantil em algumas decisões. Pagou o pato.
 

ME110

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Eu pensei em criar este tópico na sessão Consoles, mas acho que por se tratar de um retro videogame cabe nesta pasta mais do que naquela.

A resposta é muito simples e dada logo no início do vídeo: os seus jogos.

É interessante como no meio do vídeo o autor desmistifica o argumento que passou a ser vigente por conta da publicação daquele livro A Guerra dos Consoles.


Adoro esse canal, é puro SEGA love nele.

Abraço a todos.
 

BCoisa

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Ele custou mais caro que o play 1 apenas no lançamento antecipado quando o play saiu eles tinham preços iguais, e no japão o preço era quase igual desde 94.

1991 snes 199 daria hoje 379
1995 ps1 299 daria hoje 500
1995 saturn 399 daria hoje 669
2006 ps3 599 daria hoje 764
2006 xbox 360 399 daria hoje 509

Quando existe uma disputa e um ganha e o outro perde, o que ganha impõe ''erro'' ao perdedor, se o saturn emplaca hoje estaríamos falando dos erros do playstation.
https://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/sobre-vendas-de-jogos-e-alguns-porquês.548391/

Se o Saturn emplacasse pau a pau com o Playstation, estaríamos falando dos erros da Nintendo com o N64....
 

Sega&AMD

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Se o Saturn emplacasse pau a pau com o Playstation, estaríamos falando dos erros da Nintendo com o N64....

e a chance disso acontecer eram muito grande; e na verdade aconteceu (no JP)
nintendo fez o dever de casa, evitou comparativo entre as maquinas (comparativo que a prejudicasse) só permitiu os que a beneficiava, a estratégia do mclanche feliz foi um sucesso, a nintendo eclipsou o sega saturn no market share em apenas 4 meses foi muito rápido. A Sega não sabia que estava num ninho de cobra.

eu tenho tópico sobre esse assunto: https://forum.outerspace.com.br/ind...-sony-é-como-um-jogo-de-xadrez-tático.546437/
 


Denrock

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Dizer que "na época ninguem sabia que a tendencia era o 3D" é de uma burrice sem tamanho, não é possível que a Sega fosse tão burra assim. Saturn foi lançado em 1995 nos USA (Novembro de 1994 no Japão).

só que jogos poligonais já eram uma realidade nos arcades e PCs desde 1989/1990, nos arcades:

1989 Atari lança Hard Drivin
1990 Atari lança STUN Runner
1991 Atari lança Steel Talons - a Namco lança Starblade e Winning Run
(ps: lembro bem de ver nos shoppings aqui de SP máquinas como Stun Runner e Starblade, já deixavam todo mundo de queixo caído)

1992 Namco lança Air Combat / e a própria Sega lança Virtua Racing
1993 Namco lança
Ridge Racer e Cyber Sled / Sega lança Virtua Fighter 1
1994 Namco lança Tekken 1 , Ridge Racer 2 (Revolution) e Ace Driver / Sega lança Daytona USA , Virtua Cop e Virtua Fighter 2
1995 Namco lança Time Crisis , Tekken 2, Rave Racer (RR3) , Air Combat 22, Dirt Dash e a 1ª versão japa de Soul Edge
em 1995 tambem a Sega lança Sega Rally, Indy 500, Manx TT Superbike, Virtua Cop 2, Fighting Vipers , Virtua Striker e Sky Target


... ou seja, começou com a Atari, mas depois virou uma briga animal entre Namco e Sega, cada uma lançado jogos 3D foda nos arcades

e se for falar nos PCs: em 1990 PC já tinha Indy500 , Stuns e 4D Boxing , em 1991 teve Another World e Chuck Yeager's Air Combat, em 1992 Alone in The Dark 1 e World Circuit, em 1994 Alone in The Dark 2 , etc, etc...

aquela altura (entre 1990/1995) qualquer um que não enxergasse que o futuro dos games era 3D/polígonos simplesmente não deveria nem trabalhar no mercado de games

.
 

matroska

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Tu me quota numa postagem onde disse que é errado fazer afirmações da época com base no que sabemos hoje e comete os mesmo erros a analisar o passado com o conhecimento de hoje.

