Guardian's Crusade (Knight & Baby no Japão)
Tamsoft, PSX, lançado em 1998
(tradução do review que postei em inglês no Gamefaqs)
Guardian's Crusade é um bom jogo no geral, mas com muitas falhas.
Não é para todos com certeza, você meio que precisa estar no "humor certo" para jogar até os créditos finais. Algumas pessoas dirão que é para crianças. Bem, visualmente falando, parece um jogo infantil, mas algumas de suas mecânicas exigem pelo menos um pouco de reflexão. Você definitivamente não pode simplesmente esmagar X para ganhar.
Guardian's Crusade traz uma visão diferente dos JRPGs baseados em grupos/turnos. Você só tem controle total sobre seu personagem principal, um protagonista mudo chamado Knight (ou você pode dar a ele outro nome, se quiser). Depois, há o Baby, que você tem apenas controle parcial, o que significa que você pode dar a ele ordens básicas, como pedir para ele atacar, mas não pode escolher qual inimigo, por exemplo. Há também a fada Nehani que vai ajudar de vez em quando com um feitiço de cura fraco ou um ataque também fraco em algum inimigo.
E então vem uma parte muito interessante do sistema de batalha: os Living Toys, que você pode convocar para se tornar outros membros do grupo durante as batalhas. Você pode ter até 3 deles, tornando-se um grupo de 5 com Knight e Baby (ou 6 com Nehani, mas ela dificilmente pode ser contada como membro do grupo). Esses Living Toys sempre executarão alguma ação específica, como fazer um ataque de fogo, ou defender os outros membros do grupo, etc. Eles geralmente saem depois de receber 3 golpes e você não pode invocá-los novamente durante a mesma batalha.
Então, como você pode ver, as batalhas em Guardian's Crusade podem ser divertidas e envolventes, mas demora um pouco para chegar a isso. Esteja ciente de que as primeiras horas de luta são realmente meio chatas.
Os encontros de batalha são visíveis no mapa e seu comportamento muda dependendo do nível em relação ao seu (se o seu nível for maior eles fugirão, se for igual ou menor eles irão persegui-lo), um recurso legal que não era tão comum assim na época.
Agora falando da trilha sonora, no geral é muito boa. Minha música favorita é o tema de batalha normal, seguido por Cave of Fear e San Claria.
O tema de Zed Harbour é meio chato para mim, mas essa é a única música ruim que consigo pensar. Na verdade, eu odeio tudo sobre Zed Harbor.
O jogo tem uma atmosfera agradável, principalmente por causa de sua trilha sonora, mas também por causa de seus 2 amigos Nehani e Baby e o estilo visual geral. Ele também tem alguns FMVs legais.
A história é muito simples, mas tem alguns momentos bacanas. Porém eu pessoalmente nunca me senti muito envolvido com ela.
Agora falando sobre outros aspectos da jogabilidade:
Explorações de dungeons e world map são ok. Você anda e vira a câmera para encontrar alguns baús secretos. Não é ruim, mas não é tão bom. Você pode ativar o movimento analógico completo, o que é bom, pois o movimento padrão de 8 direções do d-pad, tendo que segurar um botão para correr pode ser cansativo.
Mas quando chegamos às cidades, torna-se uma coisa diferente. Andar por aí e encontrar o caminho pode ser confuso na maioria das cidades. Os layouts são ruins, os prédios parecem todos iguais, as placas são escondidas por objetos e ângulos de câmera, exigindo que você gire a câmera constantemente. Deviam ter feito placas visíveis de qualquer ângulo, como sempre colocá-los no topo das casas ou algo assim. Locais importantes como lojas e pousadas deviam ser marcados no mini-mapa, mas não são.
Novamente, Zed Harbor foi um verdadeiro teste de paciência, mas Trisken também foi muito ruim. Na verdade, todas as cidades são irritantes pelo menos nas primeiras vezes que você as visita, até que você tenha seus layouts memorizados.
Uma nota final sobre a jogabilidade é que na introdução você vê que Baby se tornará capaz de voar em algum momento. Eu estava meio ansioso para chegar a esse ponto, mas na verdade foi frustrante. Voar é muito lento e o warp room não é intuitivo. Portanto, essas coisas tornam a exploração final do jogo não tão divertida quanto poderia ser.
E finalmente os gráficos: eles são meio ruins para um jogo lançado 5 anos depois do início dessa geração. Personagens, NPCs e modelos 3D de inimigos possuem poucas texturas. Os gráficos do ambiente são bons, mas não ótimos. Este foi o mesmo ano de Metal Gear Solid, então eles poderiam ter feito algo melhor.
As animações variam de decentes a ruins. As animações de ataque são boas, enquanto as animações de morte são uma piada, como se os inimigos mantivessem a mesma postura de batalha, mas eles fossem horizontais...
Classificações:
Gráficos: 5
Som: 8
Jogabilidade: 6
História: 5
Nota final: 7