Incalus
Bam-bam-bam
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Eu inicialmente iria criar o tópico para falar de Remember Me, mas daí, achei muito melhor dar espaço para que cada um fale um pouco dos próprios gostos quanto ao gênero.
No meu caso, eu vou falar um pouco do Remember Me, pq noto que no forum anda aparecendo muita gente nova (de idade mesmo) que não jogou o jogo. Alguns mais velhos que tbm não jogaram e que às vezes são influenciados por notas de "sites especializados', etc...acabam perdendo a chance de jogar o jogo e ter uma ideia completamente diferente.
Vamos lá...
Eu sei que Deus Ex (o primeiro) é um clássico Cyberpunk. E ainda permanece como um dos meus jogos preferidos do gênero. Joguei muito Deus Ex na adolescência e é indiscutivelmente um jogo dos mais inteligentes já criados. Agora, se me pedissem para dizer qual jogo com temática Cyberpunk consegue ser o mais caprichado em retratação do conceito , eu citaria Remember Me.
A diferença entre Deus Ex e Remember Me, é que o primeiro é um RPG misturado a FPS, já Remember Me é mais direto ao ponto, embora não foque na Ação, enfatiza muito mais a questão central, e dosa bem momentos de Ação, onde o combate é um tipo parecido com Batman Arkham, mas com combinação de combos mais complexos, embora menos intuitivos, e, além disso, Remember Me consegue criar uma imagem, uma estética que substitui diálogos extensos que tentariam contextualizar a natureza do mundo retratado (as imagens valem mais que mil palavras, e no caso do jogo, é verdade).
O jogo gira em torno de grupo que se levanta contra uma Megacorporação, a Memorize, que digitaliza e comercializa memórias, prometendo livrar o cidadão de todos os medos. Em outras palavras, uma corporação supertotalitarista, que governa nas sombras. O mundo de Remember Me mostra muito com muito pouco, em outras palavras, é um jogo linear, mas que entrega uma ambientação absurda de tão bem concebida. A cada centímetro, você sente a atmosfera cyberpunk diante dos olhos e entrando pelo poros de tão real. Mesmo sendo um jogo de 2013, visualmente o jogo impressiona, graças à arte magnífica que retrata adequadamente um Cyberpunk através do contraste correto do limpo e do sujo, do tecnológico e do ultrapassado.
O tom filosófico do jogo é trabalhado de maneira sutil, quando expõe os “motivos” da existência da Memorize, enquanto o lado podre da Neo Paris ( onde o jogo se passa), é recheado dos mutágenos, os excluídos da sociedade, que vivem na escuridão, em meio ao lixo, à degradação de uma periferia arruinada e esquecida pela classe opulenta de Neo Paris. Lembrando que aqui, não há espaço para politicagem do tipo “Direita x Esquerda”, porque no Cyberpunk a política não é atuante e não governa uma sociedade como governa atualmente. Em todo o universo Cyberpunk, Direita e Esquerda não lutam por nada, porque não possuem representação devido ao modo como megacorporações limitam toda a liberdade de expressão da sociedade e a atuação da máquina do Estado, pois este acaba por ceder à força econômica e tecnológica de uma megacorporação que controla toda a sociedade, seja em termos midiáticos, seja em termos de segurança e acesso a serviços essenciais, como bancos, hospitais, etc.
O jogo, além de reproduzir uma sociedade cyberpunk incrível, também possui um combate interessante, embora muito complexo, de certa forma, onde podemos montar diversos combos, mas não de maneira muito intuitiva, principalmente quando o jogo “pede” para montarmos combos justamente DURANTE uma luta caótica, atrapalhando na fluidez do combate. Outro aspecto a se ressaltar é que a cereja do bolo do jogo é a Remixagem de memórias: Nilin, a personagem que controlarmos, tem o poder de “entrar” na memória de personagens e alterar as lembranças, fazendo co m que o personagem que teve a memória alterada, então, passe a tomar outras atitudes, contrárias ao que originalmente estava decidido a tomar.