Ao apontar os erros do ''saturno'' pois em verdade não houve erro algum !
quantas empresas hoje não tem uma administração equivocada ? só que isso não é um problema para eles pois não exige base de comparação. Se por algum motivo bizonho o N64 vende 100 milhões e o PS1 31 milhões, aí nesse mesmo thread estaríamos falando que a Nintendo acertou no uso do cartucho e que a sony errou no CD (entende ?) depois começaríamos a enumerar os ''porquês'' a CD é lento, é frágil é fácil de piratear (por isso as softhouses abandonaram o playstation) o 3d do aparelho era cru, a sony errou por forçar o 3d antes do tempo, memory cart foi é um retrocesso uma forma de fazer os gamers pagar para salvar seus jogos, algo que é padrão num cartucho etc etc etc Diríamos que a administração da Sony batia cabeça que assim como a nec errou a encher o mercado de playstation sem ter pessoas para comprar, que apostaram em idéias erradas desde o inicio...

Agora vamos a realidade com base na época:

O Atari Jaguar havia sido lançado ou estava para lançar, a SEGA temia que a Atari tivesse sucesso por isso devia esfriar as vendas do Jaguar e do 3DO, foi para isso que o 32x foi concebido também foi concebido na intenção de melhorar a vida dos gamers do Mega drive, que comprariam o Add on apenas uma vez e então teria jogo upado 42x superiores ao super nintendo...esse foi o pensamento da SEGA, agora vamos supor que essa poha vendesse uns 14 milhões...Nós nem teríamos esse tópico hoje !

Hardware do Saturn ser ruim....ta errado também !
o console é uma peça ela é neutra, são as pessoas que a julgam, que imprime suas impressões sobre ela; o saturn usava quads igual ao 3DO, e não era tão mais difícil de programar que o Jaguar, pois programar em assembler era padrão ! aí a industria mudou para #C e deixou o saturno chupando dedo. Existem vários argumentos de que esse negócio de programação, é uma forma sutil dos thirds negar apoio.



Já da para ver claramente que não sabe como uma empresa funciona.

A maioria dos erros da Sega que apontei foram no âmbito empresarial. E boa parte desses erros foram questionados pela sega americana naquela época. Várias dessas cagadas foram apontadas já na época pela Sega americana que tentou em vão convencer a Sega japonesa a seguir um outro caminho.

Como por exemplo o lançamento estabanado nos EUA que só serviu para queimar o filme do Saturn com os lojistas. Aquilo foi idiota demais mesmo no contexto da época.


As divergências que foram se tornando cada vez mais agressivas entre a Sega japonesa e a Sega americana. A Sega japonesa queria comandar a estratégia de vendas do Saturn nos EUA sem saber como o mercado americano. Quando isso ocorre a empresa esta fadada ao fracasso em 99% das vezes.

A Sega era uma empresa com pouca logística e mau planejamento.


O Hardware do Saturn era ruim porque ele foi uma gambiarra e mal planejado. Aquele hardware era para ser apenas para rodar jogos 2D e quando a Sega viu o poder do playstation resolveu tunar o Saturn para ele poder rodar 3D.
Poderia ter dado certo?? Poderia, mas a probabilidade era não ter dado certo era extremamente maior.


Outra coisa: ele era o hardware mais caro disparadamente em custo de produção. Por isso ele saiu 100 dólares mais caro que o ps1. Depois para competir com o ps1 e N64 cada Saturn vendido chegava a dar 100 dólares de prejuízos. 01 Milhão de Saturn vendidos geravam 100 milhões negativos para a Sega que teria que recuperar isso na base dos jogos o que nem chegou perto.

Outra coisa o 32X foi um fracasso e isso era previsível na época tanto que foi alertado por diversos executivos. A coisa era óbvia: não havia como a Sega dar suporte ao mega, sega cd, 32x e Saturn juntos. A Sega mal dava conta de oferecer jogos para um único console, o mega drive,, imagina para todos esses 4.
E isso já ficou claro com o Sega CD que sofreu muito com escassez de jogos.
A sega deu um suporte porco ao Sega CD e agora iria lançar um ad on que precisaria de jogos exclusivamente para ele e tudo isso com o Saturn quase sendo lançado.


A sega sempre foi uma empresa muito atrapalhada na parte administrativa e com uma logística ruim.

O resultado disso foi a saída do mercado dos consoles pois ela só tomava prejuízo. O único videogame de sucesso da Sega foi o mega Drive e isso se deve especialmente a Sega americana. O Saturn e o Dream Cast deram prejuízos imensos a Sega.


