Recebi recomendação para jogá-lo depois de zerar Metal Gear Solid 5, porém
terminei muito decepcionado com o jogo,
não o recomendo para ninguém, segue então a minha avaliação:
Pra minha surpresa Dishonored 2 trata de um tema nunca antes explorado na indústria: o quão longe o personagem está disposto a ir para fazer VINGANÇA com as próprias mãos.
No início o jogador escolhe se quer jogar com a filha ou o pai, escolhi a mulher por achar que o homem daria conta do recado sozinho (longe de mim querer ser feminista, odeio controlar mulheres nos jogos), então essa vai ser a minha perspectiva.
No passado a rainha que governava o local foi assassinada e a filha dela, Emily Kaldwin (personagem que controlamos), carrega um sentimento de responsabilidade maior do que deveria ao assumir a coroa, mas com a ajuda do seu pai, Corvo Attano (personagem principal do primeiro jogo), tenta seguir os passos da sua mãe de ser uma boa líder.
Logo no início somos apresentados a Delilah, tia bastarda de Emily, que com sucesso consegue dar um golpe de estado a retirando do trono e também acaba petrificando o seu pai na ocasião. Seguindo desse ponto a trama gira em torno da Emily buscando VINGANÇA contra Delilah por ter petrificado o seu pai e a retirado do trono que antes era da sua mãe, assim então ela carrega um sentimento de culpa.
Dishonored 2 tenta passar a mensagem que suas ações possuem consequência e que a VINGANÇA A QUALQUER CUSTO pode destruir o espírito de uma pessoa. Os desenvolvedores querem que o jogador se sinta mal ao matar os inimigos por serem apenas guardas seguindo ordens de Dalilah, apesar de ser o caminho mais fácil a personalidade da Emily vai mudando conforme mergulha de cabeça na ideia de VINGANÇA e vai se tornando ao longo da aventura uma pessoa cada vez mais desprezível.
Mas o jogo comete um erro gravíssimo, não tem a coragem de dar apenas a opção da VINGANÇA A QUALQUER CUSTO para o jogador. Ao invés disso, de forma falha e nada original, da também a opção para o jogador recuperar o trono sem matar ninguém, assim passando a mensagem que apesar de ser o caminho mais difícil, no final é o mais virtuoso. A ideia sequer combina com o gênero stealth, absurdo! Essas múltiplas escolhas podem até culminar em incoerências.
Ao longo da aventura também vamos descobrindo mais detalhes da história do reino e personagens através de cutscenes, diálogos e escritos que encontramos. Nos deparamos até com o passado da mãe da Emily e tomamos conhecimento que ela não era uma pessoa tão boa assim tendo culpa no desejo de VINGANÇA que Delilah carrega.
Acho que perderam uma grande oportunidade de tornar Delilah um personagem controlável para o jogador sentir na pele os momentos difíceis que passou. Ela é uma personagem muito interessante e que todos os jogadores queriam calçar os seus sapatos.
No final Dishonored 2 é uma experiência vazia por dar as opções do jogador seguir o caminho mais fácil da VINGANÇA A QUALQUER CUSTO ou o mais difícil, porém virtuoso, de não matar ninguém, ambas trazendo consequências na personalidade da Emily que será moldada no final, mas podendo existir incoerências conforme as escolhas feitas pelo jogador, por isso seria muito melhor se fosse uma única história sem múltiplas escolhas. Também perderam a oportunidade de tornar Dalilah uma personagem jogável.
Por todas essas críticas a minha avaliação final é:
Nota: 2/10