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" Quem lacra não lucra news?" 'Capitã Marvel' luta contra o patriarcado, diz atriz principal do filme

albanibr

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Eu ainda não assisti o filme, mas segundo meus amigos
a lacração é somente na propaganda que a atriz fez do filme e a turma da lacração imaginado que teve lacração no filme
 

Roveredo

Ei mãe, 500 pontos!
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Vendo como eles chegaram nesse resultado...

Bom, se eles acham que esse investimento e método são sustentáveis financeiramente, que continuem fazendo mais Capetonas Marveis.



Tem que ver se esses R$ 175.000.000,00 são o "líquido", ou o valor que vai para o estúdio, ou o "bruto", em que o valor também consta a parte dos cinemas...

Esse divulgado é o bruto. O que fica para o estúdio costuma girar, via de regra, em torno da metade ou no máximo 2/3 do total arrecadado.

No caso da Marvel, vejo que estão especulando que o gasto total ficou em US$ 520m, sendo necessário a arrecadação total de US$ 750m para cobrir esses US$ 550m (os outros US$ 200m seriam os custos de distribuição e projeção nas salas de cinema.
 

Goblin_Slayer

Habitué da casa
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Não sei se já postaram, mas o Omelete deu nota alta para o filme.

Review Omelete

Bem, isso já era um indicativo de que não valia a pena assistir a esse filme. Já faz algum tempo que u costumo interpretar as críticas do Omelete do modo contrário ao que eles falam.

E só fiz perder o meu tempo, porque entretenimento esse filme definitivamente não me entregou.
 


Darth Mario

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Pretendia colocar minha análise no tópico da pasta Cinema & TV, mas como uma parte do pessoal lá está chorando em relação aos comentários que dizem respeito às mensagens ideológicas embutidas no filme, desisti. Parece que para essas pessoas, não tem problema o filme conter propaganda: o que não se tolera, são os espectadores fazendo críticas a isso ou comentando a respeito.... Por esse motivo, decidi postar minha análise aqui, de modo que pudesse escrevê-la com total liberdade. Obviamente, ela contém spoilers. Considerem-se avisados.

Pois bem, decidi fazer uso do Torresmo para assistir o filme da Capitã Feminista. Fui com as expectativas mais baixas possíveis e, mesmo assim, terminei desapontado. Não só isso: também me senti ultrajado e lesado, pelo fato de ter dedicado duas horas da minha vida para assistir essa tentativa falha de entretenimento. Diante disso, fiz algumas pesquisas e compilei tudo que encontrei de errado com esse filme, para detoná-lo com a devida pompa e circunstância.

Antes de entrar na análise, faço questão de ressaltar que esse filme é um filler: nada do que é mostrado terá influência alguma no Endgame. O filme é totalmente descartável e esquecível, tendo poucos atrativos que justifiquem assisti-lo. Dentre eles, destaco o tributo a Stan Lee (que, na minha opinião, deveria estar no Endgame), o uso da tecnologia de rejuvenescimento digital aplicada em Samuel L. Jackson e Clark Gregg (que foi totalmente subutilizado nesse filme, diga-se de passagem) e a atuação de Ben Mendelsohn que, a despeito de estar interpretando um alienígena e com quilos de maquiagem no rosto, entrega a performance mais humana e expressiva do elenco.

Como a maior parte dos fillers, esse filme parece ter sido escrito com a bunda, ou melhor, com as bundas dos roteiristas (porque, acreditem ou não, nada menos que seis pessoas foram responsáveis por escrever essa porcaria). Aparentemente, nenhum dos cretinos se preocupou em consultar o material base (as HQ’s) e nem mesmo a mitologia do próprio MCU. Como resultado, o filme caga com satisfação em cima de elementos estabelecidos nas HQ’s, além de criar inconsistências no MCU, como plot holes e até mesmo retcons.

Capitã Marvel
No caso, a original. Para privilegiar a loira aguada, decidiram que precisavam retirar Monica Rambeau do caminho. Tornaram ela uma criança e, com isso, a Capitã original do MCU se tornou Carol Danvers.

A parte mais interessante é que o pessoal que adora exigir diversidade forçada em tudo quanto é meio de entretenimento, ficou absolutamente calado diante do fato de terem removido uma mulher negra para favorecer uma branquela. Pois é... Pelo visto a regra só vale quando esse pessoal determina, né? :kclassic

Capitão Marvel
O problema não foi terem mudado o sexo do personagem, mas sim o motivo pelo qual a mudança foi realizada. Não podiam permitir que um homem branco, loiro e de olhos azuis bancasse o herói de um povo de cor (verde) oprimido, ao tentar encerrar uma guerra intergaláctica. Mais que isso, não podiam permitir que um homem branco, loiro e de olhos azuis fosse o responsável por conceder os poderes para a Mary Sue mais overpower do MCU. Onde já se viu uma mulher se tornar poderosa por causa de um homem? Simplesmente inaceitável!

Detalhe: essa não é a primeira vez que mudam o sexo de um personagem dos quadrinhos ao integrá-lo no MCU. Para quem não se recorda, isso já aconteceu no filme do Dr. Estranho, com o personagem da Tilda Swinton: o Ancião. Naquela ocasião, ninguém deu a mínima pois, como disse, o problema não é a mudança, mas sim o motivo pelo qual ela ocorre.

Skrulls
Desde sua primeira aparição na revista Fantastic Four #2 (1962), os Skrulls são retratados como vilões. Nesse filme, decidiram retratá-los de uma forma diferente: eles tem fama de terroristas intergaláticos mas, na verdade, não passam de alienígenas fugitivos que utilizam suas habilidades em transmorfismo para se refugiar ilegalmente em outros planetas. É impressão ou alguns pontos ressoam fortemente na nossa realidade, no que diz respeito a imigrantes ilegais?

Mudarem os Skrulls apenas para fazer uma tosca alegoria política sobre imigrantes ilegais é o que torna essa mudança ofensiva. Décadas de mitologia Skrull nos quadrinhos jogadas no lixo, simplesmente porque os roteiristas não conseguiram resistir à compulsão de inserir a porcaria da agenda que seguem. Se bem que isso é praticamente uma marca registrada desse filme: agenda em primeiro lugar e que se foda a coerência, a lógica e a continuidade. :kclassic

Nick Fury
O personagem tem duas marcas registradas nos quadrinhos: o estilo badass e o modo como perdeu seu olho. Esse filme conseguiu estragar ambas características, ao transformar o personagem num alívio cômico que perde a visão da maneira mais ridícula possível: o arranhão de um gato. Isso foi feito para seguir um dos ditames da famigerada agenda: para elevar uma determinada personagem feminina, é preciso transformar os personagens masculinos em babões idiotas. Saber que a versão do Fury no MCU foi destruída apenas por esse motivo é simplesmente lamentável.
O nome do Projeto Vingadores
No final do filme, Fury deixa claro que iniciará um projeto para encontrar seres extraordinários, no intuito de torná-los a última linha de defesa da Terra. Se chamaria Projeto Protetores, até o momento no qual ele se depara com uma foto de Carol Danvers em seu avião. Nele, é possível ver um decalque que diz: Capitã Carol “Vingadora” Danvers. Por conta disso, ele modifica o nome do projeto para Vingadores, com um risinho de satisfação no rosto. Só tem um problema: absolutamente nada nessa cena faz sentido.

Para começo de conversa, se a inspiração para o nome veio de Danvers, o que acontece com aquele filme chamado Capitão América: o Primeiro Vingador? O título do filme parece apontar para o fato de que esse tal Capitão foi o primeiro Vingador, não? Ainda mais se levarmos em conta que a história desse filme se passa décadas antes do filme da Capitã... Que se foda a coerência, a lógica e a continuidade: o negócio é forçar a entrada dessa personagem no MCU e ainda conceder uma importância que ela não merece, mesmo que seja preciso detonar o que foi estabelecido anteriormente, certo?

Além disso, o filme estabelece que, na década de 90, mulheres só podiam ser pilotos de teste ao ingressarem na Aeronáutica, supostamente por conta do machismo que imperava na corporação. Assim sendo, alguém consegue me explicar como diabos uma mulher conseguiu chegar ao posto de Capitã tão rápido, levando em conta sua idade? Alguém também poderia me explicar porque uma piloto de testes tem seu próprio avião com decalque personalizado, quando isso costuma ser restrito a pilotos de combate? E, acima de tudo, alguém poderia me dizer porque diabos uma piloto de testes recebeu a alcunha de “Vingadora”? O que exatamente ela “vingou” durante seus vôos de teste? :kclassic

Tesseract
Ele é a origem do poder da Capitã Feminista. De acordo com a co-diretora do filme, Anna Boden “o governo estava com o Tesseract jogado em algum canto da S.H.I.E.L.D. e Mar Vell foi capaz de utilizá-lo para criar seu Motor de Velocidade da Luz no Projeto Pegasus. Como alienígena, ela era a única que sabia de todo seu poder e a única capaz de descobrir como utilizá-lo.”

Se é assim, a primeira coisa que precisamos fazer é ignorar algo que ocorreu em Capitão América: o Primeiro Vingador. O governo realmente não só estava em posse to Tesseract (ele foi encontrado por Howard Stark enquanto procurava o Capitão), como também sabia que ele era a fonte de energia das armas utilizadas pelos soldados da Hidra sob o comando do Caveira Vermelha. O próprio Howard estava trabalhando para fazer engenharia reversa nessas armas, inclusive.



Sem contar o fato de que a própria S.H.I.E.L.D. trabalhou com Armin Zola (conforme revelado em Capitão América: o Soldado Invenal), o homem responsável por utilizar o Tesseract como fonte de energia para as armas da Hidra.



Como Zola é humano, a explicação de Boden se torna ainda menos convincente diante do que vimos no filme da Capitã Feminista. O Tesseract foi removido da Terra por Mar Vell... e o governo simplesmente entregou para ela? Ou ela furtou a bagaça? Além disso, como o governo não descobriu que ela era alienígena, já que ela literalmente possui sangue azul? E se ela era a única que conseguia lidar com o Tesseract, por ser uma alienígena, qual a explicação para Armin Zola e Howard Stark terem conseguido fazê-lo com décadas de antecedência em relação a ela?

Contato Imediato de Terceiro Grau
De acordo com o filme, Fury havia encontrado com Krees, Skrulls e até mesmo chegou a presenciar um ataque alienígena de larga escala utilizando ogivas balísticas contra a Terra, promovido pela Armada de Ronan, o Acusador.

A despeito disso, no entanto, ele trava um diálogo curioso com os Vingadores:



Então, quando Thor veio pela primeira vez à Terra, a S.H.I.E.L.D. percebeu que a humanidade não estava sozinha, embora tanto a organização quanto Fury tenham entrado em contato com alienígenas anteriormente, conforme o filme da Capitã Feminista. Vamos ser generosos e supor que Fury estava mentindo no diálogo (ainda que ele não tivesse nenhum motivo para tanto). É só o que resta fazer ao se deparar com um roteiro com mais furos que um queijo suíço.

Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão
O filme estabelece que, nos anos 90, os agentes da S.H.I.E.L.D. já utilizavam a sigla que identifica o nome da superintendência. Dentre esses agentes, está Coulson. Se é assim, o que justifica os seguintes diálogos de Coulson, que ocorrem em três pontos distintos no primeiro filme do Homem de Ferro?







Porque Coulson “esqueceu” que a sigla era utilizada nos anos 90? Simplesmente não faz sentido, assim como tantas outras coisas que constam no roteiro porco desse filme.

Nick Fury, Diretor da S.H.I.E.L.D.
Em Soldado Invernal, quando o Capitão América conhece Alexander Pierce, ele vê uma foto do mesmo com Fury. Pierce diz que a foto foi tirada cinco anos após se conhecerem, no Departamento de Estado de Bogotá. Segundo Pierce, Fury era o Chefe encarregado de uma estação da S.H.I.E.L.D. no local e foi responsável por uma missão de resgate na embaixada, ocorrida sem sua autorização. A despeito de ter desobedecido suas ordens e levado militares para solo estrangeiro, Fury resgatou as pessoas confinadas na embaixada e, nessa ocasião, Pierce veio a promovê-lo. Só tem um problema nessa história e ele se encontra justamente na foto citada acima:

l5visidzaiq11.png

Conforme mostrado no filme da Capitã Feminista, Fury era um mero agente com Nível de Acesso 3 na época que perdeu seu olho para o arranhão de um gato. Assim sendo, na época que ele era chefe da estação de Bogotá, sua carreira já se encontrava num patamar mais elevado e, evidentemente, ele já era mais velho. Sendo assim, porque diabos ele está com seus dois olhos intactos na foto em questão?