Enfim, algumas imagens para aqueles que não jogaram o jogo e querem ter uma noção da qualidade estética e conceitual.....
No meu caso, eu vou falar um pouco do Remember Me, pq noto que no forum anda aparecendo muita gente nova (de idade mesmo) que não jogou o jogo. Alguns mais velhos que tbm não jogaram e que às vezes são influenciados por notas de "sites especializados', etc...acabam perdendo a chance de jogar o jogo e ter uma ideia completamente diferente.
Vamos lá...
Eu sei que Deus Ex (o primeiro) é um clássico Cyberpunk. E ainda permanece como um dos meus jogos preferidos do gênero. Joguei muito Deus Ex na adolescência e é indiscutivelmente um jogo dos mais inteligentes já criados. Agora, se me pedissem para dizer qual jogo com temática Cyberpunk consegue ser o mais caprichado em retratação do conceito , eu citaria Remember Me.
A diferença entre Deus Ex e Remember Me, é que o primeiro é um RPG misturado a FPS, já Remember Me é mais direto ao ponto, embora não foque na Ação, enfatiza muito mais a questão central, e dosa bem momentos de Ação, onde o combate é um tipo parecido com Batman Arkham, mas com combinação de combos mais complexos, embora menos intuitivos, e, além disso, Remember Me consegue criar uma imagem, uma estética que substitui diálogos extensos que tentariam contextualizar a natureza do mundo retratado (as imagens valem mais que mil palavras, e no caso do jogo, é verdade).
O jogo gira em torno de grupo que se levanta contra uma Megacorporação, a Memorize, que digitaliza e comercializa memórias, prometendo livrar o cidadão de todos os medos. Em outras palavras, uma corporação supertotalitarista, que governa nas sombras. O mundo de Remember Me mostra muito com muito pouco, em outras palavras, é um jogo linear, mas que entrega uma ambientação absurda de tão bem concebida. A cada centímetro, você sente a atmosfera cyberpunk diante dos olhos e entrando pelo poros de tão real. Mesmo sendo um jogo de 2013, visualmente o jogo impressiona, graças à arte magnífica que retrata adequadamente um Cyberpunk através do contraste correto do limpo e do sujo, do tecnológico e do ultrapassado.
O tom filosófico do jogo é trabalhado de maneira sutil, quando expõe os “motivos” da existência da Memorize, enquanto o lado podre da Neo Paris ( onde o jogo se passa), é recheado dos mutágenos, os excluídos da sociedade, que vivem na escuridão, em meio ao lixo, à degradação de uma periferia arruinada e esquecida pela classe opulenta de Neo Paris. Lembrando que aqui, não há espaço para politicagem do tipo “Direita x Esquerda”, porque no Cyberpunk a política não é atuante e não governa uma sociedade como governa atualmente. Em todo o universo Cyberpunk, Direita e Esquerda não lutam por nada, porque não possuem representação devido ao modo como megacorporações limitam toda a liberdade de expressão da sociedade e a atuação da máquina do Estado, pois este acaba por ceder à força econômica e tecnológica de uma megacorporação que controla toda a sociedade, seja em termos midiáticos, seja em termos de segurança e acesso a serviços essenciais, como bancos, hospitais, etc.
O jogo, além de reproduzir uma sociedade cyberpunk incrível, também possui um combate interessante, embora muito complexo, de certa forma, onde podemos montar diversos combos, mas não de maneira muito intuitiva, principalmente quando o jogo “pede” para montarmos combos justamente DURANTE uma luta caótica, atrapalhando na fluidez do combate. Outro aspecto a se ressaltar é que a cereja do bolo do jogo é a Remixagem de memórias: Nilin, a personagem que controlarmos, tem o poder de “entrar” na memória de personagens e alterar as lembranças, fazendo co m que o personagem que teve a memória alterada, então, passe a tomar outras atitudes, contrárias ao que originalmente estava decidido a tomar.
Enfim, algumas imagens para aqueles que não jogaram o jogo e querem ter uma noção da qualidade estética e conceitual.....