Venho nessa postagem falar sobre os dois últimos jogos que terminei. O primeiro deles é
Get Even para
XBox One, terminado no dia 6 de junho, que estava no Backlog a um bom tempo, pois, joguei um parcela da campanha e depois demorei a retomar.
A campanha de
Get Even se inicia com um agente chamado Cole Black do lado de fora de um prédio abandonado com apenas uma coisa em mente: "salvar a garota". Depois de se infiltrar no prédio e matar homens armados que encontram por lá, ele encontra a garota amarrada a uma cadeira com uma bomba amarrada ao peito. Black é incapaz de desarmar a bomba antes que ela exploda.
Black acorda de repente em um antigo hospital psiquiátrico abandonado, com um dispositivo estranho preso a sua cabeça. Ele é apresentado através de monitores a uma figura sombria que se identifica como Red, que lhe diz que o dispositivo é conhecido como Pandora, uma tecnologia experimental projetada para gravar e reproduzir a memória humana para fins analíticos. Nesse caso, Red quer que Black explore as circunstâncias do sequestro da garota, alegando que Black teve algo a ver com isso, embora não consiga se lembrar de nada. Enquanto caminha pelo hospital psiquiátrico, Black encontra vários companheiros de prisão, cujos destinos são determinados por suas ações. Muitos deles se referem a Black como o "Mestre das Marionetes" e fazem outras referências a Alice no País das Maravilhas.
Através do exame de várias de suas próprias memórias e de outras fornecidas por Red, Black começa a juntar as peças do que aconteceu. Ele foi contratado por um homem chamado Robert Ramsey para se infiltrar na ADS, uma fabricante de armas, e roubar um protótipo de sua última invenção, a CornerGun. Ramsey então patenteou o CornerGun como sua própria criação, quase levando a ADS à falência e humilhando seu CEO, Roger Howard. Como recompensa, Ramsey fez de Black o chefe de segurança de sua própria empresa.
Black frequentemente se depara com memórias que retratam Ramsey como um homem motivado cuja obsessão com a memória e a esperança de que seu dispositivo Pandora mude o mundo faz com que ele negligencie sua esposa Lenore e Grace. . Com base nesses flashbacks e na resposta irritada de Red a eles, Black deduz que Red é realmente Robert Ramsey, que confirma isso e declara sua intenção de descobrir por que Grace foi levada.
Apesar de parecer que fiz fortes revelações ao explicar um pouco do enredo de
Get Even, acreditem. Não é nem o começo.
Get Even traz um enredo extremamente rico e complexo. Muito bem trabalhado nos mínimos detalhes, e no fim, quando você pensa ter entendido o que está acontecendo, o jogo vem com um pesadíssimo mindblow, e como não fosse o suficiente, quando se acha que realmente estava compreendendo o enredo, ele traz um mais pesado ainda no final, te deixando com a sensação de que você estava entendendo tudo errado desde o inicio, mas o melhor, é que é impossível deduzir o que acontecia de fato sem chegar ao final do jogo.
Lembra que quando o desenvolvimento do jogo foi anunciado, falavam sobre a tecnologia de seu motor gráfico e a qualidade de realismo que o mesmo poderia atingir. De fato os gráficos são belíssimos e com um altíssimo nível de detalhamento. As localizações do jogo, ambientadas majoritariamente em locais abandonados transmitem um clima tenso e assombroso de locais aonde acontecem coisas ilícitas, como víamos muito em filmes dos anos 80 e 90. Galpões industriais abandonados, edificações em ruinas, e mesmo o hospital psiquiátrico que tem um clima tenso e sombrio.
Se juntando ao ambiente tenso do jogo, vem sua sonoplastia que em certos momentos conseguem deixar o jogador com nível extremamente alto de ansiedade, e falo sério. Em todos os momentos que retornamos ao hospital psiquiátrico, estamos em um local diferente e temos um trajeto a percorrer nele até a próxima regressão através da tecnologia Pandora. Além de encontrarmos diversas outras pessoas também presas e utilizando a tecnologia Pandora à força, existem diversos bonecos de madeira espalhados pelo local, que em diversos momentos pregam peças a ponto de fazer tomar altos sustos.