O Pager
No final de Guerra Infinita, Fury acionou o pager que Danvers havia dado a ele para ser utilizado em caso de emergências. Porque Fury não utilizou esse pager antes? Um deus nórdico se apoderar do Tesseract e convocar um exército de criaturas alienígenas em Nova Iorque não se qualifica como emergência? Levando em conta a experiência que Danvers tinha com o Tesseract (já que ele é a origem dos seus poderes), não teria sido razoável chamá-la para lidar com a situação? Também não foi uma emergência quando um autômato adquiriu consciência, dizimou Sokovia e ameaçou extinguir toda a vida orgânica do planeta?

- Danvers está em outro planeta, numa missão com seus aliados Krees. Ela é capturada pelos Skrulls e submetida a uma sonda mental. Na tentativa de fuga, ela cai na Terra junto com os Skrulls que a capturaram. Ela consegue entrar em contato com seus aliados Krees (usando uma linha telefônica a cabo, porque f**a-se a lógica) e eles informam que levarão vinte e duas horas para alcançá-la. Nada faz sentido: ela é capturada num planeta alienígena mas, instantes depois, está na Terra com os Skrulls. Enquanto isso, seus aliados Krees, que estavam naquele mesmo planeta, levarão mais de vinte horas para alcança-los?

- Danvers cai numa Blockbuster e detona um stand de True Lies, no susto. Por uma coincidência incrível do destino (friamente calculada pelos roteiristas), o disparo destrói a cabeça de Schwarzenegger, mas Jamie Lee Curtis fica intacta. Também pudera: quer símbolo melhor para masculinidade tóxica do que Schwarzenegger em seu auge? Fora que a cena é também uma ofensa a James Cameron, o diretor que nos entregou algumas das personagens femininas mais memoráveis do cinema moderno: Sarah Connor e Ellen Ripley, por exemplo. Fora que, recentemente, ele também auxiliou a levar Alita para as telas grandes.

- Talos, o comandante dos Skrulls que caíram na Terra, parece assumir o comando da S.H.I.E.L.D. em pouco tempo. Apenas mais tarde os roteiristas informam que ele já esteve na Terra anteriormente e os espectadores são levados a acreditar que ele assumiu a identidade do diretor da superintendência em algum ponto no passado. Nesse caso, o que aconteceu com o verdadeiro diretor? Além disso, quando Talos saiu na missão para capturar Danvers em outro planeta, ficando fora por sabe-se lá quanto tempo, ninguém da S.H.I.E.L.D. percebeu sua ausência?

- Danvers cai na Blockbuster e conversa com o segurança do estacionamento durante a noite. Na cena seguinte, os Skrulls são mostrados saindo do mar... e já é dia. Levando em conta que eles caíram juntos na Terra, simplesmente não faz sentido. Fury chega ao local pouco depois de Danvers entrar em contato com Yon-Rogg (durante o dia) e são emboscados por um Skrull. Acontece a cena do trem e, durante toda perseguição, Fury consegue seguir o dito cujo, mesmo estando de carro. Também é interessante notar que, mesmo com toda a zorra acontecendo dentro do trem, ninguém sequer pensa em acionar os freios de emergência. Novamente, nada faz sentido.

- Kelly Sue Deconnick, a feminista de carteirinha que entrou na indústria dos quadrinhos por conta da influência de seu marido beta (Matt Fraction) e que foi responsável por reformular Carol Danvers como Capitã Marvel nas HQ’s em 2012, tem um cameo no filme. Ela deve ter pensado que as feministas da mídia puxa-saco iriam entrar em polvorosa por conta disso, mas não vi ninguém comentando a respeito, em lugar nenhum. Ao menos foi satisfatório saber que ninguém sequer percebeu a presença de Deconnick no filme. :klol

- Por algum motivo, Danvers decide ir a um determinado bar, que aparenta ter alguma ligação com seu passado. Ela ouve um “tem um sorrisinho para mim?” de um motoqueiro branco (pois é, ela é uma vítima do patriarcado) e rouba a moto do infeliz. Legal saber que a amnésia não a impede de pilotá-la com perfeição... Enquanto isso, Fury recebe instruções de Talos para ir atrás dela sozinho e não confiar em ninguém. E, na cena seguinte, eles se encontram no tal bar, magicamente. Não custa lembrar que, na ocasião, ela se lembra de um outro cara branco dizendo para ela, naquele mesmo bar, para que desista de ser piloto, porque “o cockpit tem esse nome por uma razão” (a audiência precisa ser lembrada que ela é uma vítima do patriarcado, né?) Na sequência, há um diálogo sem pé e nem cabeça, no qual Danvers faz perguntas de cunho pessoal a Fury, para se assegurar que ele não é um Skrull. Levando em conta que ambos mal se conhecem, o diálogo não faz o menor sentido. E, sem qualquer razão em especial, Fury decide levar Danvers a uma base governamental, indo contra as instruções de Talos, para não confiar em ninguém. Não satisfeito, ele mente para os agentes da base, dizendo que Danvers faz parte da S.H.I.E.L.D., porque não havia nenhuma outra forma melhor de fazer o roteiro andar, pelo visto. :kclassic

- Na tal base, eles invadem a gigantesca sala de arquivos e, logo de cara, encontram o que procuravam: anotações de Mar Vell escritas na língua dos Kree. Fury e Danvers se separam e, quando Talos chega com seus agentes ao local, Fury percebe que ele não é o diretor. Retorna ao arquivo e, para despistar os agentes, usa um chamariz. Logo em seguida, confronta Talos. Fury remove o pente da arma do infeliz e, segundos depois, tenta atirar com ela, certamente porque o filme precisa mostrar que Fury é um completo idiota. Durante todo o quebra pau, que faz barulho para cacete, os agentes não vem ao auxílio de Talos. Apenas quando Fury é resgatado por Danvers, é que eles dão as caras, porque esse roteiro ama coincidências, por mais ilógicas que sejam. Para fugir da base, eles se apossam de um Quinjet com capacidade de decolagem vertical. Legal saber que a amnésia de Danvers também não a impede de pilotar uma aeronave desse tipo com perfeição, mesmo que ela não tenha tido qualquer contato com essa tecnologia anteriormente.

- Fury e Danvers se dirigem para o subúrbio da Louisiana, onde se encontra a casa de Maria Rambeau, que pode ter mais informações. Após um monte de diálogos sofríveis cheios de validação emocional, Talos dá as caras e Maria simplesmente não se choca por ter um cara verde em sua sala. Do lado de fora da casa, sua filha é mantida cativa por um cúmplice de Talos. Ele explica que detém uma gravação em seu poder, oriunda da caixa preta de um voo experimental, com a voz de Danvers. Num certo ponto do diálogo, ele retruca Maria, se referindo a ela como “garota”. E a despeito da filha estar sob poder de outro Skrull, Rambeau julga sensato ameaçar Talos, porque chamar uma mulher de “garota” era uma ofensa horrível nos anos 90, como bem sabemos. :facepalm

- Danvers recupera a memória relativa ao acidente do voo experimental com o Motor da Velocidade da Luz, feito junto com Mar Vell. São abatidas por Yon-Rogg, que executa Mar Vell a sangue-frio, ao invés de captura-la com vida, para tortura-la e obter informações. Danvers explode o Motor, para claro desespero de Rogg. E nada disso faz sentido, porque Krees e Skrulls já tem tecnologia de dobra espacial, muito superior à velocidade da luz. Além disso, não dá para entender porque diabos Mar Vell tentava desenvolver o Motor com tecnologia terrestre dos anos 90, quando possuía tecnologia Kree à sua disposição, oculta num determinado laboratório orbital. Ainda bem que ela não tinha qualquer pressa em ajudar Skrulls fugitivos ou encerrar a guerra deles com os Krees, não é mesmo?

- Na gravação, descobrem os vetores para a localização do laboratório orbital de Mar Vell, onde se encontra o núcleo do Motor da Velocidade da Luz (vulgo: Tesseract). O cúmplice Skrull de Talos faz modificações no Quinjet (com objetos encontrados no quintal da casa de Rambeau, que fica perdida no meio do nada, no subúrbio da Louisiana), para que ele possa fazer voos orbitais. E obviamente as modificações precárias funcionam, por conveniência do roteiro. Rambeau decide ser co-piloto, tomando parte de uma guerra para a qual não está preparada. Para isso, ela deixa sua filha com os avós, já que ela é mãe solteira (porque obviamente ela não precisa de homem nenhum, é claro). Qual o problema se ela morrer em virtude dessa atitude imprudente e deixar a filha órfã, né? :kclassic

- Em órbita, Danvers utiliza seu uniforme Kree para remover a camuflagem do laboratório de Mar Vell e, ao entrarem, ela não a restaura, porque o roteiro precisa que os Krees encontrem o laboratório logo em seguida. Danvers é forçada a confrontar a Inteligência Suprema num combate mental e, acessando as memórias da humana, a Inteligência coloca Come As You Are como trilha sonora para marcar o confronto. Detalhe: a música é do álbum Nevermind, lançado em 1991. Carol Danvers foi raptada na Terra em 1989. Como ela se lembra da música é apenas mais um furo para ser acrescentado a esse roteiro porco. Não que a essa altura do filme, alguém ainda se importe, é claro. É nesse confronto que Carol afirma ter lutado com uma mão amarrada nas costas durante toda sua vida. Ao remover o abafador de poder em seu pescoço, simbolicamente ela se livra da opressão do patriarcado e, finalmente, se torna uma Mary Sue completamente invulnerável e invencível, exatamente como toda feminista se enxerga, sabe-se lá por qual motivo.

- Após toda treta no laboratório, Maria consegue pilotar o Quinjet modificado de volta para a Terra e vencer uma Kree experiente, membro da Staforce, em combate aéreo... porque sim. Afinal, assim como Danvers, ela não tem experiência de pilotagem envolvendo o Quinjet e a tecnologia nele utilizada, mas quem se importa?

- A Armada de Ronan, o Acusador, utiliza dobra espacial para chegar até a órbita terrestre e decide obliterar o planeta com uma chuva de ogivas balísticas, a despeito do fato de Yon-Rogg se encontrar na Terra e ainda não ter tomado posse do núcleo do Motor da Velocidade da Luz. Mas que ele e o objetivo da missão que se fodam, né? :facepalm

- Após tudo, resta apenas lidar com Yon-Rogg, que é facilmente abatido por um “hit kill” de Danvers, já que ela não precisa provar coisa alguma para homem branco nenhum. E assim, ela finalmente humilha o patriarcado, seu grande inimigo durante todo o filme.

- Concluindo, Danvers decide partir para o espaço para ajudar os Skrulls a encontrarem um lar. Nem passa pela cabeça dela procurar sua família e informar-lhes que ela está viva. Como ela passará duas décadas no espaço auxiliando os Skrulls (vai ser incompetente assim lá no inferno...), significa que, durante todo esse tempo, ela continuará sendo considerada como morta pela sua família. Que grande heroína, né? É bonito de se ver quanta consideração ela possui em relação à sua própria família. Quem dirá em relação a desconhecidos...

Para piorar ainda mais a situação, o filme é estruturalmente falho.

Para começo de conversa, não há “jornada do herói”. A bem da verdade, Danvers não apresenta progressão alguma durante todo o filme. Não importa se ela está com amnésia, recuperando as memórias ou se está totalmente recuperada, os poucos traços de personalidade que ela possui são sempre os mesmos: presunçosa, condescendente, sisuda e excessivamente confiante. O roteiro compele a personagem a fazer uma piadinha ou outra eventualmente mas, a cada vez que isso acontecia, me vinha à mente uma frase dita pelo personagem de Djimon Hounsou a ela no início do filme: “Você se acha engraçada, mas eu não estou rindo.”

