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Principais beneficiados, idosos dos EUA temem expulsão de imigrantes ilegais

atlanperry

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    Norma, uma imigrante que deixou El Salvador com sua família, empurra uma cadeira na casa de uma vizinha de 91 anos, que precisa de cuidados, na Califórnia, EUA

Em Dallas, uma senhora de 93 anos está preocupada com a mulher que, há anos, vem à sua casa quatro dias por semana para ajudar com as compras, cuidar das roupas, fazer faxina e dirigir. "Ela é simplesmente maravilhosa, confio plenamente nela", afirma a idosa.

Contudo, como a funcionária é uma imigrante mexicana que entrou ilegalmente no país, as duas mulheres sentem cada vez mais medo de que a auxiliar seja presa e deportada; não vou revelar seus nomes por causa disso.

"Se essa mulher for parada pela polícia hoje, quem ajudará a minha mãe amanhã?", questiona a filha, advogada em Oakland, Califórnia.

Na cidade de Nova York, Mary DiGangi, diretora de recursos humanos do Menorah Center for Rehabilitation and Nursing Care, solicitou recentemente de 20 a 25 auxiliares de enfermagem e enfermeiros não diplomados a agências de emprego.

É um pedido típico e, geralmente, ela se vê inundada com candidatos no dia seguinte. Dessa vez, apareceram somente cinco em mais de um mês.

Ela acha que a retórica e a política de imigração do governo Trump desestimularam trabalhadores potenciais. O Menorah, integrante do MJHS Health Systems, se vale bastante de imigrantes entre seus 3.500 funcionários.

Entre eles, 25 auxiliares de enfermagem e enfermeiros não diplomados haitianos cujo status de proteção temporária terminou em novembro. Eles terão de ir embora até julho de 2019, se a secretária de segurança interna não mudar de ideia. Outros funcionários do Menorah, trazidos aos Estados Unidos quando crianças, agora com direito à Ação Diferida para Chegadas na Infância (Daca, na sigla em inglês), também permanecem no limbo.

"Os empregados dizem que sabem que tudo ficará bem. Não sei se estão querendo convencer a mim ou a si mesmos", afirma DiGangi.

Um a cada quatro trabalhadores de atendimento direto nas clínicas de repouso, unidades com vida assistida e agências de assistência domiciliar dos EUA nasceram no exterior, de acordo com análise de dados do censo feita pela PHI, instituto nova-iorquino de pesquisa.

No mercado paralelo, onde os consumidores contratam funcionários diretamente e, muitas vezes, os pagam por debaixo dos panos, a proporção deve ser maior.

"Estamos vendo um crescimento da escassez de mão de obra em cuidados diretos", diz Robert Espinoza, vice-presidente de política do PHI. "O segmento como um todo está sendo afetado, além de afetar pessoas idosas e com deficiência e suas famílias."

A escassez em parte tem a ver com o crescimento da economia, assegura Robyn Stone, pesquisadora tarimbada da Leading Age, que representa provedores de serviços de saúde de longo prazo sem fins lucrativos.


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Norma ajuda a cuidar de uma pessoa de 91 anos na Califórnia

Segundo ela, quando as empresas estão contratando, "esse pessoal pode procurar outro hospital que pague mais ou outro setor, como lanchonetes, e ir embora".

Em geral, contudo, o que estimula a escassez de mão de obra é a mudança demográfica em longo prazo. Os idosos estão vivendo mais, a maioria desenvolvendo doenças crônicas e deficiências; o próprio número da geração nascida após a Segunda Guerra Mundial aumenta a demanda por assistência.

Todavia, a população de mulheres com idade para trabalhar, que geralmente fornece cuidados pagos ou não, encolheu – e agora têm mais opções de carreira do que antes.

Assim, cuidar de idosos, em suas casas ou clínicas, se tornou o clássico exemplo de emprego não aceito por norte-americanos nativos.

É um trabalho que exige muito em termos físicos e paga pouco – de acordo com o PHI, o salário médio de funcionários para atendimento em casa era de US$ 10,49 por hora em 2016 – e não costuma incluir benefícios. Os auxiliares, geralmente mulheres, que trabalham nesse papel crucial, mas de baixa renda, geralmente têm direito a programas de saúde ou alimentares do governo federal.