A jogabilidade é bem simples, porém, cheia de recursos. O jogo nos apresenta uma perspectiva em primeira pessoa, nos dando a primeira impressão de ser um jogo baseado em ação, entretanto, o jogo é focado em furtividade e investigação. O classifico como um jogo de aventura e horror psicológico. Em alguns momentos podemos trocar tiro como o Rambo, mas em outros momentos isso faz Pandora dessincronizar. Apesar de termos a opção de decisão, e algumas delas terem consequências no desenvolvimento da campanha, Red sempre nos orienta a interagir o mínimo possível com as pessoas da lembrança que estamos revivendo devido a sua instabilidade.
Voltando ao foco da jogabilidade, Black carrega um smartphone com diversos recursos, podendo acessar através dele o mapa do local, visualizando a movimentação dos NPCs inimigos, fotos e pistas ja encontradas, um scanner capaz de identificar locais nas memórias capazes de serem influenciados pela tecnologia Pandora, como remover barreiras e colocar obstáculos físicos para se esconder, além de visores de ultra violeta e visão noturna. Esses recursos são utilizados na busca de evidencias pelas fases, além de também ajudar a solucionar diversos quebra-cabeças espalhados pelo jogo.
Vale ressaltar que o jogadora é bonificado cada vez que coleta todas as evidencias em um capitulo, ganhando um código de desbloqueio de uma porta secreta localizada no capítulo para coletar uma arma secreta.
O jogo é extremamente divertido e o enredo me prendeu de forma intrigante. Não tenho ideia de quanto tempo útil gastei em sua campanha, o que posso dizer é que recomendo muito esse jogo se o mesmo for encontrado a um valor justo. O trabalho do estúdio de desenvolvimento foi primoroso, e como um jogo de orçamento modesto esta muito acima da média. Não achei o jogo difícil, porém, não foi nada fácil. Em diversas partes eu empaquei e desistia para voltar no dia seguinte, principalmente em locais que o foco era a furtividade e meu protagonista definitivamente não podia ser notado com a desvantagem da dessincronização da Pandora.
As screenshots acima foram geradas no decorrer da minha campanha e postei diversas outras
nesse tópico.
O próximo jogo da lista é
Killzone: Shadow Fall para
PlayStation 4, terminado ontém, dia 01 de julho.
Killzone: Shadow Fall começa no ano de 2370, vários anos após a construção de um muro no planeta Vekta que serviu para realocação forçada de Vektans de New Helghan. Michael Kellan e seu filho de 5 anos, Lucas, tentam se esgueirar por New Helghan até a Muralha. Ao longo do caminho, eles encontram Sinclair, um Shadow Marshal, que os ajuda a chegar em segurança. Assim que o grupo chega à Muralha, as forças de Helghast os localizam e matam Michael. Depois que Sinclair despacha as forças restantes, ele promete a Lucas que cuidará dele. Uma breve cena é reproduzida, mostrando Lucas subindo na hierarquia da Shadow Marshal Academy, tornando-se um Shadow Marshal de pleno direito e trabalhando sob o comando de Sinclair.
20 anos depois, as tensões entre os Vektans e Helghast atingiram um ponto de ebulição. Kellan, que se deixou capturar pelos Helghast como parte de uma investigação e está sendo trazido através da Muralha como parte de uma troca de prisioneiros por uma agente Helghast chamada Echo. Após a troca, Kellan é ordenado a retornar ao lado Helghan da Muralha para recuperar dados confidenciais. Kellan recupera as informações confidenciais e faz uma fuga ousada para fora da área. Usando os dados recuperados, Sinclair envia Kellan para o ISC "Cassandra", uma nave de pesquisa classificada, para destruir evidências de uma arma de biotecnologia criada pela cientista-chefe Dra. Hillary Massar e enviar "Cassandra" para o sol próximo. Uma vez na estação, Kellan encontra Echo, que escapa com Massar enquanto Kellan sai da nave assim que ela se aproxima do sol.