Acompanhando a personalidade estática, Brie Larson parece ter feito questão de conceder uma única expressão estática à personagem. Na maior parte do tempo, a única expressão no rosto de Danvers é a de uma paisagem morta. Nem mesmo a inflexão da voz dela ajuda, já que ela mantém sempre o mesmo tom monótono... Sendo totalmente sincero, tenho dúvidas de que Larson estava mesmo interpretando: acho que estava apenas agindo como ela mesma. A impressão que ficou, ao menos para mim, foi que a atriz estava com absoluto desdém por estar nesse papel e queria encerrar o quanto antes, para pegar seu cheque de cinco milhões de dólares e cair fora dali. Ao perceber isso, os diretores fizeram questão de incluir uma desculpa no roteiro, entregue pelo personagem de Yon-Rogg numa das primeiras cenas, na qual ele diz que Danvers deve controlar suas emoções, pois elas são uma fraqueza. Tenho certeza que Hulk concorda. :kclassic

Se tudo isso já não fosse entediante o suficiente, os roteiristas decidiram não colocar nenhuma ameaça considerável à personagem durante todo o filme. Em nenhum momento, ela enfrenta algo que chegue sequer perto de ameaçá-la verdadeiramente. Podem reparar: ela enfrenta um grande grupo de Skrulls armados com um abafador de poderes e grilhões que a impedem de utilizar suas rajadas, sem ao menos suar; enfrenta a Inteligência Suprema Kree e a sobrepuja facilmente, ao remover o abafador; enfrenta os Krees da Staforce como se fosse um passeio no parque; enfrenta a Armada de Ronan, o Acusador, sem que nenhuma das naves consiga fazer m**** nenhuma para contra-atacá-la; e, para concluir, ela dá um “hit-kill” em Yon-Rogg no final do filme. Sem contar que, ao liberar todo seu poder, a personagem o domina de imediato, sem qualquer esforço. Ela simplesmente vira uma super-sayajyn vegana ex machina completamente invulnerável e invencível. Por conta disso, estragaram até mesmo uma cena clichê dos filmes de herói: o primeiro voo (que ela também domina de imediato, para surpresa de ninguém). No final das contas, tudo isso torna o filme um tédio absoluto.

Outra questão que vale a pena levantar: afinal, quem diabos é o inimigo de Danvers nesse filme? Os Skulls? Os Krees? Talos? A Inteligência Suprema? Yon-Rogg? Ronan? Qualquer um deles seria aceitável, se tivessem sido melhor utilizados. Ao invés disso, aqui sou forçado a dar o braço a torcer e dizer que Brie Larson havia dito a verdade: Capitã Marvel luta contra o patriarcado. Sei que parece absurdo afirmar isso, mas é fácil de se provar.

Basta analisar as memórias da personagem que o filme nos mostra. Poderiam ter aproveitado cada uma delas para fornecer aos espectadores contexto emocional, mostrando a família dela e momentos importantes de sua vida. Ao invés disso, o que tivemos em cada uma dessas cenas? Um homem branco dizendo a Danvers para não fazer alguma coisa, porque ela é mulher. Todo maldito flashback se resume a isso: mostrar aos espectadores que ela é uma vítima do patriarcado. Essas cenas são tão podres que empalidecem em comparação com uma outra, cuja base é exatamente a mesma: um homem branco dizendo a uma mulher que ela não pode fazer uma determinada coisa. Querem ver só?



Os escritores do filme da Mulher-Maravilha são profissionais, ao contrário dos cretinos que escreveram para a Capitã Feminista. Eles fizeram uso do personagem de Chris Pine, Steve Trevor, para dar o contexto da cena: eles estão diante da Terra de Ninguém, um lugar que nenhum homem pode cruzar. Há um batalhão há quase seis meses no local, que não consegue avançar um centímetro sequer pois, do outro lado, há o batalhão alemão armado até os dentes. Na visão de Steve, é impossível cruzar a Terra de Ninguém: qualquer um que tente, será morto. É por isso que ele diz a Diana para não ir: porque ele não quer que ela morra... e não porque ela é uma mulher. Ela decide ir mesmo assim e, como resultado, temos uma cena icônica. Ela reforça para todos os espectadores, que Diana é uma criatura extraordinária e, como tal, capaz de feitos extraordinários.

As cenas da Capitã Feminista, por sua vez, servem apenas para reforçar um vitimismo barato por determinação de uma certa agenda. E o pior é que ela nem sequer sofre para valer nessas cenas. Quando muito, ela tem um corte no lábio ou um filete de sangue escorrendo de uma narina (após uma queda de avião!), enquanto seus trajes permanecem intactos: em suma, a desgraçada é praticamente invulnerável desde pequena, por nenhuma outra razão além do fato de ser mulher. E, ainda assim, ela é uma vítima? Façam-me o favor... :kclassic

Concluindo, afirmo que esse é, de longe, o pior filme do MCU até aqui. O grau de amadorismo com o qual esse filme foi produzido talvez fosse perdoável no início do MCU, mas agora o Marvel Studios tem mais de dez anos de experiência no mercado: entregar um filme tão medíocre é absolutamente imperdoável. Se esse filme representa uma prévia do que teremos no MCU após o Endgame, não tenho interesse em ver mais nada que esteja relacionado a esse universo.

Eu só quero deixar claro que essa análise é ultra mega precisa nas suas críticas. Ficou fantástico, e acho que realmente deveria colocar isso no Cinema, e até no Vale Tudo.

O filme é estruturalmente falho, é o mais insosso dos filmes Marvel (talvez o Hulk seja mais...mas tá no mesmo nível). É ruim como um filme por si só, ruim como um filme Marvel (não tem graça e é o filme de origem que menos desenvolve o personagem e nenhum personagem tem algum arco, principalmente a protagonista), e é ruim como uma adaptação, cagando nos Skrulls, no Capitão Marvel original, nos Krees e por aí vai. Fui na estréia de todos os filmes da Marvel, e o filme que menos empolgou o público foi justamente esse.

Sem falar que o climax do filme não parece em nenhum ponto climax. É literalmente "apertar um botão" e pronto, agora vamos resolver o problema...sem falar que os poderes dela são tão vagos. É estranho que o tu observa um filme como o primeiro Thor, que é fraquinho, mas ele tem um arco, e estabelecem bem no começo o nível dos poderes dele, e ao fim tu entende o que tá rolando no final. É de longe o filme mais preguiçoso, mais acelerado pra te forçar a tentar se empolgar com uma personagem que não tem nenhuma característica marcante...exceto ser uma mulher. E se tudo que tu tem a dizer sobre uma personagem é que ela é mulher, parabéns, fez uma personagem ruim.
 

Bloodstained

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Eu só quero deixar claro que essa análise é ultra mega precisa nas suas críticas. Ficou fantástico, e acho que realmente deveria colocar isso no Cinema, e até no Vale Tudo.

O filme é estruturalmente falho, é o mais insosso dos filmes Marvel (talvez o Hulk seja mais...mas tá no mesmo nível). É ruim como um filme por si só, ruim como um filme Marvel (não tem graça e é o filme de origem que menos desenvolve o personagem e nenhum personagem tem algum arco, principalmente a protagonista), e é ruim como uma adaptação, cagando nos Skrulls, no Capitão Marvel original, nos Krees e por aí vai. Fui na estréia de todos os filmes da Marvel, e o filme que menos empolgou o público foi justamente esse.

Sem falar que o climax do filme não parece em nenhum ponto climax. É literalmente "apertar um botão" e pronto, agora vamos resolver o problema...sem falar que os poderes dela são tão vagos. É estranho que o tu observa um filme como o primeiro Thor, que é fraquinho, mas ele tem um arco, e estabelecem bem no começo o nível dos poderes dele, e ao fim tu entende o que tá rolando no final. É de longe o filme mais preguiçoso, mais acelerado pra te forçar a tentar se empolgar com uma personagem que não tem nenhuma característica marcante...exceto ser uma mulher. E se tudo que tu tem a dizer sobre uma personagem é que ela é mulher, parabéns, fez uma personagem ruim.
Eu cogitei postar no tópico da pasta Cinema & TV, mas desisti da ideia ao perceber que haviam reclamações sobre os comentários que faziam alusão às mensagens ideológicas embutidas no filme. Queria incluir minhas críticas a tal fato em minha análise, mas não estava com paciência para ficar debatendo com as pessoas que iriam se sentir melindradas por conta disso. Assim sendo, decidi postar nesse tópico, para escrever com mais liberdade e tranquilidade.

Eu até poderia fazer vista grossa e relevar toda essa parte ideológica, mas de nada adiantaria, pois o filme é objetivamente ruim. Como você bem observou, ele falha como filme propriamente dito (por conta de seus problemas estruturais), falha como filme de origem (por não ter a "jornada do herói" e arco para desenvolvimento dos personagens), falha como filme da Marvel e falha na adaptação dos elementos das HQ's.

Não que o filme seja obrigado a ficar engessado e seguir milimetricamente a fórmula dos filmes da Marvel mas, se for para mudar, que entreguem algo interessante no lugar do que foi removido. Tudo o que esse filme modificou resultou em tédio. A protagonista não tem nenhuma ameaça real para enfrentar, não tem nenhum desafio pessoal para superar, não tem dificuldades para dominar seus vastos poderes, não modifica sua personalidade e nem seu modo de agir durante todo o filme... E, para completar, os eventos parecem acontecer de uma maneira forçada, porque o roteiro preguiçoso não cria justificativas plausíveis para nada. A história simplesmente parece seguir em frente de qualquer jeito, enquanto o roteiro vai acumulando inconsistências.

A impressão que fica, no final das contas, é que esse filme foi feito "nas coxas", para que desse tempo de "forçar" essa personagem goela abaixo da audiência ainda no Endgame. Deveriam ter trabalhado melhor no desenvolvimento e produção, para evitar o resultado medíocre no qual esse filme consistiu.

De qualquer maneira, agradeço pela paciência ao ler o longo texto de minha análise, Darth. :kjoinha

@Bloodstained OBRIGADO!

101% correto em tudo que disse
Na verdade, sou eu quem fica agradecido, man. Valeu por dedicar seu tempo à leitura da minha longa análise. :kjoinha
 

Pate_de_queijo

Bam-bam-bam
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Eu não vou ver porque é da Marvel, e não gasto dinheiro com essa b*sta, mas essa atriz principal bunda de aspirina tem uma cara de ser menos carismática do que um porta. Confere?

E se for isso mesmo não sei como ela vai sustentar o universo Marvelixo por mais 7 filmes. Ela não me passa a minima seguranças como atriz, onde foram busca-la?

E a Disney tem a manha de fazer dinheiro com bostas, pqp.

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Bloodstained

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Carol Danvers’ Co-Creator, Roy Thomas, Watches the Captain Marvel Movie

Roy Thomas redefined the Captain Marvel character for Marvel Comics, created the Carol Danvers characer as supporting cast and wrote the Kree-powered accident that would later see her transformed first into Ms Marvel and then later into Captain Marvel as well as instigating the Kree/Skrull War for the Avengers. No wonder he gets thanked in the credits for the new Captain Marvel movie. A film he has just seen. He lets us know his thoughts, courtesy of manager John Cimino…

Just got back from watching Captain Marvel at a 10:30 A.M. showing–just my friends Jim and Karen Clark and a handful of other intrepid souls had ventured forth that early in the morning to see the film in 3D. I was giving 3D another go, despite the fact that, with my considerably impaired vision in my right eye, my 3D vision isn’t what it once was. But it was good enough.

And so was the film. The reviews are, I think, basically right: It’s not one of the better Marvel movies, not as good an origin as the recent Black Panther (or, dare I say it, the Warner/DC Wonder Woman movie), but it’s entertaining, especially as a setup of things to come–and very soon, at that–in Avengers: Endgame. Brie Larson was fine, although she wasn’t given all that much emotional stuff to do… seeing her and a younger Samuel Jackson interacting was a worthwhile experiment… and there were lots of nice touches along the way. Along with the usual fantastic CGI action sequences. Actually, the one thing I really hated in the film was turning the Skrulls into a peace-loving race, with the Kree as the heavies. As far as I’m concerned as the principal conceptualizer of the Kree/Skrull War (and I suspect Stan Lee and Jack Kirby would’ve agreed with me), the Skrulls and the Kree are each as bad as each other, as they say. Having the Skrulls all mushy and family-friendly at the end left a bad taste in my mouth… but I loved ’em for most of the movie, when they were doing shape-shifting stuff that looked (and as far as I’m concerned, were) downright evil.