Seus defensores sempre pediram formas de melhorar os empregos, com mais treinamento e pagamento maior. Por ora, porém, o que o PHI chama de "abismo de cuidadores" tem sido preenchido por imigrantes.

Segundo o PHI, o número de imigrantes no atendimento direto explodiu de 520 mil, em 2005, para aproximadamente um milhão, em 2015, incluindo quem trabalha independentemente por meio de programas estaduais de assistência domiciliar. Em Nova York, Califórnia, Nova Jersey e Flórida, mais de 40 por cento dos trabalhadores do setor são imigrantes.

Se um grande número de imigrantes não puder trabalhar ou ficar com medo de atrair atenção indesejada, "isso criará uma tensão tremenda", afirma Stone. Já "ficamos sabendo de casas de repouso que fecharam ou pararam de aceitar clientes porque não conseguem contratar funcionários."

À exceção do mercado paralelo, a grande maioria de auxiliares e enfermeiros são cidadãos norte-americanos. Porém, o PHI calculou que quase 35 mil são do Haiti, El Salvador, Nicarágua e Honduras, cujos imigrantes têm tido status de proteção temporária (TPS, na sigla em inglês) nos EUA.

Até agora, o governo cancelou o TPS para haitianos, salvadorenhos e nicaraguenses; deve acontecer o mesmo com outras nacionalidades. Imigrantes do Sudão, cuja proteção temporária também acabou, devem deixar os Estados Unidos antes do final do ano.

Outros quase 11 mil funcionários do setor são de países em grande medida muçulmanos afetados pela proibição de entrada instituída por Trump e podem ir embora se os familiares não puderem se juntar a eles. Um número desconhecido de trabalhadores tem direito ao Daca e pode acabar sendo forçado a deixar os EUA.

Entretanto, mesmo quando os trabalhadores são residentes legais, podem pensar em ir embora quando parentes são deportados. Bairros e comunidades inteiras se sentem alvo de perseguição.

"A mera análise já causa temores", diz Stone. "Se têm medo, não vão se candidatar a emprego nenhum e veremos mais escassez."

No Vale de São Fernando, sul californiano, a assistente domiciliar Norma, que fugiu de El Salvador com sua família há quase 20 anos, ajuda a vizinha deficiente de 91 anos por meio de um programa estadual. Ela trabalha todos os dias das 8h às 14h, ajudando a cliente a tomar banho, se vestir, comer e a andar pela quadra em uma cadeira de rodas.

Como as duas falam espanhol, acabaram se tornando amigas. "Pela manhã, quando eu chego à casa, ela se alegra e diz: 'Norma, você está aqui!'". Norma fez seu relato por meio de um intérprete. Contudo, o governo determinou o fim do status temporário dos salvadorenhos em setembro de 2019. "Estou com medo. É uma grande incógnita", declara Norma.

Enquanto se preocupa consigo mesma e o marido – e as filhas, que têm direito ao Daca –, Norma também se inquieta pela cliente.

"Se um dia eu não for trabalhar, ninguém irá tirá-la da cama e trocá-la. Ela poderia ser a minha própria mãe, que ficaria sozinha um dia se ninguém viesse para auxiliar."

Fonte: Uol
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Prevejo que várias áreas que pagam pouco e atividades que os americanos se recusam a executar logo ficarão sem mão de obra barata dos imigrantes ilegais, tudo fruto da ação do Trump. Será que com a redução do número de imigrantes os americanos vão botar a mão na massa?
 

Wayne Gretzky

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Isso que americano não pega no pesado é uma lenda para justificar a imigração ilegal, tem muito americano sem qualificação profissional que precisa trabalhar para botar comida na mesa já que o assistencialismo do governo é quase nulo.

Nem todo americano tem pós doutorado em Harvard, tem americano pintor, pedreiro, chapeiro, faxineiro, lixeiro... o problema é que o empregador não pode pagar menos que o mínimo para um cidadão, enquanto para o ilegal ele paga qualquer migalha sem declarar no imposto.

Mas o que não falta é americano mendigo, morando em condições precárias e sem perspectiva nenhuma de crescimento.
 
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