Lost Planet 2
Contando com um gameplay superior ao primeiro, a sequência do LP acerta em alguns pontos e erra em outros. Pra começar é que o enredo continua tão confuso quanto antes. E o foco do jogo é a sua campanha em coop, e é bom ter amigos para jogar, porque jogar com bots é incrivelmente chato. Isso por si só já levanta outro problema. Para jogar online, é necessário ter conta no extinto serviço da Games for Windows Live, que surpreendentemente, ainda funciona. LP2 é inferior ao primeiro em seu modo campanha raso, enredo mais confuso que seu antecessor, mas a jogabilidade e sensação de escala melhoraram consideravelmente.
Return to Castle Wolfenstein
Pode não ser o meu Wolfenstein preferido (The New Order e a DLC The Old Blood ainda estão no pódio), mas além de ser anos luz melhor do que Wolf II: The New Colossus, ele é um FPS da sua época. Repleto de armas da WWII e trabucos mais experimentais, o jogo serve como sequência do original lançado no início da década de 90. Enquanto o Wolf3D era um FPS com mapas labirínticos e um estilo de jogo mais arcade, com pontuação e tudo mais, em RtCW, o jogador necessita realizar abordagens mais cuidadosas, os combates aqui são mais mortais e os inimigos atiram sem pensar. O jogo dá uma variada na metade com a inclusão de novos inimigos, como os zumbis e monstros das catacumbas, que é um dos trechos mais atmosféricos do jogo, e os laboratórios nazistas, repletos de soldados e androides geneticamente alterados. A sensação de desafio do início é natural, porém na reta final, o jogo começa a apresentar uma dificuldade artificial e barata, contanto com inimigos que não morrem mais com headshots precisos, totalmente bullet-sponges e o posicionamento deles beira ao ridículo, com soldados posicionados literalmente em cantos de portas esperando o jogador passar por ali. O enredo e as batalhas contra os bosses também não empolgam muito, mesmo para a época, tudo era simples demais, é visível que militarizaram muito a IP na época, o que não é nenhum mistério o fato dos primeiros CoDs utilizarem a engine de RtCW. Os trechos em florestas são como jogar um Call of Duty 1, por exemplo. Recomendo para quem é muito fã da franquia, mas acredito que se tratando de Wolfenstein, há opções melhores. Mas este ainda é um clássico.
Prince of Persia 2008
Vocês não tem noção de quantas vezes eu quis desistir desse jogo. O enredo é ok, os gráficos e efeitos visuais conseguem ser competentes até hoje, a trilha sonora é fantástica, a jogabilidade é responsiva. Mas o jogo é chato. É sério. Esse reboot é chato demais. Você tem um mapa pseudo-aberto e pode transitar por eles e só pode desbloquear outros caminhos quando desbloqueia poderes novos. E como desbloqueia poderes novos? Coletando itens! Quem não gosta de um jogo em que você fica a maior parte do tempo coletando itens para progredir? Se este é seu caso, PoP 2008 é perfeito para você. Você chega em determinada área que está corrompida, derrota seu sub-chefe, regenera a área, coleta as sementes da vida que estão naquela área e parte para a outra e faz a mesma coisa, e você vai fazer isso nas próximas 13 horas de jogo. E o combate, bom, ele não é ruim, mas é massante, é um buttom-smash miserável em que você basicamente segue os QTEs da tela e tudo acaba. E o final é medíocre também. Recomendo apenas para os fãs mais hardcore da franquia PoP, mas dificilmente um fã da trilogia das Areias do Tempo vai conseguir jogar este aqui por muito tempo.