Still, Yon-Rogg turned out to be appropriately vile, and that’s all well and good. I’m sorry the movie folks didn’t use my improved Kree/Skrull War term for the Kree’s Supreme Intelligence–i.e., Intelligence Supreme–but that’s simply because “Supreme Intelligence” has always just sound to me like an IQ score, not the name of an intergalactic AI entity.

All in all, Captain Marvel charged me up for Avengers: Endgame–even if they’re gonna put the Hulk in a space suit, and the Black Widow still has that ridiculous suddenly-blonde hair.


Fonte
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Nem o co-criador da personagem achou o filme lá essas coisas... Tenso. :klol
 

Protogen

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Carol Danvers’ Co-Creator, Roy Thomas, Watches the Captain Marvel Movie

Roy Thomas redefined the Captain Marvel character for Marvel Comics, created the Carol Danvers characer as supporting cast and wrote the Kree-powered accident that would later see her transformed first into Ms Marvel and then later into Captain Marvel as well as instigating the Kree/Skrull War for the Avengers. No wonder he gets thanked in the credits for the new Captain Marvel movie. A film he has just seen. He lets us know his thoughts, courtesy of manager John Cimino…

Just got back from watching Captain Marvel at a 10:30 A.M. showing–just my friends Jim and Karen Clark and a handful of other intrepid souls had ventured forth that early in the morning to see the film in 3D. I was giving 3D another go, despite the fact that, with my considerably impaired vision in my right eye, my 3D vision isn’t what it once was. But it was good enough.

And so was the film. The reviews are, I think, basically right: It’s not one of the better Marvel movies, not as good an origin as the recent Black Panther (or, dare I say it, the Warner/DC Wonder Woman movie), but it’s entertaining, especially as a setup of things to come–and very soon, at that–in Avengers: Endgame. Brie Larson was fine, although she wasn’t given all that much emotional stuff to do… seeing her and a younger Samuel Jackson interacting was a worthwhile experiment… and there were lots of nice touches along the way. Along with the usual fantastic CGI action sequences. Actually, the one thing I really hated in the film was turning the Skrulls into a peace-loving race, with the Kree as the heavies. As far as I’m concerned as the principal conceptualizer of the Kree/Skrull War (and I suspect Stan Lee and Jack Kirby would’ve agreed with me), the Skrulls and the Kree are each as bad as each other, as they say. Having the Skrulls all mushy and family-friendly at the end left a bad taste in my mouth… but I loved ’em for most of the movie, when they were doing shape-shifting stuff that looked (and as far as I’m concerned, were) downright evil.

Still, Yon-Rogg turned out to be appropriately vile, and that’s all well and good. I’m sorry the movie folks didn’t use my improved Kree/Skrull War term for the Kree’s Supreme Intelligence–i.e., Intelligence Supreme–but that’s simply because “Supreme Intelligence” has always just sound to me like an IQ score, not the name of an intergalactic AI entity.

All in all, Captain Marvel charged me up for Avengers: Endgame–even if they’re gonna put the Hulk in a space suit, and the Black Widow still has that ridiculous suddenly-blonde hair.


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Nem o co-criador da personagem achou o filme lá essas coisas... Tenso. :klol

Pelo visto o que ele achou pior foram os Skrulls sendo re-imaginados como um povo de imigrantes oprimidos gente boa.
 

Eduardo30br

Ser evoluído
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Pretendia colocar minha análise no tópico da pasta Cinema & TV, mas como uma parte do pessoal lá está chorando em relação aos comentários que dizem respeito às mensagens ideológicas embutidas no filme, desisti. Parece que para essas pessoas, não tem problema o filme conter propaganda: o que não se tolera, são os espectadores fazendo críticas a isso ou comentando a respeito.... Por esse motivo, decidi postar minha análise aqui, de modo que pudesse escrevê-la com total liberdade. Obviamente, ela contém spoilers. Considerem-se avisados.

Pois bem, decidi fazer uso do Torresmo para assistir o filme da Capitã Feminista. Fui com as expectativas mais baixas possíveis e, mesmo assim, terminei desapontado. Não só isso: também me senti ultrajado e lesado, pelo fato de ter dedicado duas horas da minha vida para assistir essa tentativa falha de entretenimento. Diante disso, fiz algumas pesquisas e compilei tudo que encontrei de errado com esse filme, para detoná-lo com a devida pompa e circunstância.

Antes de entrar na análise, faço questão de ressaltar que esse filme é um filler: nada do que é mostrado terá influência alguma no Endgame. O filme é totalmente descartável e esquecível, tendo poucos atrativos que justifiquem assisti-lo. Dentre eles, destaco o tributo a Stan Lee (que, na minha opinião, deveria estar no Endgame), o uso da tecnologia de rejuvenescimento digital aplicada em Samuel L. Jackson e Clark Gregg (que foi totalmente subutilizado nesse filme, diga-se de passagem) e a atuação de Ben Mendelsohn que, a despeito de estar interpretando um alienígena e com quilos de maquiagem no rosto, entrega a performance mais humana e expressiva do elenco.

Como a maior parte dos fillers, esse filme parece ter sido escrito com a bunda, ou melhor, com as bundas dos roteiristas (porque, acreditem ou não, nada menos que seis pessoas foram responsáveis por escrever essa porcaria). Aparentemente, nenhum dos cretinos se preocupou em consultar o material base (as HQ’s) e nem mesmo a mitologia do próprio MCU. Como resultado, o filme caga com satisfação em cima de elementos estabelecidos nas HQ’s, além de criar inconsistências no MCU, como plot holes e até mesmo retcons.

Capitã Marvel
No caso, a original. Para privilegiar a loira aguada, decidiram que precisavam retirar Monica Rambeau do caminho. Tornaram ela uma criança e, com isso, a Capitã original do MCU se tornou Carol Danvers.

A parte mais interessante é que o pessoal que adora exigir diversidade forçada em tudo quanto é meio de entretenimento, ficou absolutamente calado diante do fato de terem removido uma mulher negra para favorecer uma branquela. Pois é... Pelo visto a regra só vale quando esse pessoal determina, né? :kclassic

Capitão Marvel
O problema não foi terem mudado o sexo do personagem, mas sim o motivo pelo qual a mudança foi realizada. Não podiam permitir que um homem branco, loiro e de olhos azuis bancasse o herói de um povo de cor (verde) oprimido, ao tentar encerrar uma guerra intergaláctica. Mais que isso, não podiam permitir que um homem branco, loiro e de olhos azuis fosse o responsável por conceder os poderes para a Mary Sue mais overpower do MCU. Onde já se viu uma mulher se tornar poderosa por causa de um homem? Simplesmente inaceitável!

Detalhe: essa não é a primeira vez que mudam o sexo de um personagem dos quadrinhos ao integrá-lo no MCU. Para quem não se recorda, isso já aconteceu no filme do Dr. Estranho, com o personagem da Tilda Swinton: o Ancião. Naquela ocasião, ninguém deu a mínima pois, como disse, o problema não é a mudança, mas sim o motivo pelo qual ela ocorre.

Skrulls
Desde sua primeira aparição na revista Fantastic Four #2 (1962), os Skrulls são retratados como vilões. Nesse filme, decidiram retratá-los de uma forma diferente: eles tem fama de terroristas intergaláticos mas, na verdade, não passam de alienígenas fugitivos que utilizam suas habilidades em transmorfismo para se refugiar ilegalmente em outros planetas. É impressão ou alguns pontos ressoam fortemente na nossa realidade, no que diz respeito a imigrantes ilegais?

Mudarem os Skrulls apenas para fazer uma tosca alegoria política sobre imigrantes ilegais é o que torna essa mudança ofensiva. Décadas de mitologia Skrull nos quadrinhos jogadas no lixo, simplesmente porque os roteiristas não conseguiram resistir à compulsão de inserir a porcaria da agenda que seguem. Se bem que isso é praticamente uma marca registrada desse filme: agenda em primeiro lugar e que se foda a coerência, a lógica e a continuidade. :kclassic

Nick Fury
O personagem tem duas marcas registradas nos quadrinhos: o estilo badass e o modo como perdeu seu olho. Esse filme conseguiu estragar ambas características, ao transformar o personagem num alívio cômico que perde a visão da maneira mais ridícula possível: o arranhão de um gato. Isso foi feito para seguir um dos ditames da famigerada agenda: para elevar uma determinada personagem feminina, é preciso transformar os personagens masculinos em babões idiotas. Saber que a versão do Fury no MCU foi destruída apenas por esse motivo é simplesmente lamentável.
O nome do Projeto Vingadores
No final do filme, Fury deixa claro que iniciará um projeto para encontrar seres extraordinários, no intuito de torná-los a última linha de defesa da Terra. Se chamaria Projeto Protetores, até o momento no qual ele se depara com uma foto de Carol Danvers em seu avião. Nele, é possível ver um decalque que diz: Capitã Carol “Vingadora” Danvers. Por conta disso, ele modifica o nome do projeto para Vingadores, com um risinho de satisfação no rosto. Só tem um problema: absolutamente nada nessa cena faz sentido.

Para começo de conversa, se a inspiração para o nome veio de Danvers, o que acontece com aquele filme chamado Capitão América: o Primeiro Vingador? O título do filme parece apontar para o fato de que esse tal Capitão foi o primeiro Vingador, não? Ainda mais se levarmos em conta que a história desse filme se passa décadas antes do filme da Capitã... Que se foda a coerência, a lógica e a continuidade: o negócio é forçar a entrada dessa personagem no MCU e ainda conceder uma importância que ela não merece, mesmo que seja preciso detonar o que foi estabelecido anteriormente, certo?

Além disso, o filme estabelece que, na década de 90, mulheres só podiam ser pilotos de teste ao ingressarem na Aeronáutica, supostamente por conta do machismo que imperava na corporação. Assim sendo, alguém consegue me explicar como diabos uma mulher conseguiu chegar ao posto de Capitã tão rápido, levando em conta sua idade? Alguém também poderia me explicar porque uma piloto de testes tem seu próprio avião com decalque personalizado, quando isso costuma ser restrito a pilotos de combate? E, acima de tudo, alguém poderia me dizer porque diabos uma piloto de testes recebeu a alcunha de “Vingadora”? O que exatamente ela “vingou” durante seus vôos de teste? :kclassic

Tesseract
Ele é a origem do poder da Capitã Feminista. De acordo com a co-diretora do filme, Anna Boden “o governo estava com o Tesseract jogado em algum canto da S.H.I.E.L.D. e Mar Vell foi capaz de utilizá-lo para criar seu Motor de Velocidade da Luz no Projeto Pegasus. Como alienígena, ela era a única que sabia de todo seu poder e a única capaz de descobrir como utilizá-lo.”

Se é assim, a primeira coisa que precisamos fazer é ignorar algo que ocorreu em Capitão América: o Primeiro Vingador. O governo realmente não só estava em posse to Tesseract (ele foi encontrado por Howard Stark enquanto procurava o Capitão), como também sabia que ele era a fonte de energia das armas utilizadas pelos soldados da Hidra sob o comando do Caveira Vermelha. O próprio Howard estava trabalhando para fazer engenharia reversa nessas armas, inclusive.



Sem contar o fato de que a própria S.H.I.E.L.D. trabalhou com Armin Zola (conforme revelado em Capitão América: o Soldado Invenal), o homem responsável por utilizar o Tesseract como fonte de energia para as armas da Hidra.



Como Zola é humano, a explicação de Boden se torna ainda menos convincente diante do que vimos no filme da Capitã Feminista. O Tesseract foi removido da Terra por Mar Vell... e o governo simplesmente entregou para ela? Ou ela furtou a bagaça? Além disso, como o governo não descobriu que ela era alienígena, já que ela literalmente possui sangue azul? E se ela era a única que conseguia lidar com o Tesseract, por ser uma alienígena, qual a explicação para Armin Zola e Howard Stark terem conseguido fazê-lo com décadas de antecedência em relação a ela?

Contato Imediato de Terceiro Grau
De acordo com o filme, Fury havia encontrado com Krees, Skrulls e até mesmo chegou a presenciar um ataque alienígena de larga escala utilizando ogivas balísticas contra a Terra, promovido pela Armada de Ronan, o Acusador.

