Mãe de Rabiot detona PSG e cutuca Neymar: "Há jogadores que podem ir ao carnaval no Rio"
Verónique Rabiot, que é agente do volante, faz duras críticas ao clube por tratamento dado ao filho, que está suspenso: "É um prisioneiro atualmente. É um refém"
Por GloboEsporte.com — Paris
19/03/2019 22h36 Atualizado há 9 horas
“Adrien é um prisioneiro. É um refém do PSG”. As fortes declarações são de Verónique Rabiot, mãe e agente do volante Rabiot, que
está suspenso pelo clube parisiense. E não foram as únicas. Em longa entrevista ao jornal “L’Equipe”, ela não hesitou em criticar duramente o clube pela postura com o filho. E, mesmo sem citar nomes, não aliviou para Neymar.
A mãe de Rabiot se referia à presença de Neymar no Brasil por 10 dias entre o final de fevereiro e o início de março, durante o carnaval. Ele foi liberado pelo PSG para seguir seu tratamento da lesão no quinto metatarso do pé direito no país, mas aproveitou para acompanhar a
folia em Salvador e no Rio de Janeiro.
Entrevista com Véronique Rabiot é capa do "L'Equipe" desta quarta-feira: "Estou revoltada", diz ela, que é agente do volante — Foto: Reprodução/L'Equipe
Ao comentar sobre o “cochilo de seis minutos”, Verónique fez menção ao episódio que deu início à crise na relação de Rabiot com o PSG. No final de outubro do ano passado, antes do duelo com o Olympique de Marselha pela 11ª rodada do Campeonato Francês, o volante chegou atrasado a um treinamento. Foi multado e levado ao banco de reservas pelo técnico Thomas Tuchel,
assim como Mbappé, que também não foi pontual. Segundo a mãe, Rabiot apenas acordou tarde. Não cometeu nenhuma indisciplina. Sua má conduta foi ter dormido demais.
Neymar com Anitta e Gabriel Medina no Sambódromo do Rio de Janeiro durante o Carnaval — Foto: REUTERS/Sergio Moraes
“O PSG quer cuidar da vida dele quando não o quer usar mais!”
Desde aquele atraso, no final de outubro de 2018, Rabiot entrou em litígio com o PSG. O volante não entra em campo pelo clube desde o dia 5 de dezembro. Pouco depois, foi avisado pelo diretor esportivo do clube, Antero Henrique, que não teria seu contrato renovado. O vínculo vai até junho. Agora, cumpre suspensão por ter ido a uma boate na mesma noite em que o time parisiense foi eliminado pelo PSG da Liga dos Campeões da Europa. Atitude defendida por sua mãe.
– Essas pessoas não sabem o ritmo de jogadores de futebol? Quando um jogador joga, que é o seu trabalho, ele tem um ritmo de treinamento. Aí, nada acontece para o Adrien. Ele é criticado por sair (para boate) quando não querem mais usá-lo! É contraditório. Não é possível aprisiona-lo. Ele tem que soltar toda sua energia, que não usa mais. E libera dessa maneira (indo à festas) – completou Verónique Rabiot.
A mãe diz que o filho está sem escolhas no momento, a não ser esperar pelo fim de seu contrato. Entende que foi punido injustamente e não tem a chance de trabalhar normalmente no clube.
– Adrien é um prisioneiro. Um refém do PSG. Tratado a pão seco, água e masmorra! Esse ambiente é cruel... um jogador de futebol é feito para jogar, não para ficar no armário. Adrien não joga desde dezembro e provavelmente até junho. Para uma carreira profissional, seis meses é muito!
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Não sei se o cara se atrasou porque dormiu, mas ela está certa em relação ao Neymar.