Do jeito que você fala parece que tudo depende de sorte para se fazer sucesso pois as pessoas irão escolher.... put* que pariu cada uma que tenho que ouvir.

O sucesso é fruto da competência e meritocracia. E nisso a Sony teve muito com o ps1 especialmente na área administrativa, logística e organizacional. Campanhas de marketing muito bem feitas, acordos com as thirds para lançar jogos pois a Sony sequer tinha pessoal para fazer seus jogos no ínicio, logística bem organizada, controle financeiro, planejamento etc. A combinação de todas essas coisas geram o sucesso.


Sony e Nintendo estão até hoje no mercado e muito bem. Enquanto a Sega foi chutada e saiu de forma vergonhosa do mercado de consoles. E cada vez mais a Sega se torna mais irrelevante no mercado de games.
 
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Sega&AMD

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Já da para ver claramente que não sabe como uma empresa funciona.

A maioria dos erros da Sega que apontei foram no âmbito empresarial.


Do jeito que você fala parece que tudo depende de sorte para se fazer sucesso pois as pessoas irão escolher.... put* que pariu cada uma que tenho que ouvir.

Engenheiro de obra pronta é fácil;

a Sega chegou lá sozinha (se fosse tão ruim devia ter falido antes do crash) e sabia o que estava fazendo com o saturn cada passo, o proprio 32x tinha um objetivo claro, ninguém acorda pela manhã e diz: ''Hoje vou lançar um fracasso comercial'' houveram debates internos e prevaleceu a ideia de que o 32x precisava existir, de que o saturn precisava ser da forma como foi; agora se as pessoas não quiseram, nada mais podia ser feito.

depois poste aqui: https://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/sobre-vendas-de-jogos-e-alguns-porquês.548391/

Não existe formula mágica para o sucesso de um produto, se tu argumenta numa ótica empresarial deveria saber disso.
 
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matroska

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Engenheiro de obra pronta é fácil;

a Sega chegou lá sozinha (se fosse tão ruim devia ter falido antes do crash) e sabia o que estava fazendo com o saturn cada passo, o proprio 32x tinha um objetivo claro, ninguém acorda pela manhã e diz: ''Hoje vou lançar um fracasso comercial'' houveram debates internos e prevaleceu a ideia de que o 32x precisava existir, de que o saturn precisava ser da forma como foi; agora se as pessoas não quiseram, nada mais podia ser feito.

depois poste aqui: https://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/sobre-vendas-de-jogos-e-alguns-porquês.548391/

Não existe formula mágica para o sucesso de um produto, se tu argumenta numa ótica empresarial deveria saber disso.


A Sega chegou lá graças ao mercado de arcades onde ela era top nos anos 80 e inicio dos anos 90. Se dependesse do mercado de videogames ela teria falido ainda nos anos 80. O capital da Sega vinha esmagadoramente do mercado de arcades.



Você não controla o mercado mas aumenta suas chances. Foi o que a Sony fez. Toda organização dos departamentos e logística da Sony eram muito superior a da Sega.


Do jeito que a Sega lançou o Saturn não havia jeito dela fazer sucesso. A Sega era uma bagunça.


A Sega faz um monte de cagada é óbvio que não vai ter sucesso. O lançamento nos EUA foi a coisa mais escrota do mundo e ainda sofreu boicote das grandes lojas como consequência.

Outra coisa foram as rixas entre a Sega Japonesa e Americana.

O Saturn tinha um custo muito elevado de produção. Cada Saturn vendido chegava a dar 100 dólares de prejuízo quando a Sega teve que baratear o console para competir com o ps1 e N64. Outro erro crasso.

O custo elevado de um console já ferrou inclusive a Sony com o ps3 que amargou prejuízos e foi o console menos sucedido da Sony disparadamente.


Pode ver que a Sega não se adaptou aos novos rumos do mercado e abandonou o mercado dos consoles.
 

extremepower

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Engenheiro de obra pronta é fácil;

a Sega chegou lá sozinha (se fosse tão ruim devia ter falido antes do crash) e sabia o que estava fazendo com o saturn cada passo, o proprio 32x tinha um objetivo claro, ninguém acorda pela manhã e diz: ''Hoje vou lançar um fracasso comercial'' houveram debates internos e prevaleceu a ideia de que o 32x precisava existir, de que o saturn precisava ser da forma como foi; agora se as pessoas não quiseram, nada mais podia ser feito.

depois poste aqui: https://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/sobre-vendas-de-jogos-e-alguns-porquês.548391/

Não existe formula mágica para o sucesso de um produto, se tu argumenta numa ótica empresarial deveria saber disso.
O 32x só existiu porque a Sega América não sabia do Saturn, quando souberam já não tinha o que fazer.