A despeito disso, no entanto, ele trava um diálogo curioso com os Vingadores:



Então, quando Thor veio pela primeira vez à Terra, a S.H.I.E.L.D. percebeu que a humanidade não estava sozinha, embora tanto a organização quanto Fury tenham entrado em contato com alienígenas anteriormente, conforme o filme da Capitã Feminista. Vamos ser generosos e supor que Fury estava mentindo no diálogo (ainda que ele não tivesse nenhum motivo para tanto). É só o que resta fazer ao se deparar com um roteiro com mais furos que um queijo suíço.

Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão
O filme estabelece que, nos anos 90, os agentes da S.H.I.E.L.D. já utilizavam a sigla que identifica o nome da superintendência. Dentre esses agentes, está Coulson. Se é assim, o que justifica os seguintes diálogos de Coulson, que ocorrem em três pontos distintos no primeiro filme do Homem de Ferro?







Porque Coulson “esqueceu” que a sigla era utilizada nos anos 90? Simplesmente não faz sentido, assim como tantas outras coisas que constam no roteiro porco desse filme.

Nick Fury, Diretor da S.H.I.E.L.D.
Em Soldado Invernal, quando o Capitão América conhece Alexander Pierce, ele vê uma foto do mesmo com Fury. Pierce diz que a foto foi tirada cinco anos após se conhecerem, no Departamento de Estado de Bogotá. Segundo Pierce, Fury era o Chefe encarregado de uma estação da S.H.I.E.L.D. no local e foi responsável por uma missão de resgate na embaixada, ocorrida sem sua autorização. A despeito de ter desobedecido suas ordens e levado militares para solo estrangeiro, Fury resgatou as pessoas confinadas na embaixada e, nessa ocasião, Pierce veio a promovê-lo. Só tem um problema nessa história e ele se encontra justamente na foto citada acima:

l5visidzaiq11.png

Conforme mostrado no filme da Capitã Feminista, Fury era um mero agente com Nível de Acesso 3 na época que perdeu seu olho para o arranhão de um gato. Assim sendo, na época que ele era chefe da estação de Bogotá, sua carreira já se encontrava num patamar mais elevado e, evidentemente, ele já era mais velho. Sendo assim, porque diabos ele está com seus dois olhos intactos na foto em questão?

O Pager
No final de Guerra Infinita, Fury acionou o pager que Danvers havia dado a ele para ser utilizado em caso de emergências. Porque Fury não utilizou esse pager antes? Um deus nórdico se apoderar do Tesseract e convocar um exército de criaturas alienígenas em Nova Iorque não se qualifica como emergência? Levando em conta a experiência que Danvers tinha com o Tesseract (já que ele é a origem dos seus poderes), não teria sido razoável chamá-la para lidar com a situação? Também não foi uma emergência quando um autômato adquiriu consciência, dizimou Sokovia e ameaçou extinguir toda a vida orgânica do planeta?

- Danvers está em outro planeta, numa missão com seus aliados Krees. Ela é capturada pelos Skrulls e submetida a uma sonda mental. Na tentativa de fuga, ela cai na Terra junto com os Skrulls que a capturaram. Ela consegue entrar em contato com seus aliados Krees (usando uma linha telefônica a cabo, porque f**a-se a lógica) e eles informam que levarão vinte e duas horas para alcançá-la. Nada faz sentido: ela é capturada num planeta alienígena mas, instantes depois, está na Terra com os Skrulls. Enquanto isso, seus aliados Krees, que estavam naquele mesmo planeta, levarão mais de vinte horas para alcança-los?

- Danvers cai numa Blockbuster e detona um stand de True Lies, no susto. Por uma coincidência incrível do destino (friamente calculada pelos roteiristas), o disparo destrói a cabeça de Schwarzenegger, mas Jamie Lee Curtis fica intacta. Também pudera: quer símbolo melhor para masculinidade tóxica do que Schwarzenegger em seu auge? Fora que a cena é também uma ofensa a James Cameron, o diretor que nos entregou algumas das personagens femininas mais memoráveis do cinema moderno: Sarah Connor e Ellen Ripley, por exemplo. Fora que, recentemente, ele também auxiliou a levar Alita para as telas grandes.

- Talos, o comandante dos Skrulls que caíram na Terra, parece assumir o comando da S.H.I.E.L.D. em pouco tempo. Apenas mais tarde os roteiristas informam que ele já esteve na Terra anteriormente e os espectadores são levados a acreditar que ele assumiu a identidade do diretor da superintendência em algum ponto no passado. Nesse caso, o que aconteceu com o verdadeiro diretor? Além disso, quando Talos saiu na missão para capturar Danvers em outro planeta, ficando fora por sabe-se lá quanto tempo, ninguém da S.H.I.E.L.D. percebeu sua ausência?

- Danvers cai na Blockbuster e conversa com o segurança do estacionamento durante a noite. Na cena seguinte, os Skrulls são mostrados saindo do mar... e já é dia. Levando em conta que eles caíram juntos na Terra, simplesmente não faz sentido. Fury chega ao local pouco depois de Danvers entrar em contato com Yon-Rogg (durante o dia) e são emboscados por um Skrull. Acontece a cena do trem e, durante toda perseguição, Fury consegue seguir o dito cujo, mesmo estando de carro. Também é interessante notar que, mesmo com toda a zorra acontecendo dentro do trem, ninguém sequer pensa em acionar os freios de emergência. Novamente, nada faz sentido.

- Kelly Sue Deconnick, a feminista de carteirinha que entrou na indústria dos quadrinhos por conta da influência de seu marido beta (Matt Fraction) e que foi responsável por reformular Carol Danvers como Capitã Marvel nas HQ’s em 2012, tem um cameo no filme. Ela deve ter pensado que as feministas da mídia puxa-saco iriam entrar em polvorosa por conta disso, mas não vi ninguém comentando a respeito, em lugar nenhum. Ao menos foi satisfatório saber que ninguém sequer percebeu a presença de Deconnick no filme. :klol

- Por algum motivo, Danvers decide ir a um determinado bar, que aparenta ter alguma ligação com seu passado. Ela ouve um “tem um sorrisinho para mim?” de um motoqueiro branco (pois é, ela é uma vítima do patriarcado) e rouba a moto do infeliz. Legal saber que a amnésia não a impede de pilotá-la com perfeição... Enquanto isso, Fury recebe instruções de Talos para ir atrás dela sozinho e não confiar em ninguém. E, na cena seguinte, eles se encontram no tal bar, magicamente. Não custa lembrar que, na ocasião, ela se lembra de um outro cara branco dizendo para ela, naquele mesmo bar, para que desista de ser piloto, porque “o cockpit tem esse nome por uma razão” (a audiência precisa ser lembrada que ela é uma vítima do patriarcado, né?) Na sequência, há um diálogo sem pé e nem cabeça, no qual Danvers faz perguntas de cunho pessoal a Fury, para se assegurar que ele não é um Skrull. Levando em conta que ambos mal se conhecem, o diálogo não faz o menor sentido. E, sem qualquer razão em especial, Fury decide levar Danvers a uma base governamental, indo contra as instruções de Talos, para não confiar em ninguém. Não satisfeito, ele mente para os agentes da base, dizendo que Danvers faz parte da S.H.I.E.L.D., porque não havia nenhuma outra forma melhor de fazer o roteiro andar, pelo visto. :kclassic

- Na tal base, eles invadem a gigantesca sala de arquivos e, logo de cara, encontram o que procuravam: anotações de Mar Vell escritas na língua dos Kree. Fury e Danvers se separam e, quando Talos chega com seus agentes ao local, Fury percebe que ele não é o diretor. Retorna ao arquivo e, para despistar os agentes, usa um chamariz. Logo em seguida, confronta Talos. Fury remove o pente da arma do infeliz e, segundos depois, tenta atirar com ela, certamente porque o filme precisa mostrar que Fury é um completo idiota. Durante todo o quebra pau, que faz barulho para cacete, os agentes não vem ao auxílio de Talos. Apenas quando Fury é resgatado por Danvers, é que eles dão as caras, porque esse roteiro ama coincidências, por mais ilógicas que sejam. Para fugir da base, eles se apossam de um Quinjet com capacidade de decolagem vertical. Legal saber que a amnésia de Danvers também não a impede de pilotar uma aeronave desse tipo com perfeição, mesmo que ela não tenha tido qualquer contato com essa tecnologia anteriormente.

- Fury e Danvers se dirigem para o subúrbio da Louisiana, onde se encontra a casa de Maria Rambeau, que pode ter mais informações. Após um monte de diálogos sofríveis cheios de validação emocional, Talos dá as caras e Maria simplesmente não se choca por ter um cara verde em sua sala. Do lado de fora da casa, sua filha é mantida cativa por um cúmplice de Talos. Ele explica que detém uma gravação em seu poder, oriunda da caixa preta de um voo experimental, com a voz de Danvers. Num certo ponto do diálogo, ele retruca Maria, se referindo a ela como “garota”. E a despeito da filha estar sob poder de outro Skrull, Rambeau julga sensato ameaçar Talos, porque chamar uma mulher de “garota” era uma ofensa horrível nos anos 90, como bem sabemos. :facepalm

- Danvers recupera a memória relativa ao acidente do voo experimental com o Motor da Velocidade da Luz, feito junto com Mar Vell. São abatidas por Yon-Rogg, que executa Mar Vell a sangue-frio, ao invés de captura-la com vida, para tortura-la e obter informações. Danvers explode o Motor, para claro desespero de Rogg. E nada disso faz sentido, porque Krees e Skrulls já tem tecnologia de dobra espacial, muito superior à velocidade da luz. Além disso, não dá para entender porque diabos Mar Vell tentava desenvolver o Motor com tecnologia terrestre dos anos 90, quando possuía tecnologia Kree à sua disposição, oculta num determinado laboratório orbital. Ainda bem que ela não tinha qualquer pressa em ajudar Skrulls fugitivos ou encerrar a guerra deles com os Krees, não é mesmo?

- Na gravação, descobrem os vetores para a localização do laboratório orbital de Mar Vell, onde se encontra o núcleo do Motor da Velocidade da Luz (vulgo: Tesseract). O cúmplice Skrull de Talos faz modificações no Quinjet (com objetos encontrados no quintal da casa de Rambeau, que fica perdida no meio do nada, no subúrbio da Louisiana), para que ele possa fazer voos orbitais. E obviamente as modificações precárias funcionam, por conveniência do roteiro. Rambeau decide ser co-piloto, tomando parte de uma guerra para a qual não está preparada. Para isso, ela deixa sua filha com os avós, já que ela é mãe solteira (porque obviamente ela não precisa de homem nenhum, é claro). Qual o problema se ela morrer em virtude dessa atitude imprudente e deixar a filha órfã, né? :kclassic

- Em órbita, Danvers utiliza seu uniforme Kree para remover a camuflagem do laboratório de Mar Vell e, ao entrarem, ela não a restaura, porque o roteiro precisa que os Krees encontrem o laboratório logo em seguida. Danvers é forçada a confrontar a Inteligência Suprema num combate mental e, acessando as memórias da humana, a Inteligência coloca Come As You Are como trilha sonora para marcar o confronto. Detalhe: a música é do álbum Nevermind, lançado em 1991. Carol Danvers foi raptada na Terra em 1989. Como ela se lembra da música é apenas mais um furo para ser acrescentado a esse roteiro porco. Não que a essa altura do filme, alguém ainda se importe, é claro. É nesse confronto que Carol afirma ter lutado com uma mão amarrada nas costas durante toda sua vida. Ao remover o abafador de poder em seu pescoço, simbolicamente ela se livra da opressão do patriarcado e, finalmente, se torna uma Mary Sue completamente invulnerável e invencível, exatamente como toda feminista se enxerga, sabe-se lá por qual motivo.

- Após toda treta no laboratório, Maria consegue pilotar o Quinjet modificado de volta para a Terra e vencer uma Kree experiente, membro da Staforce, em combate aéreo... porque sim. Afinal, assim como Danvers, ela não tem experiência de pilotagem envolvendo o Quinjet e a tecnologia nele utilizada, mas quem se importa?

