Vivemos em uma confusão pós-moderna dos diabos, e que se torna ainda mais confusa do que já era com a "sociedade da (des)informação", onde, com a total onipresença dos smartphones e da internet, qualquer um pode falar o que bem entender e ganhar notoriedade (vulgo "influência") muito rapidamente, só lhe bastando para isso poder de persuasão.
Resultado? Uma confusão dos diabos, bolhas semânticas por todos os lugares e a porra toda. É um paradoxo. Precisamente quando a informação em alta rotação se torna absolutamente essencial para o mundo, ela se torna cada vez mais "impossível" de se obter (vide a crescente onda de questionamentos dos mais fundamentais fatos científicos, nos conduzindo a uma confusão pós-moderna generalizada que cada vez mais beira o ceticismo radical).
E qual é mais uma apertada do parafuso? O fato de que os maiores "questionadores" atuais se viram para as figuras mais insólitas e "outsiders" possíveis - e Olavo de Carvalho entra aqui e se empanturra todo com a sua manipulação discursiva, seus sofismas, suas estratégias retóricas desonestas (aprendidas, por exemplo, com Arthur Schopenhauer), etc e etc.