As duas "Cegas" se ajudaram a afundar o barco.
 

Trezoitao38

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Muito perspicaz , de fato só tinha de competir um contra o outro, é assim até hoje com xbox one e ps4, o console da microsoft tem uns 40 milhões de unidades, se existisse um terceiro elemento, a coisa seria diferente. e Só existiu um embate triplo apenas em duas ocasiões: de agosto de 96 a agosto de 97 Saturn, ps1 e N64 e na sexta geração com GameCube, xbox e ps2 nesse tipo de situação o mercado configura, exclusividade passa a fazer diferença, e a situação se segue até que dois desses consoles passam a tabelar entre si os multis desgastando assim o terceiro, se (novamente o 'se'') a SEGA consegue imprimir ao menos abafar o chegada do N64 nos eua de 96 até 97, então sony e sega tabelariam os multis devido ao CD.

No fim caí naquilo que o OP diz no tópico, os jogos da SEGA não eram bons o suficiente para as massas,

por N motivos as pessoas preferiam Mario 64 e Crash à Nights, Tekken a virtua Fighter, Ridge Race a Daytona, Final Fantasy 7 a shining forces 3 ou Grandia

o software do Saturn (da SEGA) até os dias de hoje são ''bons'' para um numero pequeno de pessoas, eles já nascem limitados na propria ideia.

https://forum.outerspace.com.br/ind...eu-mal-desempenho-comercial-participe.549105/

O que ele (Tre Styles) quis dizer é outra coisa. Que se não tivesse existido o Playstation, a Sega e a Nintendo competiriam unicamente entre elas. Um console teria que ser melhor que o outro e vice-versa e tão somente isso, porque seriam os dois únicos presentes e seriam as referências.

Quando ele diz isso no fundo ele quer dizer que não é que a Sega e a Nintendo acertaram demais nas gerações 8, 16 bits e cagaram na geração seguinte 32/64 bits. Sega e Nintendo continuaram a fazer a mesma coisa.

No post ele diz:

A Sony otimizou processos em todas as pontas e ofereceu sistemas de trabalho melhores.

Ora, nem mesmo quando tudo deu o mais certo possível, anos 1980 e primeira metade dos anos 1990, Sega e Nintendo otimizaram todos os processos, isto é, não fizeram tudo adequadamente desde o processo industrial até às vendas para o consumidor final. Na realidade ninguém tinha feito isso até então. E a Sony fez.

Então a entrada da Sony fez as pessoas enxergarem mais erros na Sega e na Nintendo, só que eles já cometiam esses erros antes, só que com a competição se dando somente entre elas, ninguém via erro algum.

É como ir no estádio e ver dois times de série B jogando e fazendo um jogo competitivo. Ao final da partida você acredita que o time vencedor não errou em nada. Daí no ano seguinte esse time vai enfrentar um time de série A e você começa a enxergar uma cagada atrás da outra.

Eu acho que no caso da Sega a entrada da Sony acabou influenciando várias mudanças na postura da empresa, vamos dizer que ela deixou de confiar na sua maneira de jogar e acabou se vendo obrigada a responder todas as inquietações que a Sony colocava no mercado. A Nintendo, por outro lado, se manteve no seu modelo de negócio. O Nintendo 64 é exatamente o que foi tanto o NES quanto o Super Nintendo. E alguns vão dizer: "mas esses dois consoles passados teve vários games third, o Nintendo 64 não." O que muda é que não teve videogame da Sony nas gerações 8 e 16 bits.
 

Claud09

Habitué da casa
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O Saturn tinha um custo muito elevado de produção. Cada Saturn vendido chegava a dar 100 dólares de prejuízo quando a Sega teve que baratear o console para competir com o ps1 e N64. Outro erro crasso.

Até pra tenta trazer oficialmente mini saturn , pela noticia que a sega não vai querer lança por causa dos altos custo das peças ;


Por exemplo os minis PS1 , NES/SNES classic, raspberry pi 3 não rodar jogos de saturn, e quase todo os consoles até decada de 1990 aceita conversão.
 