- A Armada de Ronan, o Acusador, utiliza dobra espacial para chegar até a órbita terrestre e decide obliterar o planeta com uma chuva de ogivas balísticas, a despeito do fato de Yon-Rogg se encontrar na Terra e ainda não ter tomado posse do núcleo do Motor da Velocidade da Luz. Mas que ele e o objetivo da missão que se fodam, né? :facepalm

- Após tudo, resta apenas lidar com Yon-Rogg, que é facilmente abatido por um “hit kill” de Danvers, já que ela não precisa provar coisa alguma para homem branco nenhum. E assim, ela finalmente humilha o patriarcado, seu grande inimigo durante todo o filme.

- Concluindo, Danvers decide partir para o espaço para ajudar os Skrulls a encontrarem um lar. Nem passa pela cabeça dela procurar sua família e informar-lhes que ela está viva. Como ela passará duas décadas no espaço auxiliando os Skrulls (vai ser incompetente assim lá no inferno...), significa que, durante todo esse tempo, ela continuará sendo considerada como morta pela sua família. Que grande heroína, né? É bonito de se ver quanta consideração ela possui em relação à sua própria família. Quem dirá em relação a desconhecidos...

Para piorar ainda mais a situação, o filme é estruturalmente falho.

Para começo de conversa, não há “jornada do herói”. A bem da verdade, Danvers não apresenta progressão alguma durante todo o filme. Não importa se ela está com amnésia, recuperando as memórias ou se está totalmente recuperada, os poucos traços de personalidade que ela possui são sempre os mesmos: presunçosa, condescendente, sisuda e excessivamente confiante. O roteiro compele a personagem a fazer uma piadinha ou outra eventualmente mas, a cada vez que isso acontecia, me vinha à mente uma frase dita pelo personagem de Djimon Hounsou a ela no início do filme: “Você se acha engraçada, mas eu não estou rindo.”

Acompanhando a personalidade estática, Brie Larson parece ter feito questão de conceder uma única expressão estática à personagem. Na maior parte do tempo, a única expressão no rosto de Danvers é a de uma paisagem morta. Nem mesmo a inflexão da voz dela ajuda, já que ela mantém sempre o mesmo tom monótono... Sendo totalmente sincero, tenho dúvidas de que Larson estava mesmo interpretando: acho que estava apenas agindo como ela mesma. A impressão que ficou, ao menos para mim, foi que a atriz estava com absoluto desdém por estar nesse papel e queria encerrar o quanto antes, para pegar seu cheque de cinco milhões de dólares e cair fora dali. Ao perceber isso, os diretores fizeram questão de incluir uma desculpa no roteiro, entregue pelo personagem de Yon-Rogg numa das primeiras cenas, na qual ele diz que Danvers deve controlar suas emoções, pois elas são uma fraqueza. Tenho certeza que Hulk concorda. :kclassic

Se tudo isso já não fosse entediante o suficiente, os roteiristas decidiram não colocar nenhuma ameaça considerável à personagem durante todo o filme. Em nenhum momento, ela enfrenta algo que chegue sequer perto de ameaçá-la verdadeiramente. Podem reparar: ela enfrenta um grande grupo de Skrulls armados com um abafador de poderes e grilhões que a impedem de utilizar suas rajadas, sem ao menos suar; enfrenta a Inteligência Suprema Kree e a sobrepuja facilmente, ao remover o abafador; enfrenta os Krees da Staforce como se fosse um passeio no parque; enfrenta a Armada de Ronan, o Acusador, sem que nenhuma das naves consiga fazer m**** nenhuma para contra-atacá-la; e, para concluir, ela dá um “hit-kill” em Yon-Rogg no final do filme. Sem contar que, ao liberar todo seu poder, a personagem o domina de imediato, sem qualquer esforço. Ela simplesmente vira uma super-sayajyn vegana ex machina completamente invulnerável e invencível. Por conta disso, estragaram até mesmo uma cena clichê dos filmes de herói: o primeiro voo (que ela também domina de imediato, para surpresa de ninguém). No final das contas, tudo isso torna o filme um tédio absoluto.

Outra questão que vale a pena levantar: afinal, quem diabos é o inimigo de Danvers nesse filme? Os Skulls? Os Krees? Talos? A Inteligência Suprema? Yon-Rogg? Ronan? Qualquer um deles seria aceitável, se tivessem sido melhor utilizados. Ao invés disso, aqui sou forçado a dar o braço a torcer e dizer que Brie Larson havia dito a verdade: Capitã Marvel luta contra o patriarcado. Sei que parece absurdo afirmar isso, mas é fácil de se provar.

Basta analisar as memórias da personagem que o filme nos mostra. Poderiam ter aproveitado cada uma delas para fornecer aos espectadores contexto emocional, mostrando a família dela e momentos importantes de sua vida. Ao invés disso, o que tivemos em cada uma dessas cenas? Um homem branco dizendo a Danvers para não fazer alguma coisa, porque ela é mulher. Todo maldito flashback se resume a isso: mostrar aos espectadores que ela é uma vítima do patriarcado. Essas cenas são tão podres que empalidecem em comparação com uma outra, cuja base é exatamente a mesma: um homem branco dizendo a uma mulher que ela não pode fazer uma determinada coisa. Querem ver só?



Os escritores do filme da Mulher-Maravilha são profissionais, ao contrário dos cretinos que escreveram para a Capitã Feminista. Eles fizeram uso do personagem de Chris Pine, Steve Trevor, para dar o contexto da cena: eles estão diante da Terra de Ninguém, um lugar que nenhum homem pode cruzar. Há um batalhão há quase seis meses no local, que não consegue avançar um centímetro sequer pois, do outro lado, há o batalhão alemão armado até os dentes. Na visão de Steve, é impossível cruzar a Terra de Ninguém: qualquer um que tente, será morto. É por isso que ele diz a Diana para não ir: porque ele não quer que ela morra... e não porque ela é uma mulher. Ela decide ir mesmo assim e, como resultado, temos uma cena icônica. Ela reforça para todos os espectadores, que Diana é uma criatura extraordinária e, como tal, capaz de feitos extraordinários.

As cenas da Capitã Feminista, por sua vez, servem apenas para reforçar um vitimismo barato por determinação de uma certa agenda. E o pior é que ela nem sequer sofre para valer nessas cenas. Quando muito, ela tem um corte no lábio ou um filete de sangue escorrendo de uma narina (após uma queda de avião!), enquanto seus trajes permanecem intactos: em suma, a desgraçada é praticamente invulnerável desde pequena, por nenhuma outra razão além do fato de ser mulher. E, ainda assim, ela é uma vítima? Façam-me o favor... :kclassic

Concluindo, afirmo que esse é, de longe, o pior filme do MCU até aqui. O grau de amadorismo com o qual esse filme foi produzido talvez fosse perdoável no início do MCU, mas agora o Marvel Studios tem mais de dez anos de experiência no mercado: entregar um filme tão medíocre é absolutamente imperdoável. Se esse filme representa uma prévia do que teremos no MCU após o Endgame, não tenho interesse em ver mais nada que esteja relacionado a esse universo.


Digitando com os pés, porque com as mãos eu estou aplaudindo.

Essa deve ter sido a melhor crítice que eu li sobre esse filme, bem melhor do que algumas, dos chamados críticos especializados, que eu já tinha lido antes.
 

tbahia2000

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Pretendia colocar minha análise no tópico da pasta Cinema & TV, mas como uma parte do pessoal lá está chorando em relação aos comentários que dizem respeito às mensagens ideológicas embutidas no filme, desisti. Parece que para essas pessoas, não tem problema o filme conter propaganda: o que não se tolera, são os espectadores fazendo críticas a isso ou comentando a respeito.... Por esse motivo, decidi postar minha análise aqui, de modo que pudesse escrevê-la com total liberdade. Obviamente, ela contém spoilers. Considerem-se avisados.

Pois bem, decidi fazer uso do Torresmo para assistir o filme da Capitã Feminista. Fui com as expectativas mais baixas possíveis e, mesmo assim, terminei desapontado. Não só isso: também me senti ultrajado e lesado, pelo fato de ter dedicado duas horas da minha vida para assistir essa tentativa falha de entretenimento. Diante disso, fiz algumas pesquisas e compilei tudo que encontrei de errado com esse filme, para detoná-lo com a devida pompa e circunstância.

Antes de entrar na análise, faço questão de ressaltar que esse filme é um filler: nada do que é mostrado terá influência alguma no Endgame. O filme é totalmente descartável e esquecível, tendo poucos atrativos que justifiquem assisti-lo. Dentre eles, destaco o tributo a Stan Lee (que, na minha opinião, deveria estar no Endgame), o uso da tecnologia de rejuvenescimento digital aplicada em Samuel L. Jackson e Clark Gregg (que foi totalmente subutilizado nesse filme, diga-se de passagem) e a atuação de Ben Mendelsohn que, a despeito de estar interpretando um alienígena e com quilos de maquiagem no rosto, entrega a performance mais humana e expressiva do elenco.

Como a maior parte dos fillers, esse filme parece ter sido escrito com a bunda, ou melhor, com as bundas dos roteiristas (porque, acreditem ou não, nada menos que seis pessoas foram responsáveis por escrever essa porcaria). Aparentemente, nenhum dos cretinos se preocupou em consultar o material base (as HQ’s) e nem mesmo a mitologia do próprio MCU. Como resultado, o filme caga com satisfação em cima de elementos estabelecidos nas HQ’s, além de criar inconsistências no MCU, como plot holes e até mesmo retcons.

Capitã Marvel
No caso, a original. Para privilegiar a loira aguada, decidiram que precisavam retirar Monica Rambeau do caminho. Tornaram ela uma criança e, com isso, a Capitã original do MCU se tornou Carol Danvers.

A parte mais interessante é que o pessoal que adora exigir diversidade forçada em tudo quanto é meio de entretenimento, ficou absolutamente calado diante do fato de terem removido uma mulher negra para favorecer uma branquela. Pois é... Pelo visto a regra só vale quando esse pessoal determina, né? :kclassic

Capitão Marvel
O problema não foi terem mudado o sexo do personagem, mas sim o motivo pelo qual a mudança foi realizada. Não podiam permitir que um homem branco, loiro e de olhos azuis bancasse o herói de um povo de cor (verde) oprimido, ao tentar encerrar uma guerra intergaláctica. Mais que isso, não podiam permitir que um homem branco, loiro e de olhos azuis fosse o responsável por conceder os poderes para a Mary Sue mais overpower do MCU. Onde já se viu uma mulher se tornar poderosa por causa de um homem? Simplesmente inaceitável!

Detalhe: essa não é a primeira vez que mudam o sexo de um personagem dos quadrinhos ao integrá-lo no MCU. Para quem não se recorda, isso já aconteceu no filme do Dr. Estranho, com o personagem da Tilda Swinton: o Ancião. Naquela ocasião, ninguém deu a mínima pois, como disse, o problema não é a mudança, mas sim o motivo pelo qual ela ocorre.

Skrulls
Desde sua primeira aparição na revista Fantastic Four #2 (1962), os Skrulls são retratados como vilões. Nesse filme, decidiram retratá-los de uma forma diferente: eles tem fama de terroristas intergaláticos mas, na verdade, não passam de alienígenas fugitivos que utilizam suas habilidades em transmorfismo para se refugiar ilegalmente em outros planetas. É impressão ou alguns pontos ressoam fortemente na nossa realidade, no que diz respeito a imigrantes ilegais?

Mudarem os Skrulls apenas para fazer uma tosca alegoria política sobre imigrantes ilegais é o que torna essa mudança ofensiva. Décadas de mitologia Skrull nos quadrinhos jogadas no lixo, simplesmente porque os roteiristas não conseguiram resistir à compulsão de inserir a porcaria da agenda que seguem. Se bem que isso é praticamente uma marca registrada desse filme: agenda em primeiro lugar e que se foda a coerência, a lógica e a continuidade. :kclassic

Nick Fury
O personagem tem duas marcas registradas nos quadrinhos: o estilo badass e o modo como perdeu seu olho. Esse filme conseguiu estragar ambas características, ao transformar o personagem num alívio cômico que perde a visão da maneira mais ridícula possível: o arranhão de um gato. Isso foi feito para seguir um dos ditames da famigerada agenda: para elevar uma determinada personagem feminina, é preciso transformar os personagens masculinos em babões idiotas. Saber que a versão do Fury no MCU foi destruída apenas por esse motivo é simplesmente lamentável.
O nome do Projeto Vingadores
No final do filme, Fury deixa claro que iniciará um projeto para encontrar seres extraordinários, no intuito de torná-los a última linha de defesa da Terra. Se chamaria Projeto Protetores, até o momento no qual ele se depara com uma foto de Carol Danvers em seu avião. Nele, é possível ver um decalque que diz: Capitã Carol “Vingadora” Danvers. Por conta disso, ele modifica o nome do projeto para Vingadores, com um risinho de satisfação no rosto. Só tem um problema: absolutamente nada nessa cena faz sentido.

