A "era da MTV/Compact Discs" e posteriormente a "era da internet" aceleraram a necessidade de hits, tudo se desgasta mais rápido. Pra fazer boa música, autoral e ao mesmo tempo com potencial de mercado se requer tempo, é impossível nos dias de hoje. Pras empresas é preferível trilhar pelo caminho mais fácil, pegar uma "fórmula", alguém com apelo comercial, falar sobre as mesmas coisas usando quase as mesmas palavras. Um ou outro artista mais autoral surge, mas é mais raro que nos anos 80 e 90 que ainda tiveram um bom número de one hit wonders, a indústria ganha mais ao ter meia dúzia de artistas que repetem essas fórmulas do que tentar vender novos artistas desconhecidos, mesmo que talentosos.
Outra coisa também é que a indústria fonográfica ficou viciada na quebra de tabus, liberdade sexual, questões raciais, religiões e filosofias de vida alternativas (hippies, rock, reggae), drogas, feminismo, androginia, homossexualidade (pop), anarquismo (punk), violência urbana e desigualdade (rap/hip hop), enfim. Hoje isso tudo já está tão comum, não há muitos tabus a serem quebrados na pós modernidade, fica um oco criativo e a única coisa que ainda sobra são os estímulos básicos como o amor, felicidade, sexo, tristeza, traição.