Sega&AMD

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Então a entrada da Sony fez as pessoas enxergarem mais erros na Sega e na Nintendo, só que eles já cometiam esses erros antes, só que com a competição se dando somente entre elas, ninguém via erro algum.

Ótimo estamos de acordo que os problemas foram evidenciados após a Sony entrar, a diferença ficar por conta de que; eu entendo que até aquele momento não era um problema. A microsoft por exemplo o xbox só vai existir se outro console não entrar para disputar com ele, hoje ficou aparente que a m$ carece de estúdios (ok ta correndo atrás) mas ela já ta a quase 20 anos com essa deficiência, mas isso só se tornou aparente agora, pois a dinâmica do mercado hoje não aceita mais a comprar de exclusivos do tipo ''pagar para não sair no concorrente''.

Se houve uma incapacidade da Sega foi de reação, conforme tu acertadamente colocou a Sega estava jogando o jogo da Sony e respondendo dentro daquilo que a sony já sabia que seria a respostas, assim a sony estava sempre um passo na frente a derrota estava selada pois ela ilhou a SEGA, literalmente oferecendo o mesmo e crescendo sobre o publico que antes era associado a Sega.

Eles deveriam ter visto isso e feito uma contra medida rápida, de apelar aos fanboys vcs tem o toshiden ? nós temos o VF poha !

Mas a luta real era e é de software: a SEGA errou ao querer oferecer o melhor um console com menos loadings, fios longos para os controles, um canhão que não fosse de cera, bateria interna para salvar os games... no mercado de massas o povo quer preço e apelo popular, ela devia ter tirado essas preocupações bobas e socado no povão.

Mas onde em que universo um VF vai ser mais popular do que um Tekken ? um Bug! do que um Rayman e MK3? Nights disputar com Crash e principalmente Mario 64 ? Estratégia errada que só serviu para queimar o Nights...VF é um jogo de luta e jogo de luta por si só tem menos apelo que jogos de ação e olha que estamos falando de anos 90 onde artes marciais estavam em alta, VF exige mais de técnica e é um jogo dificil (de um genero que já não vende muito e isso afugenta o povo) e pode ser interpretado como ''chato'' pelas massas, mal tem uma história para atrair o jogador casual tiveram de faze uma via anime; Tekken 2 por sua vez inaugurou os CGis, tinha combos que podiam ser feito esmagando botões e um visual mais anime-ish enredo legal com misticismo e tudo mais; o resto é história.
 

Rodin

Bam-bam-bam
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vcs tem o toshiden ? nós temos o VF poha !

ops,toshiden tinha para o saturn também,tekken é a melhor "comparação" se bem que é só um adendo,acho que não foi sua intenção.

um Bug! do que um Rayman e MK3?

Bug! era um exclusivo interessante,já Rayman e Mortal também tinham no Saturn,"melhor" comparação seria um Crash contra sei lá "Nights"?
 

Sega&AMD

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ops,toshiden tinha para o saturn também,tekken é a melhor "comparação" se bem que é só um adendo,acho que não foi sua intenção.

Tem uma história por trás, acho que tu não sabe; o toshiden era exclusivo até então e era no japão a prova (segundo a Sony) de que o playstation era mais forte do que o saturn, a diferença é brutal, toshiden é full 3d e o virtua fighter 1 era todo quadradão o golpe foi tão duro que a Sega teve de correr as pressas fazer o VF remix e dar para quem comprou o VF1. Toshiden era tido como o VF Killer, e o mais legal de tudo é que a sony soltava os numeros mas mostrava um jogo para endossar e nessa caso não havia como discordar, tava os dois jogos lá lado a lado, qualquer japa comum diria que o ps1 era mais top.

Eram exclusivos temporário; Rayman e MK3, rayman é o jogo 2d de 32 bits mais vendido. os outros dois são MK trilogy e Street zero 3 versão ps1
 

galva maximus

Bam-bam-bam
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Em algum momento o Nakayama veio a público reconhecer os erros cometidos pela SoJ nos anos 90?
 