Para começo de conversa, se a inspiração para o nome veio de Danvers, o que acontece com aquele filme chamado Capitão América: o Primeiro Vingador? O título do filme parece apontar para o fato de que esse tal Capitão foi o primeiro Vingador, não? Ainda mais se levarmos em conta que a história desse filme se passa décadas antes do filme da Capitã... Que se foda a coerência, a lógica e a continuidade: o negócio é forçar a entrada dessa personagem no MCU e ainda conceder uma importância que ela não merece, mesmo que seja preciso detonar o que foi estabelecido anteriormente, certo?

Além disso, o filme estabelece que, na década de 90, mulheres só podiam ser pilotos de teste ao ingressarem na Aeronáutica, supostamente por conta do machismo que imperava na corporação. Assim sendo, alguém consegue me explicar como diabos uma mulher conseguiu chegar ao posto de Capitã tão rápido, levando em conta sua idade? Alguém também poderia me explicar porque uma piloto de testes tem seu próprio avião com decalque personalizado, quando isso costuma ser restrito a pilotos de combate? E, acima de tudo, alguém poderia me dizer porque diabos uma piloto de testes recebeu a alcunha de “Vingadora”? O que exatamente ela “vingou” durante seus vôos de teste? :kclassic

Tesseract
Ele é a origem do poder da Capitã Feminista. De acordo com a co-diretora do filme, Anna Boden “o governo estava com o Tesseract jogado em algum canto da S.H.I.E.L.D. e Mar Vell foi capaz de utilizá-lo para criar seu Motor de Velocidade da Luz no Projeto Pegasus. Como alienígena, ela era a única que sabia de todo seu poder e a única capaz de descobrir como utilizá-lo.”

Se é assim, a primeira coisa que precisamos fazer é ignorar algo que ocorreu em Capitão América: o Primeiro Vingador. O governo realmente não só estava em posse to Tesseract (ele foi encontrado por Howard Stark enquanto procurava o Capitão), como também sabia que ele era a fonte de energia das armas utilizadas pelos soldados da Hidra sob o comando do Caveira Vermelha. O próprio Howard estava trabalhando para fazer engenharia reversa nessas armas, inclusive.



Sem contar o fato de que a própria S.H.I.E.L.D. trabalhou com Armin Zola (conforme revelado em Capitão América: o Soldado Invenal), o homem responsável por utilizar o Tesseract como fonte de energia para as armas da Hidra.



Como Zola é humano, a explicação de Boden se torna ainda menos convincente diante do que vimos no filme da Capitã Feminista. O Tesseract foi removido da Terra por Mar Vell... e o governo simplesmente entregou para ela? Ou ela furtou a bagaça? Além disso, como o governo não descobriu que ela era alienígena, já que ela literalmente possui sangue azul? E se ela era a única que conseguia lidar com o Tesseract, por ser uma alienígena, qual a explicação para Armin Zola e Howard Stark terem conseguido fazê-lo com décadas de antecedência em relação a ela?

Contato Imediato de Terceiro Grau
De acordo com o filme, Fury havia encontrado com Krees, Skrulls e até mesmo chegou a presenciar um ataque alienígena de larga escala utilizando ogivas balísticas contra a Terra, promovido pela Armada de Ronan, o Acusador.

A despeito disso, no entanto, ele trava um diálogo curioso com os Vingadores:



Então, quando Thor veio pela primeira vez à Terra, a S.H.I.E.L.D. percebeu que a humanidade não estava sozinha, embora tanto a organização quanto Fury tenham entrado em contato com alienígenas anteriormente, conforme o filme da Capitã Feminista. Vamos ser generosos e supor que Fury estava mentindo no diálogo (ainda que ele não tivesse nenhum motivo para tanto). É só o que resta fazer ao se deparar com um roteiro com mais furos que um queijo suíço.

Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão
O filme estabelece que, nos anos 90, os agentes da S.H.I.E.L.D. já utilizavam a sigla que identifica o nome da superintendência. Dentre esses agentes, está Coulson. Se é assim, o que justifica os seguintes diálogos de Coulson, que ocorrem em três pontos distintos no primeiro filme do Homem de Ferro?







Porque Coulson “esqueceu” que a sigla era utilizada nos anos 90? Simplesmente não faz sentido, assim como tantas outras coisas que constam no roteiro porco desse filme.

Nick Fury, Diretor da S.H.I.E.L.D.
Em Soldado Invernal, quando o Capitão América conhece Alexander Pierce, ele vê uma foto do mesmo com Fury. Pierce diz que a foto foi tirada cinco anos após se conhecerem, no Departamento de Estado de Bogotá. Segundo Pierce, Fury era o Chefe encarregado de uma estação da S.H.I.E.L.D. no local e foi responsável por uma missão de resgate na embaixada, ocorrida sem sua autorização. A despeito de ter desobedecido suas ordens e levado militares para solo estrangeiro, Fury resgatou as pessoas confinadas na embaixada e, nessa ocasião, Pierce veio a promovê-lo. Só tem um problema nessa história e ele se encontra justamente na foto citada acima:

l5visidzaiq11.png

Conforme mostrado no filme da Capitã Feminista, Fury era um mero agente com Nível de Acesso 3 na época que perdeu seu olho para o arranhão de um gato. Assim sendo, na época que ele era chefe da estação de Bogotá, sua carreira já se encontrava num patamar mais elevado e, evidentemente, ele já era mais velho. Sendo assim, porque diabos ele está com seus dois olhos intactos na foto em questão?

O Pager
No final de Guerra Infinita, Fury acionou o pager que Danvers havia dado a ele para ser utilizado em caso de emergências. Porque Fury não utilizou esse pager antes? Um deus nórdico se apoderar do Tesseract e convocar um exército de criaturas alienígenas em Nova Iorque não se qualifica como emergência? Levando em conta a experiência que Danvers tinha com o Tesseract (já que ele é a origem dos seus poderes), não teria sido razoável chamá-la para lidar com a situação? Também não foi uma emergência quando um autômato adquiriu consciência, dizimou Sokovia e ameaçou extinguir toda a vida orgânica do planeta?

- Danvers está em outro planeta, numa missão com seus aliados Krees. Ela é capturada pelos Skrulls e submetida a uma sonda mental. Na tentativa de fuga, ela cai na Terra junto com os Skrulls que a capturaram. Ela consegue entrar em contato com seus aliados Krees (usando uma linha telefônica a cabo, porque f**a-se a lógica) e eles informam que levarão vinte e duas horas para alcançá-la. Nada faz sentido: ela é capturada num planeta alienígena mas, instantes depois, está na Terra com os Skrulls. Enquanto isso, seus aliados Krees, que estavam naquele mesmo planeta, levarão mais de vinte horas para alcança-los?

- Danvers cai numa Blockbuster e detona um stand de True Lies, no susto. Por uma coincidência incrível do destino (friamente calculada pelos roteiristas), o disparo destrói a cabeça de Schwarzenegger, mas Jamie Lee Curtis fica intacta. Também pudera: quer símbolo melhor para masculinidade tóxica do que Schwarzenegger em seu auge? Fora que a cena é também uma ofensa a James Cameron, o diretor que nos entregou algumas das personagens femininas mais memoráveis do cinema moderno: Sarah Connor e Ellen Ripley, por exemplo. Fora que, recentemente, ele também auxiliou a levar Alita para as telas grandes.

- Talos, o comandante dos Skrulls que caíram na Terra, parece assumir o comando da S.H.I.E.L.D. em pouco tempo. Apenas mais tarde os roteiristas informam que ele já esteve na Terra anteriormente e os espectadores são levados a acreditar que ele assumiu a identidade do diretor da superintendência em algum ponto no passado. Nesse caso, o que aconteceu com o verdadeiro diretor? Além disso, quando Talos saiu na missão para capturar Danvers em outro planeta, ficando fora por sabe-se lá quanto tempo, ninguém da S.H.I.E.L.D. percebeu sua ausência?

- Danvers cai na Blockbuster e conversa com o segurança do estacionamento durante a noite. Na cena seguinte, os Skrulls são mostrados saindo do mar... e já é dia. Levando em conta que eles caíram juntos na Terra, simplesmente não faz sentido. Fury chega ao local pouco depois de Danvers entrar em contato com Yon-Rogg (durante o dia) e são emboscados por um Skrull. Acontece a cena do trem e, durante toda perseguição, Fury consegue seguir o dito cujo, mesmo estando de carro. Também é interessante notar que, mesmo com toda a zorra acontecendo dentro do trem, ninguém sequer pensa em acionar os freios de emergência. Novamente, nada faz sentido.

- Kelly Sue Deconnick, a feminista de carteirinha que entrou na indústria dos quadrinhos por conta da influência de seu marido beta (Matt Fraction) e que foi responsável por reformular Carol Danvers como Capitã Marvel nas HQ’s em 2012, tem um cameo no filme. Ela deve ter pensado que as feministas da mídia puxa-saco iriam entrar em polvorosa por conta disso, mas não vi ninguém comentando a respeito, em lugar nenhum. Ao menos foi satisfatório saber que ninguém sequer percebeu a presença de Deconnick no filme. :klol

- Por algum motivo, Danvers decide ir a um determinado bar, que aparenta ter alguma ligação com seu passado. Ela ouve um “tem um sorrisinho para mim?” de um motoqueiro branco (pois é, ela é uma vítima do patriarcado) e rouba a moto do infeliz. Legal saber que a amnésia não a impede de pilotá-la com perfeição... Enquanto isso, Fury recebe instruções de Talos para ir atrás dela sozinho e não confiar em ninguém. E, na cena seguinte, eles se encontram no tal bar, magicamente. Não custa lembrar que, na ocasião, ela se lembra de um outro cara branco dizendo para ela, naquele mesmo bar, para que desista de ser piloto, porque “o cockpit tem esse nome por uma razão” (a audiência precisa ser lembrada que ela é uma vítima do patriarcado, né?) Na sequência, há um diálogo sem pé e nem cabeça, no qual Danvers faz perguntas de cunho pessoal a Fury, para se assegurar que ele não é um Skrull. Levando em conta que ambos mal se conhecem, o diálogo não faz o menor sentido. E, sem qualquer razão em especial, Fury decide levar Danvers a uma base governamental, indo contra as instruções de Talos, para não confiar em ninguém. Não satisfeito, ele mente para os agentes da base, dizendo que Danvers faz parte da S.H.I.E.L.D., porque não havia nenhuma outra forma melhor de fazer o roteiro andar, pelo visto. :kclassic

- Na tal base, eles invadem a gigantesca sala de arquivos e, logo de cara, encontram o que procuravam: anotações de Mar Vell escritas na língua dos Kree. Fury e Danvers se separam e, quando Talos chega com seus agentes ao local, Fury percebe que ele não é o diretor. Retorna ao arquivo e, para despistar os agentes, usa um chamariz. Logo em seguida, confronta Talos. Fury remove o pente da arma do infeliz e, segundos depois, tenta atirar com ela, certamente porque o filme precisa mostrar que Fury é um completo idiota. Durante todo o quebra pau, que faz barulho para cacete, os agentes não vem ao auxílio de Talos. Apenas quando Fury é resgatado por Danvers, é que eles dão as caras, porque esse roteiro ama coincidências, por mais ilógicas que sejam. Para fugir da base, eles se apossam de um Quinjet com capacidade de decolagem vertical. Legal saber que a amnésia de Danvers também não a impede de pilotar uma aeronave desse tipo com perfeição, mesmo que ela não tenha tido qualquer contato com essa tecnologia anteriormente.

