Acho que você não sabe o que é RPG (e não joga um a muito tempo também). Por essa sua descrição qualquer jogo seria...
Sempre que jogava rpg de mesa acabava entrando num mundo, encarnando um personagem e eventualmente acabava sendo limitado por um avalanche de regras até pra soltar um peido crítico (principalmente D&D, Mundo das Trevas é <3). Regras precisam existir, mas equilíbrio também.
Final Fantasy, a série Mana e outras velharias eu adorava, pirava no sistema de batalha do FF... mas não me sentia realmente encarnando os personagens (role-play) só assistindo uma história legal acontecer... Acho que Suikoden II foi o mais efetivo pois dava uma liberdade bem grande (pra época) e eu realmente me sentia influenciando aquele mundo. Só que hoje em dia não aguento mais combate por turnos, ver numerinhos subindo e ter que perder uma caralha de tempo comparando itens pra subir +1 de stats.
Nesse meio tempo teve os fantásticos Baldur's Gates e Neverwinter Nights, que tão em um outro nível, num estilo que felizmente tá revivendo hoje em dia, mas que acho que não teria mais paciência pra jogar hoje.
Joguei WoW por 7/8 anos (até Pandaria) e explorar aquele mundo era fantástico, mas o combate travado me enjoou e um dia vi que continuava mais por vício do que por prazer...
As séries Mass Effect e Dragon Age são boas na liberdade do personagem (em questão de diálogos e decisões), mas na liberdade nos mapas são mais limitados (apesar do Inquisition ter ampliado bem isso).
Oblivion e Skyrim trouxeram um mundo muito vivo com um monte de coisas acontecendo e apesar da jogabilidade estar longe de ser perfeita, o combate era muito mais gostoso do que só ver números subindo a cada turno... pra mim tanto The Witcher 3 quanto RDR2 pegaram isso e evoluíram em cima do que eu considero a coisa mais importante em um RPG, mundo vivo e imersivo. Isso sem se prender em coisas que existiam em "rpgs" antigos mais por limitação do que qualquer outra coisa.
Eu me sinto na pele do Geraldão (Role-play), me sinto na pele do Arthur (Role-play), penso bem antes de agir escrotamente, mas as vezes faço merdas sem pensar e pra todas essas coisas existe uma reação daquele mundo e consequências, o que acaba me deixando ainda mais imerso naquele mundo.
RDR2 pode não ser o que o termo RPG se tornou sinônimo nos games, mas é o o mais próximo do que eu busquei quando fui jogar RPG a primeira vez uns 20 anos atrás.. Isso até seu cavalo ficar bugado em uma parte do cenário em Saint Denis e toda a imersão ir pra m****.
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