Rodin

Bam-bam-bam
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Não querendo desmerecer pois além de ser um jogo pioneiro de luta 3D (Virtua Fighter) e de ser o jogo mais vendido do Saturn (Virtua Fighter 2) eu digo que nunca fui com a cara dele,eu tive o Remix e achava a série muito chata,por incrivel que pareça achava gráficamente muito "esquisito" por assim dizer e a jogabilidade então...bom não era meu gosto alías até hoje não vou com a cara de jogos de luta 3D,prefiro os 2D.
 

edineilopes

Retrogamer
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Virtua Fighter é jogão. O 2 no Saturn ficou ótimo. Tinha que ter dado um jeito de lançar o 3. Começaram a vir com história de usar acessório, aí ia ficar tudo zoado de novo.

Bug! é legalzinho. Mas só isso, legalzinho. Vale a pena jogar, para quem não conhece, recomendo. Mas tava lá mais para fazer volume.

Nights não devia ter existido. Não antes de um Sonic Adventures.

Falando dele, em breve deve aparecer um game novo.
https://www.densetsugames.com.br/nights-dream-wheel-marca-possivel-novo-nights/
 
Ultima Edição:

Rodin

Bam-bam-bam
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Tem uma história por trás, acho que tu não sabe; o toshiden era exclusivo até então e era no japão a prova (segundo a Sony) de que o playstation era mais forte do que o saturn

Bom,no final das contas virou multiplataforma.
 

Sega&AMD

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Virtua Fighter é jogão. O 2 no Saturn ficou ótimo. Tinha que ter dado um jeito de lançar o 3. Começaram a vir com história de usar acessório, aí ia ficar tudo zoado de novo.

Bug! é legalzinho. Mas só isso, legalzinho. Vale a pena jogar, para quem não conhece, recomendo. Mas tava lá mais para fazer volume.

Nights não devia ter existido. Não antes de um Sonic Adventures.

Falando dele, em breve deve aparecer um game novo.
https://www.densetsugames.com.br/nights-dream-wheel-marca-possivel-novo-nights/

É jogão, não tenho duvidas eu mesmo gosto muito do VF3 e do 4 evolution, e só tb.
Mas eu falo de apelo de massas um vf por seu proprio conceito em si, não possuí apelo de massas (eu dou graças a Deus por isso, se tudo fosse apelo de massas, boas ideias nunca teriam existido) para um console que queria vencer a geração é complicado, o Bug! deu azar, nunca joguei mas sei dos problemas, mas acho que o povo deveria ter dado uma chance... mas tb do outro lado tinha Rayman e naquele tempo sem internet o pessoal achava que era exclusivo, essa estratégia de exclusivo temporário da Sony esfriou muito o Saturn e retirou dele muitas vendas.
nights devia ter saído, mas SEGA devia devia ter visto que não ia dar certo solta-lo ao lado de Mario 64 e deixa-lo na gaveta até esfriar o hype do N64;

Foi assim que a sony esfriou o N64 com Tekken 2 (que tava em alta) e Crash bandicoot, o que a Sega me faz ? Virtua fighter Kids e Nights+controle 3d, eles devem ter imaginado no quartel general deles que por conta do controle iriam vender zilhões de nights, ledo engano. (e olha que nights era inovador e tudo mais) mas quem vê Mario 64 e sua movimentação vê nele uma titulo mais avançado para se mostar o poder do analogico.
 

Tre Styles

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Nights é um jogo Arcade disfarçado de jogo de plataforma.
Mario 64 é um jogo longo, que mesmo dominando, te consome tempo.
Nights, se você for bom, termina tudo em uma hora, o final completo. E depois ?

Faltaram jogos mais profundos. Tem muito AAA da Sega ali, alguns esquecidos como os excelentes jogos das Olimpíadas de verão e inverno, mas a maioria é jogo raso.
A Sega não era uma grande vendedora de jogos nem na época do Mega e com o Saturn, parece ter focado em jogos de nicho, não bastasse todos os outros problemas.
 

jor280

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Em termos de franquias a Sega batia de igual com Sony e Nintendo.
Na minha opinião os problemas foram preço e pressa no lançamento, se tivessem madura do melhor (pelo menos + um ano) o console talvez tivesse vendido mais ,alem de que teria dado uma sobre vida ao nati-morto 32X e consequentemente várias thirds teriam dado apoio, fazendo a briga ter sido acirrada e não a surra que foi.
Mas isso é mero achismo.

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Trezoitao38

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O 32x só existiu porque a Sega América não sabia do Saturn, quando souberam já não tinha o que fazer.

As duas "Cegas" se ajudaram a afundar o barco.

