Então.
Cara, seu post me lembra de um problema que existe no libertarianismo em geral.
O princípio da Pró-atividade. Pra gente, as pessoas tem liberdade de seguir o que quiser, fazer o que quiser e etc, normal.
Mas quando a gente traz para a realidade. Bixo. A maioria das pessoas NÃO é pró-ativa, e isso é uma coisa que fere demais a capacidade de liderança dos liberais/libertários.
Esperamos pró-atividade, de uma grande maioria que em termos xulos, precisa que peguem ou "molhe" a mão. Não dá certo.
Porque a Esquerda consegue arrastar esse tanto de gente? Por conta que eles SABEM disso, as pessoas querem ser LIDERADAS, muito raramente liderar.
Eu não vejo esse Perfil no NOVO, infelizmente. Justamente por conta dos princípios do partido. Eles esperam que as pessoas vão vir de boa vontade ser voluntárias e se engajar de forma pró-ativa. Eu mesmo fiquei impressionado com o tamanho do engajamento que o NOVO já tem, mas é longe de se comparar com um partido de esquerda que de maneira proposital vai em centros mais vulneráveis por saberem que se não for na marra não vai.
Podemos mudar isso? Cara, eu acho que sim, com tempo e militância, em alguns anos nós vamos ver mais mais ATITUDES e AÇÕES que geram RESULTADOS bons e reais dos eleitos do partido, eu creio que ISSO que vai trazer mais gente para o partido, e eventualmente vai melhorar a vida do interiorano, assim como o ZEMA tá fazendo aqui em MG, trazendo investimento para o interior de minas e tal.
Enfim, muita estrada ainda, vamo que vamo.
Bons apontamentos. Como diria o filósofo, respondendo em duas partes.
1.
Sublinhei o que
linkou julgando o que tinha mais relação com o que tinha escrito.
O brasileiro médio quer o melhor dos dois mundos.
Direitos sem deveres.
Emprego sem trabalho.
Voto sem responsabilidade - afinal é obrigado mesmo né...
Quer um puxadinho do Estado, um milheiro de tijolo, uma cesta aqui e ali, ou empreguinho na assessoria de algum político de sempre, pra vender as velhas promessas com novas roupagens.
Mas esquece que vem de uma realidade, de formação mental, de práxis, que reúne a leniência e carolismo de Portugal, os traumas dos oriundos da Africa e as reminiscências dos nativos da terra, não foi um país bem constituído.
Então, no fim disso, o brasileiro não tem uma consicência enquanto pátrio.
De auto-determinação, de responsabilização, de protagonismo sobre o próprio destino.
É sempre o complexo de colônia, do servo, depois de vira-latas, sem identidade, por muito tempo assim, auto-retratado. O que sobra então?
Pegar o que é melhor pra si, o mais conveniente.
Se garantir o quanto antes, salvar o curto prazo, imediato.
Planos e estratégias... deixados pra quem tem $$$ sobrando, berço, sobrenome e tempo de sobras também.
Deixa-se pra que os especialistas resolvam...
Que a inteligentsia decida... como sempre... desde 1500.
E, fato é, que a esquerda entendeu isso há tempos, e sabe como explorar essa eterna indústria do combate a desigualdade...
Cabe o que a direita, senão fazer o trabalho pequeno, mas pulverizado. Mas o tempo urge e é preciso avançar, logo, enquanto a web ainda não for regulada, como andou se propondo recentemente, em outras eleições.
2.
No que escrevi, frisei até isso, que não é um trabalho proselitista, de evangelizador ou militante.
Mas de conscientização.
Relatando aqui uma experiência pessoal, até 2013 já concursado, na rotina do serviço, não conhecia o mises. Exato, o site do IMB.
Depois de ler pela primeira vez e de como, em pouco tempo, já tinha notado o quão o serviço público (notadamente o federal) é desconectado da realidade, da rua, da pista, aquela leitura foi um p***a baque.
Com mais de 30 anos, feito ensino médio, vestibular, universidade federal, e jamais, sequer tinha lido uma perspectiva diferente do que o ''mainstream'' da mídia vende como verdade - e que, não coincidentemente, é conveniente a classe política no país.
Foi conveniente com a revolução de 64, com o ai-5 em 69, na guerra fria... e depois, conveniente com a época das diretas e ''redemocratização'' em 89, criando e avançando o foro de SP, e a repaginação dos super-Estados no hemisfério sul.
Depois foi Spotniks, ILISP e Mercado Popular, sites e fóruns, que realmente deram o start de como poderia (e deveria) reorientar meu voto e, se possível, de familiares também.
De passar a conhecer mais sobre o conservadorismo liberal, dos founding fathers dos EUA e de como no Brasil, o termo foi canhestramente renominado pela esquerda hegemônica (e, infelizmente, com certa razão) como reacionarismo.
E hoje, a pouca direita que se ergueu relevante após (mais uma) essa década perdida, de economia arrasada, é a figura do JB e em menor, mas não menos importante escala, do ministro da economia, o PG.
Poderia, deveria ser melhor. Mas é o que se tem hoje.
Se pensar no que houve nos vizinhos, Venezuela, Argentina (os maiores índices de desenvolvimento do continente até a 20 anos e hoje decaídos), e agora se aproxima do Chile com uma nova constituinte... O Brasil é o próximo alvo, e a direita tem de se ligar.
Passou da hora, e como havia postado, o Novo pode ser parte disso, talvez o Zema, dentro do partido tenha se atentado antes, a essa realidade. E depois, com a práxis, sua gestão em MG, passar a ser assunto, ser debatido, contestado, apreendido, e como o Novo pode contribuir enquanto governo.
Como pode e muitas vezes, tem contribuido como parte do legislativo, o que sabe das reformas que precisa o Brasil.