Ao chegar à sede da VSA, uma enorme explosão atravessa o prédio, matando vários civis e soldados. Através da confusão, Kellan se encontra com Sinclair e acompanha uma transmissão de Vladko Tyran, líder do "The Black Hand", um grupo terrorista paramilitar que reivindica a responsabilidade pelo ataque. Como resultado do terrorismo, todos os cidadãos Helghast que residem no lado Vektan da Muralha são deportados para New Helghan. Sinclair envia Kellan disfarçado com o resto dos refugiados para localizar Tyran. Eventualmente, ele encontra Tyran e descobre que ele está trabalhando para Jorhan Stahl, que planeja usar a arma biotecnológica de Massar que foi alterada para atingir os Vektans. Pouco depois, Kellan é capturado.
A partir daqui mais revelações sobre o enredo podem afetar a experiência com o jogo, mas devo dizer que
Killzone: Shadow Fall não possui uma campanha muito longa, entretanto, tempo suficiente para não ser desgastante. Mas devo começar falando do jogo sob sua melhor característica, que são seus gráficos. O jogo tem gráficos realmente lindos, e mesmo após quase 10 anos de seu lançamento são de cair o queixo. Os cenários são riquíssimos em detalhes e as texturas são muito bem polidas. A modelagem dos personagens são muito bem feitas, apesar da movimentação dos mesmos em certos pontos, como subindo escadas não parecerem muito naturais e também a notável diferença de qualidade dos NPCs comuns para os personagens principais.
No decorrer da campanha somos colocados em diversos ambientes diferentes e em todos eles eu me via virando a câmera para apreciar seus belos cenários. Os locais que mais me impressionaram foram a primeira fase, na barragem entre as cidades alvo do enredo, Vekta City, com seu ambiente moderno, mas ao mesmo tempo cheio de vegetação, destacando as cerejeiras e as pessoas andando pra lá e pra cá, além da favela da cidade de New Helghan, mostrando a pobreza, desolação e abandono da população por um sistema de governança autoritária que coloca seus cidadãos sob um regime de escravidão.
O jogo é realmente muito bonito, e no decorrer da campanha podemos encontrar páginas dos quadrinhos, que contam os primórdios dos conflitos entre os Helghans e os Vektans, além de dossiês, documentos, jornais e arquivos de áudio que são transmitidos pelos falantes do Dual Shock 4, recurso que eu particularmente adoro.
Em relação a trilha sonora, devo dizer que nenhuma trilha do jogo me cativou o suficiente para lembrar dela, mas devo elogiar o excelente trabalho de dublagem e de localização do jogo. Um dos pontos que traz mais inovação para a série, é sua jogabilidade, que além de novas armas, traz novos recursos com Owl, um drone que podemos utilizar para saturar barreira de defesa inimiga, saturá-los com artilharia auxiliar, além de podermos utilizar um recurso de descida por corda através de dele e também hackear computadores e terminais inimigos. Vale ressaltar que suas funções podem ser selecionadas através do Touch Pad do Dual Shock 4.
Muitas das armas possuem tiro secundário, e por padrão, nossa arma primária não pode ser substituída, sendo uma metralhadora ISA que pode se converter em rifle de média distância. Diferente de outros jogos da série, esse pode, e muitas vezes deve ser jogado de forma furtiva, o que me decepcionou um pouco. No momento em que somos notados, devemos desativar o terminal de emergência que solicitar hordas de inimigos constantemente, ou eles não param de vir. Nem todas as fases utilizam esse sistema, mas boa parte delas é focada nesse sistema.
Algumas fases são menos lineares, tendo notado claramente que a Guerrilla Games se insipirou em Halo em fazer fases menos lineares e mais extensas, e na minha opinião, Killzone combina mais com um esquema mais linear, mas isso é mera opinião.
Eu sinceramente esperava muito mais do jogo, por que pra mim a cereja do bolo de Killzone sempre foi jogar igual um Rambo contra inimigos de alta resistência, que são os Helghast, em cenários mais lineares. Esse jogo ficou muito comum, tirando um pouco a personalidade da série, pelo menos pra mim. Vale ressaltar que foi o pior final que vi na minha vida. O desfecho desse jogo me deixou com um sabor amargo na boca e não fez jus a seus antecessores, jogos que tiveram um cuidado especial no desenvolvimento do enredo de forma a nos fazer esperar por sua continuação.
Eu particularmente não consigo ver uma continuação para a trama que seja emocionante da forma que este terminou, talvez por isso a saga esteja em stand by.
As screenshots acima foram tiradas por mim durante a minha campanha e postei mais delas
nesse tópico.