Vai ver isso foi um drible. Um jeito que a Sega do Japão descobriu de testar a visão de mercado que a Sega dos EUA tinha. Já que se achavam os sabichões, a Sega do Japão foi lá testar se os caras iriam ter a noção da desgraça de que estavam fazendo.
 

Martel

Bam-bam-bam
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Deveriam ter dado todo o suporte possível ao SVP espremendo o máximo do Mega Drive até o lançamento do Saturn, e acho que não só até o lançamento, até uns anos depois.
Deveriam ter colocado Retrocompatibilidade tbm, já que poderiam vender jogos caso parassem de comprar o Mega Drive.
 

Rodin

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Eu achava que aquele slot de "cartucho" era para colocar fitas de Mega! :klol
 

Rodin

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Se bem que diziam que os custos aumentava muito se colocasse retrocompatibilidade em um console,foi assim com o SNes também pois a intenção era rodar jogos de Nes nele e Yamauchi não concordou com a idéia.

Eu não tive Mega quando criança sendo assim,quando eu consegui o Saturn reparei que tinha um slot para cartucho,fiquei felizão com a idéia de poder jogar Sonic,Streets of Rage nele então,peguei um cartucho emprestado e quebrei a cara!
 

edineilopes

Retrogamer
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Teve o fighters megamix que era maravilhoso e incorporava algumas coisas do VF3

Esse eu comprei original da tectoy no shopping em salvador, caía até lágrima de ver aquele jogo tão lindo fluido e jogabilidade excelente
É um belo jogo.

LxMKvzM.png


Mas ainda não o vejo como uma superprodução.

O lançamento do VF3 provavelmente teria orçamento muito maior buscando máxima otimização.

Na internet já vi comentários que para VF3 estavam programando até o chip de áudio para ajudar a rodar o game. Pode ser boato, mas que iriam tentar leite de pedra para impressionar, iriam.
 

Rodin

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Eu tive o Fighting Vipers,que joguei demais...tinha até o PEPSIMAN como personagem secreto!

hqdefault.jpg
 

Trezoitao38

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Sobre essa briga entre Sega do Japão e Sega dos EUA pelo que pesquisei encontrei muitas informações contraditórias. A depender das fontes surgem informações divergentes.

Sobre o caso 32x, algumas fontes falam que a Sega do Japão forçou a Sega dos EUA a fazê-lo, outras que apenas sugeriu, e outra que tudo veio dos EUA mesmo, sem qualquer sugestão da Sega. E pelo que me parece, a Sega dos EUA tinha ciência da existência do Saturn, pela época que foi lançado o 32x não tinha mesmo como não saber. Internet não era o que é hoje naquela época, mas as pessoas não estavam assim tão isoladas. Se você vive no meio dos games, então você tem contato com uma série de pessoas que trabalham no ramo, os burburinhos acontecem com frequência.

Na minha opinião o livro Guerra dos Consoles tem um grave problema. É uma biografia disfarçada de análise de conjuntura, ou até mais do que isso, uma tese mesmo, uma sentença fundamentada. Essa biografia quer ser isso, mas sem que seja realizado para isso uma reconstrução histórica rigorosa, pormenorizada e que esteja preocupada em levantar pontos de vistas diversos. Ao contrário, é a visão pessoal de uma pessoa marcada por êxitos e fracassos empresariais, que desenvolveu amizades e inimizades, que encontrou heróis e vilões nessa história, os quais ele aponta para dizer porque as coisas deram certo e porque deram errado. Há uma relação afetiva muito forte aí, de que alguém que se sentiu menosprezado e viu a chance, quando entrevistado para a feitura de um livro, de colocar para a fora a sua visão das coisas, e de dizer, que se ele fosse mais ouvido, que se tivessem dado maiores chances a ele, as coisas teriam dado mais certo do que deram errado. Não é má fé, é apenas uma pessoa humana com uma certa vontade de desabafar e botar para fora certos ressentimentos.

Problema é levarmos tão a sério isso. A imagem que fazem da Sega do Japão é típica de um vilão hollywoodiano. Nas páginas finais de "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" Max Weber escreveu que estava interessado tão somente em esclarecer um entre tantos motivos que contribuíram para a formação do capitalismo moderno e que sua obra não tinha a pretensão de ser a tese definitiva a qual substituiria todas as outras a respeito da questão. Chamar uma obra biográfica (de um executivo que trabalhou por alguns anos em uma empresa grande de videogames) de A Guerra dos Consoles não é ousado, é delirante mesmo, coisa de um editor maluco interessado em vendas que sabia que só o nome do Tom Kalinske não iria resultar em vendas. Mas o título da obra dá um sentido a mais à mesma, fazendo ela parecer muito mais do que efetivamente ela é. O problema de ler uma obra como essa é que vemos os japoneses apenas em terceira pessoa, assim suas falas e suas ações sempre aparecem mediadas pelo ponto de vista de um terceiro.