- Fury e Danvers se dirigem para o subúrbio da Louisiana, onde se encontra a casa de Maria Rambeau, que pode ter mais informações. Após um monte de diálogos sofríveis cheios de validação emocional, Talos dá as caras e Maria simplesmente não se choca por ter um cara verde em sua sala. Do lado de fora da casa, sua filha é mantida cativa por um cúmplice de Talos. Ele explica que detém uma gravação em seu poder, oriunda da caixa preta de um voo experimental, com a voz de Danvers. Num certo ponto do diálogo, ele retruca Maria, se referindo a ela como “garota”. E a despeito da filha estar sob poder de outro Skrull, Rambeau julga sensato ameaçar Talos, porque chamar uma mulher de “garota” era uma ofensa horrível nos anos 90, como bem sabemos. :facepalm

- Danvers recupera a memória relativa ao acidente do voo experimental com o Motor da Velocidade da Luz, feito junto com Mar Vell. São abatidas por Yon-Rogg, que executa Mar Vell a sangue-frio, ao invés de captura-la com vida, para tortura-la e obter informações. Danvers explode o Motor, para claro desespero de Rogg. E nada disso faz sentido, porque Krees e Skrulls já tem tecnologia de dobra espacial, muito superior à velocidade da luz. Além disso, não dá para entender porque diabos Mar Vell tentava desenvolver o Motor com tecnologia terrestre dos anos 90, quando possuía tecnologia Kree à sua disposição, oculta num determinado laboratório orbital. Ainda bem que ela não tinha qualquer pressa em ajudar Skrulls fugitivos ou encerrar a guerra deles com os Krees, não é mesmo?

- Na gravação, descobrem os vetores para a localização do laboratório orbital de Mar Vell, onde se encontra o núcleo do Motor da Velocidade da Luz (vulgo: Tesseract). O cúmplice Skrull de Talos faz modificações no Quinjet (com objetos encontrados no quintal da casa de Rambeau, que fica perdida no meio do nada, no subúrbio da Louisiana), para que ele possa fazer voos orbitais. E obviamente as modificações precárias funcionam, por conveniência do roteiro. Rambeau decide ser co-piloto, tomando parte de uma guerra para a qual não está preparada. Para isso, ela deixa sua filha com os avós, já que ela é mãe solteira (porque obviamente ela não precisa de homem nenhum, é claro). Qual o problema se ela morrer em virtude dessa atitude imprudente e deixar a filha órfã, né? :kclassic

- Em órbita, Danvers utiliza seu uniforme Kree para remover a camuflagem do laboratório de Mar Vell e, ao entrarem, ela não a restaura, porque o roteiro precisa que os Krees encontrem o laboratório logo em seguida. Danvers é forçada a confrontar a Inteligência Suprema num combate mental e, acessando as memórias da humana, a Inteligência coloca Come As You Are como trilha sonora para marcar o confronto. Detalhe: a música é do álbum Nevermind, lançado em 1991. Carol Danvers foi raptada na Terra em 1989. Como ela se lembra da música é apenas mais um furo para ser acrescentado a esse roteiro porco. Não que a essa altura do filme, alguém ainda se importe, é claro. É nesse confronto que Carol afirma ter lutado com uma mão amarrada nas costas durante toda sua vida. Ao remover o abafador de poder em seu pescoço, simbolicamente ela se livra da opressão do patriarcado e, finalmente, se torna uma Mary Sue completamente invulnerável e invencível, exatamente como toda feminista se enxerga, sabe-se lá por qual motivo.

- Após toda treta no laboratório, Maria consegue pilotar o Quinjet modificado de volta para a Terra e vencer uma Kree experiente, membro da Staforce, em combate aéreo... porque sim. Afinal, assim como Danvers, ela não tem experiência de pilotagem envolvendo o Quinjet e a tecnologia nele utilizada, mas quem se importa?

- A Armada de Ronan, o Acusador, utiliza dobra espacial para chegar até a órbita terrestre e decide obliterar o planeta com uma chuva de ogivas balísticas, a despeito do fato de Yon-Rogg se encontrar na Terra e ainda não ter tomado posse do núcleo do Motor da Velocidade da Luz. Mas que ele e o objetivo da missão que se fodam, né? :facepalm

- Após tudo, resta apenas lidar com Yon-Rogg, que é facilmente abatido por um “hit kill” de Danvers, já que ela não precisa provar coisa alguma para homem branco nenhum. E assim, ela finalmente humilha o patriarcado, seu grande inimigo durante todo o filme.

- Concluindo, Danvers decide partir para o espaço para ajudar os Skrulls a encontrarem um lar. Nem passa pela cabeça dela procurar sua família e informar-lhes que ela está viva. Como ela passará duas décadas no espaço auxiliando os Skrulls (vai ser incompetente assim lá no inferno...), significa que, durante todo esse tempo, ela continuará sendo considerada como morta pela sua família. Que grande heroína, né? É bonito de se ver quanta consideração ela possui em relação à sua própria família. Quem dirá em relação a desconhecidos...

Para piorar ainda mais a situação, o filme é estruturalmente falho.

Para começo de conversa, não há “jornada do herói”. A bem da verdade, Danvers não apresenta progressão alguma durante todo o filme. Não importa se ela está com amnésia, recuperando as memórias ou se está totalmente recuperada, os poucos traços de personalidade que ela possui são sempre os mesmos: presunçosa, condescendente, sisuda e excessivamente confiante. O roteiro compele a personagem a fazer uma piadinha ou outra eventualmente mas, a cada vez que isso acontecia, me vinha à mente uma frase dita pelo personagem de Djimon Hounsou a ela no início do filme: “Você se acha engraçada, mas eu não estou rindo.”

Acompanhando a personalidade estática, Brie Larson parece ter feito questão de conceder uma única expressão estática à personagem. Na maior parte do tempo, a única expressão no rosto de Danvers é a de uma paisagem morta. Nem mesmo a inflexão da voz dela ajuda, já que ela mantém sempre o mesmo tom monótono... Sendo totalmente sincero, tenho dúvidas de que Larson estava mesmo interpretando: acho que estava apenas agindo como ela mesma. A impressão que ficou, ao menos para mim, foi que a atriz estava com absoluto desdém por estar nesse papel e queria encerrar o quanto antes, para pegar seu cheque de cinco milhões de dólares e cair fora dali. Ao perceber isso, os diretores fizeram questão de incluir uma desculpa no roteiro, entregue pelo personagem de Yon-Rogg numa das primeiras cenas, na qual ele diz que Danvers deve controlar suas emoções, pois elas são uma fraqueza. Tenho certeza que Hulk concorda. :kclassic

Se tudo isso já não fosse entediante o suficiente, os roteiristas decidiram não colocar nenhuma ameaça considerável à personagem durante todo o filme. Em nenhum momento, ela enfrenta algo que chegue sequer perto de ameaçá-la verdadeiramente. Podem reparar: ela enfrenta um grande grupo de Skrulls armados com um abafador de poderes e grilhões que a impedem de utilizar suas rajadas, sem ao menos suar; enfrenta a Inteligência Suprema Kree e a sobrepuja facilmente, ao remover o abafador; enfrenta os Krees da Staforce como se fosse um passeio no parque; enfrenta a Armada de Ronan, o Acusador, sem que nenhuma das naves consiga fazer m**** nenhuma para contra-atacá-la; e, para concluir, ela dá um “hit-kill” em Yon-Rogg no final do filme. Sem contar que, ao liberar todo seu poder, a personagem o domina de imediato, sem qualquer esforço. Ela simplesmente vira uma super-sayajyn vegana ex machina completamente invulnerável e invencível. Por conta disso, estragaram até mesmo uma cena clichê dos filmes de herói: o primeiro voo (que ela também domina de imediato, para surpresa de ninguém). No final das contas, tudo isso torna o filme um tédio absoluto.

Outra questão que vale a pena levantar: afinal, quem diabos é o inimigo de Danvers nesse filme? Os Skulls? Os Krees? Talos? A Inteligência Suprema? Yon-Rogg? Ronan? Qualquer um deles seria aceitável, se tivessem sido melhor utilizados. Ao invés disso, aqui sou forçado a dar o braço a torcer e dizer que Brie Larson havia dito a verdade: Capitã Marvel luta contra o patriarcado. Sei que parece absurdo afirmar isso, mas é fácil de se provar.

Basta analisar as memórias da personagem que o filme nos mostra. Poderiam ter aproveitado cada uma delas para fornecer aos espectadores contexto emocional, mostrando a família dela e momentos importantes de sua vida. Ao invés disso, o que tivemos em cada uma dessas cenas? Um homem branco dizendo a Danvers para não fazer alguma coisa, porque ela é mulher. Todo maldito flashback se resume a isso: mostrar aos espectadores que ela é uma vítima do patriarcado. Essas cenas são tão podres que empalidecem em comparação com uma outra, cuja base é exatamente a mesma: um homem branco dizendo a uma mulher que ela não pode fazer uma determinada coisa. Querem ver só?



Os escritores do filme da Mulher-Maravilha são profissionais, ao contrário dos cretinos que escreveram para a Capitã Feminista. Eles fizeram uso do personagem de Chris Pine, Steve Trevor, para dar o contexto da cena: eles estão diante da Terra de Ninguém, um lugar que nenhum homem pode cruzar. Há um batalhão há quase seis meses no local, que não consegue avançar um centímetro sequer pois, do outro lado, há o batalhão alemão armado até os dentes. Na visão de Steve, é impossível cruzar a Terra de Ninguém: qualquer um que tente, será morto. É por isso que ele diz a Diana para não ir: porque ele não quer que ela morra... e não porque ela é uma mulher. Ela decide ir mesmo assim e, como resultado, temos uma cena icônica. Ela reforça para todos os espectadores, que Diana é uma criatura extraordinária e, como tal, capaz de feitos extraordinários.

As cenas da Capitã Feminista, por sua vez, servem apenas para reforçar um vitimismo barato por determinação de uma certa agenda. E o pior é que ela nem sequer sofre para valer nessas cenas. Quando muito, ela tem um corte no lábio ou um filete de sangue escorrendo de uma narina (após uma queda de avião!), enquanto seus trajes permanecem intactos: em suma, a desgraçada é praticamente invulnerável desde pequena, por nenhuma outra razão além do fato de ser mulher. E, ainda assim, ela é uma vítima? Façam-me o favor... :kclassic

Concluindo, afirmo que esse é, de longe, o pior filme do MCU até aqui. O grau de amadorismo com o qual esse filme foi produzido talvez fosse perdoável no início do MCU, mas agora o Marvel Studios tem mais de dez anos de experiência no mercado: entregar um filme tão medíocre é absolutamente imperdoável. Se esse filme representa uma prévia do que teremos no MCU após o Endgame, não tenho interesse em ver mais nada que esteja relacionado a esse universo.


Gostei das suas observações sobre os furos do MCU, o grande problema de Capitã Marvel é o fato de ser um filme tardio e aí fica difícil amarrar tudo e dá total coerência.

Acho que vc exagera um pouco com a forçação de barra de agenda feminista.

Acredito que seja discurso SWJ é mero oportunismo pra aumentar os lucros, estamos ficando velhos, chatos e exigentes. Esse tipo de produção não é voltada pra pessoas que exigem roteiros e atuações caprichadas, é pra galera que gosta de ação e efeitos especiais.

Mas é isso, é filme voltado para o público infanto juvenil e a Disney venderá bonequinhas aos montes para as garotas colocarem pra brincar do lado da Barbie.
 

Ex-peão louco

Mad Spy
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O filme está do mesmo nível dos outros da Marvel. O resto é choro.
Nada de lacração, além da fala da atriz fora do filme.
Novaerista tá chorão demais. É a nova esquerda.
 

SagaOPC

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Desculpe querido... mas sempre foi assim, caso não saiba da historia do criador da Mulher Maravilha... divirta-se com a história de um rapaz "escravoceta" que curtia ser comido pelas suas 2 mulheres.



X-Men sempre foi sobre preconceito.... mas cada um enxerga o que quer

E ninguém se importava com isso, todo mundo só queria ver era a porradaria.

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yage

Lenda da internet
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E pq agora se importam tanto? Se sempre foi assim?

Ele não curtia ser "comido por 2 mulheres" e sim vivia com 2. E ele não ficava alardeando por aí isso, e sim tentava ao máximo manter sua vida privada fora do alcance público, bem diferente da capitã lacradora que quer ao máximo aparecer pra todo mundo.
 

Geo

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Se os conservadores estão se doendo é porque deve ser bom. Não à toa foi uma das maiores bilheterias.
 
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