Uma coisa muito importante precisa ser dita, sem a Sega do Japão a Sega dos EUA sequer existiria. O 32x foi como uma espécie de tentativa do lado americano de dizer aos japoneses que eles eram capazes sim de não somente dirigir o negócio quando já estava engatinhado, com os rumos já definidos, precisando apenas de alguém que tocasse a banda. Os americanos queriam mostrar que eram capazes de compor a sinfonia, de criar o hardware e de fazer sucesso com ele. Controlar todos os processos, do início ao fim. A arrogância e a húbris não veio do lado de lá do planeta, mas deste mesmo.

Sintomático disso é quando os americanos reclamam que os japoneses queriam lançar o Saturn sem um Sonic. Ora, por que os americanos não fizeram um Sonic então? Recebiam tudo de mão beijada e ainda reclamavam. Mas é típico de quem quer ficar com todos os louros mesmo que não tenha participado tão ativamente para isso. Pois queriam mostrar que tinham essa visão, de que um videogame não é lançado sem um system seller, sem um mascote, de que tinham essa visão empresarial mais apurada e que eram capazes de antever que as coisas dariam errado no negócio gerido àquela maneira.

Isso trás um outro problema, que é o mais sério de todos, mencionado no vídeo que eu coloquei no OP (Original Post). A Sega dos EUA só via o mercado de videogames enquanto um negócio. Era preciso reutilizar as franquias consagradas como cash grabs. Então não importa muito as ideias de game design que estão sendo levantadas pela Sega do Japão, a maneira como ela passa a entender os games da metade da década em diante, conceitos novos de gameplay que só poderiam serem aplicados em franquias novas. "Me dá aquela maneira fácil de ganhar dinheiro!" era o que os americanos gritavam para os japoneses.

Eu acho que a Sega enfrentou muitas dificuldades com o Saturn, ela tardou a entender uma série de coisas (por exemplo, como games voltados para consumidores caseiros deveriam ser e como games 3d devem ser feitos, o que resultou em uma série de atrasos e cancelamento do Sonic Extreme). Mas ela estava ao menos tentando. Enquanto que nos EUA os executivos da Sega apenas ficavam esperando e esperneando "vocês deviam fazer isso, fazer aquilo". E aí eu entendo porque os japoneses realmente não davam bola para que os americanos estavam falando. Falavam demais, faziam de menos. Falar é bom pra fazer publicidade, mas não se faz publicidade sobre o nada. Quando a fonte para a boa publicidade secou os americanos começaram a uivar.

Tom Kalinske não voltou a trabalhar no mercado de games depois da Sega. E acho que é esse fato, dele não ter sido mais aceito em nenhuma empresa, que o fez descarregar todos os seus desabados em sua biografia. Ele se sente como uma espécie de gênio incompreendido, sem de fato ter sido um gênio. É ele que deveria se compreender melhor, ter apreendido com seus erros e ter reconhecido os acertos de outros.

Ps: Em um filme como Joy, assim como em vários outros filmes americanos, nós vemos essa auto imagem que os americanos fazem de si mesmos, como os mestres da administração. Nele há um personagem que diz ser o cara responsável pelos produtos que vão fazer sucesso nos EUA. Como se ele tivesse uma capacidade de ver e de enxergar o que outras pessoas não são capazes de ver, sendo assim capaz de antever se um produto irá ou não fazer sucesso, se tal produto foi concebido levando em conta todos os cuidados que devem ser levados para que seja o mais atrativo possível para os consumidores. Outro personagem no filme cuida da publicidade, este aparece como um mágico capaz de realizar uma comunicação que demonstrará de maneira infalível o porque devemos comprar os produtos que ele publiciza. Esse filme é recente, bem depois dos acontecimentos da Sega, mas é demonstrativo da maneira como os americanos olham a si mesmos, como que se nós fossemos dependentes deles, sem eles nossas criações não encontram os seus consumidores.
 
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